Marketing: 69% das empresas portuguesas não tira partido das redes sociais

Julho 30, 2010 by  
Filed under Notícias

As redes sociais globais tornaram-se uma ferramenta de negócio convencional, sendo que 40% das empresas as utilizou com sucesso para cativar novos negócios, mas em Portugal isto é verdade apenas para 31% das empresas, revela um estudo mundial encomendado pela Regus, fornecedora global de soluções para escritórios.

O facto de mais de um quarto das empresas a nível mundial (27%) alocar uma percentagem do orçamento para marketing – dinheiro real – especificamente para actividades de redes sociais, “é revelador da confiança que as empresas estão a depositar nas redes sociais enquanto forma de negócio”, conclui a Regus.
Um dos objectivos do estudo foi tentar perceber a importância das redes sociais enquanto geradoras de oportunidades de negócio relevantes a ponto de ocuparem já um lugar entre as ferramentas de marketing usadas pelas empresas. A resposta foi ainda assim interessante: 20% das inquiridas em Portugal responderam já ter alocado uma percentagem do seu orçamento de marketing para actividades nas redes sociais.
Segundo o estudo da Regus, 51% dos inquiridos disse usar as redes sociais para comunicar com os seus contactos enquanto 49% respondeu que a maior vantagem das redes sociais é a possibilidade de gestão e comunicação com grupos de clientes. A maioria (58%) declarou usar as redes sociais para encontrar informação relevante de negócio, número que compara com a média global de 54%. Portugal regista ainda 29% de cépticos nas redes sociais, um valor inferior à média que é 34%.
Globalmente, estas redes continuam a ser usadas para as suas funções originais. A utilização mais popular é a manutenção da comunicação com contactos comerciais, sendo que 58% dos inquiridos a nível global declarou usar as redes para este fim. A adesão a grupos de interesse especial também é popular (54%).
Embora um número de cépticos (34% globalmente) acredite que as redes sociais nunca se tornarão um meio relevante de ligação aos clientes e possíveis clientes, um total de 51% das empresas organiza, adere ou gere grupos de clientes através das mesmas. 54% das empresas usa-as para encontrar informação empresarial útil.
Contudo, de forma surpreendente para os autores do estudo, apesar das funções específicas de procura de emprego de redes como o LinkedIn, apenas 22% dos inquiridos encontrou um novo emprego através de redes sociais.
O inquérito analisou também as diferenças de dimensão empresarial e concluiu que, de um modo geral, é mais provável que as pequenas empresas utilizem mais as redes sociais. Talvez devido a este esforço superior à média, 44% das pequenas empresas conquistou com sucesso novos clientes através de redes sociais, enquanto as empresas médias apresentam 36% e as grandes empresas 28%.
A única excepção a esta tendência é o facto de o número de colaboradores em pequenas empresas que encontrou um novo emprego através das redes sociais ser inferior à média. Este resultado pode ser melhor interpretado à luz de um menor número de despedimentos registado em pequenas empresas do que nas empresas de maior dimensão.
Embora seja mais comum os colaboradores de médias empresas encontrarem novos empregos através das redes sociais (25%), as empresas médias são também as que menos utilizam este método para organizar, gerir ou aderir a grupos de clientes (45%).
Ao nível sectorial, os sectores das TIC, Vendas a Retalho, Média e Marketing e Consultoria registam uma utilização das redes sociais superior à média, enquanto os sectores Industrial, de Serviços Financeiros e da Saúde ficaram para trás.
“Embora a função mais popular destas redes continue a ser a comunicação com contactos, as empresas estão igualmente a conquistar novos clientes, a apoiar os seus esforços de retenção, e a interagir com grupos de clientes. Este inquérito indica que as organizações que ainda não fizeram uma incursão no mundo das redes sociais podem estar a perder oportunidades de negócio relevantes. Este é o caso da Holanda (48%), Índia (52%), México (50%) e Espanha (50%), onde foi registado o mais elevado nível de conquista de novos clientes através das redes sociais”, salienta Paulo Dias, CEO da Regus para a região EMEA, na qual se inclui o nosso País.
O estudo foi gerido e administrado pela empresa MarketingUK, junto de mais de 15.000 inquiridos em 75 países, incluíndo Portugal, em empresas de todas as dimensões e de todos os sectores.

Fonte: Oje – o Jornal Económico



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