Inovação: Pesquisadores brasileiros desenvolvem novos polímeros
Abril 23, 2012 by Inovação & Marketing
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Além de aplicações em áreas como medicina e meio ambiente, sistemas poliméricos nanoestruturados podem ajudar a baratear no futuro o material utilizado nas sacolinhas
A substituição das sacolas plásticas tradicionais por sacolas de polímeros biodegradáveis colocou novamente em discussão a necessidade de diminuir os impactos do descarte desse tipo de material no meio ambiente. Porém, essa troca ainda esbarra no alto custo dos poucos tipos de polímeros que são degradados em poucos anos pela ação de microrganismos e agentes naturais (biodegradáveis) – enquanto a decomposição dos polímeros convencionais leva séculos.
Uma nova categoria de materiais poliméricos, que são desenvolvidos por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pode, entre outras façanhas, ajudar a baratear os polímeros biodegradáveis disponíveis atualmente no mercado, além de dar origem a diversas soluções nas áreas da medicina e ambiente.
Possibilidades de desenvolvimento desses novos materiais, denominados sistemas poliméricos nanoestruturados, foram apresentadas na First São Carlos School of Advanced Studies in Materials Science and Engineering (SanCAS-MSE) – Primeira Escola São Carlos de Estudos Avançados em Engenharia e Ciências dos Materiais, realizada entre os dias 25 e 31 de março.
Realizado no âmbito da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), modalidade de apoio da FAPESP, o evento foi organizado pelo Departamento de Engenharia e Ciências dos Materiais (DEMa) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sob a coordenação dos professores Edgar Zanotto, Elias Hage Junior e Walter Botta Filho.
Por meio de um Projeto Temático, realizado com apoio da FAPESP, os pesquisadores da UFSCar começaram a desenvolver e a caracterizar nos últimos anos diversos materiais nanoestruturados.
Compostos por partículas de materiais cerâmicos e poliméricos, com dimensões em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro), dispersas em uma matriz polimérica, esses novos materiais apresentam melhores propriedades mecânicas, ópticas e de transporte do que os polímeros convencionais.
“A combinação de nanopartículas com a matriz polimérica confere melhores propriedades mecânicas, ópticas e de transporte ao plástico final. No caso, por exemplo, de produtos como sacolas plásticas, também possibilita diminuir a quantidade de polímero biodegradável e o custo do material final, melhorando suas propriedades mecânicas e de transporte e mantendo a capacidade de mais rápida degradação em comparação com os polímeros tradicionais”, disse Rosario Elida Suman Bretas, professora da UFSCar e coordenadora do projeto, à Agência FAPESP.
Esses novos sistemas poliméricos nanoestruturados têm diversas aplicações na área de embalagens, uma vez que diversos polímeros comerciais possuem limitações para serem utilizados para esse fim, como não apresentarem a transparência necessária.
Ao misturá-los com outros polímeros em escala nanométrica que apresentam um comportamento mais adequado para serem utilizados como embalagem, originando o que se chama de nanoblenda, é possível melhorar as propriedades e manter o sistema polimérico transparente.
“As propriedades mecânicas dos dois polímeros são modificadas quando eles são misturados. Às vezes um reforça ou melhora a estabilidade química do outro”, disse Hage, um dos pesquisadores principais do projeto.
Outras possíveis aplicações desses novos materiais são na medicina, para o desenvolvimento de nanofibras poliméricas que servem de suporte de crescimento e diferenciação de células-tronco.
Formadas por polímeros com diâmetro nanométrico, nos quais são incorporadas nanopartículas de compostos biocompatíveis com o corpo humano, como a hidroxiopatita (mineral que representa 70% da composição dos ossos), as nanofibras compõem um emaranhado que é muito parecido com a matriz extracelular, que sustenta as células humanas. Ao colocar células sobre esse emaranhado de nanofibras, elas se sentem “em casa” e se ancoram no material, conforme observaram os pesquisadores do DEMa em trabalhos realizados em conjunto com cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de Strasbourg, na França.
“O plástico tem proporcionado saídas espetaculares em certas áreas como a medicina devido ao fato de a maior parte dos polímeros ser biocompatível com o corpo humano”, disse Bretas.
Na área ambiental, uma das possibilidades de aplicação dos sistemas poliméricos nanoestruturados está em sensores para medir pH (acidez). Os pesquisadores acabaram de desenvolver um tecido com essa finalidade, composto pela incorporação de polianilina (um polímero que muda de cor de acordo com a condutividade) na forma nanométrica disperso em outro polímero, a poliamida 6 (náilon).
“Estamos desenvolvendo esses produtos em escala de laboratório e ainda deverá levar um tempo para serem produzidos em escala industrial, principalmente porque são caros e é preciso incorporar um gasto de energia muito maior do que necessário para produzir os polímeros convencionais”, disse Bretas.
Um dos desafios tecnológicos com que os pesquisadores se defrontam para realizar essas misturas de polímeros é compatibilizar as características deles. Apesar de terem a mesma origem (são todos orgânicos), eles apresentam propriedades e características diferentes.
Outro grande desafio é dispersar e distribuir as partículas em escala nanométrica dentro da massa geralmente fundida da matriz de polímero que, em função de suas forças viscoelásticas, faz com que as nanopartículas se agreguem, formando aglomerados – enquanto o ideal é que as nanopartículas permaneçam longe uma das outras para, dessa forma, reforçarem as propriedades do plástico final. “É como se tentasse pegar mel quente e distribuir dentro dele partículas que são invisíveis a olho nu”, comparou Bretas.
Para produzir esses novos materiais, os pesquisadores utilizam os mesmo equipamentos empregados para produção dos plásticos convencionais, como extrusoras. Entretanto, de acordo com Bretas, talvez será preciso, no futuro, utilizar outros processos.
Aulas práticas
Durante a Primeira Escola São Carlos de Estudos Avançados em Engenharia e Ciências dos Materiais, os pesquisadores da UFSCar deram aulas práticas aos estudantes de pós-graduação brasileiros e estrangeiros participantes sobre como desenvolvem e caracterizam nanocompósitos poliméricos, utilizando os equipamentos de que dispõem no DEMa.
As atividades complementaram as aulas teóricas proferidas por cientistas estrangeiros especialistas em processamento e propriedades de compósitos poliméricos, como József Karger-Kocsis, professor de engenharia de polímeros da Budapest University of Technology and Economics, na Hungria, Ica Manas-Zloczower, professora da University Cleveland, em Ohio, e Ramani Narayan, professor da Michigan State University, as duas últimas nos Estados Unidos.
Referência na área de polímeros à base de outras matérias-primas que não o petróleo, como da cana-de-açúcar, Narayan demonstrou em sua palestra a importância em termos energéticos desse tipo de plástico, denominado biobase, que apesar de ser proveniente de fonte renovável demanda o mesmo tempo para ser degradado do que os polímeros utilizados, por exemplo, nas sacolas plásticas convencionais.
Fonte: Exame Brasil
Inovação: 3 dicas essenciais para pensar de forma estratégica
Abril 23, 2012 by Inovação & Marketing
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Embora a inovação seja o principal requisito para um profissional atualmente, muitas pessoas ainda pensam de maneira “engessada” e antiga. Isso faz com que você não tenha nada de novo para oferecer aos seus superiores, te mantendo sempre na mesma posição, sem perspectivas de crescimento.
Para se destacar, é necessário pensar de forma estratégica. O pensamento estratégico requer dedicação e percepção do ambiente no qual você está envolvido. Mas como fazer isso? Confira os 3 passos essenciais para desenvolver o pensamento estratégico:
Para pensar de maneira estratégica
1. Avalie sua empresa
Faça pesquisas e descubra quais são as alternativas e recursos dos quais a companhia dispõe. Depois disso, você vai precisar “ligar os pontos”, ou seja, entender de que forma esses recursos podem ser úteis para alcançar o seu objetivo – tanto dentro da empresa quanto para o desenvolvimento da sua carreira. Mantenha em mente que esse processo pode levar algum tempo, então não se desespere. Tenha calma ao avaliar as suas chances, leve um tempo para refletir sobre as suas descobertas.
2. Separe estratégia de execução
Depois de entender quais são as suas chances, trace uma espécie de mapa com a sua estratégia. Isso pode ser feito até mesmo no modelo de uma check-list. Esse mapa deve ser uma descrição de cada passo que você deverá tomar para chegar onde pretende. Depois de estabelecida a estratégia, comunique isso à sua equipe e lembre-se de que é importante ser flexível. Aceite as opiniões das outras pessoas do seu time. No entanto, isso não significa ficar parado, esperando que as coisas aconteçam. Aja de maneira rápida. Quando vir uma oportunidade, seja pró-ativo.
3. Gerencie os seus recursos
Não aqueles recursos materiais, que você já identificou que estão disponíveis, e sim aqueles que dependem de você. Aprenda a confiar nos seus sentidos quando for tomar uma decisão. Tente organizar as suas necessidades em ordem de importância, saiba como identificar e dar prioridade ao que é mais urgente. Outra característica importante para quem quer pensar de forma estratégica é saber delegar funções. Por mais que seu projeto tenha significado pessoal, você deve aprender a contar com a sua equipe. Identifique os pontos fortes de cada um e delegue funções nas quais você sabe que poderá confiar neles.
Fonte: Universia Brasil
Inovação: Universidades desafiadas a apoiar empreendorismo capaz de gerar valor
Abril 22, 2012 by Inovação & Marketing
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O Governo pede às universidades envolvidas em programas de empreendedorismo projetos mais “objetivos”.
Recomendação transmitida na Universidade de Aveiro (UA), sexta-feira ao final da tarde, pelo secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira, ao encerrar a 12ª edição do Fórum 3E (Emprego, Empresas, Empreendedorismo).
São necessários projetos que permitam “fomentar a criação de empresas para trazer valor” às instituições que atribuem incentivos e, em última instância, ao País.
A taxa de desemprego jovem de 35% é vista pelo governante como “um paradoxo”, já que o País “não se pode dar ao luxo de desperdiçar a geração mais qualifcada de sempre, quando há empresas que necessitam como ´pão para a boca´ de novas dinâmicas e competências”.
O Ministério da Economia e Emprego prepara mecanismos para fomentar a inserção no trabalho através da iniciativa “Estimulo 2012” ou dos “Programas de emprego jovem”
Das universidades, espera um novo contributo, para “empreender dentro das organizações que já existem”.
O secretário de Estado considerou, por isso, um exemplo a replicar o Bosch Pre-Master Program com a UA, que permitirá estágios profissionalizantes, entre outras atividades formativas.
Carlos Duarte alertou para maior seletividade dos apoios a atribuir. “Temos de nos focar nos resultados, apoiar o que gera valor e não vive de projetos do QREN, para além de alavancar algum investimento”. As empresas devem provar que dão “passos na sua sustentabilidade”, cativando clientes, por serem necessárias respostas às dificuldades do pais.
O reitor da UA mostrou “alinhado” com as propostas do Governo de “usar a qualificação avançada, nomeadamente os doutores, no desenvolvimento das empresas através de atividades de cooperação”, como a iniciativa lançada agora com a Bosh a partir de Aveiro.
Manuel Assunção concordou com a necessidade de incentivar “estágios com teses em contexto empresarial” para criar “um ambiente de simbiose” que permita “à cabeça surgirem lógicas de valor acrscentado”.
Fonte: Diário de Notícias
Marketing: Vendas de empresas melhoraram após o uso de mídia sociais, diz estudo
Abril 22, 2012 by Inovação & Marketing
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Um levantamento do Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado (Ibramerc) constatou que as empresas (B2C) tiveram melhores vendas depois da adoção de redes sociais. O dado parte da opinião de 41% dos empresários entrevistados, sendo que destes, 9% afirmaram que houve um grande crescimento. A pesquisa foi realizada 400 gerentes e diretores dos ramos B2B e B2C.
Segundo a pesquisa, os profissionais da área de marketing e vendas têm adotado as mídias sociais como ferramenta de apoio às ações de divulgação de produtos, serviços e ampliação dos efeitos de seus projetos de marketing.
De acordo com a análise, 93% dos líderes do segmento B2C afirmaram utilizar as mídias sociais como utensílio de apoio aos negócios. Já no segmento B2B, o número foi pouco menor, entretanto também representou a maior parte com 84%.
Dentro dos dois universos a área responsável pelo monitoramento e atualização destas mídias é em sua maioria o Marketing. De acordo com Henrique Gasperoni, diretor de projetos e operações do Ibramerc, isso acontece porque a ferramenta é usada como meio de interação com os clientes.”Por ser utilizada como ligação entre empresa e cliente ou empresa e empresa, as estratégias de comunicação provêm do marketing, pois são táticas de vendas e divulgação”, explicou o executivo.
Fonte: Administradores
Inovação: Governo quer estacionamento grátis para carros elétricos
Abril 22, 2012 by Inovação & Marketing
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O Governo quer garantir que os carros elétricos têm estacionamento grátis nos centros urbanos e ainda que estes possam circular nas faixas de rodagem dedicadas aos transportes públicos.
Estas são duas das metas do novo plano de apoio às renováveis que está agora para consulta pública no site da Direcção Geral de Energia (DGE) e que reforça a aposta nos carros elétricos mas congela os apoios às renováveis.
De acordo com esse plano, no caso do estacionamento gratuito, o Governo pressupõe negociações com as empresas de parques de estacionamento, por exemplo a EMEL. Já a outra medida pode implicar uma negociação com as autarquias.
Outro objetivo passa por manter a redução ou isenção do Imposto Sobre Veículos e/ou do Imposto Único de Circulação para este tipo de carros.
Medidas que o Governo considera de baixo custo e que permitirão, segundo o documento disponível no site da DGE, aumentar o número de veículos elétricos em Portugal a uma taxa de crescimento médio anual de 72%, o que perfaz 26,2 mil carros destes em 2020. Contudo, para o Governo, este é mesmo um cenário conservador, sendo que as estimativas podem mesmo atingir os 53,4 mil carros em 2020.
Todos estes incentivos não financeiros podem ser, no entanto, insuficientes ou minados pelo facto do Governo querer acabar com o apoio financeiro de cinco mil euros dado na compra de carros elétricos.
Fonte: Dinheiro Vivo



