Marketing: Não dê cargos. Dê projetos para a geração Y
Novembro 26, 2010 by Inovação & Marketing
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Organizar a empresa por projetos e equipes multidisciplinares estimula os jovens da geração Y a entregar à empresa os melhores resultados e ainda inovar, na opinião de Martin Nelzow, da Boehringer-Ingelheim.
Quando uma certa tribo na Ásia precisa enfrentar algum grande problema, não é o chefe que decide sozinho qual vai ser a solução. Eles reúnem as pessoas das mais diferentes especialidades e faixas etárias para compor um grupo que vai tomar as decisões e executar as ações. “Isso tem dado certo há centenas de anos. Por que não repetir esse modelo na empresa?”, disse Martin Nelzow, diretor-geral da Boehringer-Ingelheim no Insights com Época NEGÓCIOS na manhã desta quarta-feira (24/11).
Nelzow defende que a melhor forma de harmonizar as demandas e necessidades das quatro gerações que coabitam o mercado de trabalho – desde os tradicionais que nasceram nos anos 40 até os Ys que nasceram entre 1979 e 1991 – é organizar as pessoas em equipes multidisciplinares. Para ele, os jovens devem ser expostos a desafios em que é necessária a experiência dos profissionais mais velhos mas também a ousadia e a inovação das pessoas que estão apenas entrando no mundo corporativo. “Quando o desafio é grande é preciso a contribuição de todo mundo.” Mais do que dar cargos pomposos, a empresa deve dar tarefas, pedir resultados, envolver os Ys em grupos de trabalho que, naturalmente, darão experiência aos jovens funcionários.
Na Boehringer, dois projetos recentes contaram com a presença maciça de jovens Ys. Ambos tratavam de medicamentos hospitalares para enfermidades complexas, Aids e enfarto. Conhecedores das redes sociais, o trabalho dos jovens envolveu a interlocução com integrantes de ONGs e de comunidades virtuais dedicadas aos dois temas. “O resultado do trabalho deles foi muito bom, porque aumentou nossa relevância na discussão do tema com esses públicos.”
O grande desafio de organizar a empresa por projetos é conseguir montar equipes com os profissionais e, principalmente, que se complementam. “É o papel do gestor organizar as pessoas em times.” A tarefa não é fácil. Mas os resultados, diz Nelzow, é certo.
Fonte: Época Negócios – Brasil
Inovação: Mariano Gago, Exploração do mar profundo deve ser aposta
Novembro 25, 2010 by Inovação & Marketing
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O ministro Mariano Gago apontou hoje a exploração do mar profundo como a aposta primordial a fazer a longo prazo na área da investigação e desenvolvimento (I&D), apesar de admitir ser «uma das apostas mais arriscadas».
Em declarações aos jornalistas, no final da apresentação dos dados sobre a despesa em I&D em Portugal, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior disse que se tivesse de selecionar um setor de integração «mais difícil» escolheria a aposta no desenvolvimento de um programa a longo prazo, mais concretamente a duas décadas, na exploração do mar profundo.
«É talvez uma das apostas mais arriscadas, mas também das mais importantes. Falo da exploração de recursos minerais do mar, da exploração de recursos biológicos para novas indústrias biotecnológicas de fundo do mar. Tudo áreas que exigem uma integração de conhecimentos muito difícil», explicou Mariano Gago.
Fonte: Diário Digital
Inovação: PT lidera investimento em I&D
Novembro 25, 2010 by Inovação & Marketing
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A Portugal Telecom (PT) foi a empresa que mais investiu em investigação e desenvolvimento (I&D) em 2008 no mercado português, segundo a lista do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI).
Nesta publicação do GPEARI, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, constam as 100 empresas que mais investiram na execução de actividades de I&D em 2008.
Segundo a lista, o grupo PT investiu 147 milhões de euros em I&D. Também em 2007 o grupo de telecomunicações manteve o primeiro lugar na lista de empresas que mais investiu em I&D.
Em segundo lugar está o BCP, que investiu 81,7 milhões de euros e mantém a mesma posição de 2007, enquanto no terceiro lugar está o grupo EDP, que subiu três lugares relativamente a 2007. A eléctrica portuguesa investiu 68,6 milhões de euros em 2008.
Em quarto lugar está a Bial, que subiu quatro posições face a 2007, a ISBAN PT – Engenharia e Software Bancário (manteve o 5.º lugar), a Nokia Siemens Networks Portugal, que desceu dois lugares e em sétimo está uma empresa que pediu para não ser identificada, segundo o documento.
A Unicer caiu um lugar, para a oitava posição, seguida da Sonae (subiu dois lugares em relação a 2007), enquanto a Autoeuropa, do grupo Volkswagen, ocupa a décima posição. Em 2007, a construtora automóvel dona da fábrica de Palmela estava em nono lugar.
O 100.º lugar do ranking é ocupado por uma empresa que pediu para não ser identificada.
Esta lista, de acordo com o GPEARI, tem por base os resultados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN) de 2008, lançado em Maio de 2009 e enviado a 10.188 empresas. Deste total, foram obtidas 8.412 respostas válidas, o que representa cerca de 83% do total inquirido, das quais 1.883 empresas declararam exercer actividades em I&D.
A posição das empresas no ranking de 2008 é definida tendo em conta o total da despesa em investigação e desenvolvimento.
O relatório foi hoje divulgado num evento em que foram apresentados os dados de Portugal em 2009 referentes ao potencial científico e tecnológico, em que participaram o primeiro-ministro José Sócrates e o ministro da Ciência, Mariano Gago.
O primeiro-ministro salientou na sua intervenção que o investimento privado tem ultrapassado o que é feito pelo Estado em investigação e desenvolvimento, apontando quais as empresas que mais investiram em Portugal em 2009: a PT, o BCP, a Bial e a EDP.
“Todos os indicadores demonstram que o investimento em ciência e tecnologia foi absolutamente determinante para as empresas que mais aumentaram as suas exportações”, disse.
Fonte: Oje – o Jornal Económico
Inovação: Tecnologia portuguesa testa energia das ondas irlandesa
Novembro 25, 2010 by Inovação & Marketing
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A empresa portuguesa Kymaner produziu a turbina de ar que será testada em 2011 numa central de energia das ondas na costa irlandesa.
O projeto europeu de aproveitamento de energia das ondas que vai ser testado em 2011 ao largo da costa irlandesa, perto de Spiddal, terá uma turbina de ar produzida pela empresa portuguesa Kymaner.
O projeto CORES – Components for Ocean Renewable Energy Systems vai dispor de uma turbina de ar portuguesa que será testada em Spiddal durante 2011.
Esta “turbina de ação auto-retificadora” configura, segundo fontes ligadas ao projeto, “uma evolução do conceito das turbinas de gás das centrais termoeléctricas e utiliza uma abordagem inovadora que lhe confere ganhos de rendimento significativos quando comparados com tecnologias semelhantes”.
As mesmas fontes referem que “a turbina, atualmente em fase de testes finais em fábrica, será instalada numa plataforma flutuante em Dezembro, o que faz com que a Kymaner seja a primeira empresa portuguesa exportadora de tecnologia para aproveitamento da energia das ondas”.
A Kymaner foi criada em 2005, para desenvolver a energia das ondas em Portugal. Atualmente tem a seu cargo a manutenção da Central de Ondas do Pico.
Fonte: Expresso
Inovação: 7 passos para chegar à inovação
Novembro 24, 2010 by Inovação & Marketing
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Um caminho para alcançar o pensamento inovador e transformar organizações em ambientes criativos.
Com um pequeno esforço de memória, qualquer um pode listar alguns nomes de pessoas que considera geniais. Gente que revolucionou seu tempo com um pensamento original ou com invenções que transformaram a vida da humanidade, como Leonardo da Vinci, Antoine Laurent de Lavoisier, Charles Darwin, Alberto Santos Dumont, Albert Einstein… Mas o que terá tornado essa gente excepcional? O escritor americano Steven Johnson, especializado em divulgar estudos sobre a sociedade, a ciência e as ideias, faz uma proposta ousada em seu mais recente livro, Where good ideas come from – The natural history of innovation (De onde vêm as boas ideias – A história natural da inovação, ainda sem data de lançamento no Brasil). Para ele, a genialidade é uma ideia romântica. Momentos de iluminação individual seriam raríssimos. Lembramos deles apenas porque resultam em histórias agradáveis sobre o progresso.
O caminho que leva à inovação, diz ele, é outro: longo, descontínuo e errático. Percorrê-lo com sucesso significa principalmente conectar ideias – as próprias e as alheias, as novas e as antigas –, em vez de se isolar à espera de sacadas extraordinárias. E essa conexão só acontece em ambientes em que as pessoas possam interagir como se fossem os neurônios de um grande cérebro coletivo. “Não é que não existam pessoas extraordinárias, mais espertas que a maioria de nós”, afirmou Johnson em uma entrevista por e-mail a ÉPOCA. “A questão é que os talentos podem ser aperfeiçoados (ou reduzidos) dependendo do lugar onde estejam. Se tentássemos colocar a mente de Steve Jobs (presidente da Apple) para trabalhar em empresas convencionais, desconfio que ele não se sairia tão bem.”
De acordo com essa tese, a genialidade seria a capacidade de destilar, aos poucos, o melhor do caldo das ideias existentes. Não é que não exista a descoberta, o “eureca!” (descobri, em grego antigo) que o matemático Arquimedes teria gritado, saindo pelado da banheira, quando lhe veio à mente o conceito de empuxo. É que ele faz parte de uma cadeia de outras descobertas, menores, às quais geralmente não damos valor. Fascinado pela evolução das ideias – dois de seus seis livros anteriores abordam o assunto –, Johnson estudou o contexto que levou ao desenvolvimento de várias ideias na história. E propõe um caminho para alcançar o pensamento inovador e transformar organizações em ambientes criativos. A seguir, alguns dos principais modos de fazer isso, segundo ele.
1. A GESTAÇÃO DEMORA
Uma impressão ou uma intuição precisam de tempo, pesquisa e observação para virar uma ideia. Johnson chama essa gestação de “slow hunch”, o “palpite demorado”. É corrente a ideia de que Darwin, ao ler a teoria de Thomas Malthus sobre a disparidade entre a produção de alimentos e o crescimento da população, teve um estalo e formulou a teoria da seleção natural. Johnson desmonta essa análise superficial, mostrando que Darwin era um homem rigoroso em suas anotações. Durante anos, registrou observações, citações, ideias improvisadas e rascunhou diagramas. Estava constantemente relendo suas notas e questionando suas implicações. Os principais pontos da seleção natural estavam em seus cadernos. O “insight malthusiano” veio só depois e o ajudou a completar o raciocínio.
2. A IDEIA TEM VÁRIAS MÃES
Uma pessoa inovadora é aquela que consegue combinar e recombinar ideias anteriores. Ao formular a teoria da relatividade, em 1905, o físico Albert Einstein usou estudos do matemático Jules Henri Poincaré. Daí a importância de um espaço livre para ideias: mesmo as mais loucas podem um dia servir. Poincaré formulou em 1904 uma conjectura que só foi demonstrada em 2002, pelo matemático Grigori Perelman. “As pessoas costumam pensar que fazemos uso só do conhecimento e dos cálculos e, com isso, chegamos às teorias”, diz Jacob Palis, doutor em matemática pela Universidade da Califórnia e pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). “Longe disso. Nós perseguimos palpites. Há casos em que tenho sucesso e há casos em que a pergunta fica no ar, até que outras pessoas se interessem por ela.”
3. O GRUPO INOVA MAIS
“A ideia não é uma coisa só. Está mais para um enxame”, afirma Johnson. Quando a informação circula, criamos uma rede fluida, inteligente, receptiva a novidades. É principalmente essa a razão por que as grandes cidades são ambientes mais férteis à inovação em comparação com as pequenas. “A densidade das redes formadas nas primeiras cidades propiciou a circulação de ideias. Elas transbordaram e, por causa disso, foram preservadas para as futuras gerações”, escreve Johnson. Em ambientes menores, como empresas, também é possível formar essas redes de ideias. O jeito mais simples de fazer isso é permitindo um espaço para conversas informais. É mais eficiente do que reuniões de brainstorm (em que todos são instados a dar palpites absurdos, na esperança de surgir uma ideia genial), segundo Johnson, porque as ideias não respeitam cronogramas. A arquitetura também influi. Ela precisa unir as pessoas, em vez de separá-las em grupos fechados. Esse pensamento inspirou a Microsoft a construir espaços físicos mutáveis, das mesas às paredes, em sua área de pesquisa. A Apple faz isso nos projetos de trabalho em grupo: favorece o contato franco e intenso entre todo tipo de profissional, todo tipo de inteligência.
4. PRESTE UM POUCO DE DESATENÇÃO
Muitas vezes, esquecer o problema ajuda a achar a solução. As ideias se beneficiam de uma dose de dispersão. Elas podem vir durante o sono, no banho, numa caminhada ou na prática de um hobby. Um exemplo ilustre é do matemático francês Jules Henri Poincaré. Ele passou 15 dias tentando provar que as funções propostas pelo matemático Lazarus Immanuel Fuchs não existiam. Um dia, saiu da rotina e tomou café preto, algo que não costumava fazer. Sem conseguir dormir, começou a ter alguns palpites promissores. No dia seguinte, percebeu que estava errado e provou as conjecturas – a que generosamente chamou de fuchsianas.
5. O VIZINHO PODE EMPRESTAR
Algumas das melhores ideias já existem – só precisam de alguma adaptação. Foi o que fez, por exemplo, o obstetra francês Stephane Tarnier, em 1870. Em Paris, naquela época, um em cada cinco bebês morria poucos dias depois de nascer.Um dia, passeando pelo zoológico, ele notou que os pintinhos eram mantidos em recipientes aquecidos. Se o princípio era bom para os pintinhos, por que não para os humanos? Ele criou então a primeira incubadora, colocando recipientes com água quente embaixo das caixas de madeira que serviam de berços.
6. A AJUDA DOS ERROS
Uma ideia inicialmente promissora pode chegar a um resultado ruim. Isso se chama erro. E ele é útil. O ambiente inovador tolera os enganos, estuda os resultados indesejados e os transforma em aprendizado, em benefício das ideias seguintes. Johnson cita o exemplo do teólogo britânico Joseph Priestley. Ele tinha o costume de fazer experimentos científicos para provar suas crenças teológicas. Um dia, colocou uma planta em uma jarra, privando-a de oxigênio. Esperava que a planta morresse, mas ela continuou viva. O resultado o encorajou a continuar suas pesquisas. Esse experimento levou a outros, de outros cientistas, e assim se descobriu o processo da fotossíntese.
7. A OBSESSÃO COM NOTAS
A insólita jornada da inovação depende da profusão de informações – uma espécie de bagunça organizada. Era assim que Darwin fazia em seus cadernos, repletos de rabiscos, desenhos, pensamentos. Ordenar essas ideias pode atrapalhar mais que ajudar, porque engessa o raciocínio. Anotações esparsas facilitam a recombinação das teses, o olhar com nova perspectiva. Mas há um risco oposto: anotar, anotar, e não parar para ligar os pontos. Essa foi uma das falhas que impediram a polícia federal americana, o FBI, de prevenir o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001. Em julho, um relatório do agente Ken Williams alertava sobre seguidores de um certo “Usama Bin Laden” que faziam cursos de aviação civil. Williams entrevistara alguns deles e descobrira que tinham ligações com movimentos islâmicos radicais. O documento foi classificado como um “palpite especulativo, não significativo”, e permaneceu no limbo do FBI. Outro relatório ignorado dentro do FBI mencionava que um certo Zacarias Moussaoui, aluno de aviação, tinha intenção de jogar um avião contra o World Trade Center. As informações não se encontraram, o FBI não agiu e os aviões pilotados por terroristas atingiram seus alvos meses depois.
Nesse caso extremo, um processo mais acurado de ligar informações poderia ter salvado a vida de cerca de 3 mil pessoas. Em outros casos, o prejuízo é um invento que deixa de ser feito, um trabalho que fica pior, um paciente que deixa de ser tratado. É fácil perceber a falta de conexão no FBI, mas quanto nós mesmos não trabalhamos isolados? “Um dos maiores problemas das empresas é que elas dividem as pessoas em silos – engenheiros aqui, o financeiro ali”, disse Johnson a ÉPOCA. “O pensamento inovador frequentemente vem quando as ideias cruzam fronteiras.”
Fonte: Revista Época – Globo Brasil



