API com projectos de 1,3 mil milhões em carteira

Outubro 11, 2006 by  
Filed under Notícias

In Publico

A Agência para o Investimento pode fechar o ano com contratos assinados no valor de quatro mil milhões de euros.

A Agência Portuguesa para o Investimento deverá contratualizar, até final de 2006, cerca de quatro mil milhões de euros de investimento em projectos no país, tendo já fechado contratos que envolvem 2,7 mil milhões de euros, anunciou ontem Manuel Pinho, ministro da Economia, numa audição no Parlamento, na Comissão de Assuntos Económicos. Quanto ao caso da Johnson Controls, o governante considerou que o país merecia “mais delicadeza” por parte da empresa por esta não ter anunciado as suas intenções de encerrar as fábricas em Portugal.

Num encontro dominado pelo tema das exportações, o ministro afirmou que cinco dos grandes projectos contratualizados pela API vão ter um impacte de 1,4 por cento do PIB em 2009-2010. Manuel Pinho refere-se aos investimentos da Repsol, Portucel, Galp, Autoeuropa, Advansa e Ikea, que só deverão começar a dar frutos daqui a dois ou três anos, pois implicam investimentos de alguma complexidade que demorarão a ser implantados.

Sublinhando o aumento de dez por cento, nos últimos dois anos, do peso das exportações no PIB – passou de 27,9 por cento, no final de 2003, para 30,8, no primeiro semestre de 2006 -, o governante considera possível dar um salto idêntico nos próximos quatro anos. E, “se assim for, estaremos perante um milagre”. Pinho adiantou que houve uma quebra nas exportações de baixa tecnolologia mas um aumento do peso dos produtos de média-baixa e média-alta tecnologia, o que quer dizer que está a “haver uma transferência para modelos com maior valor acrescentado, com mais inovação“, disse.

O deputado social-democrata Almeida Henriques questionou o governante sobre o impacto da deslocalização de empresas nas exportações, mas coube a Diogo Feio, do CDS, questionar o ministro sobre o caso da Jonhson Controls. E lembrar que a autoridade que regula o mercado norte-americano tinha sido informada, a 9 de Agosto, sobre as intenções da empresa para a Europa, sem que o Governo português soubesse que as fábricas seriam encerradas. “Antes tivéssemos sabido, pois o país e os trabalhadores mereciam mais delicadeza. E, apesar de ser uma empresa privada, que tem direito de encerrar, há boas maneiras que devemos cultivar”, respondeu Manuel Pinho.

Nota: Necessáriamente deverá aumentar o esforço na obtenção de novos projectos estruturantes em industrias de valor acrescentado, tentando colmatar o esvaziamento que se tem assistido nas industrias de baixo valor acrescentado.



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