Inovação: Obama quer investir em energia e ciência em Portugal

Novembro 22, 2010 by  
Filed under Notícias

O líder da maior potência mundial, presente na Cimeira da NATO, anunciou que quer reforçar os investimentos no País, sobretudo nas áreas das energias renováveis e da ciência.

Receber elogios de Barack Obama é só por si um motivo de vaidade para qualquer político. Melhor é conseguir, em simultâneo, que o Presidente da potência mais poderosa do mundo assuma o reforço de investimentos em Portugal. E ontem, Sócrates arrecadou os dois prémios. Com Lisboa a servir de palco para uma das mais importantes cimeiras deste início de século – a da NATO -, Sócrates ouviu Obama enaltecer o seu “pacote vigoroso” de medidas para consolidar as contas públicas e deixar a garantia de que os EUA vão reforçar a presença em Portugal na ciência e nas energias renováveis.

Boas notícias, numa altura em que Portugal precisa urgentemente de investimento na economia e em que Sócrates tem estado debaixo de fogo cerrado com a forte pressão dos mercados.

A presença de Obama na cimeira da NATO, traduziu-se num conjunto de encontros bilaterais que prometem reforçar as relações entre Portugal e EUA. As energias renováveis e a ciência foram os focos destes encontros, com Obama a mostrar-se “impressionado” com os avanços portugueses neste sector e a sublinhar que deve haver um “aprofundamento” da cooperação entre os dois países “no comércio, investimento, ciência e tecnologia”.

Fonte: Económico

Inovação: Como a inovação deve garantir 40% das vendas na 3M

Novembro 22, 2010 by  
Filed under Notícias

São Paulo – Nem toda invenção é inovação. Para alcançar este status, o objeto precisa se tornar um produto comercial, economicamente viável e que dê retorno a todos. Essa é a visão que guia o processo de inovação na 3M. Com 55.000 itens diferentes em seu portfólio, a empresa investe pesado nas novidades para alcançar o objetivo de ter 40% de suas vendas vindas de produtos novos (de até cinco anos de idade), em 2014. A empresa não divulga o índice atual, mas, historicamente, a meta global estipulada sempre foi 30%. A partir deste ano é que a companhia optou por uma postura mais agressiva, aumentando seu objetivo. “Todo mundo precisa ser inovador, não apenas criativo, para crescer. Ser uma empresa inovadora não é apenas lançar um produto novo ou outro, mas é fazer isso sempre”, afirma Luiz Eduardo Serafim, gerente de marketing corporativo da 3M.

Fundada em 1902 como uma companhia de mineração, a 3M mudou ao longo do tempo e se manteve aberta a iniciativas diferentes. Hoje, a empresa permite que seus cientistas e pesquisadores dediquem 15% de seu tempo de trabalho a projetos de seu interesse e paixão, o que pode resultar em novos produtos. Como parte de seu modelo de negócios, a 3M também investe 6% das suas vendas em pesquisa e desenvolvimento. Para facilitar o engajamento dos trabalhadores da companhia nessa cultura, a empresa estipulou princípios para promover a inovação constante. Confira.
Delegue responsabilidades e prepare as lideranças. Para inovar é preciso saber distribuir, descentralizar e confiar nos funcionários. Se a chefia não dá liberdade aos funcionários para pensarem fora do estipulado por suas funções, a inovação não ocorrerá. Para isso, é preciso que os líderes sejam preparados e engajados nessa cultura.
Estimule o empreendedorismo e reconheça os melhores. A 3M entende empreendedorismo como um conjunto de ações voltadas para um desempenho cada vez melhor. Uma delas é a política de permitir que os cientistas dediquem 15% de seu trabalho a algo que amam fazer. A avaliação do funcionário focada na capacidade de inovação, a autonomia dos líderes e equipes para propor novos projetos, os treinamentos e os incentivos e canais para apresentação de ideias são outros quesitos que caracterizam o espírito empreendedor, para a empresa.
Assuma riscos e tolere o erro. “O ex-presidente da 3M, William L. McKnight,falava que os líderes muito críticos em relação a erros cometidos matam a iniciativa. Ele estava certo”, diz Luiz Eduardo. O gerente de marketing corporativo da 3M deixa claro que tolerar o erro não é aceitar a negligência, mas valorizar a iniciativa de quem tem interesse por trazer novidades, mesmo com o risco de dar errado.
Vença os obstáculos. “A cada 3.000 ideias propostas, apenas uma vira um produto comercial na 3M”, afirma Luiz Eduardo. Mesmo com este índice tão pequeno, ele incentiva sempre a persistência e cita o caso da invenção do Post-it, o bloco de papel adesivo para colar recados. Ele conta que, na época, um cientista queria criar uma super-cola, mas não conseguiu acertar a fórmula, criando um material pouco adesivo. Um tempo depois, percebeu que aquela cola fraca poderia ser usada em um papel de recados, que não danificaria as superfícies onde fossem colados.
Continue crescendo, com foco no futuro. Não adianta desenvolver novos produtos sem pensar nos usos e recursos dos próximos anos. Em uma época em que a tecnologia está cada vez mais avançada e as novidades ficam obsoletas cada vez mais rápido, é necessário se antecipar às tendências para não ficar para trás. Ao mesmo tempo, é preciso ter em mente inovações sustentáveis, que não comprometam o crescimento da empresa no futuro.
Trabalhe pensando a curto e longo prazo. Chefes normalmente estão focados nos resultados momentâneos, mas essa postura perde a força se não houver planejamento das ações no longo prazo. Para a 3M, é necessário organizar o tempo para que todos os recursos sejam aproveitados de forma sustentável e garantam o futuro da empresa por muito tempo.
Aposte na diversidade. A inovação pode estar em vários lugares, plataformas e dispositivos, por isso, é importante estar atento às várias possibilidades que surgem nesse processo. Um leque grande de produtos inovadores pode manter a empresa em posição favorável no mercado.
Desenvolva ao máximo suas competências centrais. Não importa o negócio, é importante que a empresa saiba desempenhar da melhor maneira aquilo que ela se propõe, seu DNA. Os processos e produtos da companhia devem ser conhecidos a fundo, desenvolvidos e evoluídos para ter sucesso.
Proximidade com o cliente. Hoje chamado de inovação aberta, o contato com o cliente foi determinante para a criação de vários produtos da 3M. Luiz Eduardo conta que, em 1923, a empresa ainda fabricava apenas lixas, quando um funcionário foi visitar um cliente que estava pintando sua casa. “O cliente contou que tinha muita dificuldade em fixar o papel de jornal nas paredes para protegê-las. Até então tudo era amarrado e embalado com barbante. Foi aí que o funcionário pensou em criar uma fita adesiva que facilitasse a vida do cliente, dando origem à fita crepe”, diz.
Faça o que você mais gosta de fazer. Este ponto está ligado à paixão para desempenhar o trabalho. Sem pessoas motivadas e com vontade de criar coisas novas, não há como se tornar uma empresa realmente inovadora e competitiva.
Fonte: Exame Brasil

Inovação: Internet do futuro. Vamos vender Wi-Fi a partir de casa

Novembro 22, 2010 by  
Filed under Notícias

Espécie de microgeração de internet será possível dentro de alguns anos e está a ser estudada pela equipa do Técnico que participa num projecto co-financiado pela Europa.

Montar um ponto de acesso e vender Wi-Fi a partir de casa é um dos próximos grandes negócios da internet. Qualquer consumidor poderá tornar-se num fornecedor intermédio de serviço, tal como hoje já acontece com as redes eléctricas no modelo de microgeração.

Quem o garante é o professor Luís Correia, que lidera o grupo de engenheiros do Instituto Superior Técnico que participa no consórcio europeu SAIL – Scalable and Adaptive Internet Solutions. A equipa portuguesa do IST está encarregue das tecnologias de virtualização do futuro – para que seja possível fornecer rede em moldes parecidos com os que os operadores móveis virtuais usam para fornecer serviço, através da rede de outros operadores.

“Nas redes do futuro, a virtualização vai ser levada ao próximo nível, isto é, permitir que as pessoas vendam rede a partir de casa”, explica ao i o professor do Técnico. “Posso ter um ponto de acesso em casa e vender Wi-Fi às pessoas que estão em redor do prédio ou aos vizinhos”, concretiza.

Para que isto aconteça, é necessário que haja um salto tecnológico na capacidade das redes e dos nós que as ligam. O professor aponta para o horizonte temporal de 2020, tendo como referência os ciclos de evolução das telecomunicações – os maiores avanços têm acontecido de dez em dez anos. Por outro lado, também é necessário encontrar um modelo comercial adequado.

“O que estamos a fazer no Instituto Superior Técnico é o desenvolvimento dos aspectos tecnológicos, o algoritmo”, adianta o professor, sublinhando que “a internet do futuro vai usar redes virtuais, aquilo a que chamamos cloud networking”. A equipa do Técnico está por isso a trabalhar de perto com algumas das maiores fabricantes do sector das telecomunicações: a Alcatel-Lucent na Alemanha, a Nokia Siemens na Finlândia e a Ericsson na Suécia. Um dos maiores desafios é o facto de o consumo de dados aumentar dez vezes a cada dois anos, o que obriga a que cada vez mais seja necessário garantir capacidade em todos os tipos de acesso à internet.

“É um projecto de muita tecnologia”, reconhece Luís Correia, detalhando que a equipa também está a trabalhar em vários cenários futuros de utilização. Um desses cenários é a criação de comunidades ad hoc, de forma muito mais complexa do que o que existe hoje. Estamos a falar da criação de grupos instantâneos e em tempo real, com base na localização geográfica e nos interesses dos utilizadores. Por exemplo, uma comunidade de fãs da série “Lost” que se encontram, por acaso, num aeroporto ou num centro de congressos.

Outro dos objectivos do consórcio, que reúne 24 operadores e instituições académicas na Europa, é desenhar o próximo protocolo para a internet – além do IPV6, que é a geração que se segue. O protocolo IP já está velho e não será capaz de suportar os serviços que se projectam para a internet dentro de dez anos. Estamos a falar, em última análise, de uma migração total para um novo tipo de protocolo – que será faseada e vai decorrer mais ou menos como está a ser feita a transição da televisão analógica para a digital.

Este projecto tem um valor global de 20 milhões de euros e é co-financiado pela União Europeia em 12,4 milhões. Também inclui o pólo de desenvolvimento da Portugal Telecom Inovação em Aveiro, e irá decorrer até Dezembro de 2012, tendo-se iniciado em Julho.

Fonte: Jornal i

Inovação: Instituto Pedro Nunes venceu prémio internacional

Novembro 22, 2010 by  
Filed under Notícias

O Instituto Pedro Nunes (IPN), venceu o prémio internacional de Melhor Incubadora de Base Tecnológica do mundo, evidenciando-se entre 50 concorrentes de 26 países, anunciou hoje a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Em comunicado, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra anunciou hoje que a «atribuição deste prémio é baseada na análise de uma combinação de 25 indicadores de performance da própria incubadora e das empresas incubadas».

Segundo o documento, a IPN Incubadora foi premiada pelos «excelentes resultados» ao nível de um modelo de negócio autosustentado com forte retorno do investimento público, de uma taxa de sobrevivência das empresas incubadas superior a 80 por cento, por um volume de negócios agregado superior a 70 milhões de euros, e na criação de mais 1500 postos de trabalho directos, «muito qualificados», desde o seu inicio de actividade.

Fonte: Diário Digital

Marketing: 13 mercados vistos à lupa

Novembro 19, 2010 by  
Filed under Notícias

As geografias são múltiplas mas convergem numa única direcção. São países que oferecem oportunidades de negócios às empresas que se querem internacionalizar. A Espírito Santo Research fez o retrato-robô e analisou o estado da economia de cada um deles. Veja com o que pode contar se está a pensar internacionalizar a sua empresa para um destes 13 países.

POLÓNIA

População em 2010 (milhões): 38.1
PIB per capita em 2010 (euros): 8262.8
Inflação em 2010: 2.4%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 72/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 39/139
Risco Cosec (1 a 7): 2
Sociedades portuguesas que exportaram para a Polónia (2009): 564
Percentagem de empresas exportadoras nacionais presentes na Polónia (2009): 3.2%
Produto mais exportado: Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis

ANÁLISE:
A Polónia é uma das economias com melhor desempenho na região. A recuperação da actividade vai prosseguir nos próximos trimestres, suportada em grande parte por um forte investimento público – estimulado pela realização do Campeonato Europeu de Futebol. Em 2011 o PIB deverá situar-se nos 3.7% contra os 3.4% deste anos. O Banco Central poderá elevar, em 2011, a taxa de juro de referência de 3.5% para 4%.

ÁFRICA DO SUL

População em 2010 (milhões): 49,9
PIB per capita em 2010 (euros): 5.092.4
Inflação em 2010: 5.6%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 34/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 54/139
Risco Cosec (1 a 7): 3
Sociedades portuguesas que exportaram para a África do Sul (2009): 448
Produto mais exportado: Obras
de cortiça natural e produtos de tabaco.

ANÁLISE:
Após vários anos de crescimento sustentado, pela primeira vez desde 1992, a economia sul-africana entrou em recessão, com o PIB a recuar 1.8% em 2009. Em 2010, um conjunto de políticas governamentais, (nomeadamente medidas de estímulo fiscal) e a recuperação da procura interna por via da realização do Mundial de Futebol impulsionaram a economia prevendo-se um crescimento do PIB.

ANGOLA

População em 2010 (milhões): 17.8
PIB per capita em 2010 (euros): 4.793
Inflação em 2010: 15%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 169/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 138/139
Risco Cosec (1 a 7): 6
Sociedades portuguesas que exportaram para a Angola (2009): 7.845
Produto mais exportado:
Construção, cerveja e móveis.

ANÁLISE:
Em 2010, a aceleração da actividade económica suporta-se no aumento das receitas petrolíferas e num maior dinamismo dos sectores não-energéticos (construção, serviços, agricultura, etc.). O acordo com o FMI para a concessão de um empréstimo num montante até USD 1.4 mil milhões e a atribuição de rating por parte da Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch, ajudou a fazer face ao desequilíbrio da balança corrente. Perante a pressão sentida sobre as reservas externas líquidas, as autoridades decidiram abandonar o peg que a moeda angolana tinha face ao dólar norte-americano.

ARGÉLIA

População em 2010 (milhões): 35.5
PIB per capita em 2010 (euros): 3211.3
Inflação em 2010: 5.5%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 136/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 86/139
Risco Cosec (1 a 7): 3
Sociedades portuguesas que exportaram para a Argélia (2009): 231
Produto mais exportado:
Barras de ferro e aço não ligado; transformadores e conversores eléctricos.

ANÁLISE:
Indicadores sugerem uma forte dependência da economia argelina em torno do sector energético. Os hidrocarbonetos representam 29% do PIB, 70% das receitas governamentais e 98% do total das exportações. O Governo argelino definiu a “diversificação da economia” como prioridade e tem vindo a incentivar o investimento em outras actividades. No entanto, no decurso deste ano promulgou um conjunto de iniciativas que visam um controlo mais apertado, por parte do Estado, relativamente ao investimento directo estrangeiro.

BRASIL

População em 2010 (milhões): 193.3
PIB per capita em 2010 (euros): 7 509.2
Inflação em 2010: 5%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 129/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 58/139
Risco Cosec (1 a 7): 3
Sociedades portuguesas que exportaram para a Brasil (2009): 1.069
Produto mais exportado: Azeite e minérios de cobre.

ANÁLISE:
A queda do desemprego em Agosto (para 6.7% da população activa) reforça o cenário de uma procura interna forte e de uma ligeira tendência de subida da inflação. Taxa SELIC deverá manter-se inalterada em 10.75% até final do ano, mas pressão para nova subida dos juros deverá ser mais visível no início de 2011. Apreciação do BRL face ao USD (para USD/BRL 1.71) é negativa para as exportações.

CABO VERDE

População em 2010 (milhares): 523
PIB per capita em 2010 (euros): 1 970.6
Inflação em 2010: 1.8%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 146/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 117/139
Risco Cosec (1 a 7): 5
Sociedades portuguesas que exportaram para a Cabo Verde (2009): 2.773
Produto mais exportado: Cimentos hidráulicos e móveis.

ANÁLISE:
Cabo Verde é uma pequena economia aberta muito condicionada pela conjuntura externa, o que se explica pela dependência face às importações de energia e de alimentos e face aos fluxos de capitais oriundos do estrangeiro (p.e., remessas de emigrantes e donativos). É uma economia terciarizada, onde os serviços (incluindo o turismo) representam mais de 70% do PIB, sendo a indústria pouco desenvolvida (essencialmente ligada aos têxteis, calçado e pescas).
O outlook para Cabo Verde mantém-se favorável. A recuperação da economia mundial, o crescimento do investimento directo estrangeiro, em áreas como o turismo e a construção, a evolução favorável das reservas externas (que confere uma grande estabilidade às políticas monetária e cambial) e a prudência na política orçamental conferem optimismo para o desenvolvimento, que deverá apresentar taxas de crescimento do PIB entre 5-6%, nos próximos anos.

CHINA

População em 2010 (milhões): 1.341.4
PIB per capita em 2010 (euros): 3 071.5
Inflação em 2010: 3.5%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 89/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 27/139
Risco Cosec (1 a 7): 2
Sociedades portuguesas que exportaram para a China (2009): 732
Produto mais exportado: Mármores, granitos e hidrocarbonetos.

ANÁLISE:
Apesar de ligeira desaceleração no 3º trimestre, o crescimento do PIB manteve-se bastante forte, em 9.6% v.h. (compara com 10.3% y-o-y no trimestre anterior). Apesar dos esforços anteriores para arrefecer o crescimento da actividade, a procura interna mantém-se muito dinâmica, com as vendas a retalho a subirem 18.8% (y-o-y) e de investimento fixo 24.5% (y-o-y) no mês de Setembro. A taxa de juro de referência a 1 ano subiu de 5.33% para 5.56%.

EUA

População em 2010 (milhões): 310.3
PIB per capita em 2010 (euros): 33 798.7
Inflação em 2010: 1.4%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 4/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 4/139
Risco Cosec (1 a 7): 1
Sociedades portuguesas que exportaram para a EUA (2009): 1.988
Produto mais exportado: Óleos de petróleo e hidrocarbonetos .

ANÁLISE:
A economia mundial está a atravessar um período de recuperação global em diferentes velocidades: crescimento forte nos mercados emergentes, moderado nos EUA e Zona Euro core; e crescimento baixo, ou negativo na periferia da Zona Euro. A procura de um mais forte ritmo de crescimento tem conduzido a políticas monetárias expansionistas nos EUA que contribuem para a depreciação do dólar. A expectativa para o 3º quadrimestre de 2010, em função de um défice comercial menor do que o esperado, aponta para 1.9% em termos anualizados (em ligeira aceleração face a 1.7% no 20 trimestre) mas inferior ao necessário para reduzir o desemprego.

ÍNDIA

População em 2010 (milhões): 1.215.9
PIB per capita em 2010 (euros): 843.4
Inflação em 2010: 13.2%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 133/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 51/139
Risco Cosec (1 a 7): 3
Sociedades portuguesas que exportaram para a Índia (2009): 429
Produto mais exportado: Peças para rádios e antibióticos.

ANÁLISE:
A economia indiana deverá registar, no ano de 2010, um crescimento de 9.7%, após 5.7% em 2009, devendo crescer cerca de 8% nos anos seguintes. A evolução demográfica e o forte investimento poderão levar a Índia a exibir um crescimento mais forte que a China, já a partir de 2011. A inflação média poderá permanecer acima de 6% nos próximos anos, devido a pressões sobre os preços da alimentação e dos bens industriais.

MARROCOS

População em 2010 (milhões): 32
PIB per capita em 2010 (euros): 2 056.9
Inflação em 2010: 1.5%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 128/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 75/139
Risco Cosec (1 a 7): 3
Sociedades portuguesas que exportaram para a Marrocos (2009): 873
Produto mais exportado: produtos semimanufacturados e automóveis de passageiros.

ANÁLISE:
Indicadores sugerem recuperação da actividade doméstica no 2Q 2010 (produção industrial), acelerando as importações e as exportações. Tendo mostrado uma boa resistência à crise internacional em 2009 (com o PIB a crescer 5%), Marrocos encontra-se bem posicionado para continuar a crescer a bom ritmo nos próximos anos. No entanto, a dependência de Marrocos do mercado europeu poderá representar um factor de risco para a sua economia, nomeadamente no que respeita às exportações.

RÚSSIA

População em 2010 (milhões): 140.4
PIB per capita em 2010 (euros): 7545.4
Inflação em 2010: 6.6%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 120/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 63/139
Risco Cosec (1 a 7): 4
Sociedades portuguesas que exportaram para a Rússia (2009): 369
Produto mais exportado: Cortiça e tomates.

ANÁLISE:
A grave seca e os incêndios do Verão de 2010 provocaram uma quebra importante da produção agrícola e um acentuado aumento dos preços da alimentação. No conjunto do ano de 2010, contudo, a inflação média deverá descer de 11.7% em 2009 para 6.6% em 2010, podendo voltar a agravar-se para um nível superior a 7% em 2011. A subida dos preços poderá conduzir a um ciclo de subida da taxa de juro de referência pelo Banco Central, a partir do actual nível de 7.75% para cerca de 9%.

MOÇAMBIQUE

População em 2010 (milhões): 21.6
PIB per capita em 2010 (euros): 339.3
Inflação em 2010: 9.3%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 135/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 131/139
Risco Cosec (1 a 7): 6
Sociedades portuguesas que exportaram para a Moçambique (2009): 1 362
Produto mais exportado: Livros e brochuras, cabos e fios.

ANÁLISE:
Em tempo de recessão, Moçambique apresenta valores elevados do crescimento económico, que se manterão a médio prazo, principalmente devido aos mega-projectos em torno do aproveitamento dos recursos minerais. A diversificação sectorial da economia, relevante para o perfil exportador do país, relativamente concentrado, incentivará o dinamismo da economia moçambicana, gerando um crescente número de oportunidades.

LÍBIA

População em 2010 (milhões): 6.5
PIB per capita em 2010 (euros): 8 650
Inflação em 2010: 4.5%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): –/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 100/139
Risco Cosec (1 a 7): 6
Sociedades portuguesas que exportaram para a Moçambique (2009): 110
Produto mais exportado: Veículos de mercadorias e máquinas de peneirar.

ANÁLISE:
A sólida situação macroeconómica da economia líbia, aliada a uma limitada exposição do seu sector financeiro, permitiu que o país atravessasse a crise financeira mundial sem comprometer a continuidade do seu processo de crescimento económico e, apesar da quebra do preço do petróleo nos mercados internacionais, com saldos muito positivos ao nível das contas públicas e da balança corrente. A Líbia tem mantido políticas orçamentais expansivas não só para apoiar a diversificação da economia como para reforçar as suas infra-estruturas e promover a criação de emprego.

Fonte: Jornal de Negócios

« Página anteriorPágina seguinte »