Inovação: Quer inovar? Faça as perguntas certas

Março 16, 2013 by  
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Albert Einstein é muitas vezes citado (talvez apocrifamente) como tendo dito, “Se eu tivesse 20 dias para resolver um problema, passaria 19 a defini-lo.” A inovação é um problema tão difícil porque, frequentemente, não é bem definida. Tratamo-la como um monólito, como se todas as inovações fossem iguais, e muitos programas dispendiosos acabam por não ter qualquer resultado.

Assim sendo, qual será a solução? Devemos entregar a resolução do problema aos homens das batas brancas, a um parceiro externo, a um especialista da área, fazer um crowdsource? Antes de o fazermos, precisamos de um enquadramento claro para definir os problemas e as abordagens que terão mais probabilidades de os resolver.

Definir uma abordagem para gerir a inovação começa com o desenvolvimento de uma melhor compreensão do problema que precisamos de resolver. Descobri que fazer duas perguntas básicas pode ser extremamente útil.

O problema está mesmo bem definido?
Quando Steve Jobs, que era um mestre a definir visões claras para os produtos, decidiu fabricar o iPod, enquadrou o problema como “1000 canções no meu bolso”. Essa frase simples definia não só as especificações técnicas, mas a abordagem geral. Infelizmente, alguns problemas como, por exemplo, criar uma alternativa viável aos combustíveis fósseis, não são tão fáceis de delinear. Assim, a sua estratégia de inovação terá de se adaptar significativamente, dependendo de o problema poder ser mais ou menos bem enquadrado.

Quem está mais bem colocado para o resolver?
A partir do momento em que Jobs definiu o problema do iPod, era claro que precisava de arranjar um fabricante de unidades de disco que conseguisse realizar as suas especificações. Porém, por vezes, o próprio domínio não está assim tão bem definido. Uma vez que comece a colocar estas questões, descobrirá que elas clarificam os assuntos com bastante rapidez. Quer a resposta seja simples, quer não.

Tendo colocado as questões de enquadramento, poderemos determinar que abordagem da inovação faz mais sentido.

Investigação básica:
Quando o seu objetivo é descobrir algo verdadeiramente novo, nem o problema nem o seu campo estão bem definidos. Embora algumas organizações desejem investir em secções de investigação em grande escala, outras tentam manter-se à cabeça de descobertas inovadoras através de bolsas de investigação e parcerias académicas. Muitas vezes, as três abordagens são conciliadas num programa mais amplo.

Embora a maior parte da investigação básica ocorra em instituições académicas, algumas empresas podem também praticá-la com excelência. Em 1993, a investigação da IBM conseguiu a primeira teleportação quântica, uma tecnologia que, provavelmente, não resultará num produto antes de 2020. A IBM continua a ser líder nas patentes. A investigação básica exige um grande horizonte temporal para dar lucro, pelo que deve ser combinada com outros métodos, seja internamente, seja através de parcerias.

Inovações fundamentais:
Por vezes, embora o problema esteja bem definido, as organizações, ou mesmo todo o domínio, podem não conseguir avançar. Por exemplo, a necessidade de encontrar a estrutura do ADN era um problema muito bem definido, mas a resposta esquivou-se até aos químicos mais talentosos. Normalmente, este género de problemas é resolvido através de uma síntese inter-domínios. Watson e Crick resolveram o problema do ADN combinando perspetivas da química, da biologia e da cristalografia de raios X.

Muitas empresas estão a aderir a plataformas abertas de inovação, como a Innocentive, que permite a pessoas de fora resolver problemas em que as organizações não conseguem avançar. A Proctor&Gamble construiu a sua própria plataforma Connect + Develop, que lhe permite beneficiar de conhecimento especializado numa variedade de domínios, em todo o mundo.

Inovação Sustentadora:
Todas as tecnologias precisam de melhorar. Todos os anos as nossas máquinas fotográficas ganham mais pixéis, os computadores tornam-se mais poderosos e os eletrodomésticos “novos e mais perfeitos”. As grandes organizações tendem a ser bastante boas neste género de inovação, porque os laboratórios convencionais de I&D e os contratados estão adaptados a esse trabalho.

A Apple, por exemplo, é um inovador sustentador de grande importância. Eles não inventaram os leitores de música digitais, nem o smartphone ou o tablet. Contudo, introduziram tamanhas melhorias em desenhos anteriores, que estes pareciam algo completamente novo. No mesmo espírito, a Toyota fabrica carros iguais aos outros todos, só que são melhores.

O que ambas as empresas têm em comum é que são mestres na adaptação de inovações aos mercados existentes. Em essência, os grandes inovadores de sustentação são muito bons no marketing. Veem uma necessidade onde mais ninguém a consegue ver.

Inovação disruptiva:
A área mais problemática é a inovação disruptiva, que tem como alvo consumidores leves ou não consumidores de uma categoria e exige um novo modelo de negócio, porque o valor que criam não é imediatamente claro. Embora todos os novos produtos da Apple façam virar as cabeças, quando a Google surge com alguma coisa, a maioria das pessoas nem sequer compreende o que é, muito menos como vão ganhar dinheiro com aquilo. Desde os Google Maps aos carros autónomos, conseguem preencher necessidades que nem sabíamos que tínhamos. A 3M, a empresa pioneira da fita adesiva e dos post-its, obtém 30% dos seus rendimentos de produtos lançados nos últimos cinco anos.

Ambas as empresas usam uma versão da regra 15%/20%, em que os empregados devem dedicar uma quantidade fixa do seu tempo a projetos que não estão relacionados com o seu trabalho. Outras empresas têm laboratórios de inovação onde podem “testar e aprender” sem risco excessivo. Uma abordagem de capital de risco, na qual os investimentos são feitos em empresas emergentes, também pode ser bem-sucedida.

Embora a concentração seja importante, nenhuma empresa deve limitar-se a um único quadrante. A Apple, por exemplo, é sobretudo um inovador sustentador, mas o iTunes foi, sem dúvida, uma importante inovação disruptiva. Embora a Google possa ser o maior inovador disruptivo do planeta, despende recursos consideráveis a melhorar produtos existentes.

É, então, importante desenvolver um portefólio eficaz da inovação, que se concentre primordialmente numa área mas também experimente outros quadrantes da matriz e construa sinergias entre abordagens diferentes. A inovação é, acima de tudo, o resultado de combinações.

Fonte: Dinheiro Vivo

Inovação: Inovar ou inventar

Março 16, 2013 by  
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Há muitas muitas. O que não se deve esquecer é pensar naquilo que se pode fazer com as que já existem.

Sempre procuramos inventar um produto ou serviço, com a ideia de sermos únicos o que em principio nos traz uma grande vantagem comercial, pois estaremos sozinhos no mercado. Apesar de que nos tempos que correm, sermos únicos num produto ou serviço é um objectivo extremamente difícil. Temos que nos questionar se realmente é necessário inventar algo ou apenas inovar.

Pessoalmente, gosto de inventar e de encontrar o tal produto ou serviço único. Mas, na verdade, é muito mais fácil inovar do que inventar. Há muitos serviços, modelos de negócio, formas de gerir diferentes matérias, que podem ser refeitas de forma a serem inovadoras. Um mesmo produto ou serviço pode vender-se muito mais com uma “simples” inovação de processos. Neste caso conseguimos saltar toda a parte de concepção de um novo produto ou serviço, reduzindo assim o risco em grande parte, pois ele já existe e está no mercado a ser comercializado, tendo apenas de se inovar métodos, processos ou a forma de vendê-lo.

A “nuvem” [ “cloud”], que agora está na moda, pode ser um exemplo claro de como podemos modificar um produto que já existe e que apresenta uma vasta concorrência, numa nova oportunidade baseada apenas em inovar a forma de o o adquirir e de o gerir. Aplicações para facturar, que não são nenhuma novidade, podem agora estar perante uma nova oportunidade para inovar na forma como são apresentadas ao mercado, por diferentes motivos.

Uma aplicação de facturação em “nuvem” pode apresentar diferentes modelos de negócio que podem ir desde uma comissão por volume de facturação, até uma comissão por licenciamento. Estes são alguns modelos de negócio possíveis. A flexibilidade da aplicação, tanto no seu uso como nos terminais onde se pode encontrar disponível. Ou a possibilidade de centralizar a facturação num determinado país para servir vários.

Não ficando limitado a uma única aplicação, o cliente ainda poderia, eventualmente, associar outros módulos em “nuvem” que lhe permitissem comparar o orçamento com a facturação real, entre muitas outras aplicações que, cruzadas com a facturação, possam ser do seu interesse, aumentando as possibilidades de negócio para aquele que inova.

Ideias, há muitas. Mas o que não podemos esquecer é o que podemos fazer com as que já existem de forma a criar um novo negócio, que seja de mais rápida penetração no mercado e, até, mais facilmente sustentável, pois sabemos que a necessidade está no mercado.

Como diz Bob Metcalfe, o fundador da 3Com e inventor da Ethernet, “a invenção é uma flor, e a inovação é uma erva daninha”, ou seja, enquanto a flor (invenção) tem um processo lento, frágil e mais arriscado, a erva daninha (inovação) pode surgir a qualquer momento e de forma acelerada, resistente e multiplicadora.

Procure as ervas daninhas e faça crescer um novo negócio que lhe possa mudar a vida, pois os tempos exigem rapidez e adaptação à situação económica.

Fonte: Jornal de Negócios

Inovação: Como trazer a inovação para nossa empresa

Março 16, 2013 by  
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A cada dia empresas do mundo todo estão compreendendo a diversidade de que a inovação pode ter dentro de seu negócio, pensar que a inovação esta apenas ligada a tecnologia está errado, a inovação faz parte de um ambiente muito mais abrangente, onde qualquer ação nova que traga melhorias, mais agilidade e retorno financeiro para empresa está dentro desse conceito.

A implantação de um sistema de gestão da inovação é algo complexo e que leva um certo tempo até seus resultados sejam percebido, e para isso a empresa deve estar muito alinhada e a disseminação da cultura é fundamental para que todos envolvidos entendam seu valor na cadeia de processo e saibam a importância de se criar uma cultura de inovação.

O que o gestor deve buscar ao trazer essa cultura a sua empresa é a mudança de hábitos, como por exemplo o hábito da melhoria contínua entre seus colaboradores, os inserindo em um ambiente favorável a geração de ideias eles irão contribuir muito mais, boa ideias de como fazer mais e melhor surgem a todo tempo, dando relevância a essas contribuições a empresa só tem a ganhar, assim evitando muitas vezes problemas maiores. Muitas vezes a solução para os problemas estão dentro da empresa, porém só não estão sendo ouvidos.

E para isso ter um resultado efetivo é preciso ter um projeto de inovação bem estruturado em metodologias práticas onde tudo é avaliado, testado e implantado caso se comprove sua efetividade. As pessoas devem se sentir seguras em compartilhar suas sugestões de melhoria e compreender que a empresa leva isso muito a sério, dando respaldo e retorno a aqueles que contribuem para a melhoria da empresa mesmo que suas ideias não sejam aprovadas. Além de adquirirem o hábito da mudança, onde sempre estarão preparadas para qualquer mudança que ocorra dentro da cadeia produtiva da empresa.

Um ponto importante são as informações que rondam nosso negócio, todos os dias todos os departamentos da empresa são bombardeados com uma série de informações sobre o mercado, clientes, concorrência e tudo mais. E muitas vezes informações que chegam em um departamento demora ser transmitida ou até mesmo nem é repassada aos outros e isso atrapalha o poder de resposta da empresa e gera uma série de problemas dentro dela que poderiam ser evitados facilmente.

Uma boa comunicação entre as diversas área de uma organização é de suma importância para a empresa ter respostas rápidas a qualquer situação que possa surgir. Agilidade no mundo de hoje é fator decisivo para a competitividade, empresas que estão preparadas e respondem rápido ao mercado estão um passo a frente das outras. E tento essa cultura bem disseminada dentro de sua organização, com o tempo você ganha ares de vanguarda e começa a ter uma posição de referência em seu mercado, agregando valor a sua marca, produtos ou serviços.

O fato é de que o conceito de inovação está atrelado a várias outras coisas além de tecnologia, modelos de negócio diferentes, novos produtos e serviços, processos e controles melhores, pessoas chave e as empresas que tem essa cultura bem difundida consegue encontrar soluções muito mais fáceis e rápidas do que outras que não possuem esse tipo de gestão. A inovação valoriza toda cadeia produtiva da empresa e com isso da competitividade e possibilidade de um crescimento sustentável da mesma, pois sua organização estará preparada e aberta para qualquer mudança que possa ocorrer, desde o mercado até processos interno simples.

Fonte: Administradores