Inovação: De onde vêm as boas ideias para a inovação?

Novembro 23, 2010 by  
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A inovação não é fabricada, existe em ambientes onde a ligação  em rede é potenciadora. Inovação é o que falta a produtores e distribuidores de media, a repetirem  o passado. Uma  das muitas ideias discutidas no XX Congresso das Comunicações, que reuniu todos os operadores do mercado nacional para troca de experiências…tecnologia.

Da cólera ao GPS, da Web a Gutenberg, as ideias inovadoras não surgem num momento “eureka!” mas de um conjunto de factores que Steven Johnson, autor de Where Good Ideas come from, exemplificou no recente XX Congresso das Comunicações.

Johnson detectou um conjunto de padrões na emergência de ideias inovadoras, sendo o principal que “a sorte favorece as mentes conectadas” e que a intuição para algo novo surge nas formas mais bizarras.

Nos anos 40 do século XIX, Londres atravessou um período de perturbação por causa da cólera e do triunfo da teoria do miasma: uma nuvem venenosa infectava os cidadãos pelo ar.

Perante o rumor, o médico John Snow fez um mapa com a localização das mortes, falou com habitantes dessas zonas e – com a ajuda de Henry Whitehead, padre que passava as noites a beber cerveja e a falar com as pessoas (um “conector” com “inteligência social”, salienta Johnson) – cruzou o mapa com as fontes de água.

A “epifania” de que o mal não estava no ar levou Londres a tratar a água e, por volta de 1860, a doença foi erradicada da cidade.

Exemplo mais recente é o de Tim Berners-Lee. Durante dez anos, tentou hiperligar e arrumar a sua informação pessoal, à semelhança do projecto Xanadu, de Ted Nelson, ou da Apple, com o HyperCard para os Macintosh.

Berners-Lee “começou aos poucos, sem saber o que ia fazer, era um projecto paralelo” ao trabalho no centro europeu de física nuclear CERN, mas é em “espaços interessantes” com trocas intelectuais que a inovação surge. Os inovadores têm também uma boa rede de contactos, com profissões diversificadas e uma cultura de partilha de conhecimentos.

Foi assim que Berners-Lee criou a World Wide Web, mas, se a tentasse controlar, “não seria o que é hoje”, diz Johnson.

Se há inovações adaptadas – Gutenberg viu numa máquina de prensar uvas a forma de publicar Bíblias -, outras são inesperadas.

A 4 de Outubro de 1957, o lançamento do Sputnik levou, nos EUA, dois jovens a querer ouvir os sinais do satélite, que os soviéticos tinham deixado aberto para provar que não era mentira.

Eles determinaram a localização, velocidade e órbita, pelo que foram convidados para obter localizações na terra a partir de uma localização não definida (o objectivo era lançar mísseis contra Moscovo a partir de um submarino nuclear).

Foi assim que nasceu o sistema global de satélites GPS, com jovens a contribuir para a Guerra Fria mas que acabaram a ajudar pessoas a ir de uma cidade a outra. Até por estradas desnecessárias que justificam a frase do presidente da APDC, Diogo Vasconcelos: “Precisamos mais de inovação e menos de betão.”

Fonte: Diário de Notícias

Inovação: Europa quer um milhão de investigadores até 2020

Novembro 23, 2010 by  
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Portugal e UE traçaram desafios na área de I&DT a superar dentro de uma década.

Assegurar a saída da crise e a preparação da economia europeia para a próxima década passa pela aposta em inovação, desenvolvimento e tecnologia (I&DT). Este eixo ocupa um lugar central na estratégia política da União Europeia (UE) que, até 2020, quer “pelo menos um milhão de investigadores, reformas nas universidades e uma relação mais próxima destas instituições às empresas”.

Quem o assegurou foi Jean-David Malo, director geral de Investigação da Comissão Europeia (CE), que, no Porto, à margem do Seminário Internacional “Europa 2020: Nova Estratégia, novos instrumentos de financiamento”, interveio no painel temático “Por uma economia inteligente”.

Segundo este responsável é preciso apostar para que estes fins sejam alcançados. Desta forma, a meta para 2020 está em investir três por cento do PIB em I&DT, assim como  melhorar as condições de investimento do sector privado. “Se quiser ser bem-sucedida e apostar na inovação, a Europa precisa de arriscar”, frisou o responsável.

O incremento do esforço tecnológico foi uma das directrizes apresentadas para que a região continue a aumentar o seu investimento em I&DT. Além disso, a forte aposta em qualificação e acumulação de capital humano através de formação avançada e o estímulo à criação de emprego científico e tecnológico também são cruciais.

Por outro lado, a UE propõe-se a apoiar a criação de empresas de base tecnológica para valorizar o conhecimento científico e estimular a emergência dos sectores intensivos em tecnologia. O networking é outro parâmetro a não esquecer, tal como a internacionalização do Sistema Regional de Inovação (SRI), para que surjam programas de cooperação e plataformas tecnológicas internacionais.

Empresas de I&DT em Portugal são uma realidade relevante

Lino Fernandes, presidente da Agência da Inovação (AdI) também se pronunciou neste painel e começou por frisar as mudanças que decorreram em Portugal nos últimos anos, relativamente a esta temática.

Lino Fernandes enalteceu o crescimento de I&DT em Portugal (clique para aumentar)

“A área de I&DT empresarial ultrapassou os outros sectores institucionais entre 1995 e 2008”, destacou, dizendo também, que o número de empresas de base tecnológica aumentou dez vezes, o pessoal de investigação oito e as despesas neste sector cresceram 13 vezes. Apesar destes valores, Lino Fernandes assumiu que há 15 anos a fasquia não era alta, pelo que, embora os números sejam relevantes, ainda há muito trabalho a fazer.

O primeiro desafio de Portugal passa por resolver o dualismo que existe entre os sectores mais atrasados e os mais avançados e o grau de formação dos portugueses e dos restantes europeus. “Este dualismo pode ser combatido pela grande capacidade empresarial e de inovação. A aplicação do ‘know how’ do sector de economia mais avançado permitirá resolver a situação dos sectores mais atrasados”, destacou.

O segundo desafio consiste em alargar os horizontes de futuro. “Devemos pôr o futuro na resposta à crise que enfrentamos no presente”, sugeriu o presidente da AdI, acreditando que, apesar da complexidade da situação,”o país está melhor preparado para superar os desafios da crise do que há 30 anos”.

Mudar o modelo de desenvolvimento, “que ainda se baseiam muito na redução de custos”, é outra das tarefas a realizar por Portugal. Para isso, deve dar ênfase “à criação de valor”, reforçando-se a componente do desenvolvimento. Para alterar o modelo de exportação, que se baseava na subcontratação, Lino Fernandes sugere o aproveitamento dos recursos humanos qualificados e da globalização, para se “tentar uma aproximação ao mercado”.

Fonte: Ciência Hoje

Marketing: Google nega que queira competir nas redes sociais com Facebook

Novembro 23, 2010 by  
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O Google assegurou neste domingo que as redes sociais são parte de sua estratégia global e que serão incluídas em muitos de seus produtos, mas negou que aspire no futuro a competir com o gigante Facebook.

O diretor financeiro do Google, Patrick Pichette, declarou à televisão australiana ABC que “o mundo digital está explodindo, e tem muitos capítulos (…) um deles são as redes sociais”. Pichette indicou que sua empresa se acha agora no centro de uma economia digital crescente na qual o poder do computador “aumenta de forma dramática” e onde a inovação é chave para sobreviver.

“O buscador é claramente o produto essencial do Google, mas não é o único”, acrescentou o executivo, lembrando que o impulso inicial da empresa na realidade não foi o dinheiro, mas entender que a internet está mudando o mundo.

O responsável do Google também opinou que as companhias Amazon e Apple estão na frente da corrida tecnológica, e a Microsoft é um concorrente “formidável”.

Fonte: Terra Brasil