Empresas podem desenvolver projectos de biotecnologia

Novembro 15, 2006 by  
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Há vários projectos e linhas de investigação desenvolvidas por instituições portuguesas na área da biotecnologia que têm interesse para as empresas e indústrias nacionais. Esta é uma das principais conclusões de um estudo promovido pela Cotec (Associação Empresarial para a Inovação) e pela Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento (FLAD) para avaliar o contributo da biotecnologia na produtividade e competitividade de várias indústrias nacionais.

O documento, que vai ser hoje apresentado, analisou cerca de 300 projectos, tecnologias e linhas de investigação desenvolvidas sobretudo em Portugal, mas também no estrangeiro, que têm um potencial de desenvolvimento por parte de empresas portuguesas. Segundo explicou ao DN Arantes e Oliveira, coordenador do estudo, o trabalho decorreu durante quase 12 meses e centrou-se em cinco actividades relevantes da indústria nacional (ambiente, energia, têxteis, floresta e alimentação e bebidas).

Dentro destes sectores, os responsáveis pelo estudo trabalharam directamente com oito grandes empresas nacionais – EDP, Galp, Portucel, Grupo Amorim, Lameirinho, Têxteis Manuel Gonçalves, Efacec e Unicer na identificação e avaliação de projectos ou tecnologias já em desenvolvimento na área da biotecnologia, com potencial para vir a interessar e a ser desenvolvidas pelas empresas. De acordo com Arantes e Oliveira, foram identificados cinco a 10 projectos ou linhas de investigação, todos desenvolvidos em Portugal, que permitiam responder a necessidades específicas das empresas, quer ao nível da resolução de problemas, quer como área com potencial de desenvolvimento para o futuro, como os biocombustíveis, que foram um dos casos analisados.

Estas tecnologias estão a ser de-senvolvidas maioritariamente em instituições públicas ligadas ao meio académico, como as universidades, institutos ou laboratórios do Estado.

Se num estudo piloto foi possível identificar estes projectos, Arantes e Oliveira acredita que num trabalho mais exaustivo será possível encontrar muito mais biotecnologia que esteja a ser desenvolvida a nível nacional e que tenha interesse para a indústria portuguesa, embora seja muito difícil quantificar o potencial associado a esta área de actividade. Embora não existam números rigorosos, o investimento em biotecnologia em Portugal é muito baixo, uma situação que se explica também porque a obtenção de resultados é a médio e longo prazo.

Um dos passos importantes a dar é o de reforçar os canais de comunicação e conhecimento mútuo entre as actividades desenvolvidas a nível académico e o mundo empresarial, já que muitas vezes as indústrias, quando procuram soluções específicas na área das biotecnologias, nem sequer tentam encontrá-las em Portugal, recorrendo logo ao mercado internacional. O que este estudo demonstra é que, muitas vezes, aquilo que procuram já está ou pode vir a ser desenvolvido em Portugal.

Do estudo global resultaram oito propostas específicas de desenvolvimento industrial de uma tecnologia para cada uma das empresas envolvidas e que poderão vir a evoluir para projectos e investimentos concretos.



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