Marketing: O que a Nokia está a fazer para não perder a liderança
Novembro 15, 2010 by Inovação & Marketing
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A mais inovadora e famosa empresa de telemóveis do mundo tem perdido terreno para as rivais e as mais recentes tecnologias.
Tem mais de 145 anos, mas só se tornou uma marca conhecida internacionalmente nos últimos 20 anos. A Nokia começou como fabricante de papel higiénico e galochas de borracha, e funcionou ainda como produtora de electricidade. Depois de ser um conglomerado global de papel, borracha, cabos, electrónica e telecomunicações que durou até aos anos 90, o grupo fez uma viragem estratégica em 1994 e traçou um novo objectivo: ser líder nas comunicações móveis, um segmento emergente. No final dos anos 80, o grupo esteve à beira do colapso, tendo quase sido vendido à Ericsson, em 1991, e sondado pela Siemens.
Hoje o grupo finlandês vale 1,6% do PIB finlandês e 15% das suas exportações. Mas nos tempos áureos, na altura da “bolha da nova economia”, a Nokia chegou a valer 100% do PIB da Finlândia e as suas vendas representavam quase 25% da riqueza nacional criada anualmente. Os analistas costumavam dizer que “se a Nokia espirrar, a economia finlandesa constipa-se. E se a Nokia der uma gargalhada, os indicadores macro-económicos finlandeses disparam”.
Embora ainda seja a líder mundial no mercado de telemóveis e ‘smartphones’, a Nokia já não navega à velocidade de cruzeiro a que os mercados estavam habituados. Com um valor bolsista de 30 mil milhões de euros, a Nokia perdeu o lugar que manteve durante anos como uma das 100 maiores empresas do mundo, no ‘ranking’ da revista Forbes. Mesmo assim, no ano passado, a Nokia vendeu 442 milhões de telemóveis, algo como 14 unidades por segundo. Até Setembro deste ano já foram vendidas 329,3 milhões de unidades.
Nokia perde terreno para rivais
Com a introdução dos equipamentos na era digital, a Nokia começou a perder terreno para outros fabricantes que se assumiram mais inovadores. Em 2007, surge o iPhone, da Apple, que introduziu os telemóveis com ecrã táctil e criou uma nova tendência. A RIM diversificou o portefólio da BlackBerry e a Samsung e LG tornaram-se mais agressivas.
O problema da Nokia é que, apesar de ter equipamentos para todos os segmentos, não tem uma plataforma que marque uma tendência. “A Nokia deve investir mais no desenvolvimento de plataformas inovadoras para conseguir competir com os equipamentos da Apple e com a plataforma Android. Estas plataformas surgiram focadas no segmento dos ‘smartphones’, que tem o maior potencial de crescimento dentro do mercado maduro de telefones móveis”, diz Gabriel Coimbra, director de pesquisa da IDC Portugal, ao Diário Económico. Nas condições actuais, e apesar da actual liderança da Nokia, a previsão da IDC é que o Symbian, sistema operativo da finlandesa, passe de 45% de quota de mercado em 2009 para apenas 33% em 2014, altura que continuará a liderar, mas com a plataforma Android estará no segundo lugar com 27% (em 2009, tinha apenas 4% de quota de mercado).
A nível mundial, no último trimestre de 2010, a Nokia baixou a sua quota nos telemóveis de 37% para 32%, enquanto a Apple, que não figurava no ‘top 5′ de telefones móveis, por só se dedicar aos ‘smartphones’, entrou pela primeira vez neste ‘ranking’. No caso concreto dos ‘smartphones’, no mesmo período, a Nokia também viu reduzir a sua quota de 38% para 33%, enquanto a Apple e a RIM mantiveram a sua posição, e os fabricantes com terminais Android viram a sua quota aumentar significativamente – principalmente a Samsung e a HTC. Com a quota a cair, os resultados financeiros também já se ressentiram, levando mesmo a empresa a dispensar milhares de colaboradores. A 30 de Setembro de 2010 a Nokia empregava um total de 131.553 pessoas, das quais 66.090 eram funcionários da Nokia Siemens Networks, ‘joint venture’ da Nokia com a Siemens.
Novo presidente vai marcar a diferença?
Perante os números, havia que tomar decisões. Em Setembro, a finlandesa anunciou que Stephen Elop, presidente da unidade de negócios da Microsoft, iria substituir Olli-Pekka Kallasvuo, marcando assim a história da empresa como tendo o primeiro presidente executivo que não é finlandês. A contratação de Elop surge no âmbito da estratégia da Nokia para conseguir fazer frente à concorrência da Apple nos ‘smartphones’. Em comunicado, Elop disse estar pronto para “levar a organização a entender melhor o mercado, de modo a conseguir atender às necessidades dos clientes”.
A chegada de Stephen Elop à Finlândia foi vista (quase) como a de um “salvador da pátria”, devido ao peso que a empresa representa para o país. Mas também como uma forma de conseguir competir em força no mercado norte-americano. Segundo um estudo da empresa JD Power, a Nokia está em último lugar nas preferências dos consumidores americanos. Os analistas mostram-se cautelosos nas previsões sobre o novo presidente. “Elop é um engenheiro de programas de software. Como tal, deverá ajudar a Nokia a dar o salto para a Internet, mas também a melhorar o portefólio de telemóveis topo de gama. Porém, não está ainda claro que um engenheiro conseguirá melhorar o ‘design’ dos equipamentos, que nos últimos modelos não foram considerados bem sucedidos”, diz Neil Wawston, analista da consultora Strategy Analytics.
O homem responsável pela mudança
Jorma Ollila entrou na Nokia em 1985, mas só foi eleito presidente da multinacional finlandesa em Dezembro de 1991, assumindo o posto formalmente em meados de Janeiro do ano seguinte. Em seis anos, o homem que veio do Citibank, já percorrera um trajecto carregado de simbolismo dentro do grupo – tinha na altura 41 anos. Como líder, apresentou à administração do grupo um memorando de ideias estratégicas que viriam a marcar o novo rumo: desinvestimento em áreas históricas do grupo, colocando um ponto final no trajecto de conglomerado global, focando-se nas telecomunicações e nos telefones móveis. Foi graças às suas ideias que a Nokia se consagrou líder mundial na área de telemóveis.
Nome de roedor, mas líder nos telemóveis
Curiosidade: o nome Nokia vem de um rio e de uma cidade perto de Tampere, onde em 1865 um engenheiro de minas criou uma fábrica de papel com a designação sueca de Nokia Ab. Em finlandês, “nokia” é nome de um roedor negro e peludo da família das doninhas. Nomes à parte, a Nokia é líder mundial nos telemóveis. O primeiro telemóvel pesava 10 quilos, era utilizado no carro, tinha pouca autonomia e apenas permitia chamadas de voz. Hoje os equipamentos pesam alguns gramas e são pequenos computadores de bolso, permitindo enviar ‘e-mails’, aceder à internet e até tirar fotografias com a qualidade de uma câmara de verdade.
A linha do tempo
1981 A primeira rede de telefonia móvel internacional, denominada NMT, começou a funcionar na Escandinávia com a Nokia.
1984 Lançamento do telefone NMT portátil para viaturas, chamado Nokia Talkman
1987 Lançamento do telefone NMT portátil Nokia Cityman
1990 Introdução dos primeiros ‘pagers’ de texto Radio Data System e Mobile Search.
1991 A Nokia realiza a primeira chamada GSM do mundo feita na rede da Radiolinja na Finlândia e é o primeiro fabricante a ter um telemóvel GSM pronto para produção em massa.
1992 Lançamento do Nokia 1011 á primeiro telemóvel digital para redes GSM; lançamento da série 100 Nokia, primeira linha de telemóveis para todas as redes analógicas; a Nokia transmite pela primeira vez uma mensagem de texto via telemóvel através do sistema GSM. Foi o primeiro indício de que seria possível ligar um telemóvel a um computador.
1994 Primeiro fabricante a lançar várias séries de telemóveis para todos os sistemas digitais (GSM, TDMA, PCN, Japan Digital); lançamento do Nokia 2100 á, até então o menor e mais leve telemóvel do mundo; primeira chamada GSM oficial na República Popular da China foi feita com um telemóvel Nokia; primeiro fabricante europeu a vender telemóveis no Japão; lançamento do famoso ‘ringtone’ da marca, que rapidamente ficou conhecido
no mundo todo (baseado numa composição do século XIX chamada Gran Vals, do músico Francisco Tarrega).
1996 Lançamento da família de telemóveis Nokia 8100, a primeira com um design inovador, ergonomicamente confortável.
1997 Fornecedor de GSM para 59 operadores de telemóveis em 31 países.
1999 Anunciou o primeiro telefone multimédia baseado no’ Wireless Application Protocol’ (WAP) in Mobile Media Mode. O telefone Nokia 7110 á de duas redes, GSM 900/1800, foi desenvolvido para permitir fácil acesso aos conteúdos da Internet a partir de um telemóvel; lançamento do Nokia 650, primeiro telemóvel com rádio FM incorporado; lançamento da série Nokia 5100, primeiros telemóveis com tampas intercambiáveis pelos próprios utilizadores; lançamento do Nokia 9110 Communicator á, primeiro dispositivo móvel de mão a suportar imagens sem fios.
2000 Em parceria com a companhia aérea Scandinavian Airlines Systems, os telemóveis da Nokia podem ser adquiridos em todos os vôos internacionais da SAS. É a primeira vez que os telemóveis estão à venda em aviões.
2002 Lançamento do Nokia 6650 á, primeiro telemóvel com tecnologia 3G.
2003 Lançamento do Nokia N-Gage, um ‘smartphone’ que se mistura com uma consola portátil, MP3, gravador, rádio, telemóvel, servindo ainda para receber e enviar e-mails e SMS, e navegar na Internet; lançamento do Nokia N82, um telefone que além de acessórios tradicionais como câmara e e-mail, possui GPS de 150 países e permite aceder a mais mil estações de rádio em tempo real; Lançamento do Nokia N95, um ‘smartphone’ com funções de GPS, câmara digital com lente Carl Zeiss incorporada de 5 megapixels.
2009 Lançamento da loja Ovi: site online que permite fazer o ‘download’ de musicas, jogos, aplicações, etc.
2010 Lançamento dos ‘smartphones’ Nokia C7 e Nokia N8.
Fonte: Económico
Inovação: UTAD investiga novas aplicações de laser
Novembro 15, 2010 by Inovação & Marketing
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Um grupo de investigadores da Universidade de Vila Real está a estudar de novas formas de aplicação do laser, uma tecnologia descoberta há 50 anos nos Estados Unidos, tal como a criação de pequenos filmes que permitam a preservação de informação informática em caso de falha de energia, noticia a Lusa.
O departamento de Física da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) associa-se na próxima quinta-feira à iniciativa «Cinquentenário do Primeiro Laser Operacional», com o objectivo de dar «conhecer de onde veio, o que é e para onde é o caminho do laser como área de pesquisa e onde anda, como participa, e como acompanhará o mundo», esclareceu à Lusa o professor e investigador Ramiro Fernandes.
«Esta é uma história de sucesso porque o laser teve um desenvolvimento tal que as suas aplicações permitem que ele seja usado em quase tudo que nós fazemos no nosso dia-a-dia, como quando ouvimos um CD ou no código de barras usado para pagar no supermercado», sublinhou.
Ramiro Fernandes integra uma equipa de especialistas que está a desenvolver uma investigação inovadora em que se «usam os sistemas laser para fabricar materiais que têm novas propriedades e irão permitir novas aplicações no futuro e desenvolvimento de novos tipos de produtos», ou seja, a criação filmes finos para memórias não voláteis de computadores.
A investigação envolve sete pessoas e decorre na UTAD e no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto.
Esta é uma área em que, segundo o responsável, «ainda há muito mais para fazer».
Fonte: 24 Horas
Inovação: “Tablet” do estudante está a chegar ao mercado
Novembro 12, 2010 by Inovação & Marketing
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Com o intuito de substituir os livros escolares, a sociedade americana Kno anunciou que está a produzir “tablets” especialmente destinados a estudantes.
Os preços dos novos “tablets” da Kno vão variar entre os 599 e os 999 dólares (entre 438 e os 730 euros), dependendo da capacidade de armazenamento (16 ou 32 gigabytes).
Além da capacidade é possível ainda escolher entre modelos com uma ou duas teclas tácteis (ou seja um ou dois ecrãs), sendo estas maiores que as do iPad.
O “Kno” conecta-se à Internet via Wi-Fi e pode pesar entre 1,4kg e 2,5kg consoante o modelo pretendido.
Segundo o comunicado da sociedade, a inovação permite economizar até 1 300 dólares (950 euros) em livros escolares. Para dinamizar o “tablet”, a empresa vai lançar em paralelo uma livraria digital com produtos 30 a 50 por cento mais baratos que os livros tradicionais.
A titular do “tablet” já aceita encomendas e garante que os primeiros exemplares do “Kno” vão ser entregues antes do final do ano.
Fonte: Actual!dades
Inovação: IBM disponibiliza 50 milhões de dólares para criar 100 cidades inteligentes
Novembro 12, 2010 by Inovação & Marketing
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Para assegurar o sucesso do Desafio Smarter Cities, a IBM completou, ou está a conduzir, uma série de projectos piloto em Baltimore, Maryland; Austin, Texas; e Mecklenburg County, Carolina do Norte (Greater Charlotte). Esses envolvimentos estão a produzir ideias de como as cidades podem alcançar excelentes benefícios do conhecimento da IBM
«As cidades têm uma importância vital para a sociedade e para a economia. – afirmou Stanley S. Litow, Vice Presidente de Corporate Citizenship & Corporate Affairs da IBM e Presidente da Fundação IBM – Mas existem desafios enormes e que precisam de inovação, criatividade e conhecimento para o longo prazo, assuntos difíceis e para planearem o futuro. Estamos entusiasmados com a perspectiva de ajudar os líderes das cidades a endereçarem os desafios mais exigentes do nosso tempo e tornar as cidades mais habitáveis» concluiu.
Fonte: Portal Ambiente Online
Inovação: Como gerir pessoas e contrariar o pessimismo
Novembro 11, 2010 by Inovação & Marketing
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Um bom líder é aquele que ocupa 40% do seu tempo a tratar ou a lidar com pessoas, diz o Hay Group.
Saber gerir talentos tem, na conjuntura actual, uma importância crescente. Existe um maior compromisso com as pessoas por parte de quem lidera as empresas. Um terço dos líderes em todo o mundo dizem trabalhar com assuntos relacionados com pessoas e confessam estar cada vez mais atentos e ligados aos seus colaboradores. E na base da sua actuação está a preocupação em saber desenvolver as suas capacidades, captar os melhores talentos, e retê-los na empresa. Quem o afirma é Luis Reis, administrador delegado da consultora de RH e gestão Hay Group. Segundo diz, “todos os colaboradores são importantes. Porém, actualmente, dá-se mais importância às pessoas que não se quer mesmo perder, que têm maior potencial e que mesmo em momentos de crise têm mercado, fazendo-se um maior aproveitamento do potencial dos colaboradores”.
Na perspectiva deste responsável, “a crise aguça o engenho, a criatividade, o empreendedorismo e a inovação, daí que os líderes têm olhado para as pessoas com mais atenção”.
De facto, a crise levou à implementação de algumas mudanças na área dos recursos humanos, “focalizadas essencialmente na gestão do líder e na gestão de equipas, sempre tendo em conta a evolução das pessoas”, refere Luis Reis, que não tem dúvidas que a motivação é um factor chave para o sucesso e que o facto de se gostar do que se está a fazer e de se sentir útil na empresa conta mais do que a remuneração. E “ter oportunidades de evoluir dentro da empresa é mais importante do que um possível aumento”, conclui um estudo do Hay Group sobre o clima de negócios em Portugal. Segundo este estudo, a liderança tem um enorme impacto no clima de uma empresa, rondando actualmente entre os 50 e os 70%.
É do conhecimento geral que quanto mais felizes se estiver no local de trabalho maior a nossa produtividade, e muita dessa felicidade passa por quem lidera. Assim, “os grandes lideres são aqueles que passam mais de 40% do seu tempo a tratar de pessoas ou com pessoas”, diz Luis Reis, mencionando o estudo, que conclui ainda uma mudança de paradigma por parte dos trabalhadores, que “priveligiam o compromisso com a empresa e a sua relação com a sociedade”. Outra conclusão a reter é que o desejo de mudança passa, por exemplo, por “mudar de departamento, de forma a fazer coisas diferentes “. Este é o caminho seguido pelas grandes empresas nacionais, onde quem lidera equipas tem como principal enfoque “salvaguardar os melhores talentos e reter as pessoas”, frisa.
Sobre quem decide mudar de empresa, Luis Reis afirma que, na sua maioria, fá-lo “sobretudo por questões motivacionais, porque vão para outros desafios, e não tanto pelo dinheiro”. Estes desafios “não têm necessariamente que ser na vertical. Ou seja, evoluir não tem que passar obrigatoriamente para uma função de chefia”, diz, sublinhando que muitas vezes, “descobrir que as pessoas sabem fazer coisas novas e que elas próprias desconheciam é já uma forma de as motivar”.
Mas a crise levou ainda a outras mudanças. Se houve alturas em que caía bem ser o primeiro a chegar e o último a sair, “hoje em dia o que é importante é que as pessoas cumpram as suas tarefas, que criem valor”, diz Luis Reis. Porém, adverte ser importante falar-se de flexibilidade horária quando falamos em cadeia de valor, uma vez que “trabalhamos uns para os outros”. E a questão da flexibilidade horária pode levar-nos a falar também das diferenças salariais entre os líderes e os seus colaboradores. Luis Reis afirma “não haver diferenciais gritantes” e que “a diferença não é maior em Portugal do que noutros países”. Portugal “está dentro da média europeia”, onde os líderes ganham “entre dez a quinze vezes mais”.
Luis Reis lembra ainda que “a remuneração tem em conta o que cada um contribui na cadeia de valor”. Assim, frisa que um gestor, apesar de ser um trabalhador como os outros, tem uma responsabilidade global perante a empresa, os accionistas e os colaboradores, devendo por isso ganhar mais.
Fonte: Económico