Inovação: Mundo terá 60 milhões de carros conectados em 2018
Março 19, 2013 by Inovação & Marketing
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O mercado de carros conectados ainda está engatinhando, mas a previsão é de que a indústria cresça exponencialmente nos próximos cinco anos. De acordo com o levantamento da empresa de pesquisas MarketsandMarkets publicado nesta quinta, 14, o total de automóveis com conexão à Internet abastecidos no mercado chegará a 59,86 milhões de unidades até 2018, um crescimento composto médio anual (CAGR) de 41,2% ao ano.
A companhia afirma que as futuras gerações de veículos contarão com sistemas com backend baseado em cloud para conteúdo, informações e serviços, abrindo novas oportunidades de negócios.
As empresas que mais estão investindo na oportunidade são as fabricantes General Motors, BMW, Ford e Audi; além das empresas de tecnologia e telecomunicações como Alcatel-Lucent, TomTom, Apple, Microsoft, Intel e operadoras.
O maior mercado em potencial para os carros conectados, naturalmente, é a América do Norte, embora a região da Ásia-Pacífico seja a de maior crescimento, impulsionado pelo mercado da China. Nas demais regiões, a previsão destaca a tendência de crescimento na Alemanha, no Brasil e na Rússia.
Fonte: Exame Abril
Marketing: Vendas online terão que oferecer assistência técnica (Brasil)
Março 18, 2013 by Inovação & Marketing
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A presidente Dilma Rousseff lançou nesta sexta-feira (15), um novo decreto para defender o consumidor brasileiro em suas compras pela internet. A partir de agora, o lojista que vender produtos avariados terá de oferecer assistência técnica ao comprador. Além disso, quem colocar informações erradas nas transações virtuais pode ter que devolver o dinheiro.
A medida visa garantir uma legislação para o comércio virtual, o qual ainda não conta com um regime bem definido por leis. Com o decreto, a presidente pretende forçar a prestação de informações mais claras dos produtos, exigir o cumprimento de prazos para entrega e fixar regras claras de pós-venda, como tempo de garantia e troca de produtos defeituosos.
O vendedor também deverá ter um canal de informação pelo qual o consumidor possa entrar em contato, além de informar o prazo para a resposta e a solução dos problemas. Dessa forma, o comércio online ficará incluso nas normas do Código de Defesa do Consumidor, podendo gerar punições para quem não efetuar as obrigações exigidas.
Fonte: Tribuna Hoje
Marketing: Estado vai ter de pagar às PME no prazo de 30 dias
Março 18, 2013 by Inovação & Marketing
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Estado, câmaras municipais e empresas públicas têm desde ontem um prazo máximo de 30 dias para pagar as faturas de bens e serviços adquiridos às pequenas e médias empresas (PME). Em casos excecionais, como o do sector da saúde, este pode ser alargado para 60 dias. Se não o fizerem, pagarão um juro de mora de 8%, acrescido de 40 euros para custos de cobrança.
A nova diretiva comunitária, que ontem entrou em vigor, quer acabar com “os condicionalismos de liquidez” das PME, reconhecendo que, mesmo empresas saudáveis abrem falência por atrasos nos seus recebimentos. “Os atrasos de pagamento tornaram-se financeiramente aliciantes para os incumpridores”, reconhece Bruxelas, que pretende moralizar o relacionamento quer entre empresas privadas quer entre estas e a administração pública.
A Comissão Europeia aponta Portugal como um dos piores exemplos: o prazo médio de pagamento europeu é de 61 dias; em Portugal é de 139 dias. Pior só a Espanha, Grécia e Itália (ver infografia).
O que muda então com a nova legislação? “Pouco ou nada. Não é por falta de leis que os prazos não são cumpridos, é mesmo porque a impunidade grassa”, diz o presidente da Confederação da Construção (CPCI). Reis Campos lembra que o quadro legislativo português “já está mais que apto” a lidar com a questão do incumprimento dos prazos, na medida em que estabelece prazos de pagamento “não superiores a 60 dias”, pagamento “automático” de juros de mora e programas e linhas de crédito de regularização de dívidas a fornecedores, sendo o PAEL o mais recente.
Há regras de avaliação de desempenho na administração pública que têm em conta o cumprimento dos prazos de pagamento e a obrigatoriedade de os publicitar nos sites das instituições. Mas a realidade “está à vista”: 2,8 mil milhões de euros de dívidas vencidas acima de 90 dias, dos quais 1,6 mil milhões ao sector da construção.
As autarquias têm o pior prazo médio de sempre, 8,4 meses, frisa. E, mais de um ano depois, foram assinados apenas 84 contratos no âmbito do PAEL, no valor de 450 milhões.
Para Tiago Caiado Guerreiro muda muito porque “o Direito europeu prevalece sobre as normas do Direito nacional”. O fiscalista não tem dúvidas: “Se o Estado pagasse o que deve, não se falava tanto no financiamento dos bancos à economia. Era liquidez que o Estado injetava nas empresas e os números das falências em Portugal diminuíam estrondosamente.”
Tiago Caiado Guerreiro defende que o maior entrave de todos, até agora, foi “a falta de uma cultura de cumprimento, porque o Estado não é pessoa de bem”.
Por isso mesmo, a PME Portugal, uma associação de pequenas e médias empresas, está a aconselhar os seus associados a avançar com queixas contra os incumpridores junto do provedor de Justiça Europeu. Estas são preenchidas online, de forma anónima, o que permite evitar eventuais penalizações.
Alves da Silva aplaude a nova diretiva europeia e lamenta que a saída tenha de ser esta. “É uma vergonha para o País e nunca deveria ter de se chegar a este ponto. É muito grave que tenhamos de recorrer a uma instituição internacional para pôr em causa o nosso próprio país, mas isto está a transformar-se num drama nacional. Ninguém paga a ninguém. As micro e as pequenas empresas precisam de crédito dos bancos não é para investimento, é de tesouraria, para suportar o que não lhe pagam”, defende.
Evitar o risco de chantagem
É preciso criar mecanismos de exequibilidade e de concorrência, diz o fiscalista Tiago Caiado Guerreiro. A única parte “falível” nesta equação, reconhece, é uma possível “chantagem” do comprador sobre as empresas, tanto maior, quanto maior é o comprador. “O Estado, porque é um comprador brutal e às vezes exclusivo, pode sempre dizer – se nos pões em tribunal, deixamos de te comprar e não pagamos até a ação chegar ao fim, e vais à falência. Mas as grandes empresas que funcionam quase em regime de monopólio, e a distribuição em Portugal é controlada por um ou dois grupos, todas impõem as condições que querem porque a Autoridade da Concorrência não funciona”, frisa.
Tiago Caiado Guerreiro considera que o problema se prende com uma questão cultural que é o facto de os portugueses “gostarem de grupos macrocéfalos”. Por outro lado, aponta o tradicional problema da “eficácia e eficiência da justiça” que, apesar de ainda “funcionar muito mal”, tem vindo a melhorar, garante.
Inundar de queixas provedor Europeu
“Mais uma vez, Portugal chutou para canto e nada fez”, acusa o vice-presidente da PME Portugal.
José Alves da Silva diz que a UE realizou um roadshow pelos vários Estados membros, em dezembro, “tentando convencer os Governos” a tomar medidas, mas “por cá nada se fez”. As PME, essas, estão de mãos atadas: “Se eu não me posso queixar de uma câmara, porque vou perder o cliente, como é que me vou queixar de uma empresa pública ou de um grande cliente na área da distribuição porque não cumpre os prazos de pagamento”, questiona.
José Alves da Silva aplaude a nova diretiva e considera que vai abrir uma nova oportunidade de “envergonhar” Portugal a nível europeu. Para isso, aconselha as pequenas e médias empresas a inundar de queixas o provedor de Justiça Europeu. Estas são feitas online e de forma anónima. “Se houver centenas de milhares de queixas, o Governo vai ter de atuar e será uma vergonha. É a única solução que vejo e a que estou a aconselhar os meus associados a seguir”, confessa.
O DN/Dinheiro Vivo contactou o Ministério das Finanças para saber como pretende o Governo implementar a diretiva e encurtar o prazo médio de pagamento dos seus compromissos em mais de cem dias. Não obteve resposta.
Fonte: Dinheiro Vivo
Marketing: Número de smartphones superará o de feature phones em 2013
Março 17, 2013 by Inovação & Marketing
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Pela primeira vez, as fabricantes abastecerão o mercado com mais smartphones do que feature phones em 2013, segundo previsão da IDC divulgada nesta segunda-feira, 4.
O relatório diz que serão 918,6 milhões de smartphones enviados somente neste ano, o que corresponde a 50,1% do total de telefones no mundo. Isso é decorrente da queda dos preços dos aparelhos mais complexos e do avanço da tecnologia 4G. Mantendo este ritmo, a IDC acredita que serão 1,516 bilhão de smartphones abastecendo o mercado no final de 2017, o que significa 66% do total previsto para telefones móveis.
Outro fator que aquece o mercado é a mudança de foco para atender a demanda de países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia. O relatório avalia que esses países são populosos e estão com a economia em ascensão, deixando uma crescente classe média mais “preparada” para comprar smartphones.
A IDC espera que o Brasil continue crescendo nos próximos anos por conta de “uma confluência de circunstâncias, como desonerações para fornecedores que criam negócios por meio de produção local de telefones móveis” e da melhoria econômica.
Embora o consumidor ainda esteja comprando mais feature phones no varejo, a tendência é que os smartphones ganhem força por conta de subsídios de operadoras (de olho nos planos de dados) e incentivos a fabricantes por parte do governo. “O sucesso da implementação de redes LTE no Brasil é uma chave para o crescimento do mercado de smartphones no País”, afirma o relatório.
O mercado brasileiro será abastecido com 28,9 milhões de smartphones em 2013, ou 3,1% de participação no mercado mundial. Para 2017, a previsão é de que sejam 66,3 milhões de dispositivos enviados ao mercado, crescendo o share para 4,4% no mundo. O crescimento previsto entre 2013 e 2017 no Brasil é um dos maiores: 129,4%, atrás apenas do aumento previsto para a Índia, que chegará a 459,7%.
Em desenvolvimento
O mercado chinês já passou os EUA em 2012 como líder global no abastecimento desses dispositivos, com foco em handsets baseados em Android e, em menor proporção, iOS. Mas a avaliação da consultoria é de que o país não terá condições de manter o ritmo de crescimento visto nos últimos dois anos, diluindo sua participação para outros emergentes.
Ainda assim, o amadurecimento da China não impossibilita o crescimento em outros mercados como o da Índia. A previsão para 2017 é que, apesar de menos da metade dos aparelhos enviados serem smartphones, o mercado indiano ainda seja o terceiro maior do mundo. A expectativa é de que, por lá, o crescimento na cobertura 3G e 4G estimule a adoção de telefones inteligentes de 2015 em diante.
Fonte: Exame Abril
Inovação: Quer inovar? Faça as perguntas certas
Março 16, 2013 by Inovação & Marketing
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Albert Einstein é muitas vezes citado (talvez apocrifamente) como tendo dito, “Se eu tivesse 20 dias para resolver um problema, passaria 19 a defini-lo.” A inovação é um problema tão difícil porque, frequentemente, não é bem definida. Tratamo-la como um monólito, como se todas as inovações fossem iguais, e muitos programas dispendiosos acabam por não ter qualquer resultado.
Assim sendo, qual será a solução? Devemos entregar a resolução do problema aos homens das batas brancas, a um parceiro externo, a um especialista da área, fazer um crowdsource? Antes de o fazermos, precisamos de um enquadramento claro para definir os problemas e as abordagens que terão mais probabilidades de os resolver.
Definir uma abordagem para gerir a inovação começa com o desenvolvimento de uma melhor compreensão do problema que precisamos de resolver. Descobri que fazer duas perguntas básicas pode ser extremamente útil.
O problema está mesmo bem definido?
Quando Steve Jobs, que era um mestre a definir visões claras para os produtos, decidiu fabricar o iPod, enquadrou o problema como “1000 canções no meu bolso”. Essa frase simples definia não só as especificações técnicas, mas a abordagem geral. Infelizmente, alguns problemas como, por exemplo, criar uma alternativa viável aos combustíveis fósseis, não são tão fáceis de delinear. Assim, a sua estratégia de inovação terá de se adaptar significativamente, dependendo de o problema poder ser mais ou menos bem enquadrado.
Quem está mais bem colocado para o resolver?
A partir do momento em que Jobs definiu o problema do iPod, era claro que precisava de arranjar um fabricante de unidades de disco que conseguisse realizar as suas especificações. Porém, por vezes, o próprio domínio não está assim tão bem definido. Uma vez que comece a colocar estas questões, descobrirá que elas clarificam os assuntos com bastante rapidez. Quer a resposta seja simples, quer não.
Tendo colocado as questões de enquadramento, poderemos determinar que abordagem da inovação faz mais sentido.
Investigação básica:
Quando o seu objetivo é descobrir algo verdadeiramente novo, nem o problema nem o seu campo estão bem definidos. Embora algumas organizações desejem investir em secções de investigação em grande escala, outras tentam manter-se à cabeça de descobertas inovadoras através de bolsas de investigação e parcerias académicas. Muitas vezes, as três abordagens são conciliadas num programa mais amplo.
Embora a maior parte da investigação básica ocorra em instituições académicas, algumas empresas podem também praticá-la com excelência. Em 1993, a investigação da IBM conseguiu a primeira teleportação quântica, uma tecnologia que, provavelmente, não resultará num produto antes de 2020. A IBM continua a ser líder nas patentes. A investigação básica exige um grande horizonte temporal para dar lucro, pelo que deve ser combinada com outros métodos, seja internamente, seja através de parcerias.
Inovações fundamentais:
Por vezes, embora o problema esteja bem definido, as organizações, ou mesmo todo o domínio, podem não conseguir avançar. Por exemplo, a necessidade de encontrar a estrutura do ADN era um problema muito bem definido, mas a resposta esquivou-se até aos químicos mais talentosos. Normalmente, este género de problemas é resolvido através de uma síntese inter-domínios. Watson e Crick resolveram o problema do ADN combinando perspetivas da química, da biologia e da cristalografia de raios X.
Muitas empresas estão a aderir a plataformas abertas de inovação, como a Innocentive, que permite a pessoas de fora resolver problemas em que as organizações não conseguem avançar. A Proctor&Gamble construiu a sua própria plataforma Connect + Develop, que lhe permite beneficiar de conhecimento especializado numa variedade de domínios, em todo o mundo.
Inovação Sustentadora:
Todas as tecnologias precisam de melhorar. Todos os anos as nossas máquinas fotográficas ganham mais pixéis, os computadores tornam-se mais poderosos e os eletrodomésticos “novos e mais perfeitos”. As grandes organizações tendem a ser bastante boas neste género de inovação, porque os laboratórios convencionais de I&D e os contratados estão adaptados a esse trabalho.
A Apple, por exemplo, é um inovador sustentador de grande importância. Eles não inventaram os leitores de música digitais, nem o smartphone ou o tablet. Contudo, introduziram tamanhas melhorias em desenhos anteriores, que estes pareciam algo completamente novo. No mesmo espírito, a Toyota fabrica carros iguais aos outros todos, só que são melhores.
O que ambas as empresas têm em comum é que são mestres na adaptação de inovações aos mercados existentes. Em essência, os grandes inovadores de sustentação são muito bons no marketing. Veem uma necessidade onde mais ninguém a consegue ver.
Inovação disruptiva:
A área mais problemática é a inovação disruptiva, que tem como alvo consumidores leves ou não consumidores de uma categoria e exige um novo modelo de negócio, porque o valor que criam não é imediatamente claro. Embora todos os novos produtos da Apple façam virar as cabeças, quando a Google surge com alguma coisa, a maioria das pessoas nem sequer compreende o que é, muito menos como vão ganhar dinheiro com aquilo. Desde os Google Maps aos carros autónomos, conseguem preencher necessidades que nem sabíamos que tínhamos. A 3M, a empresa pioneira da fita adesiva e dos post-its, obtém 30% dos seus rendimentos de produtos lançados nos últimos cinco anos.
Ambas as empresas usam uma versão da regra 15%/20%, em que os empregados devem dedicar uma quantidade fixa do seu tempo a projetos que não estão relacionados com o seu trabalho. Outras empresas têm laboratórios de inovação onde podem “testar e aprender” sem risco excessivo. Uma abordagem de capital de risco, na qual os investimentos são feitos em empresas emergentes, também pode ser bem-sucedida.
Embora a concentração seja importante, nenhuma empresa deve limitar-se a um único quadrante. A Apple, por exemplo, é sobretudo um inovador sustentador, mas o iTunes foi, sem dúvida, uma importante inovação disruptiva. Embora a Google possa ser o maior inovador disruptivo do planeta, despende recursos consideráveis a melhorar produtos existentes.
É, então, importante desenvolver um portefólio eficaz da inovação, que se concentre primordialmente numa área mas também experimente outros quadrantes da matriz e construa sinergias entre abordagens diferentes. A inovação é, acima de tudo, o resultado de combinações.
Fonte: Dinheiro Vivo