Marketing: Utilizadores do Facebook são um filão publicitário
Fevereiro 9, 2011 by Inovação & Marketing
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Os conteúdos partilhados por milhões nas redes sociais não são apenas públicos, são preciosas mensagens de marketing e publicidade. Os utilizadores são cada vez mais olhados como consumidores. Mas parece não haver preocupação com a privacidade.
Mais do que um problema de privacidade, os dados partilhados nas redes virtuais são um manancial para a publicidade.
Segundo o investigador da Universidade da Beira Interior João Canavilhas, “a utilização por parte das empresas dos nossos dados divulgados no Facebook não deixa de ser algo parecido com o nosso dia-a-dia”.
Mas a porta-voz da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), Clara Guerra, sublinha que “o consumidor tem que consentir e a rede social tem que informar correctamente sobre como vai utilizar os dados”.
“O utilizador tem que saber rigorosamente quem vai tratar os dados, com que finalidade e como é que pode aceder a eles e revogar o seu consentimento”.
Não havendo ainda legislação no que se refere a dados livremente publicados pelos utilizadores nas redes sociais (em especial no Facebook, que conta com 500 milhões), é frequente os utilizadores não se aperceberem de que cada vez que clicam “gosto disto” ou descarregam aplicações os seus dados ficam registados num sistema de classificação automática de perfis de consumidores.
Irene Cano, manager do Facebook para Portugal e Espanha, esteve em Lisboa recentemente a demonstrar o que acontece na rede social mais abrangente do mundo: “o Facebook é o maior gráfico social do Mundo”, ou seja, não é nada mais nada menos do que uma gigantesca plataforma virtual que armazena grande quantidade de informação livremente disponibilizada.
Ferramenta poderosa
Esta informação (ou gráfico social), preciosa para as empresas, “é o conjunto de relações que uma pessoa tem desde o dia em que nasce até ao dia em que morre, começando por um meio familiar reduzido e crescendo à medida que socializa”. Deste gráfico social “fazem parte as marcas e as instituições com as que cada pessoa interage no dia-a-dia”, sublinhou Irene Cano.
Os utilizadores destas redes são encarados pelas empresas como preciosas mensagens de marketing e publicidade que são partilhadas em simples conversas, ou na partilha de gostos, vídeos e muito mais.
Clara Guerra salienta que “o facto do utilizador tornar pública certa informação não dá direito a terceiros para aplicar sistemas informáticos de recolha dessa informação, trabalhá-la e classificar (vulgo profiling).
Segundo Irene Cano, o Facebook limitou-se a fazer o que ainda faltava: digitalizou o gráfico social e levou-o para a internet”.
“Estamos perante uma ferramenta poderosíssima para chegar ao consumidor, com a vantagem de o Facebook oferecer um mercado global segmentado de forma gratuita”, prosseguiu João Canavilhas.
O docente na área de Comunicação não vê, no entanto, problemas de privacidade de dados. “O controlo da informação está sempre do lado de quem entra numa rede social. Os utilizadores devem disponibilizar apenas a informação que acham que podem publicar”.
Embora não haja legislação nacional, o Conselho da Europa aprovou em Dezembro novas restrições ao profiling.
Fonte: Jornal de Notícias
Empreendedorismo: As 10 características de comportamento dos empreendedores bem-sucedidos
Fevereiro 9, 2011 by Inovação & Marketing
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No estudo do empreendedorismo com enfoque comportamental, o psicólogo americano, David Mc Clelland, é uma das maiores referências, quando relaciona o conceito de empreendedorismo à necessidade de sucesso, de reconhecimento, poder e controle.
“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente através da introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização, ou pela exploração de novos recursos e materiais”
Joseph Schumpeter (1949).
No estudo do empreendedorismo com enfoque comportamental, o psicólogo americano, David Mc Clelland, é uma das maiores referências, quando relaciona o conceito de empreendedorismo à necessidade de sucesso, de reconhecimento, poder e controle.
As primeiras pesquisas ralizadas por Mc Clelland (1961) apresentaram a necessidade de realização do indivíduo como a principal força motivadora do comportamento empreendedor.
Quais são as “10” características de comportamento dos empreendedores de sucesso?
1. Disposição para correr riscos calculados
A primeira característica do comportamento empreendedor é a do risco: ousadia, coragem e determinação para assumir riscos, e saber onde, como e quando você deve arriscar para fazer o seu empreendimento crescer. O próprio ato de abrir uma empresa ou investir em um negócio existente já se apresenta como uma ação de risco. É fundamental calcular algumas alternativas para saber onde, como e quando você deve arriscar. Aprender a correr riscos calculados representa avaliar as alternativas e controlar os resultados. O empreendedor não faz voo cego; avalia alternativas e calcula riscos, moderadamente.
Risco moderado é aquele que pode ser reduzido por meio do planejamento.
2. Busca de oportunidades e iniciativa
Faz as coisas antes de solicitado ou forçado pelas circunstâncias. O empreendedor com iniciativa está sempre se antecipando e identificando oportunidades fora do comum para começar um negócio. E, quando enfrenta uma concorrência acirrada, cria um novo produto e um novo mercado, através da inovação e criatividade.
3. Persistência
Empreender não é brincadeira. Existem muitos obstáculos no caminho do empreendedor, mas ele nunca desiste; aprende com o fracasso, e a primeira dificuldade encontrada serve de lição para recomeçar, com mais inteligência. O empreendedor faz um sacrifício pessoal extraordinário para completar uma tarefa. É persistente para alcançar metas claras, bem diferente do teimoso, que não consegue enxergar soluções alternativas nem aprende com os próprios erros.
4. Exigência de qualidade e eficiência
Sua decisão está sempre focada nos resultados, de fazer sempre mais e melhor, mais rápido ou mais barato. O empreendedor supera as expectativas de prazos e padrão de qualidade, além disso, desenvolve procedimentos para garantir os prazos e a qualidade combinada.
5. Comprometimento
O comprometimento é muito forte. O empreendedor atribui a si mesmo e ao seu comportamento as causas de sucessos e fracassos e assume pessoalmente a responsabilidade pelos resultados alcançados. Evita sempre prometer o que não pode ser cumprido. Colabora, também, com os seus empregados, envolvendo-se no processo se necessário, para terminar uma tarefa.
6. Busca de informações
O empreendedor investiga, observa, faz pesquisa e procura atentamente conhecer o processo de fabricação de um produto ou da prestação do serviço. E, quando não conhece do assunto, vai e busca o apoio de consultores, técnicos especializados. É um exercício diário e incansável na busca de informações confiáveis para montar o seu negócio, como escolher o melhor local de instalação, os serviços a serem oferecidos, prazos a serem praticados, fontes de financiamento, prazo de retorno do investimento, custos de implantação, impostos, taxas, licenças e registro, custo de manutenção, custo de pessoal e outras informações necessárias para dar suporte à elaboração do seu Plano de Negócio.
7. Estabelecimento de metas
A concentração é uma habilidade essencial, para que o empreendedor mantenha o foco em determinada meta ou tarefa. Quando está devidamente concentrado, enxerga uma grande oportunidade. Estabelece metas claras e possíveis de serem alcançadas. Sem metas não há como dar início àquele seu projeto de montar uma empresa. O empreendedor estabelece metas e objetivos que têm um significado pessoal, com uma visão de longo prazo, clara e específica.
8. Planejamento e monitoramento sistemáticos
Na vida e nos negócios, você aprende a valorizar o planejamento. Planejar é pensar no futuro. Você planeja, antes mesmo de iniciar qualquer atividade. Aprende a planejar no momento em que vai para o trabalho, no instante em que vai viajar; planeja suas férias com a família, planeja, quando programa a sua próxima reunião. O empreendedor planeja, quando exercita a divisão de tarefa de grande porte, em subtarefas, com prazo definido.
O empreendedor procura manter e utilizar os registros financeiros nas tomadas de decisões. Além disso, revisa seus planos, considerando o resultado obtido e as mudanças do ambiente externo.
9. persuasão e rede de contatos
O convencimento é uma habilidade encontrada no vendedor nato. É, também, uma habilidade fundamental para definir o poder de persuasão do empreendedor, quando convence as pessoas de que aquele produto ou serviço são os melhores do mercado.
O empreendedor sabe criar estratégias deliberadas de persuasão; desenvolve e mantém relações comerciais e se utiliza da rede de contatos para atingir seus próprios objetivos.
10. Independência e autoconfiança
A Autoconfiança é aquela capacidade que o empreendedor tem de acreditar em si mesmo, e nas suas decisões para o futuro do seu empreendimento. Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar desafios.
A autoconfiança é diferente de arrogância. Muito cuidado, pois autoconfiança excessiva pode levar à arrogância. Mesmo com a sua capacidade de tomar decisões mais importantes rapidamente, o empreendedor procura ouvir o que os funcionários têm a dizer.
Fonte: Administradores
Marketing: Grandes marcas exploram Internet nos carros
Fevereiro 8, 2011 by Inovação & Marketing
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Audi, BMW, Ford e Hyundai apresentaram, na mega-feira de Las Vegas, modelos que permitem aceder à Internet.
A presença de importantes fabricantes num dos principais eventos de electrónica do mundo, o Consumer Electronics Show (CES), realizado em Las Vegas, em Janeiro passado, chamou mais a atenção este ano do que nas edições anteriores. Empresas como a Hyundai, Audi e Ford foram destaque no salão reservado a acessórios e automóveis. O objectivo era levar a conectividade para dentro dos carros. Navegar na internet pelo monitor instalado no painel do veículo, procurar um endereço sem ter que digitar no teclado, ou ainda, controlar o seu filho a conduzir o carro são algumas das inovações apresentadas na edição deste ano.
Quem conduzir um carro da Hyundai com a tecnologia Moustick (junção de um rato e um ‘joystick’) vai ter a sensação de estar a jogar. No lugar onde geralmente ficam as mudanças, está um comando que funciona como controlo para rádio, ar condicionado, telemóvel e para aceder à internet. Para algumas funções como, por exemplo, trocar de CD, nem é preciso tocar no Moustick. Basta passar a mão por cima do equipamento para que o computador reconheça a função.
Mas esta “brincadeira” não deve chegar tão cedo ao mercado. “Ainda não temos previsão de lançamento. O primeiro passo é sentir a reacção do público na feira”, diz Michael Deitz, director de carros com ligação à Internet da Hyundai. A Intel foi mais longe na sua parceria com a BMW. Além de levar a internet para o automóvel, no sistema desenvolvido pelas empresas, uma câmara reconhece o rosto do motorista e pode ajustar o carro de acordo com as suas preferências como, por exemplo, fazendo uma selecção das suas músicas favoritas. A opção é ideal para veículos utilizados por mais de uma pessoa. E com a ajuda desta mesma câmara é possível ver, de dentro de casa, quem está a conduzir o automóvel. “As fabricantes estão a colocar nos carros tudo o que as pessoas mais gostam”, diz o director de produto da Intel, Marcelo Gonçalves.
Com o Bluetooth do Focus 2012, a Ford não quer que o motorista tire as mãos do volante. Seja para atender o telemóvel, trocar de estação de rádio ou procurar um endereço tudo é feito com um clique no volante, seguido por um comando de voz. Localizar uma rua dentro de um Audi também ficou mais fácil. A companhia apresentou um monitor, acompanhado de um painel, no qual o motorista risca com o dedo o nome de uma rua. O computador rapidamente reconhece o endereço e mostra-o no monitor.
Mas não foram só as fabricantes que trouxeram novidades para os carros. A americana Fulton Innovation desenvolver um sistema ‘wireless’ para carregar automóveis movidos a bateria eléctrica com a ajuda de um ‘smartphone’. Basta estacionar o veículo em cima do equipamento responsável pela carga, devidamente instalada no chão da garagem da residência. Em nenhum momento o automóvel tem contacto com o carregador. Espera-se cerca de hora e meia para que o telemóvel avise que o carro está completamente carregado, e fica pronto para sair novamente.
Fonte: Económico
Inovação: Novo modelo de bicicleta dá adeus à tradicional correia
Fevereiro 8, 2011 by Inovação & Marketing
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Sujar-se de graxa com a correia da bicicleta pode se transformar em uma experiência do passado graças à novidade conhecida como Stringbike, novo modelo criado por um engenheiro húngaro.
O sistema substitui as correias por um cabo, que transmite a força motriz para a roda traseira da bicicleta através de polias móveis.
O inventor, Róbert Kohlhéb, afirmou à que a polias móveis e os discos transmitem a força para a roda traseira por meio de cordas, que não precisam de lubrificação e podem ser utilizadas por até 10 mil quilômetros.
“As cordas são de polietileno combinado com material parecido com o teflon utilizado nos esportes aquáticos e pelos alpinistas”, disse o inventor.
A propulsão se dá através dos dois pedais, já que o sistema tem uma construção simétrica, dando o mesmo trabalho às duas pernas.
“Trata-se de um sistema simples”, afirmou o engenheiro, que destaca “a simetria da bicicleta”, já que a roda traseira recebe uma carga igual dos dois lados.
“O mecanismo não contém uma mecânica complicada, por isso que não é necessário ser tão precavido no uso diário”, afirmou ele, ao reconhecer que muitas pessoas ao verem sua invenção se questionam como poderão pedalar com estas bicicletas.
As primeiras Stringbikes, fabricadas pela empresa húngara Schwinn-Csepel, chegarão às ruas em março.
Segundo Kohlhéb, o uso da bicicleta conta com muitas vantagens, pois os dois pedais podem ser calibrados de forma diferente, fazendo com que ela possa ser utilizada para reabilitação de pacientes ou por todos aqueles que necessitem forçar mais uma perna do que outra.
“Já registramos certo interesse por parte de médicos e atletas”, ressaltou o engenheiro.
Outra das vantagens é que, em geral, nas subidas a pedala na Stringbike é mais suave e mais potente do que as bicicletas tradicionais.
Uma curiosidade do novo sistema é que ao pedalar para trás, a bicicleta se movimenta para frente e estes primeiros modelos contam com um sistema de 19 velocidades.
A data para a fabricação em série ainda não está definida e, por enquanto, apenas os primeiros modelos estão sendo montados. Eles custarão cerca de 2 mil euros (R$ 5,5 mil).
“Estamos na fase de apresentação da bicicleta em feiras, exposições, conferências sobre inovação, mas já temos contatos com comerciantes”, acrescentou Kohlhéb.
O engenheiro espera iniciar a fabricação em larga escala, o que permitiria também reduzir o preço. “Depois que a produção em série for iniciada, existe um grande potencial de desenvolvimento, modificando as peças do sistema. Por exemplo, aumentando o conforto da pedalada”, disse.
Por outro lado, o engenheiro ressaltou que depois dos primeiros anúncios, o maior interesse pela bicicleta em seu site partiu da Rússia e da Espanha, o que ele considerou surpreendente, já que o modelo ainda não foi apresentado nesses países.
Fonte: Terra
Empreendedorismo: As ideias dos universitários que fazem nascer empresas
Fevereiro 8, 2011 by Inovação & Marketing
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Projectos e ‘start-ups’ que surgiram com os concursos de ideias de negócios. A nova tendência nas universidades portuguesas.
O que importa é participar, como em qualquer jogo. Os concursos de ideias de negócios das universidades são um ponto de partida para muitos jovens empreendedores, num tempo difícil para as empresas e, especialmente, para as ‘start-ups’. “A vitória no concurso foi mais um factor extra na decisão de criar uma empresa” para João Matos e Ricardo Abreu, que criaram a Built-in depois de ganharem o concurso Empreende+, da Universidade de Aveiro. Quando ganharam o concurso “Ideias em Caixa”, da Universidade do Algarve, em 2007, Jorge Dias e Luís Conceição sentiram sobretudo que “o reconhecimento de que as ideias geradas pelas nossas actividades de investigação podiam ter uma aplicação em termos de negócio”.
No entanto, os concursos são muito diferentes. Há os que se centram mais na formação e no apoio aos primeiros passos dos jovens empreendedores e outros cujos prémios monetário ultrapassam as centenas de milhares de euros e contam com ligações internacionais. Um destes últimos casos foi a primeira edição do concurso ISCTE-MIT, do qual a Around Knowledge, representada por Suzy Vasconcelos, foi uma das vencedoras. “Não podemos deixar de referir o prémio monetário, que irá ser uma grande ajuda nesta fase do projecto”, enumera Suzy, que conta ainda que o concurso representou para a empresa “uma rampa de lançamento internacional, pois ganhámos um nome que nos permite conquistar novos clientes, podendo oferecer uma solução inovadora que já foi avaliada por um júri de renome internacional”. O concurso ISCTE-MIT Portugal Venture Competition “diferencia-se do típico concurso plano de negócios uma vez que se trata de criação de empresas e não de um mero exercício académico”, diz o seu coordenador Gonçalo Amorim.
Os primeiros passos da criança
Por outro lado, o concurso pode ser apenas um primeiro passo de uma empresa. “Vencer o concurso winUBI foi o ponto de partida para a evolução do projecto Waynergy, pois permitiu obter o investimento para desenvolver os protótipos seguintes e registar a patente nacional”, diz Francisco Duarte, da empresa Waydip. Para João Tedim, “mais importante do que ganhar o concurso foi a participação”. O jovem ganhou, com o projecto SmallTek, a última edição do Empreende+ e já partiu para a criação do seu negócio.
Algo que nem sempre é possível. Shakib Shahidian, professor do Departamento de Engenharia Rural da Universidade de Évora e vencedor do prémio Atrevo-me 2009 não criou uma empresa depois do concurso “porque os prémios eram um pouco virtuais, não se reflectindo em ajudas reais ao estabelecimento de uma actividade comercial no Alentejo”.
Andar e depois correr
Mas pode não ser exactamente para isso que um concurso de ideias serve, alerta Paulo Pinho, responsável pela área de empreendedorismo na Universidade Nova de Lisboa. “Se o objectivo do concurso for fazer acompanhar o concurso não só de um processo formativo, sobre como realizar um plano de negócios, sobre como analisar o mercado antes de entrar, e, além disso, receberem ‘feedback’ periódico em sucessivas sessões do plano de negócios, então eu diria que o propósito do concurso é dar-lhes as ferramentas para que eles, não necessariamente quando acaba o concurso, montem o seu próprio negócio”, considera Paulo Pinho. Também para Vítor Gonçalves, vice-reitor da Universidade Técnica de Lisboa, estes concurso de ideias de negócios “têm um efeito incentivador para os jovens porque ao verem a sua ideia aceite como um projecto potencial começam a acreditar nas suas capacidades, mas também têm um objectivo formativo”.
João Vilaça, da iSurgical3D, explica que “a criação do negócio não foi imediata” após ter ganho a ideia de negócio do SpinUM, da Universidade do Minho, em 2009. “Seguiu-se a elaboração do plano de negócios” e depois “a participação no concurso nacional de empreendedorismo do prémio Start” do qual também saíram vencedores. Com os prémios juntos, conseguiram financiar as etapas seguintes.
Aposta no empreendedorismo
“Os primeiros anos da maioria dos negócios de uma ‘spin-off’ são difíceis, todos o apoio que permita reduzir despesas é importante”, lembra Miguel Carvalho, que ganhou um prémio do SpinUM e seguiu para vencer uma edição do MIT-ISCTE Venture Competition com a empresa Weadapt. Os concursos permitem ter o apoio gratuito dos gabinetes de empreendedorismo da universidades para incubar a empresa, como acontece na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), segundo o vice-reitor da instituição Fontainhas Fernandes. “A nossa aposta é enquadrar as questões de empreendedorismo nas disciplinas”, frisa o vice-reitor da UTAD.
Em anos de crise, esta pode ser uma aposta fundamental. “Os concursos de ideias são uma das ferramentas mais úteis no apoio a empreendedores no processo de criação de empresas”, resume João Amaro, coordenador executivo da divisão de Empreendedorismo e Tranferência de Tecnologia da Universidade do Algarve. Com estes concursos, “os jovens empreendedores ganham notoriedade para os seus projectos “, acrescenta Deolinda Estevinho, da Divisão de Inovação e Transferências do Saber da Universidade de Coimbra.
Ideias de sucesso
Smart Medicines
“Um novo medicamento para o tratamento do cancro da mama”, através da utilização de nanotecnologia, é o projecto que conquistou a edição de 2009 do Arrisca Coimbra. Vera Moura, Sérgio Simões e joão Moreira trabalham agora “para a concretização de um projecto de negócio a partir da ideia” apresentada a concurso. “Neste contexto, é de salientar o apoio que nos tem sido prestado pela Universidade de Coimbra”, salienta Moreira.
Waydip
Ganharam primeiro o concurso de ideias da Universidade da Beira Interior, o que permitiu desenvolver e patentear a ideia, e depois o ISCTE-MIT Venture Competition. Hoje, Francisco Duarte e os colegas dedicam-se “a 100%” a desenvolver o Waynergy, um projecto que permite “para gerar energia eléctrica no pavimento, a partir do movimento de pessoas e veículos sobre a sua superfície”, energia que pode ser guarada e utilizada onde se quiser.
iSurgical3D
Uma prótese personalizada, criada em três dimensões, que permite reduzir o tempo de uma operação em cerca de um terço e o tempo médio de internamento de oito para cinco dias para doentes com “uma deformidade torácica”. Este é o projecto que está a desenvolver a iSurgical3D, criada depois de ter ganho o concurso de ideias da Universidade do Minho. João Vilaça, responsável pela investigação e desenvolvimento da empresa, diz que o próximo passo é a internacionalização.
WeAdapt
“O momento é difícil para todas as empresas, especialmente difícil para as start-ups e para os novos empreendedores”, diz o porta-voz da empresa WeAdapt Miguel Carvalho. O projecto, de produtos inclusivos para pessoas com deficiência, venceu primeiro o concurso de planos de negócio da 1ª edição do SpinUM, da Universidade do Minho, e depois a categoria produtos e serviços do ISCTE-MIT Venture Challenge. Agora, aguarda um parceiro “com capital para investir em conjunto”.
Sparos
Na área da nutrição em aquacultura, a Sparos resultou da investigação e tornou-se numa nova empresa depois de ter ganho o Ideias em Caixa em 2007, na Universidade do Algarve. O mais importante nesta vitória foi “o reconhecimento de que as ideias geradas pelas nossas actividades de investigação poderiam ter uma aplicação em termos de negócio”, sublinham os sócios-gerentes Jorge Dias e Luís Conceição. Criaram a empresa porque viram que seria “um negócio viável”.
Built-in
“Aumento da segurança rodoviária, maior fluidez de tráfego, diminuição do tempo de trajecto, cobranças electrónicas e difusão de informações úteis ao condutor relacionadas com os tópicos anteriores”. Estes serão os serviços diponibilizados pela Built-in, uma empresa criada depois de João Matos e Ricardo Abreu ganharem o prémio de empreendedorismo de base tecnológica do concurso de ideias de negócios da Universidade de Aveiro, em 2010.
Fonte: Económico




