Accor faz da mobilidade um objectivo de gestão

Dezembro 17, 2006 by  
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A mobilidade dos colaboradores vai passar a ser um dos objectivos de gestão dos responsáveis da Accor. Isto porque a cadeia hoteleira tem uma nova equipa de gestão a nível internacional, que decidiu implementar novos valores na empresa – a conquista e a performance. Assim, e apesar da mobilidade e a expatriação já serem práticas correntes na Accor, a cadeia hoteleira decidiu definir objectivos concretos neste campo.

“A partir de 2007 vou passar a ter critérios de mobilidade nos meus objectivos de bónus anual, o que nunca tinha acontecido antes. Cada país propõe um objectivo que vai ter de cumprir”, explica Isabel Heitor, directora de recursos humanos da Accor. Para Portugal, a meta será “garantir que 17% dos directores e 16% das chefias intermédias mudem de cargo”, acrescenta. No total, são abrangidos 79 colaboradores, “29 directores de hotel e 50 heads of department”.

Esta política está alinhada com a estratégia de expansão da empresa, que “está a desenvolver-se em grande escala nos países do Médio Oriente, África e Ásia”, diz a responsável. No entanto, estes são países onde “não existem recursos humanos com muito know-how na área da hotelaria, o que implica que tenhamos que desenhar as carreiras dos nossos colaboradores e motivá-los” de forma a colmatar estas lacunas.

Outra das novas directivas da política de mobilidade da Accor é que um director de hotel não pode “estar mais de cinco anos numa unidade hoteleira, o que implica que a pessoa tenha de mudar”, salienta Isabel Heitor. Além de beneficiar a estratégia de expansão da empresa, esta norma ajuda também o próprio colaborador, defende a directora de recursos humanos. “Está mais que provado que para ser um bom director tem de se ter esta experiência internacional. Esta directiva é necessária pois a pessoa acomoda-se à equipa, tem dificuldade em conseguir entrar num espaço e perceber que qualquer coisa não está bem, começa a entrar numa rotina”, diz. Por outro lado, melhora as competências do funcionário. “É muito importante diversificar o conhecimento em termos da clientela, pois a abertura destes profissionais para o mundo e para as pessoas vai facilitar o acolhimento de clientes de outros países aqui”, refere.

Questionada sobre a adesão dos portugueses a estas iniciativas, Isabel Heitor reconhece que estes objectivos de “são muito difíceis”, pois os portugueses “não querem trabalhar a mais de 20 quilómetros de casa”, lamenta. Para facilitar a decisão, cada mudança tem um período de experiência de três meses. “Se as coisas não funcionarem, acolhemos as pessoas de volta.”



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