Investimentos na energia

Julho 8, 2006 by  
Filed under Notícias

In Jn 07/07/06

O ministro da Economia faz hoje na Casa da Música, no Porto, o “fecho do ciclo” das medidas legislativas empresariais e dos projectos de investimento anunciados no último ano na energia. A conferência “Estratégia Nacional para a Energia” vai contar com intervenções dos responsáveis máximos da EDP e da Galp e de diversos empresários do sector, que vão (re)apresentar em público vários projectos na área energética.

Em causa, apurou o JN, estão investimentos de 6 a 7 mil milhões de euros, acima dos 5,5 mil milhões previstos há um ano para o sector energético. Na altura, recorde-se, o Executivo revelou que dos 25 mil milhões previstos nos projectos de Investimento Prioritários até 2009, 5,5 mil milhões seriam destinados à energia.

Entre os investimentos que vão estar em destaque, surge o do Parque Eólico do Vale do Minho, que, quando estiver concluído, em Outubro de 2008, será o maior da Europa, com 240 megawatt (MW) de potência. O projecto, desenvolvido pela VentoMinho – detida a 85% pela EEVM (dos grupos SIIF e EOL Verde) e em 15% pelas câmaras de Paredes de Coura, Valença, Monção e Melgaço – contempla um investimento de 343 milhões de euros e vai evitar a emissão de 466 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano. Após a conclusão do projecto – composto por cinco sub-parques e já apresentado em Fevereiro por Carlos Pimenta, da SIIF – a região do Vale do Minho, que nunca tinha recebido um investimento privado tão alto, será exportadora líquida de electricidade.

Outro projecto em destaque que vai ser apresentado por Paulo Fernandes é o da rede de Centrais de Biomassa, uma parceria Altri/EDP, que implica um investimento de 250 milhões de euros em sete centrais eléctricas a biomassa, no âmbito do concurso lançado pelo Governo. As centrais poderão criar 88 postos de trabalho directos e 600 indirectos e evitar 480 mil toneladas/ano de CO2. Por outro lado, as centrais, que deverão localizar-se em Cabeceiras de Basto, Gondomar, Figueira da Foz, Oleiros, Ródão, Constância e Monchique, vão evitar a importação anual de 80 milhões de metros cúbicos de gás natural.

A conferência – onde será feito o ponto da situação da central a energia das ondas da Aguçadoura (Enersis) – é encerrada pelo primeiro-ministro.

Nota do G/M: O futuro passará cada vez mais pelas energia solar, eólica, biomassa, hídrica e geotérmica nas quais Portugal tem potencial.



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