Inovação: Pesquisadores criam bateria que pode durar dez anos

Dezembro 7, 2011 by  
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Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram uma bateria que pode durar até dez anos. A tecnologia pode ser a solução para os gadgets que possuem bateria com vida curta e, por isso, tornam-se facilmente descartáveis.

A invenção trata-se de um novo eletrodo de bateria feito de hexacianoferrato de cobre. Este material permite que o os íons, que dão energia à bateria, entrem e saiam do eletrodo mais facilmente.

Tal composto químico é bem mais resistente que as baterias comuns de Li-On, que se desfazem mais facilmente. Desta forma, a bateria criada pelos cientistas pode ser recarregada mais rápido e ter maior durabilidade.

O resultado é uma bateria que pode sobreviver a 40.000 ciclos de carga, o que representa cem vezes mais que uma bateria comum de íons de lítio. Tudo isso pode fazer com que ela seja utilizável por um período de dez a 30 anos.

Por enquanto, as baterias ainda não podem ser distribuídas para uso comercial. Antes disso, será preciso que os pesquisadores descubram um ânodo com tensão bem baixa para o cátodo (eletrodo negativo de uma fonte elétrica de alimentação) de alta tensão. Os pesquisadores continuarão seus estudos para melhorar o desempenho da tecnologia.

Fonte: Exame

Inovação: Cultura corporativa é mais importante para inovar do que gastos em P&D

Dezembro 7, 2011 by  
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Não adianta. O volume de recursos investido em pesquisa e desenvolvimento (P&D) não fará a sua empresa mais inovadora do que as demais, ainda que seus gastos sejam maiores do que os da concorrência. O alerta é da consultoria Booz & Company, que acaba de publicar a sétima edição do estudo Global Innovation 1000. A melhor maneira para garantir a superioridade em inovação seria criar e cultivar uma cultura corporativa que inspire a inovação, aponta o levantamento, que analisa os dados das mil companhias de capital aberto que mais gastaram em P&D em 2010.

A pesquisa mostra, assim como suas edições anteriores, que não existe uma relação estatística significativa entre o desempenho financeiro e os gastos com inovação. Muitas companhias, em especial a Apple, consistentemente gastam menos do que seus concorrentes em P&D, ao mesmo tempo em que conseguem obter um resultado financeiro superior. Por outro lado, indústrias inteiras, como a farmacêutica, continuam a alocar enormes quantias para inovação e acabam não sendo capazes de entregar o que era esperado delas.

Liderando o ranking das mais inovadoras do mundo deste ano está justamente a Apple, seguida pelo Google, 3M, GE e Microsoft. Para chegar ao resultado, a Booz&Company perguntou a seus entrevistados qual era, na opinião deles, a campeã em inovação. Desses, 70% colocaram a empresa criada por Steve Jobs como uma das três mais inovadoras do globo, e mais da metade a colocou com a número um. Na sequência, aparecem IBM, Samsung, P&G, Toyota e Facebook, um estreante na lista.

Cultura corporativa
Mas no meio de tantos dólares gastos em P&D, o que torna essas companhias especiais?
Estratégia mirando a inovação, conhecimento profundo do consumidor, talento e as características certas para uma boa execução da estratégia empresarial são os elementos que fazem uma empresa verdadeiramente inovadora. O levantamento da consultoria mostra, no entanto, que mais importante do que esses elementos isolados está a cultura corporativa que os une. Ou seja, os padrões de comportamento, pensamentos, sentimentos e a filosofia da empresa. Uma união feita com maestria para as companhias mais inovadoras.

Mesmo sendo vital tal união, de acordo com os resultados da pesquisa, 47% das mil empresas participantes afirmam que sua cultura corporativa não apóia decididamente sua estratégia de inovação. Além disso, 36% dizem que a estratégia de inovação não está realmente alinhada com a estratégia global. Pior ainda, quase 20% das companhias afirmaram não ter uma estratégia para inovação bem definida.

O desencontro entre estratégia e cultura corporativa, no entanto, pode ser tanto um problema quanto uma oportunidade, segundo a Booz & Company, já que os dados do levantamento mostram que companhias com culturas que pouco apóiam a inovação e com pouco alinhamento têm um desempenho significativamente inferior a seus concorrentes. Companhias com cultura e estratégia altamente alinhadas comprovaram um crescimento em seus lucros 17% maior do que as empresas com baixo grau de alinhamento. Dessa forma, caso mais companhias possam alinhar a cultura corporativa à estratégia, não apenas seus resultados financeiros podem melhorar, como também o crescimento da própria economia mundial pode ser acelerado.

A consultoria coloca a 3M como um exemplo neste sentido, onde os objetivos estratégicos estão claros e a cultura corporativa os apóia fortemente. Fred Palensky, vice-presidente executivo de pesquisa e desenvolvimento da empresa, define assim a estratégia de inovação da 3M: “conectar-se ao consumidor, descobrir suas necessidades expressadas ou não, e então resolver o problema de uma maneira única e sustentável”. Neste contexto, a cultura corporativa teria um papel central. “Por mais de cem anos, a 3M tem mantido uma cultura de interdependência e colaboração. Nossos negócios estão todos interconectados. A questão central é a cultura”, diz Palensky.

Em busca das necessidades
Preste atenção nas palavras do executivo. Elas revelam um aspecto central na busca pelo novo. De todas as estratégias para a inovação observadas pelo estudo da Booz&Company, uma, exatamente a descrita pela 3M, leva uma ligeira vantagem em relação às demais. Batizada de need seekers (numa tradução livre procurando necessidades), esta estratégia se baseia em trabalhar com o consumidor para desenvolver produtos e levá-los ao mercado antes. Entre seus objetivos, está garantir que esses produtos apresentem uma clara vantagem no mercado. Para tanto, as companhias que adotam esta estratégia precisam reunir uma combinação vencedora de características como o uso primoroso da tecnologia e a capacidade de gerar insights a partir do contato regular com os usuários de seus produtos.

A vantagem do modelo de need seekers fica evidente, segundo a Booz & Company, quando se compara as empresas que mais gastam em P&D com as mais inovadoras. Apenas duas das dez mais gastadoras são need seekers, enquanto que seis das dez mais inovadoras o são: Apple, Facebook, 3M, GE, IBM e Procter & Gamble.

Retomada
O encontro da cultura corporativa com a estratégia empresarial torna-se particularmente importante neste momento, em que os gastos com inovação voltaram a crescer, após caírem 3,5% em 2009, argumenta a Booz & Company. A primeira queda em mais de uma década foi substituída por uma alta de 9,3% em 2010, quando foram gastos US$ 550 bilhões, graças à retomada da economia. Das empresas participantes da pesquisa, 68% afirmaram ter aumentado os gastos em 2010, em comparação aos 41% de 2009. Os gastos no ano passado foram 5,6% mais altos do que no período anterior à recessão, em 2008, quando foram destinados US$ 521 bilhões à inovação.

A cultura corporativa tem sido há tempos uma grande preocupação para os executivos e teóricos da gestão. A razão é óbvia: ela é extremamente importante. De acordo com a Booz & Company, estudos mostraram inúmeras vezes que esta questão é provavelmente a mais importante para determinar o sucesso ou fracasso de uma empresa. Isso não significa dizer que a estratégia de uma companhia não importa, mas apenas que a estratégia só funcionará efetivamente se tiver o suporte de determinada cultura. Fica a lição.

Para preparar a sétima edição do estudo Global Innovationn 1000, a Booz & Company identificou as mil empresas abertas que mais gastaram com P&D em 2010. Com o objetivo de entender como a estratégia de inovação destas companhias funcionava, a consultoria entrevistou cerca de 600 líderes em 400 companhias ao redor do mundo.

Fonte: Época Negócios

Marketing: 25% dos executivos já voa em low-cost

Dezembro 7, 2011 by  
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Estudo revela que, entre Julho e Setembro turistas gastaram menos 30% do que em 2010.

O estudo trimestral sobre o perfil dos turistas que visitam o Porto e Norte de Portugal revela que são cada vez mais os executivos que recorrem às companhias aéreas de baixo custo para se deslocarem à Invicta em negócios. Entre Julho e Setembro, um em cada quatro empresários voou de e para o Norte do país a bordo da Ryanair. Apesar disso, a TAP continuar a ser a companhia preferida no segmento de negócios, conquistando durante o período em análise uma quota de mercado de 54%.

Independentemente de viajarem em lazer ou em negócios, os turistas estão a querer poupar de forma cada vez mais evidente. Entre Julho e Setembro, e face aos valores dispendidos durante igual período do ano anterior, o gasto médio do visitante caiu cerca de 27%, situando-se agora nos 590 euros. Cada turista que visitou o Porto e Norte em lazer gastou, em média, 625 euros, menos 227 euros do que no período homólogo de 2010. No que toca ao turismo de negócios, a retracção nos gastos é ainda mais considerável, superando os 30%. Aqui o corte chega aos 214 euros, tendo cada viajante despendido 483 euros.

Espanhóis e franceses são quem mais visita a região

De acordo com o estudo, 75% dos turistas que visitaram o Porto e Norte de Portugal, entre Julho e Setembro, viajaram para a região com o intuito específico de gozar férias. Espanha e França foram os principais mercados emissores de turistas – quer no segmento de lazer quer de negócios – representando mesmo mais de metade dos visitantes que no terceiro trimestre do ano chegaram à Invicta de avião.

De acordo com o inquérito, apenas seis por cento dos turistas aproveitaram a estada no Norte do país para incluir Vigo e Santiago de Compostela no roteiro turístico. Por fim, nota ainda para o facto do património histórico, turístico e cultural ser a principal razão que motiva os turistas a conhecer o Porto e Norte. O preço surge apenas no quarto lugar do ranking.

O “Perfil do Turista que visita o Porto e Norte de Portugal” é um estudo trimestral levado a cabo pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT), em parceria com a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (ERTPNP) e com o Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Os dados recolhidos têm por base um inquérito por entrevista pessoal (neste caso 605), aplicado na sala de embarque do aeroporto. O objectivo é o de traçar a evolução do perfil dos turistas que visitam a região, quer em lazer quer em negócios.

Fonte: Económico