Capital Humano: Formação é a regalia mais importante para 54% dos trabalhadores

Setembro 1, 2010 by  
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Mais de metade dos trabalhadores portugueses consideram que a formação é o benefício mais importante, que pode ser atribuído pelos seus empregadores, a seguir ao salário, segundo um estudo internacional divulgado esta segunda-feira.

O estudo Kelly Global Workforce Índex, da empresa de gestão de recursos humanos Kelly Services, baseou-se em questionários aplicados a 134 mil trabalhadores, dos quais mais de 16 mil portugueses, a propósito do tema «Benefícios e Regalias».

Segundo a Lusa, o inquérito revelou que, para 54 por cento dos portugueses, a formação é a regalia mais importante, seguindo-se os benefícios de saúde e flexibilidade de horário (14 por cento), viatura da empresa (6 por cento), benefícios de reforma e dias de férias/tempo livre (4 por cento), possibilidade de trabalhar à distância (3 por cento) e, por fim, seguro de vida (um por cento).

Os benefícios de saúde considerados mais atractivos pelos trabalhadores portugueses foram o seguro de saúde (66 por cento), frequência de ginásios ou descontos (13 por cento), exames médicos na empresa (11 por cento) e o exercício na empresa (7 por cento).

Quase metade dos trabalhadores (45 por cento) afirmaram que seriam mais produtivos se pudessem partilhar os lucros ou ter uma participação nas empresas.

Dos trabalhadores inquiridos, 44 por cento tinham um contrato segundo o qual parte do seu salário depende de objectivos de desempenho.

No caso dos restantes, mais de um terço (37 por cento) afirmaram que seriam mais produtivos se parte dos seus salários dependessem de objectivos.

Os sectores com maiores taxas de remuneração baseada nos resultados são o retalho, instituições bancárias, serviços públicos e ciência/indústria farmacêutica.

Fonte: Agência Financeira

Inovação: Galp aproveita jovens designers para criar novo aquecedor de esplanadas

Setembro 1, 2010 by  
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O SINU pode mudar de capa, de cor, de grafismo, e se tudo correr como previsto é bem possível que daqui a dois invernos já esteja a circular nas esplanadas do país e no estrangeiro com o logótipo da Galp Energia gravado no dorso. Uma oportunidade única para o jovem designer João Bernarda e os seus cinco parceiros de projecto.

“Ficámos a saber do concurso [Hot Spot Design] e arriscámos. Pensámos que poderíamos ser diferentes e distinguir-nos. Depois, falámos com amigos da área da Engenharia e fomos trabalhando no projecto”, conta o designer de 28 anos, freelancer e aluno do último ano de mestrado no IADE. A equipa, também composta pelos designers Luís Ribeiro e Diogo Chiolas e pelos engenheiros Alberto Rola, Filipe Duarte e Luís Mourão, pôs mãos à obra e avançou para a primeira fase do concurso. A aventura correu bem.

O objectivo da Galp era criar um novo aquecedor de esplanada a gás propano que se adequasse às garrafas de onze quilos vendidas pela empresa e tivesse potencial de comercialização nos mercados nacional e internacional. Na primeira fase do Hot Spot Design, inscreveram-se 370 equipas, num total de 800 candidatos, número que superou as expectativas.

“No início, calculámos que se recebêssemos 60 candidaturas seria um resultado muito positivo. Se cinco ou seis tivessem qualidade para chegar à final, então seria fantástico. Portanto, foi com grande alegria que constatámos o total de 372 inscrições”, diz Manuel Ferreira de Oliveira, presidente executivo da petrolífera.

“O entusiasmo cresceu quando constatámos que 116 propostas tinham sobrevivido ao final da primeira fase, tendo 16 atingido o nível suficiente para que fossem apresentadas como finalistas”, acrescenta.

A equipa de João Bernarda conseguiu vencer o primeiro prémio, ex aequo com o projecto EASYS (foto da esquerda), de Marcos Caetano e Tiago Fernandes, dois jovens empreendedores que criaram a empresa de design industrial Embria no ano passado.

Cada uma das propostas recebeu dez mil euros e possibilidade de integração na Rede Galp Inovação, uma comunidade científica na área energética onde é possível, por exemplo, submeter propostas ou patentes inovadoras. Os dois vencedores cederam de graça e em exclusivo à petrolífera os direitos de propriedade industrial.

“A nossa preocupação era apresentar algo coerente, que pudesse ser um produto de design, mas de utilização prática. Uma das chaves foi a facilidade de construção e montagem, quer ao nível da produção na fábrica, quer ao nível do consumidor doméstico”, conta Marcos Caetano, de 29 anos, que foi “afunilando ideias” com Tiago Fernandes até obter o resultado final.

Durante a primeira fase do Hot Spot Design, os candidatos tiveram de fazer uma descrição da ideia-base e indicar o conceito inovador, materiais a utilizar e estimativas de custos. Depois, os 16 finalistas seleccionados tiveram de elaborar modelos e desenhos técnicos e averiguar a viabilidade técnica do aparelho.

Para além disso, conceberam um caderno de encargos com lista das peças e materiais, possíveis fornecedores, cotações dos materiais, moldes, método de fabrico, entre outros detalhes. As vantagens para a Galp foram muitas: por um custo baixo, teve acesso a centenas de ideias e elegeu as melhores.Ferreira de Oliveira explica que a intenção era dar a oportunidade a jovens talentos, mas admite que o esforço “é tudo menos desinteressado”.

“Ao lançarmos estes desafios, o que estamos a fazer não é mais do que aproveitar recursos com enormes competências, a um custo muito mais competitivo do que se recorrêssemos às empresas já instaladas no mercado”, afirma.

As duas ideias vencedoras serão agora transformadas em protótipos e iniciam um longo processo até chegaram ao mercado de massas. O presidente executivo da Galp Energia diz que “há agora que passar ao desenvolvimento dos protótipos e todo o tipo de testes de mercado, segurança, entre outros, antes de avançar para a produção em série”.

“Mas não temos dúvidas nenhumas de que, pela sua qualidade, o caminho não será longo. O que gostaríamos era que fosse possível, na próxima edição deste Galp Innovation Challenge, estarmos a anunciar as equipas vencedoras dessa ronda e, em simultâneo, a lançar no mercado o produto final da edição que agora concluímos”, adianta.

Fonte: Público