Inovação: Empresas europeias vão aumentar investimento em I&D apesar da crise
Agosto 23, 2012 by Inovação & Marketing
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A necessidade de manter a competitividade está a estimular as empresas europeias a aumentar o seu investimento em investigação e desenvolvimento (I&D), apesar da conjuntura económica não ser a mais favorável. Segundo um inquérito da Comissão Europeia, entre 2012 e 2014 as empresas esperam aumentar o investimento em cerca de 4% ao ano, um valor que mesmo assim fica abaixo dos últimos números divulgados, que situavam o investimento nos 5%.
O sector do software e serviços informáticos é o que apresenta valores mais elevados, com uma expetativa de investimento de 11% ao ano, em média.
Segundo a informação divulgada, o desenvolvimento de I&D dentro das empresas é visto como um fator crítico de inovação pelas empresas inquiridas, sendo seguido pela pesquisa de marketing e atividades relacionadas com a introdução de novos produtos no mercado.
A comissária europeia da Pesquisa, Inovação e Ciência já comentou estes dados referindo que a tendência positiva de investimento nesta área é essencial para a competitividade europeia. “Estas empresas são s principais elementos para tornar a economia europeia mais baseada no conhecimento e mais inteligente. O nosso próximo programa de pesquisa e inovação, Horizon 2020, vai dar um maior impulso a empresas inovadoras”, refere em comunicado.
O inquérito foi realizado pelo Joint Research Centre (JRC) e a Direcção geral de Pesquisa e Inovação, baseando-se em 187 respostas das maiores empresas europeias, listadas no Scoreboard de 2011 para o investimento em I&D.
Segundo os dados da Comissão Europeia, estas empresas representam cerca de 40% do investimento total em I&D das mil maiores empresas europeias e uma fatia significativa de todo o investimento empresarial nesta área.
Fonte: Sapo TeK
Marketing: As trocas de produtos voltaram mas agora na internet
Agosto 22, 2012 by Inovação & Marketing
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Com a crise económica a prometer alongar-se, surgem cada vez mais formas alternativas para os consumidores adquirirem produtos e os sites de trocas podem ser uma das soluções para quem não quer gastar dinheiro.
Estes sites tiveram o seu início há cerca de dez anos atrás e hoje em dia é possível trocar carros, livros, roupa e até casas para passar umas férias em beleza noutra cidade ou país.
Além de poder trocar os produtos directamente online, também começam a surgir portais que servem de ponto de encontro para pessoas com produtos para trocar combinarem um encontro real, um “swap meet”, de forma a verificar in loco se os produtos estão a 100%.
Em Portugal começam a surgir vários sites com produtos disponíveis para troca, e neles pode-se encontrar quase tudo desde computadores, passando por livros e filmes, roupa e até carros e motos.
Sites de trocas portugueses:
– No Troca-se o registo é gratuito e a troca de produtos é grátis. Segundo as regras do site somente serão cobradas tarifas por “anúncio e taxas de destaque sempre que o Utilizador optar por dar algum destaque aos bens anunciados”. Uma das ofertas mais interessantes neste site é de um utilizador que pretende trocar a sua Honda Translp 650 de 2000 por uma Honda CBR 600. Motards atenção!
– O Trocas Online cobra 50 cêntimos pela troca com o registo a ser gratuito. Este portal é especializado em livros, filmes, músicas e jogos. Neste site as trocas não são directas. O utilizador recebe pontos pelos artigos que trocar e depois pode adquirir produtos usando os pontos disponíveis. Agora que se aproxima o ano escolar, pode encontrar aqui e/ou colocar para troca manuais dos anos anteriores.
– No Troca Gratuita o registo é grátis e o anúncio também, mas existem diferentes pacotes. Ao escolher “anúncio duplo”, o utilizador paga 4 euros mas o produto aparece no topo da lista da categoria e do distrito a que pertence. Ao seleccionar “anúncio premium”, o utilizador paga 8 euros mas o anúncio fica na barra de destaques no portal e no distrito a que pertence.
Neste site existem muito automóveis para a troca. Um exemplo é um utilizador que pretende trocar um Peugeot 207 1.4 HDI de 2006 por uma autocaravana.
Lá fora:
– Swap Ace
– Zwaggle – Troca de produtos somente relacionados com crianças
Sites de troca de roupa para fashionistas:
– Swap Style
– Rehash
Troca de casas para férias:
– Home Exchange
Fonte: Dinheiro Vivo
Marketing: Apple torna-se na empresa mais valiosa da História
Agosto 22, 2012 by Inovação & Marketing
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A tecnológica bateu um novo recorde, tornou-se na empresa que conseguiu a maior capitalização bolsista de sempre.
A Apple renovou hoje máximos históricos e bateu um outro recorde. Se a tecnológica fundada por Steve Jobs já era a cotada mais valiosa da actualidade, agora detém também a marca da empresa com maior capitalização bolsista de todos os tempos.
A cotação actual, de 664,74 dólares por acção, avalia a empresa em 622,6 mil milhões de dólares (504 mil milhões de euros). A capitalização bolsista é superior à alcançada pela Microsoft em Dezembro de 1999, altura da euforia em torno do sector das tecnológicas. Nessa altura, segundo contas da CNN, a empresa fundada por Bill Gates negociou com uma capitalização de 618,9 mil milhões de dólares.
Desde o início do ano, as acções da Apple valorizam 63,58%, o que compara com a rendibilidade de 12,57% do índice S&P 500. A empresa anunciou este ano que iria começar a distribuir dividendos e começou também um programa de compra de acções próprias para premiar os accionistas.
Apesar de ter atingido valores recorde, os analistas acreditam que a empresa continua a ter potencial para subir. Segundo dados da Bloomberg, os analistas que acompanham o título têm um preço-alvo médio de 738,6 dólares para as acções da Apple, sendo que 88% dos especialistas emitem uma opinião positiva sobre a empresa. Apenas duas casas de investimento em 57 têm uma recomendação de “vender” para a acção.
No entanto, quando contabilizado o efeito da inflação a Microsoft continua a assegurar o título de cotada mais valiosa. É que, segundo a CNN, contabilizando o efeito da inflação o valor atingido pela empresa em 1999 corresponderia hoje a 851 mil milhões de dólares.
Fonte: Económico
Marketing: Perguntem-me coisas. O cúmulo da histeria social
Agosto 22, 2012 by Inovação & Marketing
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Durante algum tempo, aturámos a moda das perguntas parvas no Facebook. Se nada mais chateasse nelas, bastavam os terríveis erros ortográficos da maioria dessas perguntas, entre o “já fizes-te?” e o “à bocado”. Mas estas perguntas costumam ser comunitárias. Música favorita, clube, hobbies. Chato, mas dá para ocultar.
O cúmulo do narcisismo social não está no Facebook. Nem no Tumblr, onde uma das grandes distracções dos utilizadores é fazerem e responderem a perguntas. Nem sequer no Twitter, onde ainda há quem descreva absolutamente todos os seus passos “acabei de ver uma loira jeitosa” “agora fechei a porta e entalei-me” “não sei se coma queijo ou maçã”. Como é que este tipo de pessoas mantém uma legião de seguidores é a questão que se impõe.
O pináculo deste egocentrismo agudo que as redes sociais encorajam está nos sites perguntem-me-coisas-agora. A moda tornou-se pegajosa com o Formspring, que no ano passado apareceu em força mas não se propagou na Europa acima de uma certa faixa etária (a Formspring é norte-americana).
Agora, aparece a Ask.fm, uma invenção da Letónia que em pouco tempo até já ultrapassou a Formspring em tráfego. É uma praga infernal. Aparece em todo o lado a súplica “perguntem-me coisas. O que quiserem” (também era melhor que houvesse regras para as perguntas, penso quando leio isto).
A Ask.fm ganha 60 mil novos utilizadores por dia. Suponho que a facilidade de registar usando a conta do Facebook ou do Twitter ajude, mas os 37 milhões de visitantes mensais mostram que esta é uma tendência sólida. As pessoas estão desesperadas por interacção. Já não lhes bastam os “likes”, os “comments”, os “retweets” e os “reblogs”.
Não. Existe uma sede insaciável por atenção. As pessoas querem que os outros, não importa quem, se interessem por elas e façam perguntas. Não deixa de ser curioso, já que contrasta seriamente com o comportamento Deus-nos-Acuda de cada vez que mudam regras de privacidade no Facebook.
Já estamos longe do conceito Yahoo! Answers, em que uma pessoa põe uma questão e espera que a comunidade ajude a resolver. Isto é muito mais pessoal; e o facto de se poderem fazer perguntas anonimamente faz toda a diferença.
Olhando para o stream actual de perguntas no ask.fm, a coisa vai do “de que cor é a tua escova de dentes” até “o que achas de pénis grandes?”. A rede encoraja o desenrolar de conversas. É como um chat público e disfuncional. Quase tão perturbador como o quase defunto ChatRoulette.
Não gosto do radicalismo de quem detesta tudo o que é rede social e suspira por um regresso ao antigamente, em que se escrevia cartas e se tocava à campainha a perguntar “a Sónia está?”. Mas não deixa de ser ligeiramente preocupante pensar que há toda uma geração a crescer agarrada a esta miríade de redes sociais, construindo a sua personalidade e auto-estima com base na quantidade de seguidores, na quantidade de perguntas e na quantidade de likes.
Ao contrário da geração anterior, que tem um pé no mundo analógico e outro no digital, as referências da nova geração são menos palpáveis. Saberemos fazer esta transição correctamente? Enquanto penso nisso, vou ver mais umas perguntas parvas no Ask.fm.
Fonte: Dinheiro Vivo
Marketing: Bruxelas estuda introdução de cigarros de marca branca na Europa
Agosto 21, 2012 by Inovação & Marketing
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Maços de cigarros todos iguais, sem marcas explícitas, de uma só cor, branca ou verde-água, com as tão polémicas imagens chocantes das doenças provocadas pelo consumo prolongado. É assim que a Austrália vai obrigar, a partir de 1 de dezembro, as tabaqueiras a vender os seus cigarros. Mas estas não querem.
O Ministério da Saúde australiano criou a lei, as tabaqueiras alegaram a sua inconstitucionalidade por infringir as regras das marcas sem obtenção de qualquer compensação, mas um tribunal superior veio agora confirmá-la. Resultado: a Austrália será o primeiro país a proibir a publicidade nos maços de tabaco, medida que poderá ter um impacto global, pelo menos no Ocidente, onde as tabaqueiras têm visto o seu campo de manobra para captar consumidores a diminuir. O primeiro sinal deste impacto foi, um dia depois, a Comissão Europeia ter anunciado que está a elaborar uma proposta para rever a regulamentação dos produtos de tabaco, estando em cima da mesa a introdução de marcas brancas na União Europeia, como na Austrália.
A publicidade sob qualquer forma há muito que é proibida, os patrocínios de desportos e de entretenimento também, restando, de forma muito regulada, as máquinas de vending e, claro, os maços. Uma regulamentação que tem feito as tabaqueiras perder negócio e apontar baterias aos países subdesenvolvidos, designadamente a oriente, de que é exemplo a Indonésia ou África, onde tudo é permitido.
Por cá, embora os portugueses tenham fumado menos um milhão de cigarros entre janeiro e junho deste ano face ao mesmo período de 2011 (para 3,7 mil milhões de cigarros), por perda de poder de compra, o tabaco faz vítimas.
“O ideal era a indústria tabaqueira ser banida, como tantas outras que fazem mal às pessoas”, defendeu o diretor criativo de uma das maiores agências de publicidade em Portugal, a McCann, quando questionado sobre o impacto desta medida na comunicação e no consumo em Portugal.
Antitabagista confesso, José Marques ironiza: “Quando se compram pregos para o caixão não interessa a sua marca, certo?” Para o criativo, que considera a proibição australiana “brilhante, devendo ser aplicada de imediato na Europa”, esta é uma forma de “não se pensar na origem do tabaco, já que a adoção de uma marca é a adoção de um estilo”.
José Marques exemplifica: “SG para os nacionalistas, Marlboro para quem admira o estilo de vida americano.” E em ambas as situações “a mesma mensagem: és livre de te matares à vontade”, frisa.
Judite Mota, diretora criativa da agência Young & Rubicam, diz: “Eu não sou fumadora, mas para os que têm marcas preferidas por causa do sabor ou outro aspeto, deixa de haver escolha, todas vão parecer iguais.” Além de que, alerta, “ao abrigo destas marcas brancas, muitas tabaqueiras podem fazer produtos menos bons, não sendo possível identificar quem os produziu”.
O especialista em voz das marcas (brand voice) da Brandia Central acredita que “proibir marcas em maços de tabaco é voltar ao séc. XIX”. Ricardo Miranda defende que as “marcas diferenciam”, pelo que “privar um produto da marca é privá-lo de personalidade”. Na sua opinião, é o mesmo que dizer “a partir de agora, escusam de sonhar ser promovidas à categoria de ‘pessoas’ como as outras marcas. A vossa história acaba aqui”, acrescenta, admitindo, porém, que “é uma medida inteligente”.
Anthony Gibson, diretor de relações empresariais da Leo Burnett e presidente do grupo Publicis em Portugal, que tem como cliente a Tabaqueira, manifestou em setembro, quando a medida foi anunciada, receio de que o “ataque se estenda a outras categorias de produtos”.
Mas quem não tem dúvidas é a Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, que aplaude a proibição e deseja que chegue rapidamente à Europa, melhor ainda seria a Portugal, onde tudo chega tarde. Mais pessimista é o diretor-geral da Saúde, Francisco George, que lembra que “esta foi uma medida na Austrália, mas não tem perspetiva de ser imediatamente adotada no contexto da União Europeia”. Ou talvez sim.
Fonte: Dinheiro Vivo