Economia: FT vê em Portugal país de renováveis, turismo, moda e PME em apuros

Julho 14, 2010 by  
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O “Financial Times” traçou um retrato do mercado português, onde o sucesso nas energias renováveis e no turismo é contrabalançado pela pequena escala do tecido empresarial.

Energias renováveis, um turismo que não se limita ao golfe, valores emergentes na moda e pequenas empresas em apuros. Estas são algumas das imagens da radiografia que o “Financial Times” (FT) fez a Portugal, num suplemento que hoje publica sobre um país que já tirou partido da Zona Euro e agora paga a factura.

O jornal britânico passa em revista as apostas portuguesas das energias renováveis, em especial o “cluster” eólico de Viana do Castelo. “As exportações portuguesas no primeiro trimestre de 2010 cresceram 8%. Mas as exportações no sector da energia subiram 100%”, diz o secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, num dos artigos do “Financial Times”.

“Este é um país que passou de 100 megawatts (MW) de energia eólica há dez anos para 4 mil MW actualmente”, acrescentou Carlos Pimenta, que lidera o “cluster” eólico.

Além das renováveis e das ambições na mobilidade eléctrica, o FT assinala os esforços desenvolvidos ao nível da desburocratização e do “e-government”, referindo o caso da ANCP – Agência Nacional de Compras Públicas, que estima atingir poupanças de 150 milhões de euros no final deste ano por via da centralização dos contratos estatais e dos ganhos de escala.

No retrato que o jornal britânico faz de Portugal surgem também as pequenas e médias empresas (PME). O FT refere que “a pequena dimensão esconde verdades desconfortáveis”. Com mais de 40% dos trabalhadores portugueses ligados a micro-empresas, o jornal cita um industrial que afirma que o problema na Europa é que “não fazemos empresas grandes suficientes”.

Os problemas das PME são ilustrados com o caso da JJ Teixeira, da região Norte. Empregando 250 pessoas, facturou um valor recorde de 25 milhões de euros no ano passado, mas desde então tem andado a negociar com a banca para evitar a falência. “A minha maior preocupação é que entremos numa espiral com as PME, onde uma não paga à outra e então vão sucessivamente à falência”, declarou o director financeiro da empresa, Pedro Azevedo.

O FT destaca a esperança dos criadores de moda portugueses e os seus objectivos de internacionalização. Lembra que o calçado português, em tempos associado a uma imagem de baixa qualidade e preço reduzido, já está entre os mais caros do mundo, a par do italiano. Cita também o exemplo da marca de roupa Salsa.

Na sua análise ao mercado português, a publicação económica britânica não esquece a ligação das empresas portuguesas às ex-colónias, referindo que Portugal está já a tirar dividendos do desenvolvimento das ligações com países como Angola e o Brasil. O investimento cervejeiro da Unicer em Angola, onde está a construir uma fábrica de 100 milhões de euros, é um dos exemplos sublinhados.

E no turismo? “Há mais do que apenas golfe”, titula o FT. A chave do desenvolvimento deste sector está na diversificação, já que em alguns voos o transporte de tacos de golfe para Portugal chega a custar 60 libras. A promoção das paisagens, da gastronomia e dos locais históricos, mas também a aposta no turismo médico e estético é uma das vias identificadas pelo jornal inglês para Portugal, no que ao turismo diz respeito, ir além da imagem de um país de praias e campos de golfe.

Fonte: Jornal de Negócios

Marketing: Portugueses desiludidos e insatisfeitos com Internet móvel

Julho 14, 2010 by  
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Preço, expectativas e rede de distribuição podem fazer toda a diferença, dependendo do serviço avaliado.

A Internet móvel é o sector onde os portugueses estão menos satisfeitos. De acordo com um estudo da Universidade Nova de Lisboa (UNL), relativo a 2008/2009, apenas 22% dos consumidores estão muito satisfeitos.

Este é também um sector onde os clientes são muito sensíveis ao preço e por isso mesmo, são menos fies à marca, estando dispostos a trocar se algum concorrente oferecer condições mais vantajosas.

O índice de satisfação do consumidor, apresentado no Instituto Superior de Estatística, Gestão e Informação, da UNL, em parceria com a Associação Portuguesa da Qualidade (ANQ) e o Instituto Português da Qualidade (IPQ), mostra que, depois da Internet móvel, são os transportes na Área Metropolitana de Lisboa (AML) que mais deixam a desejar, estando apenas 25% dos clientes muito satisfeitos com o serviço.

No que se refere à internet móvel, os responsáveis pelo estudo consideram que a má classificação se prende com «o tipo de cliente» (mais jovem, mais informado, mais exigente), mas também com as «expectativas elevadas que os operadores criam na publicidade que fazem e que depois nem sempre cumprem».

Gás e telemóveis: clientes satisfeitos

O estudo mede variáveis como a imagem das empresas, as expectativas, a qualidade e o valor apercebidos, a satisfação, o tratamento de reclamações e a lealdade dos clientes e conclui que o gás de garrafa é o que obtém melhor classificação, com quase metade (45%) dos clientes muito satisfeitos, seguido do serviço de telefone móvel, onde mais de um terço (35%) dos clientes estão muito satisfeitos.

«O gás é uma commodity, a qualidade do produto em si não varia muito, os consumidores não tem essa percepção. Por isso a sua avaliação prende-se com a rede de fornecimento/distribuição, com o atendimento, etc.», explicou José Figueiredo Soares, presidente da direcção da APQ.

TV por subscrição cada vez melhor

O estudo revela ainda que o segmento da televisão por subscrição é o que apresenta maior evolução em termos de apreciação dos consumidores, também porque é aquele que partiu de uma base mais baixa. «Há alguns anos atrás, estava muito mal classificado, mas registou uma boa evolução», explicou Pedro Simões Coelho, director do ISEGI. «A concorrência trouxe, notoriamente, melhorias, os próprios operadores que já estavam no mercado acabaram por melhorar também».

Aqui, o único senão é o preço, factor em que os clientes são particularmente críticos, à semelhança do que acontece com a internet, fixa e móvel, banca e seguros.

O estudo foi feito através de 16.918 entrevistas a clientes de 12 sectores de prestação de serviços (banca, seguros, comunicações, combustíveis, gás em garrafa, transportes públicos e águas), distribuídos por quase 70 marcas.

O tamanho importa

Na banca, o maior nível de satisfação foi arrebatado pelo grupo de «Outros bancos», que reúne instituições mais pequenas. Do mesmo modo, no serviço de telefone fixo e de televisão por subscrição, foram os grupos de «Outros operadores» os mais satisfatórios. Nos seguros, o vencedor foi uma seguradora mais pequena: a Generalis.

«Os prestadores de serviços mais pequenos prestam, por necessidade, porque estão em fase de captação de novos clientes, um serviço mais próximo daquilo que as pessoas procuram, têm uma estratégia mais agressiva», explicou Figueiredo Soares.

Nos combustíveis, a Galp é a marca que mais satisfaz os portugueses, nos transportes é o Metro de Lisboa, nas águas, a Águas de Coimbra, no serviço de telefone móvel a Vodafone e na internet fixa o Grupo PT (Sapo/Meo).

Face ao ano precedente, o nível de satisfação melhorou. Uma evolução que pode apontar para uma melhoria da economia em breve. «Existe uma correlação de 80% entre a satisfação e o Produto Interno Bruto. O primeiro funciona como um indicador avançado, em cerca de um ano», explicaram. Ou seja, depois da crise de 2008, preconizada com a queda da satisfação no ano 2007/2008, é de prever uma cuperação.

Fonte: Agência Financeira

Marketing: Google investe 100 milhões na empresa criadora do Farmville

Julho 14, 2010 by  
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A Google investiu cerca de 100 milhões de euros na empresa produtora de jogos para redes sociais, Zynga, criadora do Farmville e Mafia Wars, jogos que se tornaram populares no Facebook.

Este investimento demonstra o objectivo da empresa de entrar no mercado dos jogos online, através do serviço Google Games que será lançado no final deste ano, segundo o site de tecnologia techcrunch.com.

Também para o final de este ano está previsto o lançamento de uma rede social da Google, que virá combater a hegemonia do Facebook e reforça a importância desta aquisição já que estes jogos sociais são o motivo de muitas visitas àquela rede.

Ainda de acordo com o techcrunch esta parceria pode vir a beneficiar o sistema de pagamentos online Google Checkout, que não tem vindo a corresponder às intenções da empresa, podendo vir a integrar o sistema de pagamentos desta nova plataforma de jogos.

Já foram investidos cerca de 500 milhões de euros na Zynga desde a sua criação em 2007. Para 2010 prevê-se que as receitas ascendam a 280 milhões de euros, sendo que a este ritmo em 2011 a empresa facturará 800 mil milhões de euros.

Fonte: Jornal i