Marketing: Compras online facilitam retalhistas

Julho 21, 2010 by  
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A evolução da forma de fazer compras e o impacto na logística de distribuição, fazem parte do estudo da Jones Lang LaSalle, inserido no trabalho “Retail 2020”.

As compras simplificadas e o impacto nos retalhistas é a continuação do estudo “Retail 2020” da consultora Jones Lang LaSalle. O “Retail 2020”, lançado a 28 de Maio através de um website interactivo feito à medida, apresenta as perspectivas, para os próximos 10 anos, sobre o panorama global de retalho que está em constante mutação.

Este novo capítulo sublinha que o próprio acto de compra – receber e pagar por bens – continuará a ser facilitado nos próximos dez anos. Mas será que compras facilitadas equivalem a dinheiro fácil para os retalhistas?

O ritmo da mudança tecnológica levará o consumidor a procurar melhorias no sector de retalho. As tecnologias como a RFID (Identificação por Rádio Frequência – i.e. Radio Frequency Identification) e a NFC (Comunicação em Área Próxima – i.e. Near Field Communictaion) parecem estar em posição de revolucionar os sistemas de pagamento, ao ponto de vermos, ainda até final da década, as ruas europeias com lojas abertas 24 horas e sem empregados.

O “Retail 2020” da Jones Lang LaSalle sublinha ainda que as compras serão também facilitadas através dos avanços na logística. A satisfação a nível das compras online terá de ser extraordinária se esta forma de comércio pretender vingar. As entregas em casa tornar-se-ão mais baratas e mais rápidas, especialmente nas áreas urbanas, muitas vezes sendo executadas apenas duas horas após a recepção dos pedidos. As entregas tornar-se-ão igualmente mais flexíveis, ocorrendo quando os consumidores estão em casa ou no trabalho e de acordo com a sua conveniência. Entretanto, haverá uma explosão de mecanismos de entrega alternativos, desde os “drive-thrus” até pontos de recolha centralizados, tais como postos de abastecimento, lavandarias ou mesmo locais criados especificamente para esse propósito.

James Dolphin, head da pan-European Retail Agency da Jones Lang LaSalle, afirma: “Tornar a vida dos consumidores mais fácil não é equivalente a uma vida mais simples para os retalhistas. Enquanto a automatização dos pagamentos reduz os custos e as dores de cabeça de gestão para os retalhistas, outros avanços terão o seu preço para estes players. Face a estes desafios, os retalhistas procurarão obter poupanças eficientes e inevitavelmente irão recorrer mais ao outsourcing nas suas operações. À medida que esta tendência se acelere no futuro, os retalhistas terão de despender um maior esforço para manter os lucros na esfera interna. À medida que recorram ao outsourcing, as receitas irão fluir externamente para os criadores e alojadores de sites, companhias telefónicas, operadores logísticos e fornecedores de tecnologia“.

Manuel Puig, director geral da Jones Lang LaSalle Portugal comenta: “Para conseguir captar a atenção dos consumidores, os retalhistas terão de fazer um grande esforço para adaptar as suas campanhas de marketing, uma vez que as tradicionais campanhas poderão ficar desadequadas. O principal agente desta mudança será a internet, com o diálogo que irá provocar entre retalhistas e consumidores. Com o crescimento das novas tecnologias, os retalhistas irão passar a formar parte das relações sociais dos consumidores e, para serem bem sucedidos, terão de proporcionar-lhes experiências atractivas de consumo”.

Guy Grainger, head do UK Retail Agency da Jones Lang LaSalle, conclui: “No limite, as novas tecnologias e as novas práticas operacionais levarão alguns retalhistas a colocar-se questões quase existenciais sobre quem são, qual o seu propósito e se os seus produtos e os seus serviços core serão ainda rentáveis”.

Fonte: Oje – O Jornal de Negócios

Inovação: Duas cabeças inovam melhor do que uma

Julho 21, 2010 by  
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Para o fundador do Instituto do Aprendizado Inovador de Freiburg, Henrik Langholf, o diálogo é a melhor forma de incentivar a criatividade corporativa.

Contar com talentos individuais é essencial para se chegar à inovação. Mas, para se ter empresas criativas por natureza, é necessário ter a habilidade de agrupar os talentos em equipes multidisciplinares. Essa é a opinião do fundador do Instituto do Aprendizado Inovador de Freiburg (Alemanha), Henrik Langholf, um dos palestrantes do segundo dia do 11o Congresso Internacional de Gestão, realizado na Fiergs pelo Programa Gaúcho de Gestão da Qualidade (PGQP).

Todo o processo criativo começa por perguntas. “Temos grandes perguntas. Precisamos mergulhar no desconhecido e nos livrar das antigas respostas. Só assim encontraremos as soluções”, diz ele. Uma das técnicas para se chegar a esse ponto, afirma ele, é o chamado “café mundial”. Nesse método, organiza-se uma mesa redonda para se definir as perguntas-chave.

A partir daí, são realizadas três ou quatro rodadas de discussões com pessoas de diferentes setores e cargos. “Funciona como se fosse um ambiente de café mesmo. É muito fácil e tão essencial que se tornou uma das ferramentas preferidas das empresas. E realmente faz a diferença”, afirma. “Pode ser uma abordagem bem prática. Algo como ‘o que temos que fazer para fazer isso acontecer em dois meses?’. É algo que faz as pessoas pensarem.”

Muitas vezes, os gestores esquecem que seus funcionários buscam evoluir no plano pessoal ou profissional

Segundo Langholf, cuja especialidade é ajudar empresas a se tornarem inovadoras, os gestores muitas vezes esquecem que seus funcionários estão sempre buscando evoluir no plano pessoal ou profissional. É necessário levar em conta os sonhos dessas pessoas para acelerar a busca da inovação. “Não podemos encarar a vida dos funcionários de forma estritamente profissional. O que traz muita energia para as empresas é o fato de os gerentes considerarem os sonhos das pessoas”, explica. “Inovação não é apenas um processo, mas uma verdadeira montanha-russa emocional”.


Modelo do diálogo inovador

“Se vocês quiserem ser inovadores, precisam ter diálogos inspiradores”, defende Langholf. Por isso, as empresas que buscam a inovação devem exercitar as trocas de ideias entre profissionais de diferentes áreas. Reunir especialistas de um único departamento pode levar a resultados frustrantes. “Todas as pessoas da empresa têm ideias. Muitas vezes, o segredo da inovação é, justamente, reuni-las”, destaca. “Essa é a ideia de inteligência coletiva. Conectar as pessoas de uma forma construtiva para que elas possam pensar sobre o futuro”.

Um bom começo é reunir pessoas de diferentes áreas e funções, como vendas, P&D, e, em alguns casos, clientes. A partir daí, Langholf prescreve os seguintes passos:

  1. Abra espaço para as futuras tendências
  2. Reflita sobre as chances e os riscos
  3. Crie ideias e cenários futuros
  4. Tome decisões estratégicas
  5. Desenvolva protótipos
  6. Crie os produtos
  7. Alinhe a inovação às atividades de marketing

Fonte: Amanha

Marketing: Cobrança de conteúdos custa 2/3 dos leitores ao The Times

Julho 21, 2010 by  
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O site do jornal inglês The Times perdeu dois terços dos utilizadores habituais desde que começou a cobrar pelo acesso aos conteúdos online, contando actualmente com apenas 33 por cento dos visitantes que tinha antes de introduzir o pagamento por PayPal.

A queda de 66 por cento no número de visitantes fica, ainda assim, aquém dos 90 por cento estimados por alguns especialistas, embora o valor actual possa estar ainda a beneficiar do desconto oferecido a título de lançamento – podendo o cenário agravar-se depois.

A informação é avançada pelo The Observer, com base nos últimos dados do Experian Hitwise, um serviço que monitoriza o tráfego online. De acordo com esta fonte, depois da adopção dos mecanismos de pagamento electrónico, a 2 de Julho, o número de visitas do site caiu para 33 por cento do tráfego registado antes do início do período de pré-registo para acesso ao novo modelo.

Segundo explicam, a maior parte dos “abandonos” ter-se-á dado logo quando o site começou a pedir aos utilizadores que se registassem para aceder aos conteúdos, preparando a plataforma para a cobrança a entrar em vigor na fase seguinte. Na altura, as visitas caíram logo 58 por cento.

As intenções de passar a cobrar pelo acesso aos conteúdos do The Times e do Sunday Times, ambos do grupo News International, tinham sido anunciadas pelo director da companhia, Ruper Murdoch, ainda durante o ano passado – contrariando outra “corrente”, seguida por alguns meios, que defende a aposta na publicidade como forma de garantir a sustentabilidade do jornalismo na Web.

Fonte: Sapo TeK