Empreendedorismo: Conselho Nacional vai ter 25 elementos
Maio 5, 2012 by Inovação & Marketing
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O Conselho Nacional de Empreendedorismo e Inovação (CNEI), órgão consultivo do Governo que vai integrar o ministério da Economia, será constituído por 25 elementos, dos quais 15 especialistas, segundo uma resolução do Conselho de Ministros.
O diploma hoje publicado em Diário da República define que o CNEI “tem por missão aconselhar o Governo em matérias relacionadas com a política nacional para o empreendedorismo e para a inovação”, competindo-lhe a orientação das áreas e setores prioritários no âmbito dessas políticas.
O CNEI terá, no máximo, até 25 membros permanentes, sendo presidido pelo primeiro-ministro.
Marketing: As dez empresas que mais vendem para o estrangeiro
Maio 5, 2012 by Inovação & Marketing
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Ausência de financiamento está a dificultar o crescimento das exportações portuguesas.
No ano passado, as empresas portuguesas venderam para os mercados externos mais de 42,3 mil milhões de euros, o que representou um crescimento de 15,1% em relação ao ano anterior e dos quais 31,3 mil milhões foram no espaço comunitário e os restantes com o resto do mundo, onde se destacam os países emergentes. Aliás, constata-se que os empresários portugueses estão à procura de outros mercados, nomeadamente naqueles em que se perspectiva um forte crescimento económico, como Brasil, Índia, China, México, África do Sul, com um volume de negócios que já ultrapassa em larga medida os mil milhões de euros. Pouco ainda, mas essencial para abrir as portas para muitas mais empresas. Ou seja, é inquestionável o impacto dinamizador do mercado extracomunitário que parece ser agora o suporte para a evolução registada das contas externas nacionais.
Os números dizem que o crescimento, registado no ano passado das exportações, contem um incremento de apenas 5,9% para as exportações destinadas à União Europeia e um aumento de 37,9% das exportações destinadas ao resto do mundo. Um esforço dos empresários que permitiu um “forte contributo positivo para a variação do PIB” em 2011 – isto é, a recessão teria sido ainda mais grave se não fosse pelo comportamento do comércio internacional. E não só. Pela primeira vez as exportações foram superiores às importações feitas pelos portugueses.
Mas se as empresas sabem o que querem, cabe agora ao Governo implementar políticas económicas que estejam em sintonia por forma facilitarem precisamente o processo de internacionalização. Ainda esta semana, António Saraiva, presidente da CIP, avisava quanto à urgência para que o “Governo encontre mecanismos disponibilizando financiamento às empresas”. António Saraiva referiu que sem financiamento as empresas vão continuar a fechar e a provocar uma maior destruição de emprego, numa altura em que o desemprego conhece níveis históricos – a taxa de desemprego atingiu os 15%, segundo dados do Eurostat.
Mas o caderno de encargos das empresas, junto do ministério liderado por Álvaro Santos Pereira, não se fica por aqui. Os custos energéticos, seguros de crédito, questões alfandegárias e apoios à internacionalização são alguns dos temas que estão permanentemente em cima da mesa. Vejamos então por partes. Os empresários argumentaram contra o elevado custo da energia que lhes retira competitividade em relação aos seus congéneres, nomeadamente europeus. Um aumento de 14% no custo de energia eléctrica de 2010 para 2011 e estimam um novo aumento de 11% no custo de energia para 2012.
Mas entre os pontos mais discutidos está a dificuldade das empresas em conseguir custos mais equilibrados no acesso ao crédito. Uma questão transversal ao tecido empresarial, mas que está a afectar, sobretudo, empresas cujo ciclo produtivo é temporalmente alargado. Acresce, segundo os empresários, que a banca está a praticar preços e a impor comissões sobre os serviços bancários a valores elevados. E estão neste momento a diminuir ‘plafonds’ em linhas de financiamento que são absolutamente vitais para o normal desenvolvimento da actividade das empresas.
Por fim, consideram essencial lançar linhas de crédito bonificado para medidas concretas de internacionalização que permitir às empresas, principalmente na conjuntura actual, aumentar a sua capacidade de internacionalização, assim como facilitar a criação de redes de distribuição, aspecto indispensável para a sua sobrevivência a médio prazo.
Conheça agora os números de exportações e os países que mais compram a estas empresas.
Repsol Polímeros exporta 85% do que produz
Sem revelar valores, António Martins Victor, chefe de relações externas da Repsol Portuguesa, assume que a Repsol Polímeros, liderada por José Font, registou um volume de negócios em 2011 “superior ao de 2010, sobretudo porque os preços do petróleo foram superiores e isso tem muito impacto nesta actividade”, explica. Victor adianta ainda que “as exportações continuam a representar cerca de 85% da nossa produção”, sendo que dessas, quase metade vão para o mercado espanhol e a outra parte para outros países. No que toca a perspectivas para 2012, António Martins Victor, admite que “a situação não se irá alterar significativamente” e que “os preços do petróleo continuam a ser uma incógnita”.
VW Autoeuropa é o segundo maior exportador nacional
A VW Autoeuropa é a maior fábrica de automóveis do País e a segunda maior exportadora nacional. Em 2011, a VW Autoeuropa produziu 133.100 unidades, naquele que foi considerado por António de Melo Pires, director-geral da VW Autoeuropa, como “o melhor ano da última década”. As vendas da Autoeuropa cresceram 36% face a 2010, atingindo um montante de 2.246 milhões de euros. Já a força de trabalho aumentou 21%, com a empresa a empregar 3.603 pessoas. Cerca de 98,9% da produção teve como destino as exportações. Alemanha, China e Reino Unido são os principais mercados de exportação. António de Melo Pires admitiu, na conferência de apresentação de resultados, estar atento à recessão económica que poderá afectar os principais mercados de exportação da Autoeuropa em 2012.
Lactogal, um grupo com dimensão ibérica
A Lactogal, detida pela Agros, a Pro-leite e a Lacticoop, é dona de marcas como a Mimosa ou Vigor. Segundo dados da Fenalac, estes três accionistas recolhem 820 milhões de litros de leite em Portugal, o que corresponde a 46% do total nacional. As vendas da empresa ascendem a mais de 682 milhões de euros em 2010 e os últimos dados que a empresa revelou sobre a exportação eram referentes a 2008, em que as vendas no mercado externo, através de Espanha, representavam cerca de 14% do total da facturação. O grupo liderado por Casimiro de Almeida definiu como objectivo conquistar quota e dimensão ibérica no sector dos lacticínios. A Lactogal pretende voltar a comprar a Renoldy, que produz e comercializa leite UHT apenas com as marcas da distribuição e que foi alienada por imposição do regulador no processo de concentração com a Leche Celta em 2007.
Polopique exporta 99,8% dos 71,5 milhões de vendas
A Polopique está entre as três maiores exportadoras do sector têxtil português. A empresa, especializada em vestuário em malha para senhora, registou vendas de 71,5 milhões de euros em 2011, um crescimento de 6% face ao ano anterior. Segundo Teresa Portilha, directora da Polopique, 99,8% da facturação é proveniente das exportações, sendo Espanha o principal mercado e o grupo Inditex (detém a Zara) um dos mais relevantes clientes. A têxtil emprega 150 pessoas e é responsável de forma indirecta por mais de dois mil postos de trabalho, dado que a produção é assegurada em regime de subcontratação. Como frisa Teresa Portilha, a Polopique insere-se dentro de um grupo empresarial que “actua na cadeia têxtil desde a plantação de algodão à tinturaria e acabamento, passando pelo desenho, fiação e tecelagem”.
Nestlé Portugal exportou mais 27% em 2011
A produção das quatro fábricas que a Nestlé detém em Portugal já tem como destino os mercados internacionais. O destaque vai para fábrica que produz cereais em Avanca, Aveiro, em que 51% da produção é destinada à exportação sobretudo para Espanha, França, Angola – entre outros PALOP -, Itália, Bélgica, Roménia e Bulgária. De acordo com o director-geral da Nestlé Portugal, António Reffóios, o grupo alimentar exportou 80 milhões de euros em 2011, mais 27,3% face ao ano anterior. Deste valor “80% vão para sociedades afiliadas do grupo” Nestlé, explicou António Reffóios. Este desempenho positivo das exportações contribuiu para o crescimento das vendas em 3,6% da Nestlé Portugal.
Sovena já se assume como uma multinacional
A Sovena exporta cerca de 75% da sua produção para mais de 70 países a nível mundial. De acordo com o vice-presidente da Sovena, Jorge de Melo, apesar de ser um grupo 100% português em termos de capital “é já uma multinacional em termos de abrangência. O exterior representa, aproximadamente, 75% da facturação”. Além de Portugal, está presente em Espanha, EUA, Marrocos, Tunísia, Angola e Brasil com fábricas e escritórios. Jorge de Melo explicou que a expansão geográfica tem assumido uma relevância cada vez maior para a marca Oliveira da Serra, com a exportação a registar crescimentos acima dos 30%. No início a marca estava mais orientada para o “mercado da saudade” e PALOP, mas nos últimos anos tem apostado “em mercados distantes como a Rússia, índia e China”.
Galp factura 2,4 mil milhões no exterior
A petrolífera posicionou-se, em 2011, como a maior empresa exportadora, atingindo um volume de 2,4 mil milhões de euros. Este valor significa um crescimento de 27% face a igual período do ano anterior. Liderada por Ferreira de Oliveira, a Galp estima aumentar as exportações de produtos petrolíferos, na sequência dos investimentos realizados na reconversão das suas refinarias [Sines e Matosinhos] para níveis próximos dos quatro mil milhões de euros. A petrolífera canaliza os seus produtos para 30 destinos diferentes, compensando assim a quebra de consumo registada no mercado ibérico. Em Portugal, as vendas de gasolina e gasóleo caíram, durante o último ano, 11% e 8% respectivamente. Em Espanha a quebra do mercado foi de 4% na gasolina e 7% no gasóleo.
Faurecia é o décimo maior exportador
A fabricante de componentes automóveis francesa entrou no ‘ranking’ dos maiores exportadores portugueses no ano passado. As vendas da unidade de Bragança, da Faurecia, atingiram os 314.667 milhões de euros, em 2011. “Praticamente a totalidade da produção destina-se à exportação”, refere fonte oficial do grupo Faurecia. Esta fábrica produz sistemas de escape completos e emprega 355 colaboradores. Paulo Rebelo é, actualmente, o director-geral da fábrica. Em Portugal, o grupo conta com sete fábricas. Em 2010, o grupo Faurecia – que tem como principal cliente nacional a VW Autoeuropa – teve um volume de vendas de 603 milhões de euros, em 2010. Este valor representou um aumento de 37% face a 2009. No final de 2010, a Faurecia empregava três mil pessoas nas fábricas de Bragança, Nelas, Palmela, São João da Madeira (três).
Riopele garante no exterior 97% do volume de negócios
A Riopele, indústria especializada na produção de tecidos de moda, é uma das maiores exportadoras têxteis nacionais. A empresa liderada por José Alexandre de Oliveira foi responsável por um volume de negócios de 56 milhões de euros no ano passado, com as exportações a valer 97%. A Europa tem um grande peso nas vendas para o exterior, mas os tecidos da Riopele têm também uma forte presença nos EUA e Japão e chegam a mercados emergentes como a Rússia, China e Brasil. Com um vasto leque de clientes internacionais, a Riopele pode orgulhar-se de vender os seus tecidos a marcas ‘premium’ como a Emporio Armani, Prada ou Tara Jarmon. A empresa de Famalicão emprega 800 pessoas.
Fisipe factura mais de 127 milhões de euros
As exportações representam mais de 96% das vendas da Fisipe, empresa que em 2011, conseguiu “entrar em novos clientes com produtos de maior valor acrescentado”, diz Tiago Gonçalves, director comercial da empresa. Como consequência, o volume de negócios atingido foi de 127 milhões de euros, mais cerca de 15% face a 2010. Para 2012, o responsável diz esperar que seja “um ano semelhante a 2011 no volume de negócios e no peso das exportações”. Actualmente, a empresa exporta para 43 países, sendo que “os principais clientes estão no continente americano, Europa e China”. Este ano, a Fisipe, liderada por João Manuel Dotti, vai iniciar exportações para a Rússia.
Peugeot Citroën exporta 97% da produção total
A fábrica da Peugeot Citroën (PSA), situada em Mangualde, produziu, no ano passado, 50.290 veículos dos modelos Citroën Berlingo e Peugeot Partner. No ano passado, a PSA registou um volume de negócios de 400 milhões de euros, sendo que 94,4% da produção (47.459 veículos) destinou-se à exportação. “O ano de 2011 foi globalmente bom em termos de produção, emprego e facturação”, refere Elísio Oliveira, director financeiro da PSA. A fábrica terminou o ano com 1.250 colaboradores, mas devido à quebra de encomendas dos principais destinos da produção de Mangualde, foi obrigada a cortar o terceiro turno, ficando com 900 pessoas. Actualmente, a produção diária da PSA é de 186 veículos. Para este ano, a fábrica liderada por João Mattosinho prevê produzir entre 40 mil e 45 mil veículos.
Fonte: Económico
Marketing: Vinhos, exportações crescem 20 por cento
Maio 5, 2012 by Inovação & Marketing
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Portugal «aumentou em 20 por cento o valor das exportações de vinhos» em dez anos, realçou esta tarde, em Braga, o secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques.
Após recordar que as exportações de vinho português em 2011 renderam 675 milhões de euros, o governante realçou que esse aumento de valor foi suportado, quase exclusivamente, por um «incremento do respetivo volume de exportações, em quase trinta por cento».
Almeida Henriques falava no encerramento do seminário «Os Mercados Estratégicos para os Vinhos Portugueses», que reuniu naquela cidade especialistas de seis mercados estratégicos para o setor – Brasil, Rússia, China, Canadá, EUA e Polónia.
No seminário, foram abordados temas como o perfil do consumidor, a imagem dos vinhos portugueses, a sua promoção, a relação do vinho com a comunicação social e com as redes sociais e as oportunidades de distribuição nos mercados externos.
Almeida Henriques destacou que vinho verde obteve um desempenho «ainda mais expressivo» no mesmo período, pois conseguiu «a duplicação do volume de exportações».
O governante afirmou haver nestes dados «sinais da qualidade dos nossos vinhos e da visão de, pelo menos, parte dos nossos produtores e agentes».
«Vendemos mais (como a generalidade dos grandes países produtores do velho ou do novo mundo), mas muito mais quantidade do que valor» observou.
A este respeito, o secretário de Estado salientou que «a remuneração média por litro de vinho vendido está em queda» caiu nos últimos três anos, situando-se nos 2,27 euros, contra os 2,71 euros registados em 2000.
Por isso, «vender mais é apenas uma parte da solução. É preciso vender melhor. Ou seja, vender com valor acrescentado».
«Os mercados e, sobretudo, os mercados mais exigentes e mais emergentes, onde os nossos vinhos devem apostar, estão disponíveis para remunerar vinhos de qualidade», salientou Almeida Henriques.
Nesse sentido, defendeu que é preciso «ser mais inovador e diferenciado no produto, ser flexível e inteligente na oferta face às exigências e tendências do mercado e ter mais marca».
«A dimensão simbólica e comunicacional dos vinhos tem de ser valorizada».
Após lembrar que «a política de promoção externa prosseguida pela ViniPortugal» aposta em alguns aspetos cruciais como a marca, a identidade e a dimensão, Almeida Henriques frisou também a importância da «promoção das regiões e ação coletiva das nossas empresas», tanto para crescer como para conquistar mercados.
«Entrar em mercados como Brasil, Rússia, China, ou mesmo Angola e Moçambique, reclama uma estratégia económica. Estratégia de dimensão crítica, por via de uma lógica em rede de colocação, distribuição e promoção».
Fonte: Agência Financeira