Artigo de Opinião: “A indústria portuguesa e a ameaça turca” (Revista SPOT)

A indústria portuguesa e a ameaça turca

Recentemente foram conhecidas algumas posições públicas por parte da CPPME – Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas e da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal relativamente a uma possível crise no sector do têxtil e vestuário, cujo impacto já se está a sentir no Vale do Ave, devido à ameaça da Turquia e ao risco de, por exemplo, a Inditex (proprietária da Zara e de várias outras marcas de moda) poder deslocalizar parte significativa da produção realizada em Portugal para esse país concorrente.

Esta ameaça turca tem vindo a crescer a partir do momento em que esse país tem vindo a desvalorizar a lira turca em mais de 50% nos últimos 4 anos, em relação ao euro, devido à instabilidade política e económica que a Turquia tem vindo a sentir nos últimos anos.

A Turquia é um país com custos de mão-de-obra e custos energéticos mais baratos em relação a Portugal, e a sua localização entre a europa e a ásia colocam-na numa posição geoestratégica importante em termos industriais. Aliado a isso, o facto de em 4 anos os seus produtos terem ficado a menos de metade do preço que custavam há 4 anos, devido à desvalorização da sua moeda, já estão a gerar impactos em Portugal num sector industrial que até está a crescer cerca de 2% em termos de exportações, no entanto as empresas que dependem muito da subcontratação da produção por parte das grandes marcas internacionais correm mais riscos no futuro.

Mesmo num ciclo económico positivo, e num sector industrial em crescimento, existem riscos quando a proposta de valor apresentada no mercado é baseada no baixo custo de produção e na pouca diferenciação em termos de produtos entregues ao mercado. Face ao que foi possível verificar na recente edição da Heimtextil, uma das maiores feiras mundiais de têxteis-lar que decorreu em janeiro em Frankfurt, ficou claro por parte de empresas portuguesas que a concorrência de países asiáticos como a China, India, Paquistão e principalmente a Turquia estão de facto a fazer alguma mossa em termos concorrenciais e na abordagem ao mercado.

Importa concluir que devido a este tipo de concorrência é cada vez mais importante apostar numa estratégia comercial e de marketing diferenciadoras, apoiadas em políticas de inovação e em presenças digitais fortes, de forma a que as empresas estejam menos sujeitas a situações concorrenciais que baseiem a sua mais-valia no preço baixo.

Bruno Silva

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# Coach, Consultor e Formador nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo, desde 2009 na InnovMark, colaborando também com Instituições de Ensino Superior, Entidades de Consultoria e de Formação profissional, Associações Empresariais, onde se incluem projectos geridos pela AEP, IAPMEI, CAP, AIP, CCP, CTP, CIG, etc.

# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.

# Fundador e Community Manager, desde 2006, do Portal Inovação & Marketing, que conta actualmente com mais de 80.000 Subscritores, considerando todos os formatos de subscrição, sendo um dos maiores projectos deste género em Portugal.

# Cronista desde 2006 no Portal Inovação & Marketing, Revista Inovar-te, Portal AEP, Revista Brasileira de Administração, Revista Farmácia Distribuição, E-Go-Marketing, Revista Portugal Inovador (Jornal Público), RTP2, Marketing Farmacêutico e Revista SPOT.

# Fundador e Community Manager, desde 2013, do “Dish Mob Portugal” que promove o espírito “Dish Mob”, e que é um importante movimento nacional de promoção do networking e aceleração de ideias nas áreas da inovação e do empreendedorismo, com mais de 30 eventos já organizados.

– Licenciatura Pré-Bolonha em Gestão pela Universidade do Minho (2004).
– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School (2006).
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro (2007)
– Curso de Especialização em Empreendedorismo de Base Tecnológica pela Universidade de Aveiro (2007)
– Formações Profissionais em Vendas, Excelência Pessoal, Inteligência Emocional e Criatividade, Gestão do Stress, Organização de Eventos, Comunicação em Público, E-Business, etc.

Artigo de Opinião: “Mercados Externos” (Revista SPOT)

Mercados Externos

Por Bruno Silva (Revista SPOT)

Nos últimos anos as empresas que pretendem executar projectos de investimento co-financiados pela UE são incentivadas a apostar em 3 pilares fundamentais: a internacionalização da economia, a criação de emprego qualificado e por último e o mais importante, a aposta na inovação, seja ela organizacional, de produto, mercado, comunicação, etc.

Nem sempre é fácil para uma “PME – Pequena e Média Empresa” apostar na internacionalização, até porque apenas cerca de 10% das empresas portuguesas facturam mais de 1 milhão de euros anuais. A exportação ou a internacionalização de uma empresa implica investimento e existe risco envolvido no processo.

Para a estratégia funcionar é necessário uma equipa dedicada a operacionalizar essa abordagem internacional que tenha fluência em línguas estrangeiras, capacidade de análise de estudos de mercado internacionais, habilidade no desenvolvimento de prospecção à distância, e mestria na preparação de visitas exteriores e de feiras internacionais específicas ao sector de cada empresa, bem como na aposta de uma presença digital multilingue e multiplataforma de forma a auxiliar os esforços de prospeção, de negociação e de fecho de vendas internacionais.

Nos últimos anos várias têm sido as empresas que tenho contactado de vários sectores, como o turismo, a indústria da moda, engenharia industrial e metalomecânica, construção e imobiliário, tecnologias de informação e comunicação, entre outros sectores, que têm sido pilares fundamentais da estratégia de crescimento das empresas nacionais, da nossa economia e do nosso país. Todos os sectores referenciados têm estado em franco crescimento com enorme procura de emprego qualificado e em muitos casos existe até uma crescente falta de recursos humanos qualificados para esses sectores de actividade.

A estratégia de sucesso das nossas empresas portuguesas terá de aliar o conhecimento dos nossos recursos humanos à capacidade inovadora e exportadora das nossas empresas nacionais. Muitos têm sido os casos de sucesso e a expectativa é que no próximo ano com a execução dos projectos de investimento, aprovados no âmbito do Portugal 2020, existam mais empresas que poderão ambicionar novos horizontes internacionais.

Bruno Silva

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# Coach, Consultor e Formador nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo, desde 2009 na InnovMark, colaborando também com Instituições de Ensino Superior, Entidades de Consultoria e de Formação profissional, Associações Empresariais, onde se incluem projectos geridos pela AEP, IAPMEI, CAP, AIP, CCP, CTP, CIG, etc.

# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.

# Fundador e Community Manager, desde 2006, do Portal Inovação & Marketing, que conta actualmente com mais de 80.000 Subscritores, considerando todos os formatos de subscrição, sendo um dos maiores projectos deste género em Portugal.

# Cronista desde 2006 no Portal Inovação & Marketing, Revista Inovar-te, Portal AEP, Revista Brasileira de Administração, Revista Farmácia Distribuição, E-Go-Marketing, Revista Portugal Inovador (Jornal Público), RTP2, Marketing Farmacêutico e Revista SPOT.

# Fundador e Community Manager, desde 2013, do “Dish Mob Portugal” que promove o espírito “Dish Mob”, e que é um importante movimento nacional de promoção do networking e aceleração de ideias nas áreas da inovação e do empreendedorismo, com mais de 30 eventos já organizados.

– Licenciatura Pré-Bolonha em Gestão pela Universidade do Minho (2004).
– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School (2006).
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro (2007)
– Curso de Especialização em Empreendedorismo de Base Tecnológica pela Universidade de Aveiro (2007)
– Formações Profissionais em Vendas, Excelência Pessoal, Inteligência Emocional e Criatividade, Gestão do Stress, Organização de Eventos, Comunicação em Público, E-Business, etc.

Artigo de Opinião “A Robô Sophia” (Revista SPOT)

A Robô Sophia

Por Bruno Silva

Artigo de Opinião publicado na Revista SPOT

 

Nos últimos dias realizou-se o Web Summit em Lisboa, sendo considerado um dos principais eventos ligados ao mundo da inovação e da tecnologia. De todas as palestras e conferências existiu uma que ganhou maior notoriedade do que todas as outras. Tratou-se de um painel onde foram apresentados robôs. Um desses robôs chama-se Sophia e ao que parece até já tem cidadania concedida pela Arábia Saudita, e ficou famosa ao afirmar que os robôs vão roubar os nossos trabalhos.

A robótica e a inteligência artificial são 2 das áreas emergentes que vão revolucionar várias áreas importantes na humanidade. Estamos a assistir à integração da inteligência artificial na área automóvel permitindo os carros autônomos, e ainda recentemente a Uber comunicou a aquisição de vários carros autônomos à Volvo, com o objectivo de apresentar soluções de mobilidade onde não será necessário condutor. Outro projecto emblemático nesta área é a Tesla que alia as tecnologias digitais e autônomas a uma vertente de ecologia e de sustentabilidade em termos de energia.

Com o Web Summit ficamos a conhecer a Sophia que é neste momento a face mais visível de um movimento que vai revolucionar a nossa sociedade nas próximas décadas, com a previsão de que muitos milhões de empregos serão substituídos por robôs nos próximos anos. Todo o tipo de emprego com tarefas repetitivas, mecânicas ou que impliquem cálculos e raciocínios analíticos correm o risco de serem substituídos. Não é admirar que existam noticias e estudos com listagens dos empregos que poderão ser mais afectados, como é o caso de call centers, motoristas, carteiros, diagnósticos médicos, contabilistas, bancários, atendimento e check-in em hotéis, atendimento ao público em cafés e restaurantes, caixas de supermercados e hipermercados, trabalhadores fabris, agricultores, entre muitas outras profissões que correm o sério risco de serem substituídas e executadas por robôs nas próximas décadas.

Naturalmente que várias outras profissões vão ser criadas, empregos esses que ainda não ouvimos falar sequer, quase sempre ligados a estas vertentes tecnológicas, robótica, inteligência artificial, como é o caso do tele-curgião, conselheiro de robôs, analista e gestor de transportes automáticos / autônomos, advogado de inteligência artificial, responsável por sinergias entre máquinas e pessoas, optimizadores de tráfego de drones, entre outro tipo de profissões.

A grande dúvida que reside em muitos especialistas que analisam esta temática é se o ritmo de destruição de empregos, devido ao surgimento dos robôs, irá ser compensado com a criação de empregos em novas profissões, no mesmo ritmo. Há quem duvide disso, e não admira que Bill Gates (Fundador da Microsoft) já tenha defendido publicamente que poderá ser necessário que no futuro os robôs paguem impostos de forma a compensar a queda de pessoas que terão empregos, e há quem fale mesmo na hipótese de uma renda básica universal para compensar este fenómeno que irá afectar a humanidade. Esta temática da robótica é sem dúvida uma temática para acompanhar com muita atenção nos próximos tempos.

 

Bruno Silva

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# Coach, Consultor e Formador nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo, desde 2009 na InnovMark, colaborando também com Instituições de Ensino Superior, Entidades de Consultoria e de Formação profissional, Associações Empresariais, onde se incluem projectos geridos pela AEP, IAPMEI, CAP, AIP, CCP, CIG, etc.

# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.

# Fundador e Community Manager, desde 2006, do Portal Inovação & Marketing, que conta actualmente com mais de 80.000 Subscritores, considerando todos os formatos de subscrição, sendo um dos maiores projectos deste género em Portugal.

# Fundador e Community Manager, desde 2013, do “Dish Mob Portugal” que promove o espírito “Dish Mob”, e que está a transformar-se num dos principais movimentos nacionais de promoção do networking e aceleração de ideias nas áreas da inovação e do empreendedorismo.

– Licenciatura Pré-Bolonha em Gestão pela Universidade do Minho.
– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School.
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro
– Curso de Especialização em Empreendedorismo de Base Tecnológica pela Universidade de Aveiro
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