Ciência: 90 por cento das galáxias escapam aos telescópios

Março 29, 2010 by  
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Grande parte das galáxias cuja luz demorou dez mil milhões de anos-luz para chegar à Terra, têm sido ignoradas nas observações do universo distante.

Os astrónomos já suspeitavam deste facto, que só agora foi demonstrado por uma equipa internacional que fez um estudo especial ao céu, com os grandes telescópios europeus − Very Large Telescope (VLT) − instalados no Chile.

Os especialistas centram-se muitas vezes numa luz característica emitida pelo hidrogénio, na chamada linha de Lyman-alfa, para estudar a quantidade de estrelas formadas no universo muito distante. Contudo, grande parte desta luz fica presa na própria galáxia, no gás e na poeira interestelar, de modo que não chega a ser observada pelos telescópios.

“Os astrónomos sempre souberam que lhes faltava uma fracção de galáxias nas sondas Lyman-alfa, mas agora, pela primeira vez, temos uma medida concreta, e a quantidade de galáxias que estávamos a perder era enorme”, referiu Matthew Hays, da Universidade de Genebra, autor principal da investigação publicada na Nature, num comunicado do Observatório do Sul Europeu (ESO, nas siglas em inglês).

Galáxias a 10 mil milhões de anos-luz.

Inicialmente, os astrónomos observaram uma zona concreta do céu, denominada GOODS-Sur, com um filtro especial colocado na câmara de Fors (de luz visível) de um dos quatro telescópios, com um espelho de 8,2 metros de diâmetro.
Esta primeira observação centrou-se na tradicional linha Lyman-alpha. Posteriormente, utilizou-se outra câmara, a nova Hawk-I (de infravermelhos) para explorar a mesma zona do céu centrando-se num diferente rastro de luz, que também emitia hidrogénio, e compararam os resultados.

Com esta estratégia, Hayes e a sua equipa demonstraram que as observações que utilizam apenas a tradicional linha Lyman-alfa perdem uma grande parte (até 90 por cento) do total de luz emitida no universo profundo.

“Onde dez galáxias são visíveis, podem haver cem”, referiu Hayes.

“Agora que sabemos quanta luz nos passou ao lado, podemos começar a criar representações do cosmos muito mais precisas, entendendo melhor a velocidade com que se formam as estrelas nas diferentes épocas da vida do universo”, comentou J.Miguel Mas-Hesse, do Centro de Astrobiologia espanhol associado à NASA que também participou nesta investigação.

Fonte: Ciência Hoje

Inovação: iPad atrai investimento de grandes marcas

Março 29, 2010 by  
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A edições para iPad estão a obter boa receptividade no mercado de anunciantes norte-americano. O New York Times anunciou que a Chase Sapphire, uma empresa de cartões de crédito, comprou o inventário de espaço comercial no iPad do título para os primeiros dois meses da aplicação, enquanto que marcas como a FedEx, Buick, Unilever ou Toyota, Oracle estão a comprar espaço nas aplicações para iPad de jornais como Wall Street Journal, Newsweek, Time e a Reuters.

A aposta das marcas poderá representar uma fonte de receita adicional para os editores já que, de acordo com declarações de Phuc Truong, managing director da Mobext (EUA), a unidade de mobile marketing unit da Havas Digital, ao New York Times, a publicidade para estas aplicações dos editores custam entre 75 mil a 300 mil dólares para alguns meses de exclusividade.“Há muito apetite em estar associado ao inevitável buzz”, justifica Alisa Bowen, senior vice president e head of consumer publishing na Thomson Reuters.

O valor cobrados pelas aplicações aos assinantes também poderá representar uma fatia interessante. No Wall Street Journal a aplicação tem um custo de 17,99 dólares mensais, um valor acima dos 14,99 euros que o título cobra pela edição disponível no Kindle.

Fonte: Meios & Publicidade

Tecnologia: Portugal tem 17 empresas de novas tecnologias nos EUA

Março 29, 2010 by  
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Um total de 17 empresas portuguesas de novas tecnologias já têm escritórios nos Estados Unidos, dedicando-se a «nichos de mercado» que vão desde «software» a tecnologias de saúde, afirmou à Lusa o presidente do AICEP – Portugal Global.

«Estas empresas têm conquistado progressivamente nichos de mercado importantes, designadamente no domínio do software para a indústria da saúde, tecnologias de interação, soluções inovadoras de software financeiro e industrial», disse Basílio Horta.

O presidente do AICEP esteve recentemente nos Estados Unidos, na abertura de uma missão empresarial – no período de 13 a 19 do corrente mês – e foi até Sillicon Valley, na Califórnia, considerado um dos principais centros para empresas de base tecnológica a nível mundial.

Na missão participaram diversas empresas de tecnologias, como BetterSoft, Brisa – Inovação e Tecnologia, Lógica, Soft Limits, Vortal, Whatever SGPS e Wedo Technologies.

«São empresas portuguesas com elevado potencial de internacionalização e relativamente às quais, a inovação estratégica pode desempenhar um papel importante no seu futuro. (…) Houve enfoque nas pequenas e médias empresas, tecnologias de informação, energia, biotecnologia e eletromecânica, além de organismos públicos associados à inovação e modernização da economia», referiu Basílio Horta.

Fonte: Agência Financeira