FMI agrava projecções

Novembro 7, 2008 by  
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A rápida deterioração da actividade económica e financeira dos países desenvolvidos nos últimos meses obrigou o Fundo Monetário Internacional a rever as projecções apresentadas há um mês, apontando agora para uma contracção média de 0,25 por cento da riqueza a criar no próximo ano, um corte de 0,75 pontos percentuais em relação à anterior projecção.

Num comunicado hoje divulgado, o FMI relembra que esta é a primeira vez, no pós segunda Grande Guerra de 1939-45, que as economias desenvolvidas entram em contracção da riqueza, apelando a políticas de “estímulos económicos” por parte dos governos.

Para nove das maiores economias mundiais, incluindo os EUA, a Alemanha, o Reino Unido, a França, a Espanha e o Japão, o Fundo projecta quedas do Produto Interno Bruto que vão desde os 0,3 por cento dos EUA e os preocupantes 1,3 por cento do Reino Unido.

Alguns destes países são os principais parceiros comerciais de Portugal na Zona Euro, pelo que a contracção anual, no próximo ano, de 0,7 por cento da Espanha, de meio por cento da França e de 0,8 por cento da Alemanha irão naturalmente penalizar a economia portuguesa – para a qual não existe uma actualização do seu PIB neste relatório de Novembro.

No caso espanhol, os técnicos do FMI antecipam a recessão económica (descida de 0,2 por cento do PIB) já para este ano, decorrente da crise aguda do mercado imobiliário e do sector da construção civil, acentuada pela crise financeira internacional.

No conjunto das economias desenvolvidas, a projecção do FMI aponta para uma queda de 0,3 por cento no próximo ano, contra uma progressão de 1,4 por cento deste ano.

As economias emergentes, que irão crescer 6,6 por cento este ano e 5,1 por cento no próximo, irão continuar a suportar alguma pujança mundial – que apresenta projecções de 3,7 por cento este ano e de 2,2 por cento em 2009.

Fonte: Público

Comentário: 2009 será seguramente um ano mais complicado do que o ano de 2008 em termos económicos. Veremos como é que países bastante expostos à economia internacional, como é o caso de Portugal, irão aguentar este “embate”.