Capital Humano: Os erros fatais de um CEO

Agosto 6, 2010 by  
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“Eu quero a minha vida de volta.” Esta frase do CEO da BP, dita no início de Junho, é apenas um exemplo das várias gaffes que foram cometidas pelos responsáveis máximos e pelos porta-vozes da empresa, desde que a 20 de Abril a plataforma petrolífera Deepwater Horizon começou a arder na costa do Luisiana, dando origem a um derrame de crude e à catástrofe ecológica no Golfo do México. Tony Hayward, após críticas da administração norte-americana e da imprensa, teve de retractrar-se do desabafo. “Fiz um comentário ofensivo e impensado no domingo, quando disse que ‘queria a minha vida de volta’, quando li isso, fiquei horrorizado”, escreveu na página da BP no Facebook. “Peço desculpas, e em especial às famílias dos 11 homens que perderam as vidas neste trágico acidente. Estas palavras não representam o que eu sinto sobre esta tragédia e certamente não representam os sentimentos dos colaboradores da BP, muitos dos quais vivem e trabalham no Golfo, e que estão a fazer tudo o que podem para resolver o problema”, justificou o então responsável da BP.

Esta terça-feira soube-se que Hayward iria abandonar a empresa a 1 de Outubro, um desejo que tinha já antes sido manifestado pela administração Obama. A Casa Branca foi implacável nos últimos meses. Em Maio Hayward participou numa regata patrocinada pela JP Morgan na Grã-Bretanha, enquanto no Golfo do México o derrame continuava incontrolável. Os responsáveis pela comunicação da BP bem que tentaram passar a mensagem de que se tratava do primeiro dia livre do executivo ao lado da sua família após o desastre. Washington não gostou de ver o executivo da BP nas águas da ilha de Wight quando as suas costas estavam a ser manchadas pelo crude.“Isso faz parte de uma longa série de erros e gaffes”, afirmou Rahm Emmanuel, secretário-geral da Casa Branca. “Acredito que todos podemos concluir que Tony Hayward não começará uma segunda carreira em relações públicas. Citando o próprio Hayward, ele conseguiu ter a sua vida de volta.” O New York Times considerou que Hayward tinha “desencadeado uma nova controvérsia”, enquanto o senador republicano Richard Shelby, eleito pelo estado de Alabama, que foi afectado pelo acidente, considerou que se estava perante “o ponto culminante da arrogância” e que o “iate deveria estar ali para limpar o petróleo”.

Vários comentadores consideram que o CEO da BP falhou não apenas na gestão da sua imagem, mas principalmente na coordenação da sua equipa. Mais, com a sequência de erros, tornou-se parte do problema e não parte da solução. A começar, num acidente como um derrame petrolífero, a verdade tem de ser dita e com rapidez. Em contrapartida, a empresa demorou demasiado tempo a admitir a real escala do acidente. O próprio Hayward descreveu o derrame como “pequeno” em comparação com o “grande oceano” que é o Golfo do México e que o “impacto ambiental do desastre será muito, muito modesto”.

O até agora CEO do gigante do petróleo considerou que tinha sido “demonizado” e que a sua decisão de sair foi apenas “prática”. “Não é importante se é justo ou não. Tornei-me a face pública [do desastre] e fui demonizado e vilipendiado. A BP não pode continuar nos EUA comigo enquanto líder… A vida não é justa”, referiu, citado pelo The Times. O acidente do Golfo vai custar à BP mais de 24 mil milhões de euros. O sucessor de Hayward será o norte-americano Robert Dudley, que em 102 anos de história da BP será o primeiro não-britânico a estar à frente dos destinos da empresa.

– Oito gaffes da BP

1. Numa sexta-feira, o chairman da BP, Carl-Henric Svanberg, disse que Hayward seria substituído, na gestão do acidente, pelo managing director Bob Dudley. No dia seguinte, o gabinete de imprensa desmentiu o chairman.

2. Após um encontro com Obama, Svanberg disse que partilhava com o presidente dos EUA a compaixão pelo “small people” do Golfo. “Apenas um erro de tradução”, disse por e-mail o porta-voz da BP, uma vez que o chairman tem o sueco como língua materna. “Falei esta tarde de uma forma desajeitada e, por isso, peço desculpas”, acabaria depois por declarar o chairman, após várias críticas à forma como descreveu as pessoas afectadas pelo acidente.

3. “Pedimos desculpa por todo o transtorno que causamos na vida das pessoas. Não há mais ninguém do que eu que queira terminar com isto. Eu quero a minha vida de volta”, disse Tony Hayward. “I want my life back” é considerada a frase mais infeliz deste processo de gestão de crise.

4. A 18 de Maio, um mês após o acidente, Hayward disse à BBC: “Acho que o impacto ambiental deste desastre será muito, muito modesto”. Quatro dias depois referiu ao The Guardian: “O Golfo do México é um oceano bastante grande. O volume de crude é pequeno em relação ao total do volume da água.”

5. A 8 de Junho o COO da BP, Doug Suttles, considerava que “segunda ou terça” o derrame estaria resolvido.

6. Quantos barris estavam a ser derramados por dia, após o acidente na plataforma? A BP começou a apontar mil, depois subiu para os cinco mil. Cientistas calculam que possam ser entre 35 e 60 mil. “Não vamos fazer mais nenhum esforço extra calcular o fluxo. Não é importante para o nosso esforço de resposta e pode até prejudicá-lo”, declarou um porta-voz da BP ao The New York Times.

7. Quando as acções da BP começaram a cair, a empresa declarou: “A empresa não tem medo de qualquer razão que justifique esta mudança no preço das acções.” No dia seguinte as acções caíram mais 10 por cento.

8. Seis semanas após o acidente, a BP iniciou uma campanha de publicidade em televisão, avaliada em 50 milhões de dólares, em que prometia restaurar o qualidade ambiental do Golfo. Obama considerou que o dinheiro seria mais bem gasto em acabar com o derrame e em pagar pelos prejuízos causados.

Fonte: Meios & Publicidade

Inovação: Combate aos fogos ganha fato “high-tech” português

Agosto 5, 2010 by  
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Criar um fato de bombeiro de “última geração”, capaz de contribuir para uma maior segurança e eficácia no combate aos fogos. É este o objectivo do projecto desenvolvido por um consórcio cem por cento português, que acaba de apresentar os dois primeiros protótipos dos fatos high tech com que pretende equipar os bombeiros portugueses.

Um deles incorpora um sistema electrónico que monitoriza e alerta o utilizador para a temperatura envolvente e os níveis de monóxido de carbono, explicam os responsáveis pelo projecto, classificando a proposta como “uma abordagem totalmente inovadora”.

Este modelo deverá ainda ser testado para optimizar a resistência dos componentes tecnológicos em situações extremas, acrescentam. A outra versão apresenta uma “composição leve, confortável, com uma estrutura multi-camada”, sendo dotada de uma versatilidade que possibilita o seu uso tanto no combate de fogos urbanos como florestais.

modelo dos protótipos

A iniciativa nasce do trabalho de investigação conduzido pelo Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil do Vestuário de Portugal e do Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes, em parceria com quatro empresas nacionais e o apoio da gigante do retalho Jerónimo Martins (ULJM).

A. Sampaio & Filhos, António de Almeida & Filhos e Lemar são as têxteis associadas ao projecto, que conta também com a participação da empresa de confecção de equipamentos de protecção individual Actijob.

O projecto encontra-se actualmente em fase de avaliação na sequência da candidatura ao QREN, “que poderá contribuir para se atingirem patamares mais radicais de inovação e performance”, avança Vincent Weijers, da ULJM.

Segundo explicou o responsável, a decisão de apresentar a candidatura prende-se com a “dinâmica gerada (…) e as oportunidades de I&D identificadas”, sendo o combate aos incêndios um “assunto de importância nacional”, que “coloca em causa a qualidade de vida dos portugueses e a criação de riqueza da nossa economia, bem como a preservação do património territorial do nosso país”.

Fonte: TeK

Tecnologia: Google proibido de recolher imagens em Portugal

Agosto 5, 2010 by  
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A Comissão Nacional de Protecção de Dados proibiu o Google de recolher imagens em Portugal para o serviço Street View.

A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) considera que não está garantido o anonimato de pessoas e veículos.

O Google anunciou esta semana querer voltar a registar fotograficamente as ruas portuguesas para o serviço Street View, mas a CNPD acha que não estão ainda reunidos os requisitos legais necessários para a publicação on-line das imagens.

A porta-voz da CNPD, Clara Guerra, explicou à Lusa que numa reunião entre a comissão e o Google, a empresa deu garantias de que as imagens de pessoas e de matrículas de veículos disponibilizadas no serviço não permitiriam a sua identificação.

O Google, adiantou, ficou de prestar à comissão informações adicionais sobre a viabilidade técnica de garantir o anonimato nas imagens, o que não se verificou.

Por esta razão e tendo em conta o anúncio recente do motor de busca de que iria voltar a registar fotograficamente as ruas portuguesas para o Street View, a Comissão Nacional de Protecção de Dados notificou a empresa avisando que não estão reunidas as condições legais, uma vez que esse serviço configura um tratamento de dados pessoais.

O Google tem a obrigação de notificar a CNPD previamente a qualquer tratamento de dados pessoais, no qual se inclui a recolha de imagens.

A Comissão refere ainda que os dados pessoais recolhidos no âmbito do serviço Street View são dados sensíveis porque se encontram inseridos na categoria “vida privada”, sendo sujeitos a controlo prévio.

Fonte: Económico

Capital Humano: Portugal é o 9º país onde se trabalha menos horas por semana

Agosto 5, 2010 by  
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No pódio dos que mais trabalham estão o Reino Unido, Áustria, República Checa e Bulgária.

Há 16 que países na União a 27 que trabalham mais horas por semana do que Portugal. É o caso do Reino Unido, Áustria, República Checa e Bulgária.

De acordo com o Labour Force Survey, divulgado esta quarta-feira pelo Eurostat, Portugal trabalha em média 40,2 horas por semana, um valor que está ligeiramente acima da média dos países da Zona Euro, mas abaixo da média dos 27 Estados-membros.

Espanha trabalha 40,7 horas/semana, enquanto os países nórdicos como a Suécia ou Dinamarca ficam abaixo das 40 horas semanais.

É no trabalho em part-time que Portugal cai na lista divulgada esta quarta-feira pelo Eurostat. O gabinete de estatística da União Europeia mostra que, no trabalho parcial, Portugal é o 5º país que trabalha menos horas por semana.

À frente está a Suécia, Hungria e Bélgica, com as mulheres a trabalharem mais horas a tempo parcial do que os homens.

Fonte: Agência Financeira

Marketing: Sites de Comércio mais visualizados

Agosto 4, 2010 by  
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De acordo com os resultados do estudo Netpanel da Marktest, o site de La Redoute foi, entre os sites de comércio, aquele que mais visualizações obteve no segundo trimestre do ano, na navegação realizada a partir do lar.

Durante o segundo trimestre de 2010, foram 2 336 mil os residentes no Continente com 4 e mais anos que acederam a sites de comércio a partir de casa. Este valor significa uma descida mensal de 2.0% e uma pequena subida homóloga de 0.2%.

Neste período, foram visitadas mais de 149 milhões de páginas de sites de comércio, uma média de 64 por utilizador.

O tempo total de navegação nestes sites aproximou-se de 1,5 milhões de horas, uma média de 38 minutos por utilizador.

O site www.leiloes.net liderou em número de utilizadores únicos, mas foi no de La Redoute (www.la-redoute.pt/www.laredoute.pt) que os internautas visualizaram mais páginas.

O www.leiloes.net recebeu 567 mil visitantes diferentes durante o segundo trimestre de 2010. Em segundo em número de utilizadores únicos ficou o www.worten.pt com 537 mil, seguido do www.fnac.pt, com 530 mil utilizadores únicos.

Em páginas visitadas, o www.la-redoute.pt/www.laredoute.pt liderou com cerca de 17 milhões. Em segundo ficou o www.leiloes.net, com cerca de 13 milhões e em terceiro ficou o Miau (1), com 10 milhões de páginas.

Fonte: Marktest

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