Inovação: Brasileiros fazem fortuna com novas ideias na internet

Abril 19, 2012 by  
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Os brasileiros que fizeram mais sucesso no exterior entre os nascidos nos anos 70 talvez tenham sido os atletas Ronaldo Nazário, o Fenômeno, e Gustavo Kuerten. Eles ainda são de uma época em que para ser jovem, famoso e rico era preciso ser ídolo em algum esporte, integrar uma banda de rock ou atuar em novelas.

Tudo mudou com a nova geração, nascida no final dos anos 80 e começo dos 90, que praticamente se alfabetizou depois de a internet ter se popularizado. Entre esses jovens, dois brasileiros fizeram uma fortuna que estaria nos sonhos até mesmo de craques do Barcelona.

Eduardo Saverin foi o primeiro deles, ao transformar-se em cofundador do Facebook. Segundo a revista Forbes, ele integra a lista dos bilionários mundiais. Outro novo milionário do mundo digital é o brasileiro Mike Krieger, que estampou as capas do New York Times e do Wall Street Journal na semana passada, depois de vender o Instagram, um aplicativo de compartilhamento de fotos no celular, justamente para a gigante rede social.

Por ter 10% da empresa, Krieger, criado num condomínio de Alphaville, ou brasileiro “by birth”, como ele se descreve no Twitter, tem agora cerca de US$ 100 milhões entre dinheiro e ações do Facebook, a nova proprietária do Instagram.

Em comum, os dois estudaram em algumas das universidades mais renomadas do mundo. Saverin se graduou em Harvard, onde fundou o Facebook com Mark Zuckerberg. Krieger é de Stanford, na Califórnia. Ele ainda vive no Vale do Silício, onde o cofundador do Facebook também já viveu.

Muitos brasileiros dessa nova geração têm se mudado para os Estados Unidos em busca do sonho de conseguir o mesmo sucesso de Saverin e de Krieger. Como os dois, também ingressam em universidades de renome e acabam indo para a Califórnia não para surfar ou ser artista de cinema, como os jovens do passado, mas para tentar ser o próximo prodígio do mercado tecnológico, criando um produto que encante o mundo.

No topo dessa lista está a brasileira Bel Pesce, que nasceu em uma família de classe média de São Paulo e estudou no colégio Etapa. Foi aceita no MIT e, de cara, precisou lidar com o seu primeiro problema: pagar a anuidade de cerca de US$ 40 mil. Como seus pais não podiam ajudá-la, ela trabalhou em empresas como Google, Microsoft e Deutsch Bank, além dos departamentos de Matemática e Economia do MIT e no prestigioso Media Lab.

Hoje, Bel vive no Vale do Silício e comanda o Lemon, um aplicativo para celulares que serve para organizar os gastos. “Observamos que os smartphones mudaram o comportamento das pessoas de muitas maneiras”, disse Bel. Ela exemplifica: “Não há mais necessidade de carregarmos uma câmera, mas, por outro lado, ainda carregamos carteiras cheias de recibos, cartões e muito mais, por isso acreditamos que o celular poderá se transformar em uma carteira inteligente, com muito mais recursos”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Época Negócios

Inovação: Sabe jogar ping-pong? Estes robots sabem

Abril 19, 2012 by  
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Há muitos anos que as máquinas têm vindo a conseguir substituir algum trabalho humano. Agora, até jogam ténis de mesa.

Wu e Kong são os dois robots nascidos numa universidade na província de Zhejiang, na China, e que exibem os seus dotes nas mesas de ping-pong por todo o campus universitário.

Com 1,60 m e 55 kg, os irmãos «humanoides» estão programados para efectuar sete movimentos diferentes, entre eles, receber, devolver e marcar pontos com uma bola e raquetes de ping-pong.

De acordo com especialistas da universidade, a chave para esta capacidade reside nas câmaras instaladas nos olhos dos robots, e que lhes permitem prever a trajectória das bolas, respondendo com sucesso às jogadas que se seguem.

Cada câmara capta 120 imagens por segundo, que são depois transferidas para os processadores das máquinas que, por sua vez, calculam o posicionamento da bola, a velocidade, o ângulo, a trajectória e o local da aterragem na mesa, escreve a agência chinesa Xinhuanest.

Wu e Kong demoram entre 50 a 100 milésimos de segundos a responder a uma jogada do adversário e a sua capacidade de prever o sítio onde a bola parará, tem uma margem de erro de quase três centímetros.

Os robots chineses têm jogado um contra o outro numa mesa da Universidade de Zhejiang, à semelhança de qualquer estudante, porém, com a diferença de estarem sob o olhar atento e constante de engenheiros e jornalistas daquele país.

Fonte: Agência Financeira

Marketing: Fotografia é o motor das redes sociais

Abril 19, 2012 by  
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Em 2006, o Google, já um gigante da internet, desembolsou 1,65 bilhão de dólares para adquirir um serviço nascente e promissor, o YouTube, site de compartilhamento de vídeos. O negócio parecia prenunciar a era do vídeo, animada pelas câmeras caseiras digitais. A impressão geral era que o formato esmagaria outros registros, como a fotografia. Eis que, passados seis anos, outro gigante, o Facebook, voltou a provocar frisson ao anunciar a aquisição do Instagram, aplicativo para smartphones e tablets cuja matéria-prima são as fotos, não o vídeo. É fácil entender por que Mark Zuckerberg, criador e CEO do Facebook, está disposto a desembolsar a montanha de dinheiro. Hoje, 70% de todas as interações feitas pelos mais de 800 milhões de usuários da rede são relativas a fotos. Ou seja, a fotografia ainda fisga nosso olhar. Simultaneamente, dentro da web – e também fora dela –, a fotografia não para de se multiplicar. Estima-se que, a cada dois minutos, tiram-se pelo mundo mais fotos do que todo o século XIX produziu.

A história da ascensão da fotografia no mundo digital começou a ser escrita em 1997, quando foi lançado o primeiro modelo comercial de câmera digital: a Sony Mavica. O resultado foi percebido quase instantaneamente. Na década de 1990, o número de fotos produzidas cresceu 50%, chegando, em 2000, a 86 bilhões de cliques ao ano, segundo cálculos de Jonathan Good, consultor de redes sociais, a partir de dados da Kodak e da Enciclopédia Digital de Negócios.

Passada uma década, esse número chegaria a 360 bilhões de fotografias anuais, alta de 340%. Além da câmera digital, há mais três elementos a alimentar essa evolução: os celulares, que incorporaram as câmeras, as redes 3G, que permitem a transmissão de dados (e de fotos) em alta velocidade, e, por fim, as redes sociais, que facilitam sua distribuição. Segundo pesquisa da empresa da análise de mercado NPD Group, em 2011, 27% de todas as fotos produzidas pelos americanos foram feitas a partir de smartphones – um avanço de 60% em relação ao ano anterior. A tendência é que o processo se acentue com o avanço da rede 3G, usada por 1,2 bilhão de pessoas e que, em 2016, deve se estender a 10 bilhões de aparelhos, segundo a União Internacional de Telecomunicações. Isso vai municiar um exército de fotógrafos.

“Muitas vezes, é mais fácil fazer o upload de uma foto em alguma rede da internet do que sentar e escrever um texto”, diz o americano Rudy Adler, cofundador do 1000Memories, serviço virtual que se dedica à preservação de fotos antigas, tentando explicar a ascensão da foto no mundo digital. Ele aposta que, embora os vídeos sigam em alta, as fotos podem ser até mais populares do que as imagems em movimento em algumas situações. “No Facebook, por exemplo, as fotografias são mais compartilhadas a partir do botão Curtir do que os vídeos”, diz Adler. Trata-se de uma questão de tempo, um bem precioso nos dias de hoje. Quem observa uma foto pode decidir quanto quer se dedicar a ela: pode ser meio segundo, pode ser uma hora. Quem assiste a um vídeo, ainda que o faça parcialmente, tem de obedecer minimamente a um prazo imposto por seu autor. “O vídeo demanda mais tempo de quem o faz e de quem o aprecia.”

Nas redes, é mesmo o Facebook quem encabeça o movimento. A cada dia, em média, usuários confiam 250 milhões de fotos ao serviço. A torrente faz com que o repositório de imagens da rede tenha crescido 14 vezes em um período de apenas três anos (2008 a 2011), atingindo incríveis 140 bilhões de fotos no fim do ano passado. O sucesso é tamanho que, atualmente, o acervo é 23 vezes maior do que o do Flickr, site criado especificamente para abrigar fotos de usuários. A diferença é que o Facebook criou mecanismos para que seus afiliados não apenas armazenem, mas também compartilhem suas criações e, assim, passem mais tempo ali.

Não por acaso, a mais importante mudança no serviço, anunciada no fim do ano passado, foi a criação da Timeline, na qual o usuário é incentivado a publicar fotos feitas muito antes do aparecimento da rede, em 2004. O propósito, na verdade, é retroceder até o nascimento do usuário. “A Timeline é o maior indício de que o Facebook busca estimular o compartilhamento de imagens. É a prova de que a foto é valiosíssima para a rede”, diz Eric Messa, coordenador do curso de extensão em mídias sociais da FAAP.

Criado em 2010 pelo americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Michel Krieger, o Instagram usa a mesma matéria prima, as imagens. Disponível para dispositivos móveis movidos pelos sistemas operacionais iOS (Apple) e Android (Google), o aplicativo recriou o tradicional álbum de fotos. Ele oferece a seus usuários filtros que, a um só tempo, envelhecem e garantem frescor às imagens. Faz lembrar o ditado “tudo o que é muito velho parece moderno”. E pegou. Mais de 35 milhões de usuários adotaram o programa em suas maquininhas de mão e não se cansam de replicar pela rede suas fotos ligeiramente modificadas. “Os filtros são mesmo o segredo do Instagram. Os efeitos alteram a informação contida nas fotos. Isso torna a experiência de apreciar essas imagens prazerosa, pois estimula diferentes áreas do cérebro”, diz Fernando Fogliano, especialista em ciências cognitivas (e também fotógrafo).

O Pinterest avança pela mesma seara. Aliás, é a rede social que mais avança no mercado americano. Criado em 2010, o serviço registrou em março a marca de 104 milhões de visitas, ficando atrás apenas do Facebook (7 bilhões) e Twitter (182 milhões), segundo a empresa de métricas Experian. A rede se apóia nas imagens, mas não só. Sua maior força talvez esteja em oferecer aos usuários uma espécie de ferramenta para organizar o mundo à moda dos antigos quadros de cortiça, em que eram pregadas fotos e anotações. No mural virtual, pode-se reunir listas de receitas, roupas, acessórios, paisagens, comidas, penteados e o que mais permitir a imaginação. É o despertar do tão antigo quanto permanente desejo humano de colecionar e, portanto, organizar coisas.

Do Tumblr vem outro sinal do poder das fotografia em rede. O site, misto de plataforma de blogs e rede social, divide com o Pinterest o posto de segundo serviço ao qual usuários dos Estados Unidos mais dedicam tempo: são exatos 89 minutos ao mês (o Facebook devora 405 minutos mensais dos americanos), segundo a empresa de medição virtual comScore. Ali, são postados diariamente 55 milhões de posts em média: metade deles são fotos; vídeos, textos e áudio se acotovelam nos 50% restantes. “A maior virtude do Tumblr é sua simplicidade”, diz a brasileira Regina Gotthilf, gerente de internacionalização da empresa. Facilidade inclusive para compartilhar imagens.

O desejo que anima usuários a produzir e compartilhar fotos e mais fotos pode variar. Do registro histórico à pura exibição, passando pelo envio de uma recordação aos amigos distantes. O efeito desse gesto simples sobre os autores é quase sempre positivo, concluiu uma pesquisadora americana que dedicou um ensaio ao assunto. “Pessoas que armazenam muitas fotos em seus perfis em redes sociais costumam apresentar maior autoconfiança, se comparadas a outras que não valorizam imagens em suas páginas pessoais”, diz Amy Gonzales, pesquisadora de mídia e psicologia da Universidade Cornell. “A rede pode ser, sim, favorável à autoestima, pois ali seus usuários descobrem o que têm de melhor, e expõe isso.”

Fonte: Exame Brasil

Marketing: Como manter uma equipa motivada e crescer em tempos de crise

Abril 18, 2012 by  
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Com a crise económica a afetar toda a sociedade, as empresas têm de se reinventar. A adoção de um sistema de gestão eficaz é fundamental. Isabel Viegas, professora na Universidade Católica de Lisboa explicou ao Dinheiro Vivo como podem as empresas aproveitar melhor o trabalho dos funcionários e como podem crescer, mesmo quando a economia não é a mais produtiva.

Num momento de crise como o atual, a pressão está do lado das empresas. O que podem fazer os empresários para aumentar a produtividade?
“Considero que os modelos de gestão por objetivos são os que melhor otimizam resultados, sobretudo em momentos difíceis, como o que atravessamos. São modelos que garantem o alinhamento dos Colaboradores com as metas de negócio estabelecidas, que melhor focam os Colaboradores nos objetivos estabelecidos. Diminuem fatores “políticos” e centram-se nos resultados a atingir.

Portanto, investir em implementar uma gestão por objetivos é uma boa decisão. Para o fazerem, as empresas têm de estar conscientes que estes modelos são mais eficazes quando assentes em 3 pilares:

a) Saber estruturar objetivos: todos achamos que sabemos escrever objetivos, mas a realidade é bem diferente. Pergunto quem conseguirá avaliar o cumprimento de um objetivo assim estruturado como “Melhorar o atendimento nas lojas”…
b) Ter muito sólidos instrumentos de seguimento: se não formos pilotando o que alcançamos, não podemos ajustar trajetórias…
c) Saber avaliar com transparência e verdade: reforçar bons desempenhos e assumir resultados menos bons
d) Reconhecer e recompensar os bons resultados. Não falo apenas de salários ou de prémios monetários, mas descuidar a recompensa quando se está num modelo de gestão por objetivos é usar pela metade o potencial destes modelos.”

O rendimento das equipas por vezes não é controlado nem potenciado. O que pode ser feito a este nível?
“Nós estamos a viver tempos em que o contributo de cada um dos colaboradores de uma empresa deve contar para o resultado do negócio gerado. Por isso é tão importante ter mecanismos de medição do contributo de cada um dos membros de uma empresa.

Ao líder compete conhecer cada elemento da sua equipa e criar as condições para que cada um contribua com o que de melhor tem para dar à empresa. Depois, compete-lhe fazer o seguimento, avaliar e, por fim, reconhecer ou recompensar os resultados alcançados por cada um.”

Pode e deve controlar-se o trabalho realizado?
“Monitorizar o progresso é fundamental nos modelos de gestão por objetivos. É um dos pilares. Os instrumentos de seguimento permitem ao colaborador, sabendo previamente o que a empresa espera de si num determinado período, ir controlando o seu grau de execução dos seus objetivos. E permitem aos responsáveis ter menos surpresas no final do ano.”

Como se podem alinhar os objetivos das empresas ao trabalho realizado?
“É exatamente este alinhamento que a gestão por objetivos garante. A comunicação tem aqui um papel muito importante e é por isso uma das competências críticas dos líderes.

Se soubermos todos para onde vamos e sobretudo onde e quando queremos chegar, estamos em condições de rumar todos no mesmo sentido e ir avaliando os ganhos e os desvios entre o que queremos e o que temos… É por isso que ter robustos e consistentes instrumentos de controlo é tão crítico na gestão por objetivos.”

Este trabalho está na mão dos gestores?
“Claro. Criar uma cultura de foco em resultados, de meritocracia, dar exemplos de coerência entre o que diz e as decisões que toma, criar múltiplos momentos para comunicar o que espera de cada um dos elementos da sua equipa, ser objetivo e transparente na avaliação dos resultados, são tudo tarefas e responsabilidades do gestor.”

A motivação é indispensável para um bom rendimento empresarial. O regime de recompensas pode ser uma alternativa?
“O reconhecimento e a recompensa é o 3º pilar que apontei para tirarmos o melhor partido dos sistemas de gestão por objetivos.  Para não desacreditar a gestão e potenciar climas de ambição, as empresas têm de desenvolver cada vez mais sofisticados modelos de reconhecimento dos seus colaboradores e equipas.

É hoje uma das áreas de maior preocupação, pois ter afinado o binómio prémio / motivação é difícil e exige aprendizagem. As empresas não devem gastar dinheiro em prémios que não motivam. É deitar dinheiro fora. Por isso aprender e trabalhar nos mecanismos de reconhecimento que optimizam a motivação – tangíveis e não tangíveis – é hoje fundamental.”

Estas técnicas ensinam-se?
“Sim. Existem programas de formação onde estas matérias são abordadas e aprendidas. Estes programas podem ser excelentes “aceleradores” na implantação do modelo nas empresas.”

Como classifica o trabalho realizado pelas empresas portuguesas a este nível?
“Temos hoje boas empresas a trabalhar em modelos de gestão por objetivos. Talvez algumas delas pudessem tirar mais partido do potencial que estes modelos têm. O essencial é a cultura do mérito, do contributo individual ou de equipa, do foco nos resultados estar interiorizada.”

Numa altura em que as empresas procuram cada vez mais a internacionalização, este tipo de trabalho pode tornar-se uma mais valia?
“Eu diria  que a gestão por objetivos é uma filosofia de gestão que se ajusta a qualquer contexto. O que reforçaria é que em tempos difíceis, tudo aponta para ser um excelente auxiliar contra desperdícios de todos os âmbitos, a favor de melhores níveis de eficiência e resultados.”

Marketing: 5 tendências em Business Analytics e como explorá-las

Abril 18, 2012 by  
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Os avanços nas tecnologias analíticas e de inteligência estão permitindo que CIOs se voltem mais rápida e profundamente para o universo móvel.

Ferramentas de análise e inteligência de negócios estão ajudando empresas a responder perguntas mais complexas para fornecer informações valiosas e ajudar a gerenciar os negócios com mais eficácia. Cinco tendências no setor de tecnologia da informação (TI) estão, agora, desafiando as análises e impactando na entrega de resultados. São elas: o surgimento do Big Data, tecnologias para processamento mais rápido, custos decrescentes de commodities de TI, proliferação de dispositivos móveis e mídias sociais.

Nesse novo cenário, é possível usar analytics para obter uma série de vantagens. Veja como explorar esses fenômenos.

Big Data
Big Data é o conjunto de uma grande quantidade de dados, entre eles os estruturados e não estruturados, como vídeos e imagens. Mídias sociais, dados de cadeia de suprimentos e câmeras de vigilância tornaram a gestão dos dados corporativos mais complexa do que costumava ser.

Embora nem toda empresa precise de técnicas e tecnologias para lidar com grandes conjuntos de dados não estruturados, Perry Rotella, CIO da Verisk Analytics, companhia de análise de risco, acredita que todos os CIOs devem olhar para plataformas de análise de Big Data.

Big Data é uma tendência explosiva, de acordo com Cynthia Nustad, CIO da HMS, empresa que ajuda a conter custos em programas de saúde. A HMS ajudou os clientes a economizar 1,8 bilhão de dólares no último ano e a salvar bilhões em gastos desnecessários por evitar pagamentos indevidos. “Recebemos e acompanhamos milhares de materiais com dados estruturados e não estruturados”, diz Cynthia.

Para ajudar a lidar com o fenônemo, a HMS está explorando o uso de tecnologias NoSQL, baseadas em open source. Elas são capazes de processar dados com eficiência e a baixos custos. Cynthia usa Hadoop para analisar fraude e desperdício e talvez migre a utilização para a análise de registros de visitas de pacientes que podem ser relatados em uma variedade de formatos.

Entre os CIOs entrevistados para esta reportagem, aqueles que tiveram experiência prática com o Hadoop, incluindo Rotella e o CIO do comparador de preços na web Shopzilla, Jody Mulkey, estão empresas que prestam serviços de dados como parte de seu negócio.

“Estamos usando o Hadoop para tarefas que costumamos usar o data warehouse”, diz Mulkey. E, mais importante, acrescenta ele, para conseguir “análises muito interessantes que nunca poderíamos fazer antes”.

O Good Samaritan Hospital, hospital em Indiana, nos Estados Unidos, é outro exemplo. “Não temos o que eu classificaria como Big Data”, diz o CIO Chuck Christian. No entanto, os requisitos regulamentares estão desafiando o armazenamento de novas categorias de dados, como registros médicos eletrônicos em grandes quantidades. Assim sendo, sem dúvida, existe um grande potencial para colher informações sobre a qualidade de saúde a partir dos dados, diz ele.

Business Analytics ganha espaço
Tecnologias para lidar com Big Data ajudam empresas a caminhar mais rapidamente em direção ao mundo analítico, diz Vince Kellen, CIO da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos. “O que queremos é uma análise avançada em meio a uma montanha de dados”, diz Kellen.

A capacidade dos computadores de hoje para processar muito mais dados em memória permite resultados mais rápidos do que quando a pesquisa por dados acontecia no disco.

Apesar de os bancos de dados terem, há décadas, ganhado melhor desempenho com cache de dados acessados com frequência, agora tornou-se mais prático carregar grandes conjuntos de dados para a memória de um servidor ou cluster de servidores, com discos usados apenas como backup.

Por esse motivo, agora, Rotella diz que pode executar em segundos as informações, o que há cinco anos consumiria uma noite toda. A companhia em que Rotella trabalha faz análises preditivas de grandes conjuntos de dados, que muitas vezes envolvem a execução de uma consulta, a busca por padrões, e realização de ajustes antes de executar a próxima consulta.

Tecnologias mais baratas
Junto com o aumento da capacidade de computação, análises estão se beneficiando da queda dos preços de memória e armazenamento, juntamente com o software de código aberto que fornece uma alternativa aos produtos comerciais e estabelece pressão competitiva sobre os preços.

Cynthia, da HMS, vê as mudanças na economia na computação alterar algumas opções básicas de arquitetura. Por exemplo, na empresa, uma das razões tradicionais para a construção de data warehouse foi juntar os dados em servidores com potência de computação para processá-los. Quando o poder de computação era mais escasso do que hoje, era importante descarregar cargas de trabalho analíticas de sistemas operacionais para evitar degradar o desempenho de cargas de trabalho diárias. Agora, essa nem sempre é a escolha certa, observa Cynthia.

“Com o preço do hardware e de armazenamento caindo, você pode se dar ao luxo de começar a lidar com uma camada de Business Intelligence”, diz ela. Ao levar em consideração todos os passos da mudança, a reformatação e o carregamento de dados no warehouse, análises podem dar respostas mais imediatas.

Hackney observa, no entanto, que, embora as tendências de desempenho dos preços sejam úteis para o gerenciamento de custos, economias potenciais são muitas vezes eliminadas pela crescente demanda por capacidade. “É como correr no mesmo lugar”, diz.

Todo mundo é móvel
Assim como todas as aplicações existentes hoje, BI está saltando para dispositivos móveis. Para Cynthia, BI móvel é uma prioridade “porque todo mundo quer acessar relatórios sobre a organização onde quer que esteja”, assinala. Ela afirma que faz parte dos planos da companhia fornecer para os clientes da empresa acesso móvel aos dados para ajudá-los a monitorar e gerenciar despesas de saúde. “É uma demanda que teve início há cinco anos, mas cresce muito hoje”, observa.

Para os CIOs, o caminho é partir para a criação de interfaces para smartphones, tablets e telas sensíveis ao toque e não para a adoção de sofisticados recursos analíticos. Talvez por essa razão, Kellen considera essa questão bastante fácil de resolver.

Rotella não concorda com Kellen. “A computação móvel afeta a todos”, diz ele. “O número de pessoas que faz o trabalho em iPads e outros dispositivos móveis está explodindo. Essa tendência irá acelerar e mudar a forma como nós interagimos com nossos recursos de computação”, observa. Por exemplo, Verisk desenvolveu produtos para permitir acesso a análises em campo, para que os funcionários possam executar as estimativas de custo de reposição de produtos. Isso é uma forma de “alavancar a análise e colocá-la nas pontas dos dedos das pessoas que precisam dela”.

O que torna esse cenário desafiador é a rapidez das mudanças tecnológicas, avalia Rotella. “Dois anos atrás não tínhamos iPads. Agora todo mundo está andando por aí com um”, afirma.

Mídia social sob os holofotes
Com a explosão do Facebook, Twitter e outras redes sociais, mais companhias buscam analisar os dados gerados por esses sites. Novas aplicações analíticas surgiram para apoiar técnicas estatísticas, como processamento de linguagem natural, análise de sentimento, e análise de rede que não fazem parte do kit de ferramentas de BI.

Por serem novas, muitas ferramentas que mapeiam mídias sociais estão disponíveis como serviço. Um exemplo é o Radian6, produto baseado no modelo software como serviço (SaaS) que recentemente foi adquirido pela Salesforce.com. O Radian6 apresenta um painel da marca com menções positivas, negativas ou neutras.

Esse tipo de tecnologia, quando usada em departamentos de marketing e atendimento ao cliente, não exige envolvimento pesado de TI. Ainda assim, aUniversidade de Kentucky acredita que precisa prestar auxiliar no processo. “Meu trabalho é identificar essas tecnologias, ver se está em linha com os objetivos de competitividade da empresa e começar a educar as pessoas certas para usá-las”, diz ele.

Assim como qualquer outra empresa, a universidade tem interesse em monitorar o sentimento das pessoas sobre a sua marca, mas Kellen diz que essa movimentação também pode auxiliar a identificar oportunidades para desenvolver aplicações específicas para as preocupações escolares, como a retenção dos alunos.

Por exemplo, monitorar mensagens de estudantes nas mídias sociais pode ajudar professores e administradores a identificar quando os alunos estão com dificuldade no aprendizado. Os desenvolvedores de TI também vão procurar maneiras de construir alertas gerados por análise de mídia social em aplicações para responder a esses eventos, completa.

Encontrar tais correlações pode fazer uma grande diferença na hora de mostrar o retorno sobre o investimento da mídia social, diz Hackney. “No meu setor, todo mundo olha para os números”, observa.

Fonte: Computer World

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