Inovação: Google, Muito mais que um motor de busca
Novembro 10, 2010 by Inovação & Marketing
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Foi criado com o objectivo de agregar informação e de a tornar universal e útil. Hoje, a Google é um universo multimédia.
Quando Larry Page e Sergey Brin se conheceram, na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, estavam longe de prever que a ideia que os juntou se iria tornar numa das maiores empresas do mundo. O objectivo? Organizar a informação mundial e torná-la acessível a todos.
Foi com esta premissa que nasceu a Google, em 1998 e que, em pouco mais de 10 anos, se tornou muito mais que um agregador de informação. A Google criou a sua própria cultura de empresa e é considerada um dos melhores locais do planeta para trabalhar. Contudo, não está isenta de críticas ou de processos em tribunal, sobretudo desde que começou a diversificar a sua área de actividade.
Como motor de busca, é o mais utilizado do mundo e é a marca mais reconhecida, liderando o ‘ranking’ da Brandz. Contudo, “o negócio principal da Google continua a ser a publicidade ‘online'”, potenciada por esta liderança, explica Gabriel Coimbra, director da consultora IDC em Portugal, ao Diário Económico. E exemplifica com o mercado norte-americano: “no final de 2006, a Google tinha cerca de 38% de quota de mercado; no final do segundo trimestre de 2010 a Google ultrapassou os 40%”.
Cerca de 96% das receitas da Google – que ultrapassaram os 20 mil milhões de dólares (14 mil milhões de euros) até Setembro – foram alcançadas através de publicidade, sobretudo com a plataforma Adwords. O domínio da Google nesta mercado levou ao surgimento de críticas por parte dos concorrentes, que querem uma fatia do bolo publicitário ‘online’, que deverá ultrapassar os 70 mil milhões de euros em 2013, revela a MagnaGlobal.
‘Googlelization’ e diversificação
A presença dos vários ramos da Google em muitos dos aspectos da vida moderna levou inclusive ao conceito “Googlelization”, criado por dois jornalistas norte-americanos e que se refere à forma como a empresa domina a internet e, inclusivamente, as fontes de receita da Web. A sustentar esta visão está a aposta da tecnológica noutras áreas, como as comunicações móveis, a banda larga, a televisão e até a energia (ver caixas).
O foco fora da ‘web’ vai, sobretudo, para as telecomunicações. Consciente da cada vez maior mobilidade do acesso à internet a Google criou o sistema operativo para telemóveis Android, que tem apresentado um crescimento grande. “o Android passou de 4,1% em 2009 para cerca de 16% em 2010. A IDC prevê que em 2014 esta seja a segunda plataforma para ‘smartphone’, com cerca 25% de quota de mercado”, especifica Gabriel Coimbra. A Google está também a apostar nos ‘tablet’ e, em 2014, o Android deverá representar cerca de 36,2% dos sistemas operativos deste mercado,
Gabriel Coimbra admite que “a diversificação pode ser vista como um problema. Mas, no caso concreto e em função da dinâmica do mercado das TIC e a sua crescente convergência com os restantes mercados (energia, saúde, educação, etc), vejo essa diversificação e inovação como vitais para o sucesso da empresa a médio e longo prazo”. E acrescenta que, apesar da importância inegável da publicidade ‘online’, “o sector das telecomunicações e as TIC continuarão a ser críticos no curto e médio prazo, até porque têm um duplo objectivo: servem não só para entrar em novos mercados, mas também para potenciar ainda mais o mercado da publicidade ‘online'”.
Veja-se, por exemplo, as aplicações publicitárias para o Android. Também a compra do site YouTube, uma das mais de 20 aquisições da Google, foi um tiro certeiro.
Sucessos e ‘flops’
Na tentativa de encontrar novos mercados, o gigante tecnológico ainda fez uma incursão nos equipamentos, com o Nexus One, o seu telemóvel próprio em parceria com a HTC, vendido apenas na loja ‘online’. A experiência foi considerada, pelos analistas do Enderle Group, “um fracasso épico para a Google”. Ainda assim, correm rumores do lançamento de uma nova versão do equipamento, o Nexus Two.
Este não é o primeiro ‘flop’ da empresa. Algumas ferramentas criadas com base ‘web’ não tiveram grande sucesso junto do público e a incursão da Google nas redes sociais, com o Buzz, para concorrer com o Facebook, foi um falhanço e causou sérios problemas de privacidade por revelar dados confidenciais dos utilizadores. Aliás, a tentativa de ganhar mercado nas redes sociais levou a que a empresa procedesse a uma série de aquisições, com vista a tornar este segmento mais forte.
Não são só os serviços que não tiveram aceitação que são criticados: um dos maiores sucessos da Google, o Street View (que mostra filmagens de ruas, aleatórias), esteve sob o escrutínio do Governo de vários países e chegou a ser proibido, por questões de privacidade. Ainda ontem o regulador britânico acusou a Google de “violação significativa” da lei de dados do Reino Unido, devido à recolha de imagens de carros particulares através do Street View.
Street View
É uma das aplicações de maior sucesso da Google, uma variação do Maps que permite ver as ruas de determinada cidade na perspectiva real. Este é um dos exemplos das aplicações criadas pela Google para a internet. Existem ainda ferramentas para observação do planeta Terra (Google Earth), da Lua ou até de Marte. Noutra perspectiva está o Google Docs ou o Picasa Web, que foram a primeira forma de ‘cloud computing’, para documentos de texto e fotografias, respectivamente.
Gmail
É uma das mais populares soluções de ‘e-mail’ do mundo e faz parte das ferramentas oferecidas pela Google. O Gmail já permite organizar o correio electrónico por prioridades ou pastas e é mais um serviço além daquilo que é possível encontrar associado ao motor de busca (imagens, notícias, livros, traduções, alertas). Esta página de pesquisa pode ser personalizada consoante a vontade de cada utilizador, através do iGoogle, no fundo uma página que permite ter a informação preferida organizada.
Chrome
A tecnológica está a apostar nos ‘browser’, quer para computador quer para ‘tablet’. O Google Chrome já começa a ganhar adeptos. Em Outubro, o Chrome já tinha uma quota de mercado de 8,47%, uma melhoria, embora ainda fique longe dos 59,65% do Explorer. Ainda este mês será lançado o Chrome OS, sistema operativo para ‘netbooks’. O pioneiro será um fabricante de equipamentos de Taiwan.
Blogger
Foi um ‘hype’ que durou vários anos, antes da expansão das redes sociais. Os blogues são, no fundo, páginas de internet pessoais, previamente criadas, sem as dificuldades de códigos e programação. A Google tem os seus próprios blogues, onde avança as suas últimas novidades. Dentro da lógica das redes sociais, o Orkut é a de maior sucesso, mas só em alguns países, como o Brasil. O Gmail possibilita o Google Talk, mensagens instantâneas associadas à conta de ‘e-mail’.
YouTube
Quando não é responsável pela criação de uma ideia, mas a considera interessante, a Google não se coíbe de avançar para aquisições. Foi o caso da plataforma YouTube, uma página de partilha de vídeos em que os utilizadores são os responsáveis pelo conteúdo. A Google comprou o YouTube em 2006, por mais de mil milhões de euros, e mantém-se hoje como um dos ‘sites’ mais populares. Já este ano, comprou mais de 20 empresas, muitas relacionadas com conteúdos para redes sociais.
Mundo ‘web’
Apesar de já estar a entrar em diversas áreas (ver caixas em baixo) a força da Google está nas ferramentas e aplicações online e para a gestão dos recursos de internet. Seja por via de aquisições, como no caso do Youtube, ou através de investigação dos laboratórios da tecnológica, a Google é hoje uma das maiores empresas tecnológicas do mundo.
Android
A aposta da Google no sistema operativo para ‘smartphone’ Android – e nas suas aplicações, que já ultrapassam as 100 mil – é a prova da tentativa de diversificação da actividade. Aliás, a aposta no equipamento Nexus One, apesar de abaixo das expectativas, demonstra o empenho da empresa nesta área. Além dos ‘smartphones’, o sistema operativo também está disponível para ‘tablet’, uma nova tendência de consumo, concorrendo directamente com o iOS, sistema operativo da Apple para o iPad.
Banda larga
Ainda está só em fase de testes, mas esta é a mais recente aposta da tecnológica.A Google está a avançar com testes em banda larga ultra rápida – a Google Fibra -, cujo objectivo é levar velocidade ultra-rápida de internet a pelo menos 50 mil pessoas e até 500 mil utilizadores, embora a localização ainda esteja por definir. A empresa chegou a acordo com a Universidade de Stanford para construir uma rede para as residências universitárias, um teste que estará operacional a partir de 2011.
Energia verde
A tecnológica foi muito criticada pelos ambientalistas devido aos elevados consumos de energia. Por isso, a Google empreendeu um programa de produção de energias renováveis para consumo próprio. A empresa apostou na energia eólica, investindo, em consórcio, num parque que irá abastecer 1,9 milhões de casas. A tecnológica criou a Google Energy e conseguiu, este ano, autorização do regulador norte-americano para vender o que produzir a mais.
AdWords
A publicidade online é a maior fonte de receitas da Google e a empresa tem várias ferramentas para potenciar este mercado. A principal é a AdWords, ou seja, os anúncios que surgem quando é feita uma pesquisa no motor de busca. A ferramenta, que celebrou este ano o décimo aniversário, teve um crescimento de 26% no número de utilizadores face ao ano anterior. Já a AdSense, detentor de um ‘website’ que permite que parte da sua página tenha anúncios da Google, conta com milhões de ‘sites’ afiliados da Google.
Google TV
Ainda é pouca a informação sobre a aposta da Google na área de media, mas a empresa quer que o utilizador possa aceder à internet através da televisão e ter os seus conteúdos disponibilizados da mesma forma que no computador. Associando-se à Sony e à Logitech, o novo conceito foi lançado este mês nos Estados Unidos, mas ficou longe de ser bem recebido: produtoras, como a ABC, NBC e CBS, bloquearam o acesso da Google aos seus conteúdos.
Fonte: Económico
Vencedores do Passatempo: O Valor de Nada
Novembro 10, 2010 by Inovação & Marketing
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Os Vencedores do Passatempo O Valor de Nada são:
1º – Pedro Henrique Mendes Palmeiro (ISCTE)
2º – Jorge Telmo Saldanha Guedes (SGCG)
3º – Rui Alberto Móia Praça Frias (Univ. Porto)
4º – Inês Salgueiro Torres (Univ. Aveiro)
5º – Patrícia Dias (CSO)
Parabéns aos Vencedores!!
Deixamos também a sugestão para que as restantes pessoas considerem a possibilidade de adquirir o livro, de forma a perceberem um pouco melhor o mundo em que vivemos.
Marketing: Venda de artigos de luxo na China deve crescer 23% este ano
Novembro 9, 2010 by Inovação & Marketing
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“Os consumidores de artigos de luxo desta década serão muito provavelmente chineses, do sexo masculino e jovens”, diz o estudo, elaborado pela consultora norte-americana Bain & Company.
Segundo o mesmo estudo, a China “está posicionada para se tornar já em meados da década o terceiro maior mercado de artigos de luxo do mundo”, a seguir aos EUA e Japão.
Pelas contas da Bain & Company, incluindo as compras feitas fora do continente, como em Macau ou Hong Kong, os chineses terão gasto o ano passado 156.000 milhões de yuan (16.700 milhões de euros) em artigos de luxo.
A China já é a segunda maior economia do mundo, à frente do Japão, e pelas previsões do Fundo Monetário Internacional deverá crescer este ano 10,5%.
Fonte: Oje – o Jornal Económico
Inovação: 8 lições de inovação do CEO da Tesco
Novembro 9, 2010 by Inovação & Marketing
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Terry Leahy revelou ainda os oito passos essenciais para transformar empresas em máquinas de faturamento, através de ideias inovadoras.
Confira:
1 – Encontrar as verdades – É preciso identificar a sua real imagem diante dos concorrentes e clientes. Ouvir o cliente e as pesquisas de mercado permitem descobrir como anda a reputação de uma empresa. Assim é possível analisar o comportamento e aquilo que realmente importa aos consumidores.
2 – Metas audaciosas – Metas audaciosas e em longo prazo permitem chegar mais longe.
3 – Visão, valores e cultura – Deixe seu consumidor saber quem é sua empresa, seus valores e que oferece. Marcas confiáveis deixam os clientes mais fiéis.
4 – Siga o cliente – São os clientes que estabelecem as prioridades, a estratégia, e não a concorrência. Fique próximo ao cliente, escute e saiba suas necessidades. Dessa forma eles irão valorizar a empresa. Um exemplo foi a Tesco Express que foi criada para atender as demandas de pessoas que moram sozinho.
5 – Pessoas, processos e sistemas – É preciso pensar nas pessoas, processos e sistemas em conjunto. É preciso trabalhar numa logística para que as ações sejam bem realizadas e os gastos sejam reduzidos.
6 – A competição é boa – Ter concorrentes é um processo democrático. Nela, o cliente escolhe o produto e serviço que oferece o melhor. A competição ajuda a aperfeiçoar negócios.
7 – O simples é melhor do que o complexo – As ações simples são mais rapidamente executadas e os sistemas simples custam menos. Isso inclui a comunicação. É muito importante aprender falar com seu público de forma sucinta, rápida e eficiente.
8 – Liderança – Um líder consegue levar as pessoas mais longe do que elas imaginam. Ele trabalha na auto-estima e confiança das pessoas. Todas as empresas precisariam construir a maior capacidade de líderes. Isso faz com que as pessoas assumam a responsabilidade e tomar decisões quando for necessário.
Terry Leahy
Leahy ingressou no curso de formação de gerentes da Tesco em 1979 e foi nomeado CEO em 1997. No início dos anos 2000, a rede quintuplicou seu número de lojas, que hoje é de mais de 4.800 unidades.
Fonte: Administradores
Marketing: Google diz não ao Facebook
Novembro 9, 2010 by Inovação & Marketing
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Lembra-se que, quando criou o seu perfil no Facebook, a rede social conseguiu importar automaticamente os seus contactos do Gmail? Pois bem, isso está para acabar. A Google anunciou que os contactos dos utilizadores do Gmail deixam de ser partilhados automaticamente com outros sites e serviços. Esta situação só se manterá mediante uma condição: a reciprocidade.
Trata-se de uma ferramenta poderosa. Com estas importações de contactos do Gmail para o Facebook, os utilizadores ficam automaticamente ligados a dezenas de amigos. Mas a Google quer acabar com ela porque, basicamente, acha que a maior rede social do mundo não está a jogar limpo.
Isto porquê? Porque o Facebook nunca permitiu o contrário: a exportação das informações de contacto dos amigos. Mesmo depois do lançamento das recentes funcionalidades, que permitem o download de dados que cada utilizador colocou online (fotos, vídeos, mensagens, eventos…), há uma coisa que continua de fora: os contactos, precisamente. O Facebook fornece uma lista dos nomes dos amigos de cada utilizador, mas não adiciona a essa lista nenhum e-mail, número de telefone nem nada que permita a outra rede social uma recriação do gráfico social de origem noutro lugar.
A Google explicou em comunicado, citado pelo site Tech Crunch que a Google está empenhada em fazer com que os contactos dos utilizadores possam entrar e sair dos produtos Google. “Muitos outros sites permitem aos utilizadores importar e exportar as suas informações, incluindo contactos, de forma rápida e fácil. Mas há sites que não o permitem, como o Facebook, que deixam os utilizadores num beco sem saída”, explica a empresa.
“Por isso, decidimos mudar ligeiramente a nossa abordagem para que os utilizadores entendam que uma vez importados os contactos para sites como o Facebook, eles ficam lá aprisionados. Os utilizadores continuarão a ter liberdade para exportar os seus contactos a partir dos nossos produtos para os seus computadores em formato aberto e, uma vez feito isto, poderão enviar os seus contactos para qualquer serviço que escolham. Porém, nós não iremos continuar a permitir que os sites venham buscar, automaticamente, os Google Contacts; a menos que estes também permitam uma exportação semelhante para outros sites”, indica ainda o mesmo comunicado.
“Esperamos que a reciprocidade seja um passo importante em direcção à criação de um mundo de verdadeira liberdade de dados e que esta nossa decisão encoraje outros sites a permitir aos seus utilizadores automatizarem a exportação dos seus contactos”, conclui o mesmo comunicado.
É mais uma batalha na guerra Google vs Facebook
A Google posiciona-se assim numa posição de abertura, sempre bem vista pelos utilizadores, mas que não haja dúvidas: esta é apenas a mais recente batalha na guerra entre a Google e o Facebook, que conseguiu aquilo que o gigante tecnológico nunca conseguiu verdadeiramente alcançar: a criação de uma rede social poderosa em todo o mundo.
O Facebook – que ainda não reagiu oficialmente a esta polémica – reclama que tem tido alguns problemas sensíveis com a exportação de contactos, mas isso nunca impediu a rede social de importar nenhum contacto que fosse. Mais: o Facebook conseguiu chegar a acordos com o Hotmail e com a Yahoo, permitindo a esses serviços de mail um acesso aos seus dados de contactos. A Google não fez nenhuma parceria com a rede social e por isso não teve acesso ao mesmo material.
Esta falta de reciprocidade não é a única a afectar a Google. No início deste ano, o Twitter também lançou um serviço que permitiria aos seus utilizadores saber quais dos seus amigos no Facebook também teriam conta no Twitter. Depois de alguma confusão inicial, o Facebook simplesmente bloqueou essa funcionalidade e, actualmente, ela permanece bloqueada.
Isto não significa que o Facebook se venha a ressentir com este “fecho de portas” por parte da Google. Por um lado – uma vez que os utilizadores podem simplesmente exportar os seus contactos Gmail para um documento que fica guardado nos seus computadores – a rede social poderá simplesmente pedir a cada novo utilizador que faça upload desse documento na hora de se registar. Por outro lado, segundo o Tech Crunch, o Facebook acabou de comprar uma empresa chamada Octazen, que é uma equipa de elite composta por profissionais que se dedicam apenas à importação de contactos e de dados pessoais.
Fonte: Público




