Empreendedorismo: Despeço-me! Pessoas que arriscaram e fizeram milhões
Março 13, 2012 by Inovação & Marketing
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Alguma vez desejou deixar o seu emprego e seguir o seu sonho? Se para muitas pessoas a realidade é algo a que não se pode fugir, outras há que assumiram o risco de trocar empregos confortáveis, com bons salários, e transformaram ideias à partida pouco convencionais em negócios de sucesso. Claro que ser bem sucedido numa aventura destas não é algo garantido à partida, mas multiplicam-se os exemplos dos sortudos que disseram “demito-me” e acabaram recompensados por isso. A CNBC juntou alguns exemplos destes empreendedores. São todos norte-americanos, mas podem inspirar uma aventura. Mas começamos por um português que também começou do zero.
António Quina: A Vida é Bela
António Quina começou por ser uma das vítimas colaterais pela explosão da «bolha» das empresas tecnológicas, no final dos anos 1990. As famosas dot.com não resistiram e a empresa em que Quina trabalhava foi apanhada desprevenida. Com experiência profissional na área do marketing, desenvolveu o conceito A Vida é Bela, com as primeiras experiências a serem direcionadas para o mercado empresarial. Coleccionou algumas respostas negativas, mas o conceito começou a aparecer e a tornar-se interessante, acabando mesmo por se tornar num projecto de referência em Portugal e no estrangeiro. Actualmente, há centenas de pontos de venda A Vida é Bela, com uma facturação na casa das dezenas de milhões de euros.
Shep e Ian Murray: Vender gravatas
Os irmãos Shep e Ian Murray sentiam-se miseráveis nos seus trabalhos em empresas de Manhattan. Em 1998 decidiram deixar os empregos. Shep trabalhava em publicidade e Murray era relações públicas. Pediram dinheiro adiantado com os cartões de crédito e não obstante quase toda a gente lhes dizer que era uma ideia estúpida, lançaram a Vineyard Vines, uma empresa de gravatas. Começaram a vendê-las numa nas praias de Martha’s Vineyard (terra de executivos ricos e poderosos) e na primeira semana já tinham despachado 800. Encomendaram mais, pagaram as dívidas e, uma década depois, estavam nas lojas de roupa. Em 2011 as vendas devem atingir os 100 milhões de dólares.
Adam Lowry e Eric Ryan: Ambiente e milhões
Adam Lowry trabalhava como cientista e Eric Ryan em publicidade, quando decidiram deixar os empregos para desenvolverem uma empresa de produtos de limpeza amigos do ambiente. Nascia assim a Method. Na altura não havia grandes escolhas quanto a produtos do género que não tivessem uma grande quantidade de químicos. Os dois amigos investigaram e Lowry chegou a misturar químicos no lavatório do apartamento. O resultado foi que a Method tornou-se uma das companhias privadas com maior crescimento na América, com mais de 100 produtos, que vão de sabonetes a detergentes para casas de banho. Os lucros? Acima de 100 milhões de dólares.
Andy Schamisso: A epifania do chá
Em 2002, Andy Schamisso trabalhava em relações públicas, mas não estava satisfeito. Um dia, a mulher não conseguia encontrar o raro chá branco que costumava beber e Andy teve uma epifania. Enquanto procurava o chá na internet, foi-se inteirando das suas propriedades e dos seus benefícios para a saúde e decidiu partilhar a receita da mulher com os outros. Despediu-se e lançou a Inko’s White Tea. Primeiro, angariou dinheiro e fez 6 mil caixas, que vendeu pelas ruas de Nova Iorque, conseguindo, pouco depois, entrar nas lojas da especialidade. Em pouco mais de um ano, as encomendas passaram de caixas para camiões de chá. Actualmente há 14 variedades de chá branco Inko e as vendas anuais rondam os 3 milhões de euros.
Kim e Beaver Raymond: Canhões de marshmallows
Kim e Beaver Raymond decidiram despedir-se quando um brinquedo caseiro que fizeram para o filho se transformou num sucesso. Os Raymond trabalhavam na indústria da moda em 2002, quando fizeram canhões de PVC que disparavam marshmallows para a festa de aniversário do filho. A batalha de marshmallows que se seguiu impressionou-os ao ponto de perceberem que estaa ali uma oportunidade. Nascia assim a Marshmallow Fun Company que vende todos os anos uma média de 7 milhões de dólares em canhões de PVC para atirar doces em todas as direcções.
Rocky Patel: Charutos próprios
Advogado na área do entretenimento, Rocky Patel desenvolveu uma paixão (pouco saudável) por charutos. Por isso, quando lhe surgiu a oportunidade de desenvolver a sua própria marca, não ouviu os avisos daqueles que o aconselhavam a não deixar um emprego bem pago por uma indústria que desconhecia. Mas Patel viu que havia espaço no mercado para um novo produto e começou a produzir charutos em 1996. Mudou-se para a Florida e em 2003 teve o seu primeiro grande sucesso como “The Rocky Patel Vintage Series”. Actualmente, produz 20 milhões de charutos todos os anos e as vendas, em 2011, atingiram os 40 milhões.
Fonte: Dinheiro Vivo
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