Marketing: Made better in China, marcas e inovações chinesas ganham o mundo

Junho 23, 2012 by  
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A China ainda encontra muitos obstáculos nas suas tentativas de alimentar uma cultura profunda e duradoura de inovação e criatividade (Economia nacional! Política! População! Meio Ambiente! Propriedades Intelectuais!).

Contudo, já existe uma avalanche de marcas chinesas atendendo a um mercado interno grande e sofisticado e competindo com (e até mesmo superando) marcas estabelecidas do mundo todo. Pare e pense no que vai acontecer quando a China realmente deslanchar.

Fatores que impulsionam a tendência

Boom urbano

A ilusão dos novos ricos está levando os chineses para áreas urbanas. Bastam duas estatísticas para demonstrar os níveis surpreendentes no boom de consumo urbano da China:

  • A renda familiar urbana disponível deve dobrar entre 2010 e 2020 (Fonte: McKinsey, março de 2012).
  • Em 2010, a China teve 18 milhões de famílias com renda anual acima de USD 16.000. Até 2020, esse número deve subir para 167 milhões. Isso significa quase 400 milhões de pessoas (Fonte: McKinsey, março de 2012).

O resultado? Uma classe enorme e sofisticada de Citysumers, com uma demanda imensa por produtos e serviços de alta qualidade.

2 O melhor do Oriente no Ocidente

A demanda por produtos e serviços de alta qualidade é atendida (na maioria das vezes) por marcas ocidentais que se baseiam no status da sua herança. Na verdade, essas marcas conseguiram não só vender para consumidores chineses, mas também homenageá-los. Com variedades especiais de produtos “Made for China” (feitos para a China) ou estendendo o “Red Carpet” (tapete vermelho) para consumidores chineses no mundo todo.

Ambos determinaram as expectativas dos consumidores chineses e ofereceram às marcas e empreendedores chineses a inspiração e confiança necessárias para seguir adiante e ainda deixando-os conscientes da necessidade de atingir – ou superar – os padrões de qualidade definidos pelas melhores contrapartes ocidentais.

3 Cérebro Global

O impacto da Grande Muralha da China é bem documentado, mas a China está conectada. Com mais de 513 milhões de internautas (contra 245 milhões de americanos online)*, os empreendedores e consumidores chineses fazem parte do “Cérebro Global”, alimentando (e acrescentando) cultura e criatividade aos consumidores do mundo todo.

* Fonte: www.internetworldstats.com, dezembro de 2011.

Então, não é novidade que os exemplos de produtos e serviços chineses* inovadores e de boa qualidade sejam mais fáceis de se encontrar do que nunca.E, se a criatividade chinesa realmente deslanchar, nós ainda não vimos nada!

A hiper concorrência poderá precisar ser redefinida, com aquilo que é “Made for China” (feito para a China) sendo substituído por “Made better in China” (feito melhor na China). Agora, vamos aos exemplos…

* Nesse Trend Briefing, “chinês” estamos considerando a China continental. Filtramos muitos exemplos ótimos de Hong Kong e Taiwan, além de empreendedores chineses- americanos, marcas ocidentais fortes com parcerias grandes com empreendimentos chineses, e assim por diante.

Projetado melhor na China

Você sabe que sua economia é forte quando a arte, arquitetura e design se tornam produtos de exportação:

Wang Shu: vencedor do Pritzker de Arquitetura 2012

Em maio de 2012, em Pequim, o arquiteto chinês Wang Shy recebeu o Prêmio Pritzker de Arquitetura 2012, sendo o primeiro arquiteto chinês premiado por um trabalho realizado na China.

MAD Architects

Com conclusão esperada para 2013, o Sinosteel International Plaza, em Tianjin, na China, foi projetado pelo arquiteto chinês Ma Yansong, da MAD Architects. A fachada de aço do Plaza descarta a necessidade de colunas na estrutura, o que oferece mais espaço livre no prédio.

As janelas hexagonais com tamanhos diferentes criam um padrão na superfície do Plaza, além de melhorarem a eficiência energética. Seu posicionamento estratégico vai ajudar a manter o calor no inverno e o frescor durante o verão.

Feito melhor na China para todos

Apesar do poder econômico crescente da China, ainda há milhões de chineses com renda relativamente modesta. Junto com esse mercado nacional imenso, há bilhões de outros consumidores de mercados emergentes pagando por marcas chinesas que oferecem alta qualidade, embora os produtos de baixo custo de mercado sejam inúmeros.

China Unicom: smartphones mais baratos

Em dezembro de 2011, a China Unicom lançou o MI-ONE, com um processador de 1,5GHz, tela de 4 polegadas e câmera de 8 megapixels. Feito para crescer diante da demanda nacional cada vez maior de smartphones com preço razoável, o MIONE custa CNY 1.999.

JAC Motors: primeira fábrica internacional no Brasil

No final de 2011, a empresa chinesa JAC Motors anunciou um investimento de USD 500 milhões no Brasil, o quarto maior mercado mundial de automóveis. A primeira fábrica internacional da empresa deve produzir 100 mil carros por ano.

Feito mais verde na China

Com o governo chinês incentivando bastante a sustentabilidade (por questões de economia e orgulho nacional), e as populações urbana e rural preocupadas com a degradação ambiental cada vez maior, deve haver um fluxo maior de inovações e iniciativas chinesas para salvar o planeta:

BYD: os táxis elétricos ocupam as ruas de Shenzhen

A cidade de Shenzhen tem uma frota enorme de táxis elétricos fabricados pela montadora chinesa BYD, e o projeto piloto levou 50 táxis elétricos para as ruas. Os planos são de acrescentar mais 250 carros à frota em 2012, além de 200 ônibus elétricos.

ENFI: a maior estação de captação solar do mundo

No final de 2011, a China ENFI Engineering Corp concluiu o trabalho na maior estação de captação solar do mundo, em Ningxia. Os sistemas de captação solar da unidade têm 25% a mais de capacidade do que as estações tradicionais.

Tianjin: cidade ecológica testa soluções práticas para viver de forma mais verde
A Tianjin Eco City, uma iniciativa conjunta dos governos da China e Cingapura, convidou marcas do mundo todo para ajudarem a resolver os crescentes problemas ambientais. Nos próximos 10 anos, 350 mil pessoas devem se mudar para a cidade, experimentando sistemas e tecnologias novos. O governo espera que elas consigam resolver os problemas ambientais que atingem as grandes cidades da China.
Suntech Power lidera o mercado mundial de painéis solares
A empresa chinesa Suntech Power é a maior produtora mundial de painéis solares, com mais de 20 milhões deles em cerca de 80 países.
No começo de 2012, o MIT apontou-a como uma das 50 empresas mais inovadoras do mundo, em parte pela sua tecnologia de processamento de células de Plutão, com recorde mundial de 20,3% de eficiência.

Feito online na China

Devido a uma população virtual enorme e à censura das grandes marcas orientais online, os serviços chineses não estão simplesmente imitando os Googles, Facebooks e Twitters da vida. Ao invés disso, eles estão mostrando o caminho do futuro aos seus equivalentes mais famosos.
O.cn: cidades da China com mapas ilustrados em 3D
O O.cn é um serviço de mapeamento estilizado online que cobre as 38 maiores cidades da China. Os mapas em 3D são sincronizados com redes sociais e os usuários podem clicar em prédios e áreas para acessar o conteúdo original e criado por outros usuários.
WeiLingDi: faça check-in e avalie negócios locais
Em 2011, o Sina, portal de web chinês, lançou um serviço de check-in chamado WeiLingDi e acessado pelo website Weibo, que lembra o Twitter. Com ele, os usuários podem fazer check-in nos locais, ganhar “badges”, enviar revisões sobre os negócios e interagir com 60 mil celebridades chinesas.
Renren: site de networking lança aplicativo social de viagens sociais
No começo de 2012, a rede social chinesa Renren lançou um serviço de diário de viagens disponível online ou como aplicativo. Com o Fengche, os usuários podem criar “conjuntos” com imagens a respeito de suas viagens para compartilhar com familiares e colegas.
Yikuair: site de ofertas diárias oferece compra por microgrupos
O site chinês de compras coletivas Yikuair entrou no serviço de microblog do Sina Weibo, que administra cuidadosamente as ofertas do dia e depois permite que os usuários do Weibo façam um pequeno depósito para garantir a oferta. Esses depósitos podem ser feitos na moeda virtual do próprio Weibo.
Tencent: aplicativo da Weixin oferece mensagens instantâneas QQ e mais
Em abril de 2012, a última versão do aplicativo de mensagens instantâneas da Tencent, o Weixin, apresentou seu nome em inglês aos usuários: WeChat.
O aplicativo oferece login pela grande rede de mensagens QQ, que conta com mais de 700 milhões de usuários e uma série de outros recursos.
Entre eles estão features recentes já conhecidos por usuários do Facebook e Google+, como Timeline e Circles, bem como as tags QR, serviços locais, mensagens de voz e uma “Central de Jogos”.

Feito mais estranho na China

Na China, o aumento da cultura de consumidores gerou a criação inevitável de alguns produtos e serviços “extraordinários”. Independentemente do gosto pouco comum dos consumidores, as marcas chinesas estão atendendo a todos.
Kiev: antigo porta-aviões soviético transformado em hotel de luxo
Em 2011, o antigo porta-aviões soviético Kiev foi transformado em um hotel de luxo por seus novos proprietários chineses. O navio tinha 137 quartos padrão, três quartos VIP, duas suítes presidenciais e um restaurante de luxo.
China Post: cartas enviadas por espaçonaves com “selos galácticos”
A China Post oferece um serviço pelo qual as pessoas enviam cartas do espaço, com um selo de “Cidade Espacial 1”. Os usuários enviam um e-mail para Tiangong-1, uma espaçonave chinesa em órbita, e ele é reencaminhado a uma unidade especial do Correio Espacial da China, localizada em Pequim. Os e-mails são impressos, colocados em envelopes temáticos, fechados com um “selo galáctico” e enviados pelo correio tradicional.

Feito junto na China

Com o país mais populoso do mundo e uma cultura coletiva forte, não é surpresa que haja uma onda de produtos e serviços chineses que unem os consumidores.
Handsup.cn: oferece sugestões de preço e mercadoria aos consumidores
A Handsup.cn pretende entregar o poder aos consumidores pedindo a eles que recomendem produtos e serviços que querem comprar, bem como o preço. Quanto mais os usuários interessados em um produto específico, maior a sua chance de disponibilidade, e menor o preço.
CreditEase: empréstimo P2P
No final de 2011, o site chinês de empréstimos CreditEase garantiu uma rodada de financiamentos enquanto o fundador Tang Ning era homenageado pelo Partido Comunista.
Os dois acontecimentos marcam o forte impacto da empréstimo P2P na China, onde há mais de 100 sites oferecendo serviços. O CreditEase se transformou em um dos maiores prestadores de serviços financeiros independentes do país, com mais de 5 mil funcionários.

Feito maior na China

Seja pelo tamanho da população, das cidades ou da economia, China significa “grande”, se não “o maior”. Bastam três exemplos de consumidores para ilustrar:
Pequim & Hangzhou: “o maior ônibus do mundo”
Há quem diga que o Youngman JNP6250G é o maior ônibus do mundo, capaz de transportar até 300 passageiros. O primeiro dos ônibus vai andar por Pequim e Hangzhou usando faixas rodoviárias especiais.
Pequim Daxing: “o maior aeroporto do mundo”
A construção do Aeroporto Internacional de Pequim Daxing deve começar no final de 2012. Até o final da sua obra, em 2017, a capacidade planejada do aeroporto é de 200 milhões de passageiros por ano, e ele será ligado a Pequim através de um trem-bala.
SM Tianjin: o maior shopping do mundo inaugurado em 2013
2013 vai ver a inauguração do maior shopping center do mundo na cidade chinesa de Tianjin, há apenas 30 minutos de Pequim usando o trem-bala. O Shopping Center SM Tianjin deve ter 530.000 metros quadrados, área maior do que 74 campos de futebol.
“As marcas chinesas já estão atendendo consumidores exigentes no mercado interno e, cada vez mais, no exterior. Incluindo no seu mercado.”

Feito mais fácil na China

Todas as pressões que levaram os consumidores mundiais a buscarem praticidade são mais intensas nas cidades chinesas. Há uma série de inovações chinesas que abrem o caminho no que se refere à simplicidade e praticidade:
Ubox: aplicativo oferece pagamentos móveis em máquinas de venda
Com o Ubox, aplicativo móvel para telefones com Android. iPhone e Java, os usuários podem escolher e comprar lanches usando o seu dispositivo móvel e desfrutar de um desconto sobre o pagamento à vista.
Hai Di Lao: links de vídeo para jantares
Em setembro de 2011, a rede de restaurantes Hai Di Lao e a empresa chinesa de tecnologia Huawei anunciou uma parceria para instalar monitores para telepresença nos restaurantes da China. Graças a elas, os clientes podem fazer refeições com amigos e familiares distantes – tudo através de um link de vídeo.

Feito mais rápido na China

Na busca pela criação do melhor do melhor, a velocidade é fundamental, como as marcas chinesas sabem bem.
Huawei: “o smartphone mais rápido do mundo”
O Ascend D Quad, da Huawei, foi lançado no início de 2012 com a fama de ser o smartphone mais rápido do mundo. O primeiro smartphone “quad-core” da empresa tem uma tela de toque HD de 720p e uma câmera com 8 megapixels.
Broad Group: prédio de 30 andares construído em 15 dias
No final de 2011, em 15 dias, a empresa chinesa de fabricação e construção Broad Group construiu um hotel de 30 andares na Província Hunan.
O projeto visava demonstrar a tecnologia de Construção Sustentável da empresa, e não precisamos dizer que gostaríamos de colocar esse mesmo exemplo na sessão de “Made Stronger In China” (Feito mais forte na China).
Supercomputação chinesa domina o mundo
O Centro de Supercomputação Nacional da China, em Tianjin, é o lar do supercomputador Tianhe-1A, que, até o meio de 2011, ostentava o posto do mais rápido do mundo. Agora, o país possui 61 máquinas no TOP500 perdendo apenas para os Estados Unidos.

Feito com mais luxo na China

Obviamente, o luxo é parte fundamental da história da China. Mas enquanto a maior parte dos gastos de luxo são para marcas ocidentais, os chineses ricos também estão cedendo a um número maior de marcas e serviços luxuosos chineses.
Shanghai Vive: herança relançada
Originalmente lançada em 1898, em Shanghai, a marca de cosméticos Shanghai Vive foi recentemente relançada para atrair consumidores luxuosos da China e do Ocidente. A marca espera se basear na sua herança e na identidade cultural em expansão da China.
China Railways: leitos de classe executiva no trecho Pequim – Shanghai do “Harmony Express”
O China Railways Group criou a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo, com cerca de 7055 km de rotas na China e trens que chegam a 350 km/h.
O trecho Pequim-Shanghai foi inaugurado em 2011, com os passageiros da classe econômica sendo recebidos por comissárias uniformizadas e TVs de LCD.
NE-TIGER: espaço chinês de moda luxuosa
A chinesa NE-TIGER é uma grande marca de luxo que atingiu o sucesso mundial. A marca realizou o show de abertura da Semana Internacional de Moda da China, no final de 2011, exibindo modelos que refletiam a tradição e herança chinesas.
Gastos em artigos pessoais de luxo na China continental aumentaram de EUR 7.1 bilhões em 2009 para EUR 12.9 em 2011 
(Fonte: Bain, dezembro de 2011)
P1.cn: rede social apenas para convidados
A P1.cn é uma rede social somente para convidados chineses bem relacionados ou elegantes que diz ter 1,2 milhões de membros. Os convites podem ser obtidos ao conhecer cinco membros da rede ou pelo contato com alguém da equipe do site.
Ctrip: serviço de viagens para pessoas muito ricas
No começo de 2012, o site chinês de viagens Ctrip lançou seu site novo, o HHtravel, criado para oferecer pacotes a magnatas chineses com ativos somando mais de RMB 10 milhões. Uma viagem comum inclui viagem em classe executiva, jantares em restaurantes do guia Michelin e hoteis e atrações premiadas

Feito melhor na China há algum tempo

Enquanto muitas marcas desse Trend Briefing têm sucesso relativamente recente, há várias outras marcas chinesas bem estabelecidas que já operam confortavelmente no âmbito mundial:
Li Ning: direto da Nova China
A marca de esportes Li Ning lançou seu site americano de vendas em março de 2012, bastante marcado pelo slogan “Direto da Nova China” e com uma série de apoiadores de alto nível.
No final do mês, uma promoção para os sapatos da edição especial do “Ano do Dragão” fez com que o site travasse em função da demanda.
Haier: TV de ondas cerebrais
Em janeiro de 2012, a gigante chinesa de eletrônicos Haier demonstrou sua “Brain Wave TV” (“TV de ondas cerebrais”), que permite que os usuários controlem a ação nas suas TVs usando a mente.
A tecnologia experimental foi demonstrada junto com inovações para os consumidores, como as TVs 3D com conversão de 2D para 3D.
Herborist: tornando os cosméticos chineses mundiais
A marca de higiene pessoal Herborist incorpora a medicina tradicional chinesa com a ciência cosmética contemporânea para criar seus produtos. A marca aumentou a distribuição mundial e, hoje, está disponível em Paris e em diversas lojas da Europa.
Ochirly: investimento da LVMH
Em fevereiro de 2012, a corporação do luxo francesa LVMH adquiriu 10% de uma das marcas de moda mais luxuosas da China, a Ochirly. O acordo avalia a marca em mais de USD 2 bilhões, já que a LVMH considera fazer um IPO.
PEAK: inauguração da primeira loja americana de esportes
Seguindo a criação da Li Ning de uma sede norte-americana e uma operação de varejo, a marca chinesa de esportes PEAK inaugurou uma sede nos Estados Unidos em 2011 e sua primeira loja, em Los Angeles, no início de 2012.
A marca ocupa o terceiro lugar entre os patrocinadores da NBA e tem mais de 6.000 vendedores autorizados no mundo todo.
Lenovo: laptop/tablet híbrido Yoga
No começo de 2012, a fabricante de computadores chineses Lenovo anunciou o Yoga. O dispositivo é um laptop/tablet híbrido com design duplo de 360 graus que permite o uso em quatro configurações diferentes.
Enquanto isso, as vendas da empresa subiram 43,7% no primeiro trimestre de 2011, aumentando a liderança da Lenovo sobre a Dell como a segunda maior fabricante de PCs do mundo.
Implicações
Esqueça o estigma “Made in China”. Nessa altura, deve estar claro que as marcas ambiciosas e confiantes da China já estão atendendo a consumidores exigentes, no mercado interno e, cada vez mais, no exterior. Incluindo no seu mercado. E, se você não é um empreendedor chinês, por que não entrar em contato com algumas dessas marcas e ver se você pode ajudá-las a crescer ainda mais rápido no cenário mundial?

Novamente, essas marcas e inovações são apenas o começo. Alimentadas por tecnologias em constante melhoria, uma força de trabalho de alta qualidade e pelo consumo nacional crescente, as marcas chinesas estão apenas se aquecendo.

É por isso que todasas marcas devem ficar com os olhos na China, um mercado que vai definir, cada vez mais, a cultura do consumidor.

Com as marcas chinesas exportando produtos e serviços para o resto do mundo (sem mencionar as marcas ocidentais estendendo o “Red Carpet” para os consumidores chineses do mundo), devemos ver as preferências chinesas com influência ainda maior sobre os produtos e serviços de consumidores, e em escala global (sim, isso, sozinho, é um Trend Briefing!).

Claro, já dissemos e vamos repetir: o aumento das marcas chinesas não indica o final de marcas mais tradicionais de economias ocidentais.

A excelência e herança, seja de qualquer parte do mundo, vai continuar tendo um apelo global. As coisas só devem ficar mais competitivas, o que significa que você precisará trabalhar mais e de uma forma ainda mais inteligente. Bem, c’est la vie.

Fonte: Exame Brasil

Marketing: Sua vida (e seu futuro) pode estar no Google

Junho 23, 2012 by  
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Experimente procurar por seu nome completo, de preferência entre aspas, no buscador Google. O resultado pode revelar muito sobre sua vida, desde a participação em redes sociais até sua formação escolar.
Essa pesquisa, simples é rápida, está ganhando cada vez mais força nas empresas na hora de contratar funcionários. “O que a internet revela sobre nós pode influenciar, e muito, em nossa vida profissional”, garante Tatiane Souza, diretora da empresa de RH Gente Mais.
A pesquisa pode mostrar, por exemplo, nossas opiniões e qual o nível de nosso senso crítico, através de nossa participação em blogs e fóruns de discussão. Até um comentário deixado no portal do BOM DIA pode ser localizado.
Com base nisso, as empresas verificam se o candidato é indicado para a vaga. “Quem procura um cargo de relações pública, por exemplo, precisa mostrar que é bem articulado na rede e que possui vida social”, afirma Tatiane.
Apesar de não utilizarem a pesquisa na internet como fator primordial para a contratação, ela pode ser utilizada para dar aquele empurrãozinho a mais: seja para a conquista da vaga ou para o “obrigado, mas você não se adequa a empresa”. “Na dúvida entre duas pessoas, escolhemos a que se sai melhor em mídias sociais”, afirma Patrícia Sanches, editora-chefe de Web da editora Alto Astral. Ela garante que a empresa não verifica o comportamento da pessoa na rede, mas sua facilidade em manuseá-la.
Durante a seleção para contratação da estagiária Soraia Alves, 23 anos, por exemplo, verificou-se que a candidata participava ativamente de redes sociais e possuía até um blog. Mas havia um problema: ela escrevia sobre música indie, e o cargo era voltado ao gênero sertanejo. O que poderia ser um problema tornou-se um ponto positivo: o blog revelou que Soraia era competente e ela foi contratada.
Sucesso
A dica básica para se dar bem na internet é a moderação, potencializando os pontos fortes e minimizando os fracos. Tudo isso, entretanto, sem cometer excessos. A exposição excessiva da vida particular, por exemplo, deve ser evitada. “Uma vez pesquisamos o perfil de um candidato e encontramos uma discussão, com xingamento, entre ele e familiares”, diz Tatiane. Para isso, uma das dicas é deixar as redes sociais restritas para visualização de amigos.
Entretanto, moderação não pode ser confundida com desaparecimento. “É preciso aparecer na internet, mostrando que você tem um diferencial em relação aos outros candidatos”, explica Tatiane.
Para isso, a reportagem traz ao lado algumas dicas para se dar bem e evitar vexames na hora do emprego. Uma delas é mostrar que está bem informado e contar suas experiências sobre o tema no portal do BOM DIA.
Dicas de como agir
1 – Estar presente na internet, mostrando suas qualidades
Quando alguém realizar a busca de nosso nome, deve encontrar pelo menos algumas informações sobre você. Ser um “anônimo” é uma das piores coisas.
2 – Participar de fóruns de discussão e blogs com visão crítica
Diversifique os comentários. Em vez de ficar falando apenas sobre amigos ou famílias, procure expor seu ponto de vista sobre temas do cotidiano. Entretanto, fique atento na hora de comentar, para não “falar bobagens”.
3 – Atualizar informações profissionais ou de formação escolar
Procure criar um perfil no Linkedin, uma rede social específica para trocas profissionais. Além disso, divulgue suas qualidades nas demais redes (como facebook, twitter e orkut). Mas atenção: as informações devem estar sempre atualizadas, senão podem  atrapalhar e não ajudar.
4 – Ficar atento ao perfil e características do emprego desejado
Alguns cargos requerem qualidades específicas na internet. Por exemplo: alguém de Relações Públicas necessita ser bem relacionado nas redes sociais
5 – Exponenciar os pontos fortes e diminuir os fracos
Se souber falar vários idiomas, deixe comentários em fóruns de outros países ou compartilhe sites estrangeiros. Isso valoriza seu perfil profissional.
Dicas do que evitar
1 – Não expor sua vida pessoal de maneira exacerbada
Seus comentários podem ser vistos não apenas por amigos e parentes, mas também por seu atual ou futuro chefe. Pense duas vezes antes de expor sua vida íntima para o olhar dos demais.
2 – Cuidado com as brincadeiras de mal gosto na rede
Algumas piadas podem ofender seu chefe e colegas, sejam eles atuais ou futuros. Brincadeiras envolvendo comentários de etnias, religião ou opção sexual, por exemplo, podem expor um preconceito indireto de sua parte.
3 – Não revele problemas ou desabafos profissionais
Os tradicionais comentários em tom de brincadeira pedindo o descanso no  final de semana devem ser moderados, para não dar a entender que você está descontente com o trabalho. Reclamar do chefe ou dos colegas na rede, então, nem pensar.
4 – Não exponhas em rede os seus pontos fracos ou dificuldades
Comentários como “a língua inglesa é igual a russa, não entendo nada” podem parecer engraçados, mas mostram sua deficiência no idioma.
5 – Não se torne um anônimo na rede, é preciso aparecer
Se você pesquisar por seu nome no google e não aparecer nada de interessante, será preciso acender o sinal de alerta e mudar suas atitudes na rede.
Até empresas precisam estar atentas à web
Não são só os funcionários que necessitam ficar atentos sobre as revelações que a internet pode trazer sobre seus comportamentos, qualidades e defeitos. “As empresas também precisam se atentar sobre sua presença na rede”, alerta Gustavo Ferreira, coordenador de mídias sociais da empresa Triada, que atua em web marketing e gestão de processos.
A mesma experiência citada na matéria ao lado pode ser repetida no âmbito empresarial. Muitos pessoas, seja  antes de adquirir um produto ou procurar emprego, pesquisam o histórico da empresa através do google.
Essa pesquisa pode revelar desde o site da empresa até reclamações de consumidores feitas nas redes sociais. Por isso, é necessário uma atuação eficaz da empresa na rede. Mas, é claro, com cautela. “Não adianta criar um perfil no Facebook e ficar apenas divulgando produtos”, orienta Gustavo. Ele diz que, em se tratando das redes sociais, o ideal é agregar a propaganda institucional com informações relevantes para o consumidor.
Além disso, é necessário ter conhecimento mínimo de cada uma das principais redes sociais (twitter, Facebook e Orkut). O Facebook, por exemplo, não permite que seja criado um perfil para pessoa jurídica. Assim, a empresa deve criar uma “página” na rede.
Entretanto, apesar dos benefícios da presença na internet, a regra básica é saber se a empresa está preparada para entrar de cabeça no mundo virtual. “Não adianta criar diversos perfis em redes sociais ou sites e deixá-los desatualizados por muito tempo, pois dá a sensação de amadorismo”, ressalta Gustavo.
Fonte: Diário de São Paulo

Inovação: Carro dobrável é solução para problemas de tráfego

Junho 22, 2012 by  
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Estradas lotadas, parques de estacionamento esgotados e aumento dos preços dos combustíveis – para não mencionar as emissões de gases de efeito estufa – não parecem ser razões suficientes para convencer o condutor diário a utilizar os transportes públicos. Mas, um veículo elétrico inovador, o EV, espera mudar mentalidades e convencer os condutores a deixarem as chaves do carro em casa.

Os micro-EVs, o nome pelo qual estes carros são conhecidos, têm como objetivo levar os passageiros de e para os transportes públicos para que os condutores possam deixar os seus carros poluentes em casa, permitindo, desta forma, resolver um antigo problema de transporte nas grandes cidades.

Com a implantação de frotas destes carros elétricos e dobráveis em estações com carga elétrica estrategicamente distribuídas, espalhadas por toda a cidade e subúrbios, esses veículos podem ajudar a aliviar o congestionamento do tráfego, problemas de estacionamento, ao mesmo tempo que mantêm a limpeza do ar urbano.

Por fora, o EV parece uma esfera de vidro com quatro rodas e tem cerca de metade do comprimento do SUV Ford Explorer. Porém, este EV tem características invulgares que o distingue de outros carros elétricos: o único corpo dobrável está ligado a um pivô central, ligado ao módulo do passageiro da frente e sobe para que o tronco do módulo traseiro possa deslizar e assim ficar dobrado. Quando dobrado, os 2,5 metros de carro encolhem para um escasso 1,5 metro, permitindo que seja arrumado num parque de estacionamento de série.

Como alguns antigos carros europeus ultra-compactos, tanto o passageiro como o condutor entram e saem pelo mesmo espaço, o pára-brisa dianteiro, que serve como única porta.

Esta viatura atinge uma velocidade máxima de apenas 50 km / hora e um alcance máximo de cerca de 120 km, pois foi projetado com o fim único de só efetuar viagens curtas em espaços urbanos. No entanto, a bateria de íon-lítio que alimentam o motor pode ser totalmente recarregada em cerca de 15 minutos.

O veículo pesa menos de 500 kg e pode ser registado, de acordo com a lei de alguns países, como um quadriciclo e os condutores até podem nem precisar de carta de condução.

Quando o grupo Hiriko apresentou o protótipo à Comissão Europeia (CE), em Bruxelas, em janeiro de 2012, Durão Barroso, o presidente da CE disse que o carro era uma «solução sistemática para os grandes desafios sociais». Em abril, o grupo ofereceu um EV a Vitoria-Gasteiz, uma cidade no norte da Espanha e agora planeia vender o pequeno de dois lugares aos municípios da Europa.

Entretanto, Barcelona, Berlim, Malmo, San Francisco, e Vitoria-Gasteiz já estão em negociações com os fabricantes para desenvolver frotas dos dobráveis EV, confirma a BBC. Também interessados estão os gerentes de transportes da reserva da biosfera de Urdaibai Basco, em Ibiza, assim como Hong Kong e Florianópolis (Brasil).

Os funcionários da empresa estão a desenvolver um sistema de logística sem fios que emprega uma mistura de tecnologias inteligentes, através de redes de sensores e algoritmos, recorrendo ao uso do smartphone, para tornar mais fácil a gestão das frotas.

«O carro é tão pequeno e tão apertado por causa do chassis dobrável que é difícil embalá-lo», disse um dos responsáveis do projeto, Larson, acrescentando que «o EV é projetado mais como um iPhone do que como um PC».

Os designers utilizaram uma estrutura eficiente e materiais leves e evitaram muitos componentes de um carro tradicional, como um motor de combustão interna, transmissão, radiador e sistema de arrefecimento. Contudo, o EV passou em todos os testes de segurança.

Embora pequeno, o carro suporta com segurança um impacto de um acidente, ou seja, os engenheiros foram capazes de tornar o carro mais leve e menor, sem comprometer a sua segurança. A resistência ao choque é reforçada pelo chassis dobrável, projetado para comprimir e absorver a energia do impacto.

O preço deste veículo ronda os 14 mil euros.

Fonte: Agência Financeira

Inovação: Já existe um hotel que flutua e se move com o sol

Junho 22, 2012 by  
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Um designer industrial italiano criou um hotel-iate flutuante, movido a energia solar e submarino, feito, essencialmente, para ser atracado nas marinas ou nas proximidades das praias mais famosas do mundo.

O projeto do italiano Michele Puzzolante é um iate com cerca de 20 metros de comprimento que vem equipado com uma lâmpada de «observação» submersa para que as pessoas possam ver e observar a vida marítima.

Com dois quartos simples e dois duplos, equipados com WC e todas as comodidades de um hotel de cinco estrelas, o iate possui ainda uma cozinha, uma sala de jantar, uma sala de estar e um deck com jacuzzi.

O barco é alimentado a energia solar e tem um gerador de energia auto-suficiente, como adianta o jornal «The Herald Sun».

Se quiser passar uns dias neste barco já não vai precisar de esperar muito tempo: o Dubai vai ter uma sequência destes barcos-submarino. Vistos de cima terão o aspeto de um disco.

Fonte: Agência Financeira

Marketing: Facebook enfrenta desafio à sua altura: a mobilidade

Junho 22, 2012 by  
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Há um mês, o Facebook parecia um gigante invulnerável. Com o número de usuários em ascensão e beirando os 900 milhões, o serviço se preparava para abrir capital na bolsa de valores e fazer mais bilionários. Para o infinito e além, parecia dizer a rede. De fato, no dia 18 de maio, veio a oferta inicial de ações (IPO), que atraiu nada menos do que 16 bilhões de dólares – maior cifra já registrada na abertura de capital de uma empresa de tecnologia. Com ela, foi revelado também um problema. À medida que os usuários da rede migram para dispositivos móveis, a receita do serviço desacelera. Sim, mobilidade é o calcanhar de aquiles do Facebook. Isso vem motivando as mais variadas especulações sobre o que Mark Zuckerberg, criador e CEO do Facebook, deve fazer para redefinir o destino de sua criação. Surgiram também previsões catastróficas sobre a “morte” do serviço no prazo de oito anos (o que é uma eternidade no mundo digital): “O problema do Facebook está em seu DNA, definido na era pré-mobilidade”, diz a VEJA Eric Jackson, analista americano do mercado de tecnologia e autor da profecia. “Caso não mude, o serviço pode ter o mesmo fim de Yahoo! e MySpace, que hoje são irrelevantes.”

As águas tranquilas em que navegava o Facebook se agitaram dias após o IPO. O escritório de advocacia americano Robbins Geller abriu uma ação judicial acusando a rede de omitir informações relevantes a potenciais investidores no período que antecedeu a abertura de capital. O ponto que realmente importa é o arrefecimento do ritmo de crescimento da receita, fortemente dependente dos anúncios de produtos e serviços exibidos nas páginas e perfis dos usuários. No primeiro trimestre de 2012, o faturamento subiu incríveis 45% em relação ao mesmo período de 2011, mas a taxa foi sensivelmente inferior aos 55% da medição anterior. “Na estreia na bolsa, o Facebook passava por severa e prenunciada redução no crescimento de suas receitas” argumentou a acusação. E emendou a causa: em vez de utilizar o programa na web, as pessoas o utilizam cada vez mais em dispositivos móveis.

De fato, a parcela de cadastrados que acessa a rede a partir de tablets e celulares disparou nos últimos anos, a tal ponto que hoje o acesso móvel já é majoritário. Boa parte das pessoas acessa a rede social a partir de aplicativos especialmente desenvolvidos para rodar nas telinhas de tablets e celulares. Ocorre, porém, que até o início deste mês esses aplicativos não exibiam anúncios. Ou seja, quem entrava no serviço para papear com amigos ou postar a foto da nova namorada não enxergava ali mensagens publicitárias – que só eram exibidas aos cadastrados que acessavam o Facebook por meio dos navegadores de internet (Chrome, Internet Explorer, Firefox etc.). Eis uma provável razão para a desaceleração da receita. De acordo com a mecânica do serviço, o anunciante só remunera o Facebook quando seu anúncio é efetivamente visto ou clicado pelos usuários: se este não vê a propaganda, a rede social não recebe.

O Facebook se apressou para corrigir o problema, é verdade. No início deste mês, dois novos modelos de anúncios passaram a ser exibidos em aplicativos para dispositivos móveis. Um deles já foi torpedeado pelos usuários: são as histórias patrocinadas, que, no feed de notícias, se misturam a postagens que amigos do usuário fazem na rede. “É uma solução eficaz, mas invasiva, uma vez que apresenta um conteúdo no perfil do usuário sem seu consentimento. É como colocar palavras na boca dele”, diz Guilherme Rios, diretor da Social Agency, especializada em ações de marketing na rede social.

Rios não foi o único a achar a ação do Facebook desajeitada. Para Eric Jackson, ela demonstra mais uma vez que o DNA da rede não traz know-how para operar na era da internet móvel, mas em uma fase anterior, a da web social. “Hoje, podemos ver que a internet é constituída por três ondas de empreendimentos digitais”, diz Jackson. “A primeira engloba companhias criadas entre 1994 e 2001, que buscavam agregar conteúdos: é o caso do Google. A segunda é das redes sociais, como LinkedIn, MySpace e Facebook. A última, iniciada em 2010, se dedica exclusivamente ao mundo móvel, são negócios concebidos para funcionar onde o usuário está.” É o caso do Instagram, ferramenta de edição e compartilhamento de fotos, do Foursquare, serviço baseado em geolocalização, e do Social Cam, uma espécie de Instagram de vídeos. Todos são, por excelência, produtos concebidos para rodar em tablets e celulares e colar em seus usuários, onde quer que eles estejam.

Embora faça bastante barulho, a tese de Jackson de que o Facebook está fadado ao fracasso não é aceita sem resistência. Argumenta-se que nada impede Zuckerberg, um empresário de apenas 28 anos, de se adaptar aos novos tempos. Prova disso foi o recente esforço de aquisição e incorporação do Instagram, por 1 bilhão de dólares, em abril. “O Google também provou que essas empresas podem incorporar tecnologia nova ao lançar o Android, sistema operacional para dispositivos móveis”, diz Silvio Meira, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar). “Com ele, o gigante de buscas mergulhou na mobilidade.”

Divergências à parte, há uma interseção entre os pontos de vista dos analistas: o Facebook está de fato diante de um desafio à sua altura – como fazer dinheiro num ambiente em que mais e mais gente utiliza a rede a qualquer hora, em qualquer lugar, graças a aparelhinhos portáteis e seus aplicativos. “Outras grandes empresas, como Apple e Google, ainda têm dificuldades para criar estratégias de monetização”, diz Fernando Belfort, analista de mercado sênior da consultoria Frost & Sullivan. Dados da Interactive Advertising Bureau, instituição voltada ao desenvolvimento do mercado de mídia digital, mostram que a receita aferida com publicidade em dispositivos móveis em todo o mundo chegou em 2011 a 5,3 bilhões dólares. É uma cifra respeitável, mas oito vezes inferior à registrada pela internet como um todo só nos Estados Unidos. Em resumo, o dinheiro ainda está em migração. Dificulta esse movimento o fato de que uma infinidade de aparelhos de celular e tablet inundam o mercado, com sistemas e formatos diferentes. “A diversidade de aparelhos e a desigualdade entre eles comprometem a apresentação de serviços digitais”, afirma Meira.

Para o americano Brian Blau, analista do instituto de pesquisas Gartner, o Facebook está ciente da ligação íntima as pessoas e seus smartphones. “Celulares e tablets são hoje a tecnologia com maior potencial de socialização à disposição da humanidade. Conteúdos em texto, foto e vídeo podem ser compartilhados durante o deslocamento das pessoas, liberando-as para atividades, reflexões e interações. As empresas terão que trabalhar duro para reter a atenção de seus consumidores.”

Fonte: Veja

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