Empreendedorismo: Negócios de futuro têm de ser inovadores e orientados para exportação

Março 1, 2012 by  
Filed under Notícias

Se quer criar a sua própria empresa, o segredo do sucesso está em lançar um produto ou serviço diferenciado e com potencial para exportar.

Se está a pensar abrir o seu próprio negócio, uma boa ideia será investir num produto ou serviço diferenciado e inovador e, de preferência, orientado para a exportação. Depois, apresente uma proposta de valor única, que leve os clientes a ter preferência pelo seu produto ou serviço e que não tenham igual noutras ofertas. Como defende Jorge Farinha, vice-presidente da escola de negócios da Universidade do Porto (EGP-UPBS)., “ter algo diferenciador é um aspecto essencial para o sucesso”, Sandra Correia e o sucesso da sua empresa, a Pelcor, é o melhor exemplo desta combinação entre inovação e exportação. Ela própria o confirma: “Portugal é bom para começar e lançar a nossa empresa, mas sempre com perspectivas de ir lá para fora. Porque, para o crescimento de um negócio, Portugal é pequenino”. Eleita Melhor Empresária da Europa, Sandra Correia exporta já para vários países europeus, Japão e Estados Unidos.

Assim como Sandra Correia fez com a cortiça, muitas outras áreas de negócio têm potencial para exportar. Joaquim Paulo, sócio da Deloitte, realça os que tenham uma forte incorporação de tecnologia, principalmente tecnologia própria e diferenciadora. Destaca também as áreas de negócio com posicionamento de nicho de mercado e com elevado grau de especialização, em múltiplos sectores de actividade, desde actividades tradicionais, como agro-indústria ou calçado, passando pela indústria de máquinas e equipamentos, indústrias de precisão, até actividades de alta tecnologia e sistemas de informação.

“Há espaço para criar marcas de qualidade, que não soubemos vender no passado. Temos exemplos de sucesso no têxtil e calçado. Falta-nos ainda criatividade e design”, refere Jorge Farinha.

Onde estão as oportunidades
Quem pense em investir, deve ter em conta que no actual contexto de crise, “devem privilegiar áreas de negócio pouco dependentes do sector público e resistentes a um contexto de redução do padrão de consumo público e privado”, defende Joaquim Paulo.

Ainda assim, José Gonzaga Rosa, partner da Ernst&Young, identifica falhas no mercado português que poderão ser boas apostas de negócio: prestação de actividades associadas à assistência social (cuidados integrados ao domicílio para pessoas com dificuldades de mobilização) ou prestação de cuidados básicos de saúde; ao nível da educação, na rede profissional de apoio escolar que preencha lacunas específica dos alunos; na área da energia, “aconselhamento profissional a particulares e empresas com recomendações (…) que possam gerar poupanças e pagar os próprios serviços”.

Financiamento
Antes de se lançar nesta aventura de ser empreendedor, “em particular nas actuais condições do mercado, é muito importante garantir os recursos financeiros necessários para financiar o negócio ao longo de todo o seu ciclo de vida”, alerta o sócio da Deloitte. Numa altura em que o acesso ao crédito está mais difícil, há que acautelar o investimento inicial de constituição ou aquisição, o financiamento do período inicial de lançamento da actividade, que é normalmente deficitário, e depois o financiamento do crescimento e da renovação e expansão do negócio. “A disponibilidade de capitais próprios ou o acesso a capitais de investidores é, nesta fase, essencial para o lançamento ou desenvolvimento de qualquer negócio”, conclui Joaquim Paulo.

Fonte: Económico



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