Marketing: Google insiste num «Facebook» próprio

Julho 6, 2010 by  
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Gigante da Internet quer criar uma rede social a sério, o Google Me.

Os rivais mudam, mas a competição mantém-se. A Google quer ser a primeira em tudo, até nas redes sociais, área de negócio dominada pelo Facebook e pelo Twitter.

Se primeiro a concorrente era a Microsoft, em relação ao correio electrónico e ao editor de textos, depois a empresa quis imitar a Apple e desenvolveu sistemas operativos para portáteis e telemóveis. Nem as redes sociais escapam à Google. Só que as primeiras tentativas, com o Orkut e o Buzz não surtiram grande efeito.

Sem baixar os braços, a gigante da Internet tem em mãos um novo projecto, com o nome provisório de Google Me. Esta nova rede social é muito parecida com o Facebook, segundo fontes próximas da empresa, citadas pelo jornal espanhol «El País».

Google Buzz é página virada

«Deram-se conta que o Buzz não era suficiente e que necessitavam construir uma rede social completa, de primeira classe. Estão a fazê-lo à imagem do Facebook», afirmou o ex-chefe tecnológico do Facebook.

É que a entrada neste novo projecto acaba por ser também o reconhecimento do fracasso do Google Buzz, uma espécie de rede social que acabou por se circunscrever ao correio electrónico do Gmail. E ficou mal vista por causa de acusações de violação da privacidade dos utilizadores.

Peripécias que mancharam a imagem do Google Buzz, com apenas cinco meses de vida.

Facebook já avançou um capítulo

O Facebook está um passo à frente já que, desde Abril, disponibilizou um novo serviço, o Facebook Connect e ao protocolo Open Graph que fazem os botões «Gosto» e «Recomendar» em milhares de páginas da Internet.

A Google continua a ser, ainda assim, a segunda maior empresa com mais lucros (8.312 milhões de dólares no ano passado). Depois está a Apple, com 5.720 milhões. O Facebook aparece em último lugar com 800 milhões de dólares.

A «vencedora» ainda é a Microsoft, muito bem posicionada em relação às outras empresas. Os lucros da gigante informática foram de 14.570 milhões de dólares no ano passado.

Fonte: Agência Financeira

Empreendedorismo: Como começar o seu próprio negócio na Internet

Julho 6, 2010 by  
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Primeiro passo: plano de negócios. Segundo: financiamento. Terceiro e não menos fundamental: estar sempre online e não desistir.

O que é preciso são ideias. Se já as tem, mas não consegue desenvolver o seu projecto para um novo produto ou um serviço que pensa que tem tudo para ser um sucesso, experimente criar uma empresa a partir da Internet.

Hoje em dia as pessoas recorrem cada vez mais ao WWW para comprar bens e serviços. E muitos negócios conseguiram sobreviver porque se ligaram à Net ou porque foram criados a partir dela. Moneysupermarket.com tornou-se o segundo site com maior tráfego na Internet. À sua frente, só o gigante motor de pesquisa Google.

Plano de negócios: é preciso conhecer o mercado

Não é tarde nem é cedo. Comece já a criar o seu plano de negócios, o ponto de partida para que qualquer projecto vingue no mercado, aponta o director de negócio empresarial da Deloite, Tony Cohen, citado pelo «The Independent».

«Precisa de conhecer o seu mercado alvo, conhecer os seus concorrentes, atrair financiamento, estar seguro de bons recursos, criar a fidelidade do consumidor, especialmente o blogger, e obter alianças com parceiros estratégicos». Tony Cohen resume:«Preparação e investigação são fundamentais».

Em termos práticos, o plano de negócio deve contar uma história simples, mas convincente, que deixa ao leitor a vontade de conhecer a equipa de gestão e descobrir mais sobre» a empresa. «Deve ser tão sucinta e acessível quanto possível, e ter no máximo 20 páginas», explica Jeffrey Macklin, da empresa financeira FDUK. É importante saber com que mercado podemos contar, ir à procura de nichos.

Financiamento: cuidado com o que escolhe

Mas esses são só os primeiros passos. Muito importante também é o financiamento. E hoje em dia há muitas opções diferentes para os vários tipos de aspirantes a empreendedores. Empréstimos, vendas de acções, investimento de capital sem aumentar o nível de endividamento. São processos a ter em conta para abrir um novo negócio.

Se está a pensar ir pela via do investimento de capital, pode optar, por exemplo, pelos chamados business angels, indivíduos ricos que procuram investir em empresas em crescimento e que são boas fontes de contactos no mundo empresarial.

«Um erro comum que as empresas cometem é pedir muito pouco apoio financeiro, na esperança de conseguir pelo menos alguns dos fundos de que necessitam», aponta o director de negócio bancário da Alliance & Leicester Commercial Bank, Steve Jennings. «Mas esta é, potencialmente, uma receita para o desastre».

Mantenha o site sempre actualizado<

O preço do site da sua nova empresa é variável. Há valores para todas as carteiras. Mas se não quer construir o seu próprio site, pode procurar online os especialistas na matéria, os webdesigners. Se os utilizadores encontrarem facilmente o que desejam no site, vão confiar na sua empresa.

«Comprometa-se a actualizar o conteúdo do seu site constantemente». Inovação, imaginação e invenção «são essenciais se quiser ter sucesso no longo prazo», aconselha um consultor de empresas de pequena dimensão. «Também se torna mais fácil para as pessoas entrarem em contacto com a sua empresa. Ela precisa apresentar um rosto humano».

Um site deve servir assim de senha de entrada e deve ser fácil de navegar para que os utilizadores não saiam frustrados e não deixem de comprar. Manter os dados dos utilizadores em segurança é meio caminho andado para os conquistar.

Muito trabalho e não desistir são as premissas para que um site resulte e seja reconhecido. «O sucesso na Web é raro», alerta Tony Cohen. Mas quando se alcança, também é o «mais gratificante».

Fonte: Agência Financeira

Inovação: James, o concierge da portuguesa Ydreams

Julho 6, 2010 by  
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Fazer o check-in no hotel a partir do aeroporto. Pedir que façam a limpeza do quarto durante uma reunião, a quilómetros de distância. Comparar as ementas dos melhores restaurantes em redor, sem sair do lobby. Se acha que é impossível, desengane-se. Agradeça ao James, a mais recente inovação da tecnológica portuguesa Ydreams, em parceria com a norte-americana Apple, que promete revolucionar a indústria hoteleira mundial.

James é um concierge interactivo, desenhado para prestar aos hóspedes um dos serviços que mais apreciam: comodidade. Num só sistema, estão reunidas aplicações que lhe permitem interagir com o espaço, sem dar um único passo. Foi desenvolvido em ano e meio pela empresa liderada por António Câmara, em associação com a canadiana Green Vision Media (GVM), especializada em soluções multimédia para publicidade no sector do turismo.

O lançamento está marcado para Agosto, nos Estados Unidos – o mercado experimental do James. Os resultados provisórios falam por si. Em apenas dois meses, o hotel onde foram realizados os primeiros testes (o W, em Montreal) registou um acréscimo de 40 por cento na procura de serviços, como o restaurante e o spa.

“As pessoas já perderam o hábito de consultar os tradicionais dossiers com a listagem de serviços. Se usarem esta aplicação, os serviços ficam mais visíveis e mais atractivos”, aumentando a possibilidade de venda, explicou ao PÚBLICO João Marques, responsável pelo projecto. Além disso, está previsto desenvolver uma nova ferramenta, que permitirá guardar informações relativas às preferências dos hóspedes, o que “possibilitará uma maior personalização” da oferta hoteleira, acrescentou.

A YDreams atraiu para o projecto a Lodgenet, fornecedor norte-americano líder em serviços para hotéis, e espera conquistar entre quatro a dez mil quartos só no primeiro mês de comercialização, e poderá chegar aos 30 mil, até ao final de 2010. A Apple tem um papel fundamental neste negócio, visto que a plataforma escolhida para pôr o James em acção foi o iphone, embora esteja previsto o alargamento progressivo a outros operadores.

Os europeus terão de esperar mais algum tempo por James, mas a data já está marcada. “Antes do final do ano, esperamos ter o sistema implementado na Europa”, através do fornecedor Square Group (revendedor da Apple), assegurou João Marques. O concierge virtual também deverá chegar a Portugal, até porque muitas das cadeias internacionais que o vão adoptar operam em território nacional, como é o caso do Sheraton.

Com o James, tudo o que um hóspede pode querer num hotel e que, até agora, estava repartido por locais tão dispersos como o balcão, a televisão, o telefone e, claro, o dossier, fica agora reduzido a uma única plataforma. A Ydreams, que está actualmente a trabalhar na criação de duas novas empresas (uma das quais a instalar no Cartaxo) prefere não fazer cálculos ao que esta inovação poderá significar em termos de encaixe financeiro.

António Câmara, presidente executivo da tecnológica, admitiu que o mercado português “não está a crescer” e que, este ano, prevê que as receitas não ultrapassem os dez milhões já atingidos em 2009. No entanto e ao contrário de Portugal, há países que estão a correr de feição à empresa, como é o caso do Brasil, onde têm clientes como a cervejeira Ambev e a petrolífera Petrobras. “É um mercado que está em explosão. O peso no volume de negócios está a aproximar-se do que conseguimos fazer em Portugal e é natural que o ultrapasse”, explicou o líder da YDreams.

A Índia também tem cada vez mais importância no negócio, mas a empresa não pondera abrir um novo escritório no país. Aliás, depois de já se ter instalado fisicamente em Espanha, no Brasil e nos Estados Unidos, só pensa em “estabelecer parcerias” lá fora, garantiu António Câmara. “É muito caro fazê-lo de outra forma”, acrescentou.

Fonte: Público