Inovação: Técnica de busca rastreia ideias mais influentes
Novembro 3, 2010 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
Cientistas da computação da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova maneira de rastrear as origens e a propagação de ideias.
Segundo eles, a técnica pode ajudar a avaliar a influência que será alcançada não apenas por artigos científicos, mas também por notícias que se tornam manchetes e alcançam grandes audiências, e até por comentários que “viralizam”.
Metamorfose da linguagem
O método se baseia em algoritmos de computador que analisam como a linguagem se metamorfoseia ao longo do tempo dentro de um grupo de documentos – sejam eles trabalhos de pesquisa em física quântica ou posts em um blog sobre política.
O resultado dessa análise na transformação da linguagem é uma avaliação de quais textos foram os mais influentes.
“A questão é ser capaz de administrar a explosão de informações possibilitada pelos computadores e pela Internet”, diz David Blei, explicando o elemento motivador da pesquisa.
“Estamos tentando entender como os conceitos são gerados e se modificam. Talvez você queira saber quem cunhou um certo termo, como ‘quarks’, ou pesquisar notícias antigas para descobrir onde foi o primeiro protesto contra a guerra nos anos 1960,” exemplifica ele, citando “primeiros casos” que depois se espalharam pelo mundo.
Blei afirma que a técnica poderá futuramente ser utilizada por historiadores, cientistas políticos e outros estudiosos para estudar como as ideias surgem e se espalham.
Ideias influentes
Mecanismos de busca, como o Google e o Bing, são exemplos de técnicas de localizar informações de muito sucesso. Mas os critérios usados por eles não refletem a influência que um artigo inicial teve ou terá.
Os cientistas também se interessam muito pelo assunto, na tentativa de quantificar o impacto de um artigo científico. Normalmente isso é feito contando o número de vezes que outros pesquisadores citaram o artigo.
Mas o que fazer quando se quer saber a influência de um post em um blog, de uma notícia de um jornal ou mesmo de uma patente registrada por um inventor?
Blei e seu colega Sean Gerrish decidiram se voltar para o próprio documento, analisando como a linguagem muda ao longo do tempo: documentos que se tornam influentes em um campo vão estabelecer novos conceitos e novos termos que vão mudar os padrões de palavras e frases usadas nos trabalhos posteriores.
“Pode haver um artigo que introduza, por exemplo, o laser, que será mencionado em artigos subsequentes”, explica Gerrish. “A premissa é que um artigo introduz a linguagem que será adotada e usada no futuro.”
Encontrando documentos esquecidos
A primeira versão do programa é capaz de analisar cada artigo e sua influência ao longo de décadas em três publicações científicas: Nature, Pnas e Antologia da Associação para a Linguística Computacional.
As publicações científicas foram escolhidas porque isso permitiu comparar o resultado do novo programa com o método tradicional de medir o impacto acadêmico de um artigo, que possui técnicas reconhecidamente eficientes de avaliação.
Os pesquisadores afirmam que seus resultados coincidiram com a avaliação tradicional em cerca de 40 por cento do tempo.
Mais importante, porém, eles descobriram artigos que tiveram uma forte influência sobre a linguagem da ciência, mas que não foram muito citados. Em outros casos, eles descobriram que artigos que foram citados com frequência não tiveram muito impacto sobre a linguagem utilizada em seu campo.
Os pesquisadores afirmam que não pretendem que seu modelo seja um substituto para a contagem do número de citações, mas que ele representa um método alternativo para medir a influência de um artigo.
Com a vantagem de que a técnica pode ser estendida para encontrar notícias, sites e documentos legais e históricos influentes.
Fonte: Inovação Tecnológica
InnovMark no Marketing Show 2010
Novembro 1, 2010 by Inovação & Marketing
Filed under InnovMark
Inovação: Conheça cinco projectos nacionais que ganharam bolsas milionárias de Investigação
Outubro 29, 2010 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
O Conselho Europeu de Investigação escolheu cinco investigadores portugueses e atribuiu-lhes bolsas superiores a um milhão de euros.
A imagem do cientista isolado no seu laboratório não lhes serve. Colaboram com institutos franceses, ingleses, norte-americanos e com várias instituições portuguesas para chegar aos resultados das suas experiências. Vão receber, dentro de um mês, o suficiente para cumprir um projecto em larga escala, para comprar equipamentos novos e para dar destaque internacional à sua investigação. Ou seja, bolsas de cerca de 1,5 milhões de euros do conselho Europeu de Investigação.
Para Bruno Santos, do Instituto de Medicina Molecular, da Universidade de Lisboa, “estas bolsas são muito importantes pelo prestígio que trazem e pela oportunidade de fazer projectos bem mais ambiciosos do que seria possível com uma bolsa típica. Podemos ambicionar a técnicas e a equipamentos que de outra forma não estariam ao nosso alcance”.
Com a bolsa de 1,5 milhões de euros que negociou com o Conselho Europeu de Investigação, Bruno Santos vai “investigar em detalhe como é que populações de linfócitos, isto é, glóbulos brancos que combatem infecções, se diferenciam, ou seja, como é que se tornam capazes de montar uma reposta contra a infecção”. As doenças de que vai tratar são a “malária e tuberculose, particularmente relevantes porque temos uma capacidade clara de obter melhores vacinas para doenças que matam milhões de pessoas”.
Hélder Maiato, do Instituto de Biologia Molecular e Celular, da Universidade do Porto, conta como conseguiu uma bolsa de 1,5 milhões de euros para “tentarmos perceber como é que determinados aspectos da dinâmica da célula no momento em que ela divide são coordenados de forma a assegurar que a informação genética contida numa única célula é transmitida à geração de células “filhas” de uma forma absolutamente fiel”. Hélder Maiato resume estes projectos numa frase: “nós estamos interessados em perceber a vida”.
No caso de Isabel Gordo, do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), o valor da bolsa, 1,167 milhões de euros, vai ser usado para “estudar a adaptação de bactérias na presença de um factor que elas encontram normalmente quando estão na transição entre passar de viver mutualisticamente connosco para serem patogénicas”. Mas, na prática, estas bolsas servem para pagar salários, “para empregar duas pessoas que já têm doutoramento e outras duas que queiram fazer o doutoramento” na investigação de Isabel Gordo e para comprar equipamento. Todos os projectos incluem a compra de um equipamento científico que custa cerca de 200 mil euros, o valor de uma bolsa da FCT. Além disso, lembra Isabel Gordo, “existe, em todas as bolsas para projectos, algo chamado ‘overhead’, uma quantidade de dinheiro, tipicamente 20%, que reverte para os gastos da instituição onde se vai realizar esse projecto”.
Teresa Teixeira teve direito a uma bolsa de 1,49 milhões de euros para um projecto que tem como “objectivo desvendar o chamado problema da replicação das extremidades de ADN e como este problema afecta o controlo da divisão celular “. É um mistério a resolver, “não nos podemos contentar com estas falhas de conhecimento quanto mais não seja pela importância que as pontas dos cromossomas têm no envelhecimento e cancro”, diz a investigadora, que trabalha no Institut de Biologie Physico-Chimique, em França.
Mónica Dias também recebeu “o valor máximo da bolsa”: 1,5 milhões de euros. A sua investigação na área da multiplicação das células vai poder contar, portanto, com um “microscópio específico, com maior resolução, que permite filmar ao vivo o que se passa dentro da célula”, conta a cientista, também do IGC. Além disso, a bolsa vai possibilitar dar “contratos de trabalho”, continua Mónica Dias, tocando num dos pontos sensíveis da investigação científica em Portugal. Para a cientista, “é uma das coisas a mudar na investigação no nosso país”, o facto de haver “investigadores a trabalhar com bolsas” de pós doutoramento.
Os impostos sobre a actividade científica são outro problema apontado pelas duas cientistas portuguesas contactadas pelo Diário Económico. “Se estiver a fazer investigação científica, a partir de 1 de Janeiro, vou pagar 23%. Isto não é muito competitivo”, reclama Isabel Gordo, apoiada por Mónica Dias.
“Este ano o ministério da Ciência resolveu, através da FCT, não financiar bolsas de doutoramento de cidadãos estrangeiros que venham trabalhar em Portugal”, aponta ainda Bruno Santos. Assim, a bolsa do Conselho europeu vai servir também para pagar “o salário da estudante de doutoramento que veio da Alemanha para iniciar este projecto”, conclui Bruno Santos.
O investimento em investigação em Portugal “tem sido uma prioridade nos últimos anos”, concordam os cientistas contactados pelo Diário Económico. Criou-se “massa crítica, com mais pessoas a investigar e mais instituições”, acrescenta Mónica Dias. No entanto, com a crise, diz Bruno Santos, “estamos a andar para trás”. E, sublinha, “este ano já se nota alguma quebra, mas o pior receia-se que ainda esteja para vir. E, nesse sentido, estas bolsas dão-nos uma enorme tranquilidade”.
Investigadores de topo:
– Mónica Dias vai “tentar perceber como uma célula normal regula o número” de centríolos (uma estrutura celular). “O que acontece no cancro, por exemplo, é que há mais ou a estrutura é anormal”.
– Hélder Maiato quer “perceber como toda a coreografia do processo de divisão celular é coordenada de forma a que a informação genética seja transmitida de forma fiel”.
– Isabel Gordo vai “estudar os passos que uma bactéria pode evoluir para escapar à predação” pelas células macrófagas que existem no nosso corpo.
– Bruno Santos vai “investigar em detalhe como é que populações glóbulos brancos que combatem infecções como é se tornam capazes de montar uma reposta contra a infecção”
– Teresa Teixeira quer “utilizar uma levedura como modelo experimental para estudar o problema de replicação das extremidades”. O projecto vai tentar “perceber como as pontas dos cromossomas lineares são duplicadas”.
Fonte: Económico
Marketing: Estudo coloca Portugal em 18.º nos gastos online
Outubro 29, 2010 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
Portugal surge na 18.ª posição numa lista que integra 22 países europeus, ordenados em função do dinheiro gasto, per capita, em compras, serviços e publicidade na Internet. O ranking faz parte de um estudo encomendado pela Google à empresa de consultoria Boston Consulting Group.
O relatório, publicado hoje, analisa, entre outros indicadores, o valor das transacções de comércio electrónico (tanto entre empresas, como em vendas a consumidores) e o investimento em publicidade online.
Abaixo de Portugal estão apenas a Suíça, Eslováquia, Itália e Grécia. Sem surpresas, a lista é encabeçada pelo Reino Unido (o país sobre o qual o estudo incide), Dinamarca e Alemanha (contando com os poucos países não europeus no estudo, o terceiro lugar é dos EUA).
Manuel Paula, da direcção da Associação do Comércio Electrónico e Publicidade Interactiva, explica que a penetração de computadores e de Internet de banda larga, onde Portugal ainda tem terreno a recuperar face aos países que tipicamente lideram estes rankings, é um dos entraves ao crescimento das vendas online.
Para além disto, Paula aponta outra “ameaça” ao crescimento das compras online: a transmissão de dados pessoais e o método de pagamento (os consumidores portugueses são tipicamente relutantes em fazer compras na Internet com cartão de crédito). “Há normalmente um sentimento negativo em torno do que acontece nos pagamentos online”, refere Manuel Palma.
A propósito do investimento publicitário, também contabilizado pelo Boston Consulting Group, Paula lembra que “o segmento online é o que mais cresce no mercado publicitário e está a crescer a dois dígitos”. Mas “é um nível de investimento que não está no patamar dos ingleses e dos nórdicos”.
O estudo, que diz respeito ao ano passado, não inclui detalhes para os países listados e tem por objectivo analisar a o impacto da Internet na economia do Reino Unido – que, segundo o Boston Consulting Group, representa já 7,2 por cento do PIB deste país, num total a rondar os 114 mil milhões de euros.
Este valor inclui, para além das vendas electrónicas, também os serviços de telecomunicações (como o acesso à Internet) e investimento em infra-estruturas de rede.
O documento refere que “a contribuição da Internet para a economia britânica é mais importante do que a indústria da construção ou o sector dos transportes”.
Fonte: Público
Marketing: Internet gera 115 mil milhões de euros no Reino Unido
Outubro 28, 2010 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
A Internet gerou em 2009 cerca de 115 mil milhões de euros no Reino Unido, o equivalente a 7,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) britânico, revela um estudo divulgado esta quinta-feira e que foi encomendado pela Google.
«A contribuição da Internet para a economia britânica é mais importante que a indústria da construção ou do sector dos transportes», refere o relatório elaborado pelo Boston Consulting Group (BCG).
Dos 115 mil milhões de euros (100 mil milhões de libras), 60% corresponde a consumo enquanto o resto incorpora os custos técnicos de ligação à Internet, o investimento em infra-estruturas e a despesa em serviços informáticos do Governo, escreve a Lusa.
De acordo com o estudo do BCG, a contribuição da Internet para o PIB britânico crescerá ao ritmo anual de 10%, pelo que a mesma representará 10% do PIB em 2015.
A nível global, o Reino Unido é a sexta economia onde a Internet é mais representativa. Os cinco primeiros são a Dinamarca, Coreia do Sul, Japão, Suécia e Holanda.
Fonte: Agência Financeira












