Marketing: Investimento, China, Índia e Brasil são os mais atrativos

Março 23, 2012 by  
Filed under Notícias

Os gigantes emergentes China, Índia e Brasil foram os países que mais atraíram investimento direto estrangeiro (IDE) em 2010, revela o estudo anual da A.T. Kearney. Naquele ano, e pela primeira vez nos últimos três, o IDE aumentou, ainda que de forma moderada.

De acordo com o estudo, «a China permanece como o destino mais atrativo, um título que arrecada desde 2002, seguindo-se a Índia e o Brasil», verificando-se «uma deslocação progressiva do investimento das maiores empresas do mundo para os mercados emergentes».

Assim, e pela primeira vez, em 2010 os mercados emergentes representam mais de metade do IDE global, que totalizou os 1.200 mil milhões de dólares (907 mil milhões de euros), mais 5% que no ano anterior e a primeira recuperação desde 2007.

No último ano, os EUA perderam atratividade e desceram para o quarto lugar do índice, devido «às pressões sobre a sua dívida pública e à recuperação lenta da sua economia».

Recuperação lenta no pós-crise mundial

Segundo o inquérito, «a recuperação do IDE vai ser lenta», já que «os investidores contatados encontram-se moderadamente otimistas, com uma fatia de 55% a afirmar que os seus orçamentos de IDE regressaram já aos níveis anteriores à crise económica, mas com um quinto das respostas a indicar que os seus montantes de IDE não deverão regressar aos níveis pré-crise pelo menos até 2014».

«Embora os volumes de IDE estejam longe de atingir os picos alcançados em meados da década passada, este ligeiro crescimento assinala o início de um otimismo cauteloso por parte dos investidores», defendeu o presidente da A.T. Kearney, Paul A. Laudicina.

De acordo com o estudo, os investidores estão cada vez mais orientados para as economias emergentes, sobretudo pelo rápido crescimento do seu mercado consumidor, prevendo que os fluxos para estas regiões deverão continuar a acelerar.

China mantém liderança e Índia derruba EUA

A China permanece como o número um do ranking, com os investidores a serem atraídos pela dimensão e crescimento do seu mercado consumidor, sobretudo na indústria de serviços e avançando na cadeia de valor do setor tecnológico.

Já a Índia avançou na classificação, assumindo o segundo lugar até agora ocupado pelos Estados Unidos, o que é justificado pelo «robusto crescimento e enorme potencial de mercado, visto estar absolutamente comprometida com as reformas em curso», observa Erik Peterson, da A.T. Kearney.

Por sua vez, o Brasil é apontado como um íman de investimento estrangeiro, capaz de atrair mais de metade de todo o IDE na América Latina, sobretudo nos setores de energias renováveis, eletrónica, química, alimentação e bebidas.

Europa: IDE depende da crise da dívida e da recuperação da economia

Na Europa, «o futuro do IDE depende significativamente do resultado da crise do euro e da recuperação económica», com a Alemanha a manter-se como o mais bem colocado entre os países Europeus, seguindo-se o Reino Unido que ganhou posições em 2010.

Por outro lado, França e Polónia representam as maiores quedas no ranking. As preocupações em torno da capacidade dos franceses para reformar a economia e encontrar uma solução para a crise do seu sistema bancária justificam a queda de quatro posições. A Polónia desceu da 6.ª para a 23.ª posição como consequência do abrandamento do crescimento verificado nos últimos anos.

Fonte: Agência Financeira



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