Inovação: 3 invenções que desafiam a lógica do mercado

Outubro 12, 2012 by  
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Aparelho portátil capaz de ler para deficientes visuais. Sistema para codificar telefonemas. Cofre que rejeita notas falsas. Conheça três criações que desafiaram a lógica do mercado.

De cientista e louco, todos temos um pouco. E isso é ótimo. Pesquisadores continuam a surpreender o mundo com inventos inusitados e, ao mesmo tempo, úteis. Estatísticas recentes da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo, na sigla em inglês) mostram que o número de pedidos de registro de patentes por ano em todo o planeta dobrou entre 1985 e 2010. Os Estados Unidos e a China lideram a lista como os países em que a inovação está mais presente. O Brasil aparece em 11o lugar, à frente do Reino Unido, da França e de outros países latino-americanos.

A tecnologia pessoal é hoje uma das principais vitrines da inovação. O ritmo anda frenético no mundo dos computadores pessoais, dos smartphones, dos aplicativos móveis e também da internet. Uma boa ideia hoje pode valer milhões.

A capacidade de criar nem de longe está limitada às gigantes da tecnologia. Pode vir de qualquer lugar, de um inventor. Basta uma boa sacada. Itens inusitados têm surgido para dar conta dos mais variados tipos de problemas e facilitar a vida de milhões de pessoas. Algumas das invenções que começam a aparecer no Brasil – desenvolvidas por aqui ou importadas – desafiam a lógica do mercado. Conheça, a seguir, três delas.

Uma máquina que enxerga

Aos 20 anos, Carlos Wolke descobriu que perderia por completo a visão. Diagnosticado com retinose pigmentar, uma doença genética, ele mergulhou no trabalho à medida que o mundo ao seu redor escurecia. Tornou-se um empreendedor. Fundou a Pináculo, uma empresa de segurança e telecomunicações com sede em Taquara, nas proximidades de Porto Alegre (RS).

Quando deixou completamente de enxergar, aos 32 anos, Wolke, que hoje está com 40, passou a usar um software para leitura da tela do computador. Percebeu, então, que não existia ainda um aparelho portátil capaz de fazer algo semelhante. E decidiu inventá-lo.

Criou o Vocalizer, um dispositivo portátil que, por meio de uma câmera de 5 megapixels, lê jornais, livros ou revistas. Um sintetizador de voz reproduz o conteúdo. É possível gravar os textos na memória ou descarregar arquivos de um pen drive. O equipamento, do tamanho de um radiocomunicador, também consegue reconhecer cores, códigos de barras e cédulas, além de funcionar como agenda, relógio, calculadora e editor de textos. “Como roda Linux, é possível desenvolver outros aplicativos para ele”, afima Wolke.

O projeto do Vocalizer só saiu do papel após receber 1,3 milhão de reais da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), entidade ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. “Não tínhamos domínio da tecnologia que seria usada, e por isso o desenvolvimento sairia muito caro”, afirma. O aparelho levou três anos para ficar pronto. Agora, está na fase final de ajustes e deve chegar ao mercado em setembro. O preço inicial previsto é de 4 mil reais.

Cofre que rejeita nota falsa

Foi-se o tempo em que os cofres eram caixotes de metal reforçados com uma roda numerada que, ao ser girada para os lados, destravava a porta. O InteliSafe é um cofre inteligente que traz um sistema de reconhecimento de imagens capaz de identificar notas falsas. O cofre recebe maços de até 30 cédulas por vez, faz a contagem e rejeita as que não forem originais ou que estiverem danificadas. “Uma relação de todas as operações fica disponível online”, afirma Rubens Bulgarelli Filho, diretor-geral da Gunnebo Gateway Brasil.

Se um comerciante, por exemplo, possui vários cofres digitais em suas lojas, pode acompanhar pela web quanto dinheiro foi depositado ao longo do dia em cada um deles. Para que nenhum invasor acesse as informações, a conexão com a internet é feita de modo seguro, por meio de uma VPN (rede privada virtual, em português). Para destravar a fechadura eletrônica do InteliSafe, cada pessoa usa uma senha e um código aleatório, digitados em uma tela sensível ao toque de 15 polegadas.

Tudo o que acontece com o aparelho fica gravado, incluindo os momentos em que a porta foi aberta, eventuais problemas com os componentes e falhas de comunicação. Até 10 mil notas podem ser depositadas.

O público-alvo da Gunnebo Gateway são profissionais liberais e grandes varejistas, como supermercados e lojas de departamento. A empresa não definiu ainda o preço, mas estuda vender ou alugar o InteliSafe a partir de agosto.

Celular com criptografia

No cinema, agentes secretos usam celulares capazes de codificar todas as suas conversas ou de se autodestruir em 10 segundos. Na vida real, existe uma solução parecida para quem costuma conversar sobre assuntos sigilosos pelo telefone – como empresários e políticos – e não quer ver informações vazarem.

O celular Enigma E2, da Tripleton, não tem nem de longe as mesmas funções de um iPhone 4S ou Galaxy S III, mas traz um recurso incomum: um chip capaz de criptografar as ligações. Com isso, grampeá-lo torna-se bem difícil. Para o sistema funcionar, é necessário ter dois aparelhos iguais, o que não sai barato. Cada celular custa, em média, 8 500 reais. A proteção só existe quando um Enigma E2 liga para o outro. “É gerado um código randômico para cada telefonema”, afirma Tharita Cherulli, diretora-executiva da Partners Risks, responsável pela comercialização do sistema no Brasil. Os dois aparelhos trocam chaves, o que permite escutar a conversa, codificada por um algoritmo simétrico AES de 256 bits. Chamadas para celulares comuns ou telefones fixos não são protegidas.

O design do Enigma E2 lembra o dos aparelhos fabricados há três anos. A câmera tem só 3 megapixels e o celular possui autonomia para duas horas e meia de conversação protegida. Não há tela sensível ao toque, nem loja de aplicativos. Uma versão mais simples, o Enigma T301B, já era vendido pela Partners Risks. Segundo Tharita, a maior parte dos clientes da empresa está em São Paulo, Brasília e Fortaleza. Por isso, se você estiver em uma dessas cidades e topar um político com um celular meio estranho nas mãos, pode desconfiar.

Fonte: Exame Brasil

Marketing: O poder dos fanáticos por marcas

Outubro 11, 2012 by  
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Você já ouviu falar da expressão Brand Lover? Pela novidade do termo pode ser que não, mas certamente você já os viu por aí em redes sociais ou até mesmo em blogs. Um brand lover, como a tradução já explica, é um amante de determinada marca, um cliente que gosta tanto de um produto ou empresa que resolve advogar a favor, gerando um tipo de propaganda espontânea.

Existem três tipos de brand lovers. O mais comum é aquele consumidor completamente fidelizado à marca e que faz propaganda boca a boca, como é o caso da gerente de qualidade da Italian Coffee Sílvia Magalhães. “Há seis anos só compro roupas da Animale. Só esse ano já devo ter deixado mais de R$ 30 mil na loja”, conta a executiva que até o celular dos atendentes da loja tem. “Compro para a família inteira. Já converti minha sogra e minha cunhada, que agora só compram roupas de lá.”

Há também aquele consumidor que gasta muito dinheiro com sua marca preferida, mas que, além disso, é filiado à fan pages e fóruns de discussão envolvendo a empresa na internet. Por vezes presta até consultoria para outros consumidores na hora de decidirem qual a melhor opção. É o caso do estilista mineiro Gustavo (Guuh) Green, tão fanático pela francesa Louis Vuitton que faz questão de divulgar as novidades da grife no Facebook, Twitter e fotolog.

A dona de casa Ana Paula Ramos, assim como o estilista, compartilha tanto novidades da Unilever, empresa da qual é consumidora assídua, que virou uma espécie de referência. “Sempre comento as postagens da fan page, deixo a minha opinião para todos saberem que eu amo a empresa. E as pessoas pedem minha opinião antes de comprar um produto”, comenta a moça, que já ganhou vários prêmios de fã número um de páginas como OMO e Seda.

Já o terceiro tipo de brand lover, apesar de não ser o mais comum, é o que tem maior poder de mobilização. “O chamado pró-ativo cria blogs ou comunidades de amor às empresas e é capaz de gerar mobilização nas redes sociais. Ele assume a postura de dono da marca, tendo um comportamento parecido com o de torcida de time de futebol, motivando rivalidade entre concorrentes e defendendo como pode sua preferida”, diz Alessandro Barbosa, CEO da empresa de monitoração e análise de mídias sociais E.Life.

Mídia espontânea
Este tipo de comportamento é não é exclusivo do Brasil. A americana Carolyn Beauchesne, por exemplo, chamou a atenção não só por ter declarado que gastou mais de US$ 15 mil com produtos da loja de roupas para yoga Lululemon Athletica (mesmo sem nunca ter praticado o esporte), mas principalmente por ter criado um blog, o Lululemon Addiction. A página é usada para compartilhar as novidades da marca e divulgar promoções e, mesmo sendo um blog não oficial da marca, chega a receber até 50 mil visitantes únicos por mês.
Monzas filiados ao Monza Clube (Foto: Monza Clube)Já são mais de 16 mil filiados ao Monza Clube (Foto: acervo William Bertochi)

No Brasil, William Bertochi tem um caso parecido de sucesso. O empresário administra desde 1999 o site Monza Clube, onde reúne matérias e informações sobre o veículo, já fora de linha. São mais de 16 mil pessoas cadastradas e uma média de 500 mil visitantes por ano. Os eventos promovidos por Bertochi também são grandiosos: em 2005, o 3º Encontro Nacional do Monza Clube reuniu 505 veículos e mais de cinco mil amantes de Monza.

Já a ‘melisseira’ Nívea Marinho não chega a promover eventos, mas também causa buzz nas redes sociais quando o assunto é a sandália da Grendene, Melissa. Há sete meses, a estudante de ciências sociais que desde pequena é fiel à marca de sandálias criou a página Melisseiras Sim, no Facebook. “Minha intenção era compartilhar meu amor com outras meninas, mas eu não imaginava que teria tantos curtidores. Têm até meninos que compartilham e comentam os posts”, conta Nívea.
Nívea Marinho (Foto: Nívea Marinho)Nívea já tem mais de 9 mil curtidores em sua fun page dedica à Melissa (Foto: Melisseiras Sim)

Com mais de nove mil curtidores, a Melisseiras Sim é considerada uma fan page de sucesso por se tratar de uma página não oficial da marca. Tanto que a equipe de marketing da Jelly, franqueadora da loja Clube Melissa, já entrou em contato com Nívea propondo parceria de conteúdo. “Eles disponibilizarão dois pares para eu sortear em minha página e, em troca, eu divulgo o site da loja, onde também terá link para minha página.”

Esse tipo de contato de parceria entre cliente e loja é chamado de outsourcing. “É um processo que ocorre lá fora com muita frequência e no Brasil está começando a acontecer”, explica Alessandro Barbosa Lima, da E.Life. “As empresas tentam identificar, através do monitoramento de redes sociais, os brand lovers de suas marcas ou produtos e, a partir daí, pensam em estratégias para inserir esse consumidor pró-ativo dentro de um processo de propaganda ou prestação de serviço.”

Quando a propaganda não é boa
Nem sempre fãs virtuais são bem-vindos para as empresas, principalmente quando o brand lover acaba trazendo algum tipo de repercussão negativa, como explica Barbosa: “Às vezes uma determinada marca não tem uma presença forte nas redes sociais e um consumidor acaba cobrindo essa falta de atuação fazendo alguma piadinha. Tudo isso sem pedir autorização à marca.”

Foi o que aconteceu com o caso recente de Ricck Lopes, o criador do perfil Gina Indelicada. A empresa Rela Gina teve sua notoriedade aumentada graças ao sucesso do perfil humorístico. Porém, devido ao teor do conteúdo, se viu obrigada a negociar condições para o uso da marca por parte do publicitário.

“O problema é que esse brand lover que fala da marca, mas não pede autorização, pode criar essa presença, esse barulho nas redes sociais mesmo sem estar alinhado à missão e aos valores de suas ‘empresas do coração’”, diz o CEO da E.life.

Fonte: Época Negócios

Inovação: Carro da Nissan usa tablet no lugar do painel

Outubro 11, 2012 by  
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A Nissan mostrou esta semana o TeRRA SUV Concept. Com linhas esportivas e bem agressivas, o carro traz como destaque o fato de que, ao invés de um painel convencional, conta com um tablet.

A ideia é que o dono da SUV coloque o tablet em frente ao volante assim que entrar no carro, em uma espécie de docking station. Quando conectado, o gadget irá exibir todas as informações pertinentes a um painel, como velocidade, por exemplo. Mas também poderá mostrar o sistema de navegação, entretenimento e comunicação da SUV.

Depois que o motorista terminar o trajeto, poderá levar o tablet consigo. Nesta situação, o aparelho volta a assumir sua função original de gadget, porém permanece sempre ligado ao TeRRA SUV.

Fonte: Exame Brasil

Marketing: Notícias online ultrapassam imprensa e rádio pela primeira vez

Outubro 10, 2012 by  
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Nos EUA, o consumo de notícias online ultrapassou pela primeira vez o consumo em imprensa e rádio, tendo atingido o valor mais elevado desde os anos 90 do séc. XX. A conclusão é do estudo “Trends in News Consumption: 1991 – 2012”, levado a cabo pelo Pew Research Center for the People & the Press.

De acordo com a mesma investigação, não é apenas a imprensa e a rádio que sofrem com os novos hábitos de consumo de media. Como faz notar o Blue Bus, também a televisão tem vindo a perder influência e a manifestar uma maior vulnerabilidade, apesar de se manter na liderança.

55% dos inquiridos no estudo afirmou assistir ao noticiário na televisão. Em 1991 essa fatia era de 68%. Segue-se o consumo de notícias online, com 39%, e em rádio, com 33%. Uma fatia de 29% dos participantes no estudo consulta as notícias nos jornais.

A percentagem de americanos que afirma ter lido notícias nas redes sociais cresceu de 9 para 19%. Entre os adultos com menos de 30 anos, 33% viu as notícias numa rede social, no dia anterior, 34% na televisão e 13% num jornal, digital ou impresso.

Fonte: Marketeer

Marketing: Construção, faturação no exterior cresce 25% para 4.100 ME

Outubro 10, 2012 by  
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As empresas de construção estão a apostar cada vez mais nos mercados internacionais, onde faturaram cerca de 4,1 mil milhões de euros em 2011, mais 25% do que no período homólogo, de acordo com a Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS).

Segundo os dados recolhidos pela associação, em 2011, o setor da construção nacional tinha cerca de 5.200 empresas a laborar em 31 países, espalhados por cinco continentes, ano em que foram celebrados novos contratos no valor de 6,3 mil milhões de euros, um acréscimo de 47% em relação ao ano anterior, escreve a Lusa.

«A construção tem prosseguido um processo de internacionalização a um ritmo muito mais acelerado do que os restantes setores da economia, tendo passado de um peso de 4% no total das exportações portuguesas de bens e serviços em 2006 para uma representatividade de 7% em 2011», revela o relatório.

Os mercados africanos foram responsáveis por mais de três quartos (76%) da faturação total realizada pelas empresas portuguesas no exterior no ano passado.

No mesmo período, surgem, com crescente importância, alguns países da América Central e do Sul, como é caso da Venezuela ou do Peru, onde foram celebrados 21% dos novos contratos assinados no exterior no ano passado, e cujo valor foi superior a 1,8 mil milhões de euros.

Para a AECOPS, «a presença internacional é uma tendência crescente, seja por fatores conjunturais, seja por razões culturais de muitas dessas empresas, cuja dimensão lhes permite já sustentar em mais de 50% a sua atividade no exterior».

Fonte: Agência Financeira

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