Inovação: Duas cabeças inovam melhor do que uma

Julho 21, 2010 by  
Filed under Notícias

Para o fundador do Instituto do Aprendizado Inovador de Freiburg, Henrik Langholf, o diálogo é a melhor forma de incentivar a criatividade corporativa.

Contar com talentos individuais é essencial para se chegar à inovação. Mas, para se ter empresas criativas por natureza, é necessário ter a habilidade de agrupar os talentos em equipes multidisciplinares. Essa é a opinião do fundador do Instituto do Aprendizado Inovador de Freiburg (Alemanha), Henrik Langholf, um dos palestrantes do segundo dia do 11o Congresso Internacional de Gestão, realizado na Fiergs pelo Programa Gaúcho de Gestão da Qualidade (PGQP).

Todo o processo criativo começa por perguntas. “Temos grandes perguntas. Precisamos mergulhar no desconhecido e nos livrar das antigas respostas. Só assim encontraremos as soluções”, diz ele. Uma das técnicas para se chegar a esse ponto, afirma ele, é o chamado “café mundial”. Nesse método, organiza-se uma mesa redonda para se definir as perguntas-chave.

A partir daí, são realizadas três ou quatro rodadas de discussões com pessoas de diferentes setores e cargos. “Funciona como se fosse um ambiente de café mesmo. É muito fácil e tão essencial que se tornou uma das ferramentas preferidas das empresas. E realmente faz a diferença”, afirma. “Pode ser uma abordagem bem prática. Algo como ‘o que temos que fazer para fazer isso acontecer em dois meses?’. É algo que faz as pessoas pensarem.”

Muitas vezes, os gestores esquecem que seus funcionários buscam evoluir no plano pessoal ou profissional

Segundo Langholf, cuja especialidade é ajudar empresas a se tornarem inovadoras, os gestores muitas vezes esquecem que seus funcionários estão sempre buscando evoluir no plano pessoal ou profissional. É necessário levar em conta os sonhos dessas pessoas para acelerar a busca da inovação. “Não podemos encarar a vida dos funcionários de forma estritamente profissional. O que traz muita energia para as empresas é o fato de os gerentes considerarem os sonhos das pessoas”, explica. “Inovação não é apenas um processo, mas uma verdadeira montanha-russa emocional”.


Modelo do diálogo inovador

“Se vocês quiserem ser inovadores, precisam ter diálogos inspiradores”, defende Langholf. Por isso, as empresas que buscam a inovação devem exercitar as trocas de ideias entre profissionais de diferentes áreas. Reunir especialistas de um único departamento pode levar a resultados frustrantes. “Todas as pessoas da empresa têm ideias. Muitas vezes, o segredo da inovação é, justamente, reuni-las”, destaca. “Essa é a ideia de inteligência coletiva. Conectar as pessoas de uma forma construtiva para que elas possam pensar sobre o futuro”.

Um bom começo é reunir pessoas de diferentes áreas e funções, como vendas, P&D, e, em alguns casos, clientes. A partir daí, Langholf prescreve os seguintes passos:

  1. Abra espaço para as futuras tendências
  2. Reflita sobre as chances e os riscos
  3. Crie ideias e cenários futuros
  4. Tome decisões estratégicas
  5. Desenvolva protótipos
  6. Crie os produtos
  7. Alinhe a inovação às atividades de marketing

Fonte: Amanha



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