Marketing: Empresas apostam em produtos personalizados para conquistar clientes

Agosto 20, 2012 by  
Filed under Notícias

Até pouco tempo privilégio do mercado de luxo, os produtos sob medida têm sido a aposta também de grandes indústrias para conquistar o consumidor. Carros, geladeiras, chinelos e refrigerantes podem, hoje, ser customizados ao gosto de cada cliente.

Neste mês, a Coca-Cola coloca no mercado uma edição limitada de garrafas e latas de Coca-Cola Zero customizadas. Os rótulos dessas garrafas são estampados com nomes comuns entre os brasileiros, como Carlos, Bruno, Dani e Juliana.

 Os produtos estarão à venda em cerca de 500 mil locais no país. Quem não tiver o nome entre os 150 escolhidos pela empresa poderá, ainda assim, participar de uma votação na internet que vai escolher mais 50 nomes para estampar os rótulos.

Adesivos e apliques para personalizar o carro

A personalização foi uma das bandeiras da Fiat quando lançou o modelo mais recente do Uno, em 2010.

Além de poder escolher entre dezenas de cores diferentes, o cliente pode personalizar o carro tanto na fábrica quanto nas concessionárias, com adesivos e apliques.

Os acessórios podem ser colocados nas portas, no teto e nos para-lamas, por exemplo. Rodas e calotas com cores diferentes, além de retrovisores cromados, também estão entre as opções dadas para os clientes da marca.

A Fiat também permite que o cliente personalize, ainda que não com tantas opções de acessórios, os modelos Palio e Fiat 500.

“Acreditamos que a customização torna o veículo praticamente uma extensão da personalidade de seu dono. Isso cria um laço cada vez maior com o carro e consequentemente com a marca, já que oferecemos isso como um diferencial dentro do mercado”, diz Armando Carvalho, gerente do setor de Marketing, Pós-vendas, Peças e Acessórios da Fiat.

Cada um com sua própria geladeira

O consumidor também pode personalizar geladeiras e cooktops (fogões de mesa) da linha Brastemp You, da Whirlpool, desde 2004. Dez profissionais da empresa são responsáveis por atender aos pedidos dos consumidores, que devem ser feitos pela internet.

No caso da geladeira, o cliente pode escolher, além das cores variadas (uma para a parte de cima e outra para a parte de baixo), prateleiras internas com grafismos, por exemplo. Entre as cores disponíveis para a personalização das geladeiras estão berinjela e coral.

Ao todo, são mais de 500 combinações para os cooktops e mais de 25 mil para as geladeiras. Os clientes dos produtos sob medida da marca, diz a gerente-geral de Marketing da Whirlpool Latin America, Daniela Cianciaruso, são pessoas que querem “fugir do convencional”.

“Eles querem ter mais que um eletrodoméstico: querem uma peça de decoração personalizada exclusivamente por eles”, afirma.

O preço dos produtos varia de acordo com o perfil escolhido pelo consumidor. As geladeiras personalizadas custam de R$ 2.800 a R$ 5.700. Os cooktops, de R$ 700 a R$ 1.200.

Consumidor gosta da ideia de exclusividade

Na loja-conceito que a Havaianas mantém na Rua Oscar Freire, em São Paulo, o consumidor também pode personalizar seu par de chinelos. Lá a personalização é feita pelo próprio cliente, que pode escolher entre os modelos Slim ou Top e, então, definir a cor e os enfeites que serão colocados nas tiras da sandália.

Para o professor de gestão de marcas e marketing estratégico da ESPM Marcos Bedendo, os produtos “sob medida” atendem a um desejo dos consumidores.

“O consumidor de produtos de massa, assim como o cliente do mercado de luxo, também gosta de se relacionar com uma marca que passa essa ideia de exclusividade”, diz.

Bedendo afirma, no entanto, que estratégias do tipo não tendem a ter vida longa nas empresas.

“Para as empresas de produtos de massa, essa é uma estratégia que atrapalha a linha de produção e tem um custo alto. As empresas usam esse modelo mais quando querem lançar um produto ou fazer uma promoção”, afirma o professor. “Além disso, a maioria dos brasileiros ainda prefere produtos mais tradicionais, até porque o produto customizado costuma custar mais, e pouca gente está disposta a pagar.”

Fonte: 180 graus

Marketing: Saiba como vencer na era digital

Agosto 20, 2012 by  
Filed under Notícias

Com mais de quatro milhões de utilizadores em Portugal, as empresas não podem ignorar o Facebook como uma forma eficaz de comunicar.

Com mais de 900 milhões de utilizadores em todo o mundo, o Facebook é apenas uma das redes sociais que as empresas não podem ignorar. E a influência não pára de crescer. Em apenas dois anos, o número de utilizadores desta plataforma quintuplicou. Mais de metade destes utilizadores fazem ‘login’ todos os dias. Em Portugal cerca de 4,3 milhões de pessoas (40% da população) são utilizadores do Facebook, 27% dos quais têm entre 25 e 34 anos. No topo da lista das empresas com um maior número de seguidores na rede surge a Nike Football Portugal (874 mil), seguida da TMN (575 mil) e da Vodafone Portugal (478 mil) e da Swatch (428 mil).

Um meio de contacto com os consumidores que as companhias, simplesmente, não podem desperdiçar. “Facebook: Not just clicking, but really making connections betwen users and brands”, resume Jiri Voves, ‘partner’ da Socialbakers, uma empresa que se dedica a dar visibilidade às marcar nas redes sociais. Mas atenção que este admirável mundo novo exige uma estratégia. Há que “escolher a métrica correcta para monitorar a visibilidade nas redes sociais, construir conteúdos óptimos para alimentar a vossa presença, garantam que são proactivos e reactivos e utilizar os parceiros e as ferramentas correctas”, revelou Jiri Voves na sua intervenção.

Esta foi apenas uma das personalidades presentes na conferência Verge, The Ogilvy Digital Summit que decorreu no passado dia 6 de Julho da AESE – Escola de direcção e Negócios.

A Nestlé é uma das empresas que está a utilizar a “era digital” para conseguir aumentar a sua presença no mercado. Recentemente criou uma Equipa de Aceleração Digital (Digital Acceleration Team) para colocar a empresa em força nas novas redes digitais. Dirigida por Peter Blackshaw, Global head of Digital & Social Media, um dos intervenientes da conferência, está sempre a criar conteúdos para alimentar a presença da empresa e das suas marcas nas redes sociais. Uma equipa que assegura a monotorização constante de tudo o que é dito na rede sobre a marca, prepara soluções para a gestão da comunidade de seguidores e garante conteúdos de vídeo em tempo real, interna e externamente. Uma equipa que assegura qualidade mundial na formação digital dos futuros líderes.

E não há tempo a perder. “Quando acabares de ler esta frase já vais estar demasiado atrasado”, foi a provocação deixada por Jeremy Brook, responsável pela Digital Marketing Capability & Strategy da Heineken Internacional.

Tempo de fazer
“Mais do que falar, na era digital, é tempo de fazer”. Este foi o mote de mais uma “Verge , The Ogilvy Digital Summit” que decorreu no passado dia 6 na AESE- Escola de Direcção e Negócios. Desde 2006, que entramos na era digital, a “era do All-Ways-on” do “sempre ligados, de diferentes formas, esbatendo-se os limites do espaço e do tempo, do pessoal e do profissional”, explica Eurico Nobre, ‘managing director’ da OgilvyOne Worldwide, Lisboa. “Não é uma tendência, é uma nova realidade”, acrescenta. E como dizia Peter Drucke o “maior risco em tempo de turbulência , não é a turbulência em si, mas agir com base nas lógicas do passado”. O que significa que “há que repensar a organização, tornando-a mais flexível e colaborativa na relação com colaboradores, parceiros e consumidores”, sublinha Eurico Nobre. Uma “mudança que tem mais que ver com atitude do que com processos”. E no “final do dia, a história que conta a sua marca é parte fundamental daquilo que a torna menos ou mais relevante. É o mundo do Brand Entertainment. Que é também o mundo do social CRM ou, como diria David Ogilvy, de como “fazer a caixa registadora tilintar”, rematou Eurico Nobre nas boas – vindas aos participantes.

Fonte: Económico