Empreendedorismo: Começou a dobrar lençóis, hoje gere fortunas em Wall Street

Dezembro 17, 2011 by  
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Domitília dos Santos é orgulhosamente portuguesa e a prova de que na vida “querer é poder”. Haja determinação.

Existem alguns livros de gestão e de economia que contam a história de sucesso de pessoas, que partiram do zero e que chegaram ao topo. Normalmente são contos comoventes, que fazem até chorar (relembrando o fado português) “as pedras da calçada”. Portugal, país que sofreu uma forte onda de emigração nos anos 40 e 50, é para qualquer autor uma fonte de inspiração. E não é para menos. Afinal, esses emigrantes são uma mais valia para a economia portuguesa. Mas não só. Do ponto de vista literário marcam também a diferença. Porquê? Porque apresentam histórias que têm cara, que têm doses de sofrimento, que têm valentes gramas de coragem, que têm muitos ensinamentos sobre economia e internacionalização. E, no final, histórias que têm um desfecho que permite voltar à terra, nem que seja só nas férias de Natal, com um carro cheio de presentes. Algo que faz com que o passado se transforme num embrulho de orgulho. Sentimento que é hoje incorporado no ADN dos protagonistas deste ‘american dream’ e que funciona como motivação para jovens que procuram no exemplo dos outros força para sonhar. Quer conhecer um bom exemplo? Leia a história de Domitília dos Santos, uma portuguesa em Wall Street e que veio a Portugal, há duas semanas, à apresentação do LIDE Mulher, rede de ‘networking’ que promove relações empresariais.

Domitília dos Santos

É portuguesa. Nasceu no Algarve. Emigrou. Lutou. Começou, com 14 anos, a dobrar lençóis num hotel nos Estados Unidos e hoje gere fortunas em Wall Street. “Domitília dos Santos é um exemplo a seguir”, diz Helena Coelho, presidente do LIDE Mulher. Para a jornalista e subdirectora do Diário Económico, a gestora de fundos “é um exemplo – não só de sucesso mas de empreendedorismo. É um exemplo de alguém que persiste, que persegue um sonho e consegue concretizá-lo”. Helena Coelho recorda que “a história de Domitília começa numa região pobre. Ela tem origens humildes, que nunca escondeu”, porém foi construíndo a sua vida pensando mais além. “Nunca se limitou à sua aldeia, à sua região, ao seu país. Todo o mundo era possível para ela. Partiu”, acrescenta. E não foi fácil. Depois de decidir ficar nos Estados Unidos, Domitília formou-se em Direito. Aos 24 anos já estava nas Nações Unidas, cumprindo a primeira fase do seu projecto de vida. Um sonho que afinal não gostou. “Domitília queria trabalhar nas Nações Unidas e conseguiu chegar lá. No entanto, percebeu que não era aquilo”. O que fez? “Corrigiu o caminho e investiu noutra área”. A valer pela reputação que ganhou na banca, a correcção ocorreu em tempo oportuno. Abraçou o mundo das finanças, passou pela Merrill Lynch e entrou na Salomon Smith Barney, em 1984, como estagiária. Em 1991 foi nomeada vice-presidente. Quatro anos depois, sénior vice-presidente e ‘senior portfolio manager’. Uma maratona de vida, acompanhada de muito desporto (adora correr), de projectos de acção social e de voluntariado. “De facto toda a história de vida da Domitília é uma história de persistência, de determinação e também de talento”, resume Helena Coelho concluindo que “há aqui uma mistura de boas variáveis que culminaram no sucesso de Domitília em Wall Street”. Este é um caso que dá que pensar quando muitos rumam ao estrangeiro “em busca de melhores condições de vida”. Onde é que já ouvimos isto? A história repete-se. As obras das estantes ganham movimento comandadas por vidas que dão bons livros e belos filmes.

Fonte: Económico



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