Portugal 2020: O “Plano 100” para acelerar incentivos às empresas

Dezembro 17, 2015 by  
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Portugal_2020

“Privilegiar a acção em detrimento das grandes alterações programáticas”. Este é o objectivo do Governo para incentivar o investimento na economia, sobretudo o investimento empresarial, disse ao Económico o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão. Por isso, o primeiro-ministro anunciou ontem cinco medidas que permitirão concretizar o pagamento efectivo de 100 milhões de euros de fundos comunitários nos primeiros cem dias de Governo, prometidos na apresentação do programa do Executivo – o chamado “Plano 100”. A meta é “obter resultados a muito curto prazo”, frisa Nelson Souza.

 

1 Redução da exigência de garantias bancárias
O adiantamento dos fundos comunitários exige que as empresas apresentem garantias bancárias. Para incentivar o investimento e ajudar à execução das verbas do Portugal 2020, o Governo decidiu “descer em dez pontos percentuais o grau de cobertura das garantias bancárias”, explicou Nelson Souza. Ou seja, até aqui os empresários que pedissem o adiantamento de 10% do apoio comunitário a que tinham direito não precisavam de apresentar garantias bancárias, no entanto se o pedido fosse de 5’% desse apoio já tinham de o fazer. Agora o Executivo decidiu que seja qual for o montante do adiantamento sobre os primeiros 10% nunca é necessário apresentar garantia bancária. A decisão resulta da constatação de que as empresas têm quase tantas dificuldades em obter garantias bancárias como têm em obter crédito.

2 Adiantamento quase automático de 10% dos apoios
“Estava associado ao levantamento da garantia bancária comprovar o início d projecto e havia demora na validação dessa comprovação”, lamenta o secretário de Estado. Tendo em conta que algumas das tarefas eram meramente “administrativas e não acrescentavam muita segurança à execução dos projectos”, o Governo decidiu que o adiantamento de 10% dos apoios seja transferido “quase automaticamente a quando da contratação”. É um “conjunto de regras de flexibilização”, acrescenta Nelson Souza.

3 Linha para financiar garantias bancárias
São 35 milhões destinados a uma linha de garantias bancárias criada junto da Sistema Português de Garantia Mútua que poderá substituir parcial ou totalmente as garantias bancárias. “Até agora, em mais de 90% dos casos, as empresas para ir buscar garantias bancárias iam ter com os bancos e, com as empresas têm quase tantas dificuldades em obter garantias bancárias como têm em obter crédito, por isso criámos esta linha”, diz Nelson Souza. O reforço em 35 milhões do sistema de garantia mútua também já tinha sido anunciado por António Costa, na apresentação do programa de Governo.

4 BEI ajuda também os privados a pagar contrapartida nacional
Na terça-feira o Banco Europeu de Investimento (BEI) aprovou uma linha de 700 milhões de euros que permitirá ao Estado português, mas também às empresas privadas fazer face à contrapartida nacional. Ou seja, os projectos não são financiados a 100% pelos fundos comunitários, o remanescente é da responsabilidade do promotor público ou privado. Com esta linha as empresas vão poder ter acesso a verbas “em condições mais vantajosas”. “Havia atrasos porque as empresas estão descapitalizadas e têm dificuldades em obter a parte restante”, reconhece o secretário de Estado. Por isso, a linha agora contratada vai ser operacionalizada através da banca porque o Estado não tem organismos intermédios para o fazer, ou para tratar dos serviços de cobrança de dívida, explicou Nelson Souza. A linha insere-se no segundo empréstimo quadro que o BEI fez a Portugal para financiar as operações aprovadas para obter apoios comunitários. O primeiro empréstimo foi celebrado em Novembro de 2010 com o montante global de 1,5 mil milhões de euros e era algo inédito no âmbito do banco. Para os privados a situação é idêntica à anterior linha investe QREN, mas as condições são “mais atractivas”. “Tivemos esse cuidado”, diz. A linha vem permitir, pelas suas características, uma solução de quase capital, porque o prazo pode ser muito alongado, dez a 15 anos e com uma taxa de juro muito atractiva”, revela o secretário de Estado. O BEI não fixa precisamente o ‘spread’ logo de início, mas aquando de cada desembolso, mas como termo de comparação, os desembolsos actuais andam à volta de 0,5% quando feitos através da República como é o caso. Nelson Souza avançou também que ainda não está decidida a repartição das verbas entre público e privado. O BEI dá liberdade de decisão ao Estado português neste aspecto.

5 Promover a capitalização
Hoje o Conselho de Ministros vaio aprovar a criação de uma estrutura de missão para a capitalização de empresas visando a constituição de um fundo de apoio ao investimento e reforço do papel dos mercados de capitais junto das empresas. António Costa revelou que a unidade de missão para a capitalização das empresas “integrará personalidades de reconhecida competência, que, com a participação de parceiros sociais, deverá propor ao Governo o desenvolvimento de um conjunto de medidas”, nomeadamente “os formatos de medidas para a capitalização de empresas incluindo um fundo de capitalização multi-fontes, mobilizar fundos estruturais, capitais internacionais e privados”, concretizou Nelson Souza, acrescentado que as propostas são para “apresentar a curto prazo”. O secretário de Estado garantiu ao Económico que a intenção do Executivo não é acabar com o banco de fomento (Instituição Financeira de Desenvolvimento) até porque António Costa já frisou a necessidade de um instrumento desses.

Fonte da Notícia: Económico.

NOTA ADICIONAL: Se pretende realizar uma candidatura ao Portugal 2020, para investimentos em Empresas ou Empreendedorismo, a InnovMark apoia a sua candidatura e o seu plano de investimentos. (www.innovmark.com)

InnovMark: Apresentação Institucional

Dezembro 15, 2015 by  
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Apresentação da InnovMark from InnovMark

Shark Tank Portugal: Análise ao Episódio 6

Shark Tank Portugal

Shark Tank Portugal – Série 1 – Episódio 6

Considerações sobre os 5 projectos apresentados:

ORIGAMA (Toalha de Praia com Apoio de Costas)
(INVESTIMENTO DE 120 Mil€ por 30% – Mário Ferreira, Tim Vieira e Susana Cerqueira)
– Empreendedores pediam 100 Mil€ por 10% (Avaliação de 1M€)
– Já venderam 10 mil unidades. (30€/cada) e facturaram 300 mil€, em 2014.
– O custo de produção é neste momento de 13,60€, mas pode baixar para os 8€ com maiores quantidades produzidas. Aos distribuidores o preço é de 30€. O PVP é de 44,9€
– Esperam vender 1M€ em 2015. Neste momento têm 7 Trabalhadores + 3 comerciais e pretendem expandir o negócio. No digital têm cerca de 120 mil likes no Facebook e o site tem mais de 220 mil visualizações/ano. Já exportam para 40 países, e têm já lojas presenciais a vender o produto.
– O produto está patenteado (Patente europeia).
– Existiu uma proposta de 3 Sharks – Mário Ferreira, Tim Vieira e Susana Cerqueira (120 mil€ por 30%) e outra proposta do João Koehler por 200 mil€ (51% do negócio). Os empreendedores aceitaram a 1ª proposta.
– Este foi até agora dos projectos mais bem apresentados, com sustentabilidade financeira, métricas de vendas, métricas de marketing digital, métricas financeiras, informação sobre força de vendas e presença física, informação sobre a propriedade intelectual, tratando-se de um produto em rápido crescimento e em fase de internacionalização. É natural que com estes pressupostos todos alcançados existissem várias propostas para investimento no capital da empresa. Foi um Bom Pitch e um Bom Investimento por parte dos Sharks.

TUGA NATURA (Parque de Diversões ao Ar Livre) (SEM INVESTIMENTO)
– o Empreendedor solicitou 35 mil€ por 10% (Avaliação 350 mil€)
– Este projecto explora um Parque de Diversões ao Ar Livre, utilizando as Laser Tag (Distribuição exclusiva na Península Ibérica). A Facturação em 2014 foi de 80 mil€, e a margem ronda os 40%.
– Apesar de este projecto ter algum potencial de expansão, e poder ser importante para o “cluster” do Turismo, a realidade é que os números financeiros não batem certo com a avaliação feita pelo Empreendedor (múltiplo superior a 4 face à facturação anual e um múltiplo superior a 10 face à margem anual).
– Vários “Sharks” interessaram-se pela Laser Tag e até assumiram que poderão frequentar o espaço como clientes, no entanto enquanto investidores tomaram a melhor opção ao não investirem num projecto que gera pouca margem anual para a avaliação solicitada.

AQUA VERE (Torneira multi-funções) (INVESTIMENTO de 50 mil€ por 100% – Mário Ferreira)
– Os Empreendedores pediam 30 mil€ por 25% da exploração de uma patente de uma Torneira multi-funções (água, líquido e secador). (Avaliação de 120 mil€).
– Apesar de o produto ser interessante e inovador, e ter existido o cuidado na protecção da propriedade intelectual, a verdade é que os jovens Empreendedores estavam mal preparados para apresentar um Pitch sobre a viabilidade do negócio em torno da exploração comercial da Torneira multi-funções. Conheciam mal os custos de produção individual e em escala, qual poderia ser a rentabilidade, projecções de vendas, custos, margens, necessidades de investimento, etc.
– Devido a esse facto ninguém se interessou em ser sócio desse negócio, e a única proposta que existiu foi para a compra da Patente. Mário Ferreira ofereceu 50 mil€ por 100% da patente, e os jovens empreendedores aceitaram a proposta. Foi um investimento interessante, que agora poderá ser explorado com parceiros industriais, e a sua disponibilização a muitos negócios potenciais, como por exemplo o canal “Horeca” (hotéis, restaurantes, cafés) e o canal “particulares”. É também um negócio com potencial de internacionalização.

SMART TRAILER (Atrelado sem rodas para automóvel) (SEM INVESTIMENTO)
– O Empreendedor solicitava 60 mil€ por 20% (Avaliação de 300.000€)
– Até agora, em 5 anos, apenas foram vendidas 58 unidades, com 510€ de margem e 890€ PVP por unidade.
– O Produto não tem “patente”, tendo sido essa umas das principais objecções para o investimento. O Produto também ainda não está “pronto”, já que necessita de algumas melhorias no Design de Produto.
– Trata-se de um produto de nicho, tendo despertado pouco interesse. Miguel Ribeiro Ferreira até tem nas suas empresas todas as máquinas que o Empreendedor precisava de adquirir, só que a avaliação excessiva e as baixas vendas retiraram o interesse ao Shark, que noutro cenário poderia ter-se tornado sócio deste projecto. Sem patente, sem marca registada e com pouco histórico de vendas é difícil que algum investidor se interesse por um negócio deste género, ainda para mais com uma avaliação excessiva e irrealista.

MITA (Fraldas reutilizáveis) (INVESTIMENTO de 30 mil€ por 50% – Tim Vieira)
– A Empreendedora solicitava 20 mil€ por 15% (Avaliação de 133 mil€).
– Em 2014 esta marca de Fraldas reutilizáveis venderam 5 mil€, e cada produto custa 4€, e o Kit completo custa 10€/Cada.
– A ideia tem algum interesse, mas trata-se de um produto de “nicho” nos mercados mais amadurecidos, destinado para crianças alérgicas às fraldas descartáveis, ou a pais preocupados com a questão da ecologia.
– João Koehler, que actua no sector, foi algo duro e frontal sobre esta ideia de negócio. Outros Sharks tentaram colocar alguma água na fervura, e o Tim Vieira acabou mesmo por investir 30 mil€ por 50% do negócio.
– Apesar de ser um produto de “nicho” é um produto que pode ser internacionalizado, e como o Shark tem relações com o continente Africano pode tentar explorar esse produto em países em desenvolvimento, onde as famílias que não tenham tanta capacidade financeira para comprar as fraldas descartáveis. Sem essas ligações internacionais o investimento seria mais arriscado. Neste caso, é um investimento que se aceita por parte do Tim Veira.

Vídeo do Episódio Completo:

 

Sobre o Autor

Bruno Silva

Bruno Silva

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# Coach, Consultor e Formador nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo, desde 2009 na InnovMark, colaborando também com Instituições de Ensino Superior, Entidades de Consultoria e de Formação profissional, Associações Empresariais, onde se incluem projectos geridos pela AEP, IAPMEI, IEFP, CIG, etc.

# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.

# Fundador e Community Manager, desde 2006, do Portal Inovação & Marketing, que conta actualmente com mais de 70.000 Subscritores, considerando todos os formatos de subscrição, sendo um dos maiores projectos deste género em Portugal.

# Fundador e Community Manager, desde 2013, do “Dish Mob Portugal” que promove o espírito “Dish Mob”, e que está a transformar-se num dos principais movimentos nacionais de promoção do networking e aceleração de ideias nas áreas da inovação e do empreendedorismo.

– Licenciatura em Gestão pela Universidade do Minho.
– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School.
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro
– Curso de Especialização em Empreendedorismo de Base Tecnológica pela Universidade de Aveiro
– Formações Profissionais em Vendas, Excelência Pessoal, Inteligência Emocional e Criatividade, Gestão do Stress, Organização de Eventos, Comunicação em Público, E-Business para PME´s, e também Pedagógica de Formador.

Shark Tank Portugal: Análise ao Episódio 5

Shark Tank Portugal

Shark Tank Portugal – Série 1 – Episódio 5

Considerações sobre os 6 projectos apresentados:

OF PRODUÇÕES (Produção de Festas) (SEM INVESTIMENTO)
– Empreendedores solicitavam 40 mil€ por 10% do negócio de organização de festas e animações (Avaliação de 400 mil€)
– Facturaram 195 mil€ em 2014. Ganharam 25% da margem (+-50.000€), e têm tido um crescimento de 10%/Ano. Pretendiam investir em Marketing e lojas próprias para eventos em Centros Comerciais.
– Nenhum Shark decidiu investir, por não ter interesse no negócio e/ou por considerarem a avaliação desajustada. É uma decisão que se aceita. É um projecto facilmente replicável (organização de eventos) e sem grande diferenciação do que existe no mercado.

BIO POLI (Copos Biodegradáveis) (Sharks Investiram 40 mil€ por 50% do negócio – João Rafael Koehler; Susana Cerqueira, Tim Vieira)
– Empreendedores solicitavam 20 mil€ por 20%, do negócio de copos biodegradáveis. Podem ser utilizados para grandes eventos, ambiente corporativo, familiar, etc. (Avaliação de 100 mil€). O projecto está em fase de protótipo. Cada copo poderá ter uma margem de 50%.
– 3 Sharks investiram no negócio (40 mil€ por 50%), e estão ligados à área do Marketing, Organização de Eventos, etc. Trata-se de uma boa aposta num produto que poderá ter futuro numa área em crescimento (sustentabilidade).

STAND BAG (Expositor para feiras) (SEM INVESTIMENTO)
– Empreendedor solicitou 150 mil€ por 10% do produto, que consiste na venda ou Renting de expositores de feiras Auto montáveis.
– O investimento seria apenas para o novo produto Stand Bag, e não para a empresa que o empreendedor tem. Tratava-se apenas da ideia que não está patenteada, e não tem ainda protótipo. A empresa do empreendedor facturou 300 mil€ em 2014.
– O empreendedor foi muito confuso, pouco claro e teve enormes dificuldades de responder às perguntas, e nem conseguiu justificar a avaliação da nova ideia em 1,5M€.
– Tim Vieira ofereceu 150 mil€ por 100% da empresa e também pela nova ideia de produto. O Empreendedor não aceitou a proposta. Considero que apesar de a ideia ser interessante, e ter potencial de internacionalização, teve uma avaliação absurda e o pitch foi muito mal apresentado. A proposta do Tim Vieira foi baixa (equivale a 50% da facturação anual da empresa). É natural que o Shark não quisesse o Empreendedor como sócio analisando o Pitch, e é natural que o Empreendedor também não aceitasse essa avaliação por todo o negócio (empresa+produto).

MARIA WURST (Restaurante Cachorros) (SEM INVESTIMENTO)
– Empreendedoras solicitavam 40 mil€ por 15% do negócio (avaliação de 267 mil€).
– O Pitch foi bem apresentado pelas Empreendedoras. O negócio ainda está no início e a presença em alguns eventos permitiu facturar 22 mil€ até agora. Pretendem que cada roulotte que venha a ser desenvolvida facture 150 mil€/Ano. Cada “produto” tem 50% de margem, face ao “food cost”. As empreendedoras investiram 30 mil€ até agora. A margem do negócio é pequena para a avaliação que fizeram (267 mil€ por um negócio que ainda só facturou 22 mil€). A ideia é interessante mas a vertente financeira tem de ser mais bem trabalhada e é natural que nenhum Shark tenha pretendido investir nesta fase inicial do negócio, atendendo à valorização do negócio por parte das empreendedoras, e ao risco associado.

IMPAC TRIP (Turismo Solidário) (32 mi€ por 10% do negócio – Susana Cerqueira)
– Empreendedores solicitavam 32 mil€ por 10% do negócio, para actuar no negócio de packs de turismo solidários. (Avaliação de 320 mil€). O negócio está em fase de teste, e ainda não está na fase de vendas. Considero que a estratégia de Marketing e o Marketing-Mix apresentado tem de ser mais bem estruturado, a vários níveis.
– Susana Cerqueira ofereceu 32 mil€, não em dinheiro, mas sim em serviços de Marketing por 10% da empresa, e a proposta foi aceite pelos empreendedores. O risco da empreendedora acaba por ser baixo para entrar num negócio que está numa fase inicial, e que ainda apresenta muito risco para a viabilidade do projecto. Tratou-se de uma proposta lógica por parte da Shark que actua na área do Marketing, e a mesma foi aceite.

MICROBÓIA (Dispositivo de segurança contra afogamento) (50 mil€ por 75% – Miguel Ribeiro Ferreira, João Rafael Koehler, Mário Ferreira)
– Empreendedor solicitou 50 mil€ por 25% do projecto (Avaliação de 200 mil€), por uma ideia que não tem patente definitiva, e que se trata de um pequeno dispositivo de segurança contra afogamentos. A ideia suscitou curiosidade e interesse por parte de vários Sharks, a começar por Mário Ferreira da Douro Azul. Apesar de o negócio necessitar de melhoramentos ao nível do desenvolvimento do produto, o facto de o empreendedor estar numa fase de reorientação profissional, e poder focar-se a 100% ao negócio, incentivou à realização de uma proposta por parte dos Sharks (50mil€ por 75% da empresa). 3 Sharks acabaram por investir na empresa, sendo que 2 Sharks são da indústria e 1 Shark é do sector do turismo (onde a vertente náutica tem uma forte componente), ou seja, trata-se de áreas onde o negócio necessitará desse tipo de apoios e sinergias. A ideia é interessante, a necessidade a que o produto responde é importante. Foi notório que além da aposta na ideia existiu também uma aposta no empreendedor (na pessoa), que demonstrou uma atitude sensata e humilde durante todo o Pitch.

Vídeo do Episódio Completo:

 
Sobre o Autor

Bruno Silva

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# Coach, Consultor e Formador nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo, desde 2009 na InnovMark, colaborando também com Instituições de Ensino Superior, Entidades de Consultoria e de Formação profissional, Associações Empresariais, onde se incluem projectos geridos pela AEP, IAPMEI, IEFP, CIG, etc.

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– Licenciatura em Gestão pela Universidade do Minho.
– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School.
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro
– Curso de Especialização em Empreendedorismo de Base Tecnológica pela Universidade de Aveiro
– Formações Profissionais em Vendas, Excelência Pessoal, Inteligência Emocional e Criatividade, Gestão do Stress, Organização de Eventos, Comunicação em Público, E-Business para PME´s, e também Pedagógica de Formador.

Shark Tank Portugal: Análise ao Episódio 4

Shark Tank Portugal

Shark Tank Portugal – Série 1 – Episódio 4

Considerações sobre os 6 projectos apresentados:

DINWALLETS (Carteira feita em madeira para cartões de crédito) O empreendedor pedia 10.000€ por 10% do negócio (avaliação total de 100.000€). O produto já está em fase de comercialização num site e facebook. O Empreendedor já vendeu mais de 1.500 unidades. É um produto com grande margem comercial e recebeu 2 propostas de Mário Ferreira (10.000€ + 10% Royalties) e de João Rafael Koehler (10.000€ + 8% Royalties). O Empreendedor estava muito bem preparado em termos de valores financeiros, conhecimento do negócio, etc. (A proposta de João Rafael Koehler foi aceite e investe 10.000€ pelo negócio + 8% Royalties)

EGÍDIO ALVES (Design de sapatos de senhora) O empreendedor pedia 100.000€ por 10% do negócio (avaliação total de 1 milhões de euros) É um projecto com notoriedade e comercialização internacional. É um negócio que já factura 400 mil€/Ano, e tem 40% de margem. O mercado-alvo tem sido a classe alta e luxo. João Rafael Koehler fez proposta de 200.000€ por 50% (Avaliação total de 400.000€). Egídio Alves fez uma contraproposta para ficar sócio maioritário e João Rafael Koehler não aceitou esse cenário, e a sociedade não avançou. É uma posição de ambos que se aceita.

FFAN CLUB (Ginásio com botas de mola) As empreendedoras solicitavam 10.000€ por 10% do negócio (avaliação total de 100 mil euros). As botas de mola baixam o impacto físico em comparação com as botas habituais. Como negócio não têm representação exclusiva, e apenas têm margem de 10% na venda, e como tal têm alugado o serviço, criando um clube com mensalidade. Concordo com a posição de alguns Sharks, se o negócio tivesse distribuição exclusiva em Portugal seria um negócio interessante. Com a margem comercial baixa, estar a tentar criar um negócio apenas à volta do aluguer de botas de mola é uma ideia com baixo potencial, já que a introdução das botas de mola em todos os ginásios portugueses e lojas de desporto seria uma estratégia mais adequada, mas para isso a empresa teria de ter a tal representação exclusiva, e ganhar uma margem comercial mais elevada. Como o negócio neste momento tem estas limitações, a proposta possível foi a de Tim Vieira que investe 1.000€ + 9.000€ em serviços (contactos e publicidade) por 10% sociedade, e tendo conhecimento do negócio pode eventualmente tentar replicá-lo em Angola e África do Sul. A proposta foi aceite pelas empreendedoras.

CRISE DO CÃO (Casotas para cães) (Sem Investimento) os empreendedores solicitam 50.000€ por 15% (Avaliação total de 333 mil €). Não existe empresa constituída, e não existem vendas actualmente. Apenas existe uma ideia de negócio, ou seja, a avaliação do negócio foi completamente disparatada e irrealista! Com uma margem de 60€ por produto, seriam necessárias mais de 5.000 unidades vendidas para a avaliação se aproximar da avaliação dos empreendedores. Naturalmente nenhum Shark quis investir.

SLEEKLAB (Drone publicitário) Empreendedores solicitavam 20.000€ por 20% da empresa (avaliação de 100.000€). Tim Vieira gostou da ideia e investiu 30.000€ por 50% do negócio. Neste momento existe um vazio legal e poderão existir limitações para a implementação do negócio. Tim Vieira foi algo impulsivo ao propor o negócio sem conhecer as implicações legais dos drones. Os empreendedores aceitaram a proposta. É um negócio que se aceita, mas tem de ser muito bem analisado em termos jurídicos, embora o Tim Vieira possa tentar implementá-lo também em Angola e África do Sul onde as questões jurídicas sejam diferentes.

EGGCELENT (Restaurante com pratos à base de ovos) Empreendedor solicitou 100.000€ por 20% da empresa (Avaliação de 500.000€). O negócio faz 50 vendas por dia (mais de 11.000 refeições até ao momento) a um preço médio de 7,30€, o que dá 12 mil€ de facturação mensal (140 mil€/Ano). Os Sharks gostaram da demonstração, só que a avaliação excessiva foi o problema. O empresário já tem um potencial parceiro (o fornecedor de ovos poderá ter interesse na sociedade) e esse poderá ser um caminho interessante para o empreendedor. Devido à avaliação excessiva nenhum Shark quis entrar na sociedade.

Vídeo completo do Programa:

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Bruno Silva

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# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.

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– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School.
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro
– Curso de Especialização em Empreendedorismo de Base Tecnológica pela Universidade de Aveiro
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