Marketing: O poder dos fanáticos por marcas

Outubro 11, 2012 by  
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Você já ouviu falar da expressão Brand Lover? Pela novidade do termo pode ser que não, mas certamente você já os viu por aí em redes sociais ou até mesmo em blogs. Um brand lover, como a tradução já explica, é um amante de determinada marca, um cliente que gosta tanto de um produto ou empresa que resolve advogar a favor, gerando um tipo de propaganda espontânea.

Existem três tipos de brand lovers. O mais comum é aquele consumidor completamente fidelizado à marca e que faz propaganda boca a boca, como é o caso da gerente de qualidade da Italian Coffee Sílvia Magalhães. “Há seis anos só compro roupas da Animale. Só esse ano já devo ter deixado mais de R$ 30 mil na loja”, conta a executiva que até o celular dos atendentes da loja tem. “Compro para a família inteira. Já converti minha sogra e minha cunhada, que agora só compram roupas de lá.”

Há também aquele consumidor que gasta muito dinheiro com sua marca preferida, mas que, além disso, é filiado à fan pages e fóruns de discussão envolvendo a empresa na internet. Por vezes presta até consultoria para outros consumidores na hora de decidirem qual a melhor opção. É o caso do estilista mineiro Gustavo (Guuh) Green, tão fanático pela francesa Louis Vuitton que faz questão de divulgar as novidades da grife no Facebook, Twitter e fotolog.

A dona de casa Ana Paula Ramos, assim como o estilista, compartilha tanto novidades da Unilever, empresa da qual é consumidora assídua, que virou uma espécie de referência. “Sempre comento as postagens da fan page, deixo a minha opinião para todos saberem que eu amo a empresa. E as pessoas pedem minha opinião antes de comprar um produto”, comenta a moça, que já ganhou vários prêmios de fã número um de páginas como OMO e Seda.

Já o terceiro tipo de brand lover, apesar de não ser o mais comum, é o que tem maior poder de mobilização. “O chamado pró-ativo cria blogs ou comunidades de amor às empresas e é capaz de gerar mobilização nas redes sociais. Ele assume a postura de dono da marca, tendo um comportamento parecido com o de torcida de time de futebol, motivando rivalidade entre concorrentes e defendendo como pode sua preferida”, diz Alessandro Barbosa, CEO da empresa de monitoração e análise de mídias sociais E.Life.

Mídia espontânea
Este tipo de comportamento é não é exclusivo do Brasil. A americana Carolyn Beauchesne, por exemplo, chamou a atenção não só por ter declarado que gastou mais de US$ 15 mil com produtos da loja de roupas para yoga Lululemon Athletica (mesmo sem nunca ter praticado o esporte), mas principalmente por ter criado um blog, o Lululemon Addiction. A página é usada para compartilhar as novidades da marca e divulgar promoções e, mesmo sendo um blog não oficial da marca, chega a receber até 50 mil visitantes únicos por mês.
Monzas filiados ao Monza Clube (Foto: Monza Clube)Já são mais de 16 mil filiados ao Monza Clube (Foto: acervo William Bertochi)

No Brasil, William Bertochi tem um caso parecido de sucesso. O empresário administra desde 1999 o site Monza Clube, onde reúne matérias e informações sobre o veículo, já fora de linha. São mais de 16 mil pessoas cadastradas e uma média de 500 mil visitantes por ano. Os eventos promovidos por Bertochi também são grandiosos: em 2005, o 3º Encontro Nacional do Monza Clube reuniu 505 veículos e mais de cinco mil amantes de Monza.

Já a ‘melisseira’ Nívea Marinho não chega a promover eventos, mas também causa buzz nas redes sociais quando o assunto é a sandália da Grendene, Melissa. Há sete meses, a estudante de ciências sociais que desde pequena é fiel à marca de sandálias criou a página Melisseiras Sim, no Facebook. “Minha intenção era compartilhar meu amor com outras meninas, mas eu não imaginava que teria tantos curtidores. Têm até meninos que compartilham e comentam os posts”, conta Nívea.
Nívea Marinho (Foto: Nívea Marinho)Nívea já tem mais de 9 mil curtidores em sua fun page dedica à Melissa (Foto: Melisseiras Sim)

Com mais de nove mil curtidores, a Melisseiras Sim é considerada uma fan page de sucesso por se tratar de uma página não oficial da marca. Tanto que a equipe de marketing da Jelly, franqueadora da loja Clube Melissa, já entrou em contato com Nívea propondo parceria de conteúdo. “Eles disponibilizarão dois pares para eu sortear em minha página e, em troca, eu divulgo o site da loja, onde também terá link para minha página.”

Esse tipo de contato de parceria entre cliente e loja é chamado de outsourcing. “É um processo que ocorre lá fora com muita frequência e no Brasil está começando a acontecer”, explica Alessandro Barbosa Lima, da E.Life. “As empresas tentam identificar, através do monitoramento de redes sociais, os brand lovers de suas marcas ou produtos e, a partir daí, pensam em estratégias para inserir esse consumidor pró-ativo dentro de um processo de propaganda ou prestação de serviço.”

Quando a propaganda não é boa
Nem sempre fãs virtuais são bem-vindos para as empresas, principalmente quando o brand lover acaba trazendo algum tipo de repercussão negativa, como explica Barbosa: “Às vezes uma determinada marca não tem uma presença forte nas redes sociais e um consumidor acaba cobrindo essa falta de atuação fazendo alguma piadinha. Tudo isso sem pedir autorização à marca.”

Foi o que aconteceu com o caso recente de Ricck Lopes, o criador do perfil Gina Indelicada. A empresa Rela Gina teve sua notoriedade aumentada graças ao sucesso do perfil humorístico. Porém, devido ao teor do conteúdo, se viu obrigada a negociar condições para o uso da marca por parte do publicitário.

“O problema é que esse brand lover que fala da marca, mas não pede autorização, pode criar essa presença, esse barulho nas redes sociais mesmo sem estar alinhado à missão e aos valores de suas ‘empresas do coração’”, diz o CEO da E.life.

Fonte: Época Negócios

Inovação: Carro da Nissan usa tablet no lugar do painel

Outubro 11, 2012 by  
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A Nissan mostrou esta semana o TeRRA SUV Concept. Com linhas esportivas e bem agressivas, o carro traz como destaque o fato de que, ao invés de um painel convencional, conta com um tablet.

A ideia é que o dono da SUV coloque o tablet em frente ao volante assim que entrar no carro, em uma espécie de docking station. Quando conectado, o gadget irá exibir todas as informações pertinentes a um painel, como velocidade, por exemplo. Mas também poderá mostrar o sistema de navegação, entretenimento e comunicação da SUV.

Depois que o motorista terminar o trajeto, poderá levar o tablet consigo. Nesta situação, o aparelho volta a assumir sua função original de gadget, porém permanece sempre ligado ao TeRRA SUV.

Fonte: Exame Brasil

Marketing: Notícias online ultrapassam imprensa e rádio pela primeira vez

Outubro 10, 2012 by  
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Nos EUA, o consumo de notícias online ultrapassou pela primeira vez o consumo em imprensa e rádio, tendo atingido o valor mais elevado desde os anos 90 do séc. XX. A conclusão é do estudo “Trends in News Consumption: 1991 – 2012”, levado a cabo pelo Pew Research Center for the People & the Press.

De acordo com a mesma investigação, não é apenas a imprensa e a rádio que sofrem com os novos hábitos de consumo de media. Como faz notar o Blue Bus, também a televisão tem vindo a perder influência e a manifestar uma maior vulnerabilidade, apesar de se manter na liderança.

55% dos inquiridos no estudo afirmou assistir ao noticiário na televisão. Em 1991 essa fatia era de 68%. Segue-se o consumo de notícias online, com 39%, e em rádio, com 33%. Uma fatia de 29% dos participantes no estudo consulta as notícias nos jornais.

A percentagem de americanos que afirma ter lido notícias nas redes sociais cresceu de 9 para 19%. Entre os adultos com menos de 30 anos, 33% viu as notícias numa rede social, no dia anterior, 34% na televisão e 13% num jornal, digital ou impresso.

Fonte: Marketeer

Marketing: Construção, faturação no exterior cresce 25% para 4.100 ME

Outubro 10, 2012 by  
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As empresas de construção estão a apostar cada vez mais nos mercados internacionais, onde faturaram cerca de 4,1 mil milhões de euros em 2011, mais 25% do que no período homólogo, de acordo com a Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS).

Segundo os dados recolhidos pela associação, em 2011, o setor da construção nacional tinha cerca de 5.200 empresas a laborar em 31 países, espalhados por cinco continentes, ano em que foram celebrados novos contratos no valor de 6,3 mil milhões de euros, um acréscimo de 47% em relação ao ano anterior, escreve a Lusa.

«A construção tem prosseguido um processo de internacionalização a um ritmo muito mais acelerado do que os restantes setores da economia, tendo passado de um peso de 4% no total das exportações portuguesas de bens e serviços em 2006 para uma representatividade de 7% em 2011», revela o relatório.

Os mercados africanos foram responsáveis por mais de três quartos (76%) da faturação total realizada pelas empresas portuguesas no exterior no ano passado.

No mesmo período, surgem, com crescente importância, alguns países da América Central e do Sul, como é caso da Venezuela ou do Peru, onde foram celebrados 21% dos novos contratos assinados no exterior no ano passado, e cujo valor foi superior a 1,8 mil milhões de euros.

Para a AECOPS, «a presença internacional é uma tendência crescente, seja por fatores conjunturais, seja por razões culturais de muitas dessas empresas, cuja dimensão lhes permite já sustentar em mais de 50% a sua atividade no exterior».

Fonte: Agência Financeira

Inovação: Miguel Vieira, um negócio da China em que a cópia ganha ao original

Outubro 9, 2012 by  
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Tal como apostou no Brasil, na África do Sul ou na Rússia, pensou também em vender as suas criações na China. Não pode. O estilista Miguel Vieira, cuja marca é o seu nome e o logotipo a sua assinatura – tal qual como a do bilhete de identidade – viu-se impedido de fazer o registo do que criou naquele país asiático, porque já estava registado. Foi há oito anos e desde então, sem que desista, procura recuperar o que é seu.

“Ao longo da minha vida, uma das preocupações que tive foi procurar registar a minha marca país a país, nomeadamente. Houve contudo um a que não dei grande importância, a China, por achar que nunca iria vender nada para lá. No entanto, de há uns anos a esta parte, comecei a verificar que a China representava um grande potencial, sobretudo porque nos apareciam vários clientes desse país. Há cerca de oito anos, recolhi toda a documentação necessária para registar a marca naquele país. Foi-me dito que não era possível, porque já estava registada”, conta Miguel Vieira.

Através de advogados, procurou entrar em contacto com a pessoa que fez o registo, no sentido de poder negociar. Foram-lhe pedidos dois milhões de euros. Não fez negócio, mas quando voltou a insistir da ideia de vender para China voltou a ser surpreendido.

“A pessoa que tinha feito o primeiro registo vendeu esses direitos a uma empresa que foi criada de raiz na China, que se chama Miguel Vieira Company. Por sua vez, a empresa registou o logoptipo e a assinatura Miguel Vieira em dez classes, onde inclui, além de vestuário e calçado, óculos, serviços, hotéis e até facas e garfos”, lembra o estilista. Multiplicado por dez registos, o dinheiro que a chinesa Miguel Vieira Company poderá ascender a 20 milhões de euros.

“Trabalhamos muito para exportação. Vendemos para fora cerca de 80% do que produzimos. Somos visitados inclusive por muitos chineses, não para copiar, mas com a intenção de comprar os nossos produtos para venda em lojas de boas marcas internacionais. Para eles, a nossa marca é apelativa, mas posso vender-lhes seja o que for, porque nesse caso estaria a fazer contrafacção da minha própria marca”, explica. Se é verdade que Miguel Vieira não pode vender na China, a Miguel Vieira Company também não o pode fazer fora daquele país. No entanto, tal como lembra o estilista, o mercado chinês é um mundo.

Com o apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, da AICEP e do embaixador de Portugal na China, Miguel Vieira tem procurado reverter a situação, mas até agora sem sucesso. Desgostoso, afirma contudo que recusa desistir dos seus intentos. “É uma mágoa, mas este é um processo do qual não pretendo desistir”, afiança.

Fonte: Jornal de Notícias

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