Inovação: Especialistas apontam cinco tendências em tecnologia para 2011

Dezembro 27, 2010 by  
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Tendências da tecnologia

A consolidação dos vídeos sob demanda na internet e a possibilidade de pagamento, por parte de empresas pelas informações contidas em páginas pessoais de sites de relacionamento estão entre as cinco principais tendências em tecnologia para 2011, segundo um relatório divulgado nesta semana por uma organização norte-americana.

As outras três grandes tendências citadas pelo relatório, publicado anualmente pela Associação dos Consumidores de Produtos Eletrônicos (CEA, na sigla em inglês), são o uso de tecnologia verde, de aplicativos para smartphones e de banda larga móvel e 4G.

Outros temas quentes no setor atualmente – como os tablets (como o iPad), a tecnologia em 3D e os livros eletrônicos – não ganharam o mesmo destaque na relação divulgada pela CEA.

“A indústria tecnológica está sempre mudando, evoluindo e inovando”, disse, Gary Shapiro, presidente da CEA. Para Shapiro, as ideias citadas no relatório estão “revolucionando nossas vidas e tendo impacto no mercado”.

Segundo o documento, a vida atualmente está tão ligada à tecnologia que é difícil determinar se a tecnologia está nos guiando ou se é o contrário.

“A cada nova geração que usa a tecnologia de forma rotineira desde muito cedo, esta relação será cada vez mais próxima, fazendo que, no futuro, ambas as partes sejam invisíveis”, afirma o relatório.

Tecnologia e privacidade

Sean Murphy, analista da CEA, alerta que as companhias que queiram utilizar informações pessoais colocadas online (em sites de relacionamento, por exemplo), deverão pagar por estas informações.

Murphy afirma, no entanto, que “a exploração de dados chegou para ficar. Há muito dinheiro em jogo para imaginar o contrário”.

Frente aos problemas que o tema da privacidade gerou em sites como o Facebook, Murphy diz que o assunto continuará em alta em 2011, mas com a possibilidade de gerar ambições econômicas entre os usuários.

“As companhias vão usar este modelo, pois (o uso destes dados pessoais) se converte em uma transação na qual o consumidor autoriza o uso de suas informações como parte de um acordo de negócios”, afirmou.

A organização de defesa de consumidores americana Consumers Watchdog disse à BBC que a ideia é positiva e acrescenta que, atualmente, as empresas “olham por cima do seu ombro quando você está online e você não tem ideia de que suas informações estão sendo compartilhadas”.

Futuro do vídeo

De acordo com o relatório da CEA, 2011 será o ano da consolidação da tendência do vídeo sob demanda do usuário. Isto significa, segundo a associação, que “os consumidores vão se relacionar mais com programas, conteúdos e shows individuais do que com os canais ou agregadores que os transmitem”.

O documento da CEA afirma ainda que os usuários vão “descobrir o conteúdo de forma proativa, vão recomendá-lo e assisti-lo em seu próprio tempo e no dispositivo de sua preferência, e não através de uma programação predeterminada”.

A associação americana destaca também em seu relatório anual uma mudança de atitude no consumidor de vídeo, que tem origem na chegada do HD, a alta definição. Os usuários que assistem vídeos na internet, segundo a CEA, passaram do estágio em que assistiam apenas vídeos curtos para assistir programas de televisão ou filmes pela web.

Neste sentido, a CEA afirma que empresas como Apple, Google ou Amazon estão na vanguarda com os produtos que estão lançando para que, por meio de aplicativos, o conteúdo em vídeo possa ser visto na TV ou em dispositivos portáteis.

Banda larga móvel e 4G

O relatório da CEA dá como certa que a era dos smartphones já chegou, mas afirma também que em 2011 a conectividade com a internet por meio dos celulares começará a ser uma tendência importante.

A lógica é que mais pessoas serão atraídas para o mercado dos novos aparelhos e as pessoas vão começar a se desfazer dos cabos, dando preferência a tecnologia sem fios.

A introdução das redes de telefonia 4G, uma versão mais rápida que a 3G, também poderá fazer com que alguns usuários abandonem as conexões tradicionais de internet para conectar todos seus aparelhos de casa através da rede de celular.

A associação americana afirma que a porcentagem que fará esta mudança ainda será pequena, levando em conta que a infraestrutura poderia não atender as necessidades de internautas que gostam de jogos online ou transmitir muitos vídeos.

Mas, a CEA espera que, para 2016, uma grande porcentagem de pessoas adote a tecnologia 4G e a banda larga móvel em casa.

Tecnologia verde

A tecnologia será mais verde em 2011, segundo a Associação dos Consumidores de Produtos Eletrônicos.

A analista da associação, Jessica Booth, acredita que o preço alto da energia, a crise econômica e o apoio do governo dos Estados Unidos a inovações tecnológicas, trarão uma avalanche de criatividade “verde” na indústria.

“A tecnologia verde dá aos consumidores uma solução para sua voracidade energética frente a uma crise econômica e de recursos”, afirmou.

A analista acredita que existirão mais opções de produtos ecológicos no mercado, pois as condições implicam que, pela primeira vez, a tendência “verde” também é um negócio.

Futuro dos aplicativos

Os aplicativos nos telefones inteligentes estão mudando a indústria e criando um novo modelo na internet. E a CEA acredita que esta tendência vai continuar crescendo em 2011.

Atualmente existem mais de 400 mil aplicativos disponíveis para vários celulares, em uma série de sistemas operacionais. E a vantagem é que estes aplicativos transformam um simples telefone celular em um videogame ou uma revista.

E, para repetir o sucesso em outros dispositivos, como televisores, os aplicativos terão que repetir esta fórmula, de conseguir transformar aparelhos em algo mais.

“O futuro dos aplicativos continuará gerando impacto e definindo a indústria da tecnologia de consumo”, conclui a CEA.

Fonte: Inovação Tecnológica

O processo de incubação de empresas

Dezembro 27, 2010 by  
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Por Luís Todo Bom (Professor associado convidado do ISCTE)

O processo de incubação de empresas está intimamente ligado ao empreendedorismo e inovação, constituindo, por tal facto, uma área prioritária de atenção para o desenvolvimento empresarial.

Em países ou regiões com um grau de sofisticação e desenvolvimento tecnológico razoável, a incubação de empresas está diretamente associada ao nascimento de start-ups de base tecnológica.

Este campo de atuação é muito promissor mas está repleto de dificuldades, razão pela qual os indicadores de sucesso desta atividade no nosso país são tão pouco expressivos.

No entanto, as razões para esse facto são conhecidas, abundantemente descritas na literatura sobre “gestão da inovação e da tecnologia” e concentram-se em torno dos seguintes parâmetros:

– Trata-se de ‘um processo’, pelo que envolve um conjunto alargado de passos, devidamente ordenados no tempo, exigindo uma grande disciplina estratégica.

– Faz apelo a um conjunto alargado de conhecimentos e ferramentas teóricas, cobrindo além da área da gestão estratégica das organizações, todas as funções instrumentais de gestão – marketing, finanças e operações.

– Exige um conhecimento detalhado das ferramentas teóricas tradicionais, mas também, a sua aplicação e ajustamento a produtos e mercados inovadores, que utilizam algoritmos muito diferentes.

– Obriga à interação e negociação com um conjunto muito alargado de instituições e organizações, públicas e privadas, muito especializadas nas suas áreas de intervenção, com uma linguagem técnica hermética.

Todo este conjunto de exigências de conhecimento, teórico e aplicacional, no domínio da ‘gestão da inovação e da tecnologia’, é colocado a jovens empreendedores com atração pelo risco (e portanto não gestores) que provêm da área científica e tecnológica, portadores de uma ideia com potencialidades de sucesso empresarial, suportada em conhecimento específico detalhado e que esteve na base do registo da respetiva patente.

Se tentarmos transformar este jovem empreendedor num gestor, perdemos o primeiro e não conseguimos construir o segundo.

A chave para esta contradição reside na qualificação, conhecimento efetivo e detalhado e empenho, das organizações que acolhem, suportam e apoiam os jovens empreendedores no processo de incubação de empresas e na concretização dos respetivos projetos de investimento.

Infelizmente a ignorância sobre as ferramentas teóricas necessárias, a falta de rigor e de detalhe na análise, preparação, avaliação e apoio aos processos de incubação e a incapacidade para definirem e acompanharem os vários passos do ‘processo de incubação’ constituem a matriz-base deste tipo de organizações.

A alteração desta situação só ocorrerá com a avaliação permanente da performance destas entidades, através de ações de benchmarking sistemáticas em relação às melhores práticas europeias.

É urgente e necessário proceder a esta mudança.

Fonte: Expresso

Inovação: Os 8 maiores sucessos de tecnologia em 2010

Dezembro 27, 2010 by  
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Os oito maiores sucessos tecnológicos do ano, sejam eles produtos, tecnologias ou pessoas:

Interfaces além do botão

Em 2010, o golpe foi duro para os botões físicos como forma de controlar gadgets, consoles e afins. O iPad e a legião de competidores corroboraram a tela sensível a toque como forma de interação cada vez mais popular, depois da introdução em massa iniciada pelo iPhone, em 2007.

Nos games, o Kinect extrapolou o conceito do Wii e permitiu partidas no Xbox 360 usando o corpo como controle. O sensor foi hackeado para os mais diferentes fins – o Kinect, por exemplo, já pode ser usado até para navegar na internet, em uma possível nova aplicação em PCs.

Netflix

Aos olhos do público, a briga para dominar sua TV conta com Apple e Google. Mas há uma empresa que, independente do vencedor, já parte em larga vantagem: a Netflix. Sem conteúdo, Apple TV e Google TV não teriam o apelo necessário para justificar o sucesso comercial dos gadgets. É onde entra a Netflix e seus acordos para levar filmes e séries de estúdios e canais de TV em streaming para a televisão dos norte-americanos por uma taxa mensal.

Tablets

Eles já tinham passado pelas prateleiras sem muito sucesso (o Tablet PC, da HP, é de 2003). Esse cenário mudou. Puxados pelo iPad, os tablets vêm encontrando uma demanda que, em 2013, deverá ser responsável por comercializar 154 milhões de aparelhos, segundo projeção do Gartner.

O potencial dos tablet provocou uma corrida entre fabricantes e, meses depois do iPad, marcas como Samsung, Dell, Research in Motion, HP e ZTE anunciavam suas alternativas. Na tentativa de lucrar com conteúdo digital, veículos de comunicação também correram para preparar versões ou revistas apenas para o tablet, como é o caso da Project, do bilionário Richard Branson.

Compra coletiva
O e-commerce mundial termina 2010 com uma nova vedete: a compra coletiva. Serviços que oferecem promoções de produtos e serviços para consumidores e ganhos na escala para varejistas têm no Groupon sua principal atração: fundado em 2008, o site rejeitou uma oferta de compra do Google avaliada em 6 bilhões de dólares em dezembro. O modelo chegou ao Brasil em março, pelo Peixe Urbano e é replicado em centenas de novos sites nacionais (balanço feito pelo Bolsa de Ofertas contabilizou 405 no começo de dezembro).

Mark Zuckerberg

Ele protagonizou uma entrevista em junho em que suas respostas vagas e o suor no rosto foram o destaque e foi caracterizado no cinema como um gênio cínico que se apropriou de ideias alheias para criar seu negócio bilionário. Ainda assim, Mark Zukerberg não tem nada a reclamar de 2010. O Facebook ultrapassou a marca dos 500 milhões de usuários registrados, foi considerado a melhor empresa dos EUA para se trabalhar e Mark ainda fechou o ano considerado a pessoa mais influente de 2010 pela revista Time. Não bastasse, “A rede social”, o filme que David Finch fez baseado no começo do Facebook, é considerado um dos melhores do ano.

A popularização de smartphones
No ano em que os tablets ganharam a atenção do mercado internacional de tecnologia, outro gadget chegou às mãos de milhões de usuários: os smartphones. O barateamento dos gadgets e promoções de operadoras internacionais fizeram com que 80 milhões de smartphones fossem vendidos no terceiro trimestre de 2010, aumento de 96% em relação ao mesmo período de 2009, segundo o Gartner. No Brasil, a proliferação foi aliada à estratégia das operadoras (notadamente Tim e Claro, com planos de web pré-paga) de levarem banda larga móvel para além das classes A e B.

Android



O Android abriu o ano responsável por 3,9% dos celulares vendidos no mundo todo em 2009, segundo dados do Gartner. Menos de um ano depois, o sistema operacional criado pelo Google já aparece na vice-liderança do setor, com participação de 25,5% e na frente de sistemas de celulares com anos de estrada, como iPhone (16,7%) e Blackberry (14,8%). Apoiado pela parceria com Motorola, Samsung e HTC e pela ótima integração com os serviços do Google, o Android deve ameaçar, possivelmente em 2011, a liderança do Symbian (36,6%).

Apple
Difícil imaginar uma empresa de tecnologia que terá melhores lembranças de 2010 que a Apple. A companhia não apenas apresentou novidades em todas as suas divisões de hardware (Macs, iPhone e Apple TV), mas também criou uma nova área com o iPad cujo faturamento já é maior que o de iPods.

O gráfico acima, compilado pela Silicon Alley Insider, mostra a evolução da receita nos últimos três anos e prova a ascensão meteórica do iPad frente ao resultado total da companhia. Os bons resultados fizeram com que, em maio, a Apple destronasse a Microsoft como a empresa mais valiosa do mercado de tecnologia.

As perspectivas para 2011 não poderiam ser melhores: além das fortes vendas de equipamentos, a empresa entrará de vez no mercado publicitário com sua rede iAd.

Fonte: Época Negócios

Marketing: As 20 coisas que passaram de moda esta década

Dezembro 26, 2010 by  
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A primeira década do novo milénio foi marcada pelo advento das novas tecnologias. A criação de novos aparelhos e gadgets que, de tecnologia de ponta, passaram rapidamente a obsoletos para logo serem substituídos – e assim sucessivamente – foi deixando para trás alguma tecnologia e hábitos dela dependentes.

Desde o ano 2000, foram apresentados os telemóveis 3G, redes sociais e websites de microblogging, smartphones, o sistema operativo android, consolas com detectores de movimentos, aplicações para telemóveis, tablets, entre outros, o que resultou num desaparecimento do mercado do que lhe antecedeu.

Uma lista publicada recentemente pelo jornal «HuffingtonPost» destaca 20 desses elementos que se foram tornando obsoletas ao longo dos últimos dez anos, entre as quais se encontram desde o «fax» ao acto de telefonar.

A lista do jornal é encabeçada pelas cassetes VHS que, refere, depois da invenção do DVD apenas em 1995, viriam a ser removidas do mercado por completo no ano 2000. Pelo mesmo caminho parecem ir as agências de viagens, que foram substituídas pelos sites de busca de voos (Skyscanner) ou de marcação de hotéis (Booking.com) ou, ainda os híbridos (Lastminute).

O terceiro lugar é ocupado por aquilo que o jornal chama de «separação entre vida pessoal e o trabalho» que parece ter desaparecido, uma vez que, graças à internet, já não é preciso estar no local de trabalho para trabalhar.

O «esquecimento» foi também eliminado pela Internet que regista toda a história, tal como as livrarias abandonadas em favor da Amazon. Já os relógios, antigos símbolos de ostentação e abundância, foram agora substituídos por computadores portáteis e telemóveis topo de gama.

A lista seleccionou ainda o sexo por telefone de números pagos, os mapas, jornais de classificados, as páginas amarelas e enciclopédias são outros elementos comuns que foram substituídos de maneira gradual por serviços, na sua maioria, gratuitos em rede.

Por sua vez, «telefonar» também recebeu um lugar na lista de obsoletos, substituído pelo envio de SMS, tal como os fios dos telefones e dos modems também foram substituídos pelo «wireless» (sem fios).

Fonte: Tvi 24 Horas

Inovação: Inovação é chave mestra

Dezembro 26, 2010 by  
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Um Call to action em todas as frentes é o que o país precisa para enfrentar as dificuldades socioeconómicas que atravessa e que, previsivelmente, se agravarão em 2011. A inovação social é, hoje, a chave mestra para o sucesso das organizações e, nela, as Fundações assumem cada vez mais um papel preponderante, enquanto “agentes de mudança” independentes. O país encerra 2010 com uma nova atitude de empreendedorismo capacitante que, aliado à extraordinária solidariedade do povo português, bem pode fazer a diferença no ano que se avizinha.

A inovação social é, cada vez mais, a chave para o sucesso das organizações. Só ela parece, hoje, ter potencial para gerar mudanças positivas e capacitar as pessoas e os projectos para o empreendedorismo necessário à sustentabilidade dos projectos, nomeadamente ao nível dos resultados efectivos que produzem e do seu impacto na comunidade que beneficiam.

Perante a gravíssima conjuntura socioeconómica que o país atravessa – com particular ênfase para o desemprego galopante a que se assiste – e que, é já inegável, irá piorar a olhos vistos no decursos do próximo ano, “o desafio à inércia é importantíssimo em Portugal”, como alertou, no encerramento da 1ª Assembleia Geral de Investidores Sociais, da Bolsa de Valores Sociais, Jorge Sampaio.

Este foi, de resto, um dos projectos mais inovadores que marcaram o dinamismo social do país, em 2010: ainda que não tenha atingido os objectivos traçados para o seu primeiro ano de actividade – angariar quinhentos mil euros -, a BVS, que conta com o apoio da Euronext Lisbon, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP e Caixa Geral de Depósitos, reuniu 22 projectos cotados e espera, em 2011, duplicar os seus resultados, através das “acções sociais” adquiridas pelos doadores. Objectivo: converter organizações sociais em laboratórios que produzam vacinas contra a pobreza e a exclusão social, actuando nas causas e não nas consequências.

O poder transformador dos jovens

Actuar é o que mais fazem as gerações jovens, que têm trazido para Portugal, nos últimos anos, uma nova atitude de empreendedorismo dinâmico. Agentes da mudança, foi o que foram os rapazes e raparigas que participaram, no início de 2010, no Fórum Económico Mundial, em Davos, para dar voz às ideias e preocupações das gerações mais novas de todo o planeta.

Entre os “futuros líderes” que representaram a juventude mundial esteve o português João Rafael Brites, 19 anos: um verdadeiro activista de causas transformadoras que chamou a atenção pela sua energia positiva. Apostar no poder dos jovens para gerar mudança social é, também, o que faz o Do Something, iniciativa lançada em Portugal em Maio, pela TESE, em conjunto com outros parceiros.

Sendo hoje uma das maiores organizações dos EUA, que mobiliza milhares de jovens para a resolução dos problemas globais, utilizando o poder da internet para mobilizar empreendedores de todo o mundo para acções de intervenção social, o Do Something aposta nesta geração enquanto elemento-chave para a mudança social. “Super-poderes” parecem ter, por sua vez, os jovens Transformers do movimento com o mesmo nome. “To Turn Teens inTo Transformers” são os 5 t’s do movimento que está a dar a cerca de 150 jovens a oportunidade de transformarem positivamente as comunidades onde vivem, através do desporto e das artes. Inclusão digital é, sem dúvida, outro factor de peso na inovação social, já que “abre horizontes para o conhecimento”, como comenta Conceição Zagalo, a propósito da iniciativa KidSmart Early Learning, da qual já beneficiaram mais de nove mil crianças portuguesas entre os três e os seis anos de idade.

O projecto parte da tecnologia para promover uma aprendizagem inovadora, fazendo a diferença na evolução das crianças, “ao abrir horizontes e despertar empenho e interesse pelo conhecimento, em triangulação com educadores e pais”. Chamam-se Fab Labs e têm o poder de transformar ideias em projectos materializados a baixo custo, sejam eles brinquedos, softwares ou próteses de membros humanos. Apresentados pelo seu criador, Neil Gershenfeld, do MIT, o conceito parece proveniente de uma outra galáxia mas, em 2010, concretizou-se em Portugal com os apoios do QREN e do Plano Tecnológico, ficando ao dispor de todos os cidadãos.

O conceito dos Fab Labs baseia-se no conceito do Star Trek Replicator – no universo ficcional de Star Trek, um “replicador” é uma máquina capaz de criar (e reciclar) objectos, fazendo destes laboratórios centros de prototipagem rápida, cuja tecnologia está aberta a todas as pessoas que tenham uma ideia e que a queiram ver concretizada num objecto. Estes “Fabrication Laboratories” pretendem que uma comunidade local de “pessoas comuns” possa ter acesso à inovação, à descoberta, à criatividade e ao empreendedorismo.

A inovação autárquica é, em plena crise económica e política, uma estratégia para combater a ideia formada de que muitas das instituições ou órgãos de soberania não cumprem o que prometem. Alguns destes agentes estão a criar novas ferramentas para promover a interacção entre o poder e os cidadãos, como é o caso da Câmara de Vila Franca de Xira, que lançou este ano um Portal da Juventude. Outra estratégia win-win é o denominado Envolvimento Social Empresarial (ESE), em que as produções Fictícias estão a apostar, numa nova área de aconselhamento e desenvolvimento de projectos e programas na área de Responsabilidade Social Empresarial.

A entrada de Portugal na rota da “tribo dos TEDsters”, fenómeno global alimentado pela plataforma TED, foi outro factor inovador em 2010. Desenvolvida a partir das palestras que correm mundo através da Internet, atingindo uma audiência superior a dois mil milhões de pessoas, e onde já brilharam “estrelas” como Bill Gates, Bill Clinton, Isabel Allende, Richard Branson ou Malcolm Gladwell, esta plataforma chegou em Outubro ao nosso país, com o conceito que a caracteriza – reunir numa conferência a vontade de mudar o mundo com os dons da oratória – e um objectivo “local”, digamos: “desmontar um discurso pessimista que nada traz de novo”.

É assim que André Marquet, um dos organizadores do primeiro TEDx em terras lusas, realizado em Portimão, defende a vontade de vencer inerente ao projecto. Já em Dezembro, o VER assinalou o impacto da inovação tecnológica nos projectos de cariz social, ao apresentar o testemunho de um voluntário que esteve no Paquistão, na sequência do terramoto de 2005, no âmbito do programa Ericsson Response, que celebrou uma década de existência a restabelecer e fornecer comunicações essenciais após desastres naturais em todo o mundo. O mérito do projecto parte da iniciativa dos próprios colaboradores.

Para ler o artigo na íntegra: Portal VER

Fonte: Jornal de Negócios

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