Inovação: Tecnologia multitoque em superfície curva nasceu em Braga

Julho 2, 2010 by  
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Em Fevereiro de 2010, a Edigma anunciou ao mundo a sua nova tecnologia patenteada multitoque.

A Edigma, uma empresa portuguesa de Braga, fortemente orientada para a investigação tecnológica desde a sua criação, é a primeira empresa no mundo capaz de tornar qualquer superfície plana ou curva, opaca, ou transparente, em vidro, plástico, ou madeira numa superfície multitoque.

A tecnologia multitoque, aplicada a uma superfície curva, capaz de detectar 16 toques em simultâneo, está em fase de protótipo, devendo começar a ser comercializada ainda este ano.

Quando estiver estabilizada, esta tecnologia “made in Portugal” permitirá abrir muitas outras possibilidades nesse admirável mundo novo, onde a PME portuguesa, que tem no jovem empreendedor Miguel Peixoto de Oliveira o seu grande impulsionador, começa a cimentar o nome.

A Edigma surgiu no mercado em 2000. Apenas quatro anos depois, o seu laboratório de Investigação & Desenvolvimento, em parceria com redes académicas de investigação, fez nascer o Displax In-teractive Window, antecipando em 50 anos a tecnologia imaginada por Steven Spielberg em Minority Report e revolucionando o paradigma da relação homem-máquina. Com escritórios em Lisboa e Madrid, a Edigma emprega já 55 pessoas, das quais 65% são licenciadas. A média etária dos seus colaboradores é 30 anos. A empresa destina 15% do investimentos anual I&D.

Qual a razão do vosso sucesso?
Inovação. Embora actualmente esta seja uma palavra tão gasta que já perdeu o seu significado, a realidade é que a razão de termos chegado até onde chegamos, assenta na atitude inovadora que procuramos diariamente implementar. Mas, para poder inovar e desenvolver novos produtos, novas tecnologias e romper com os paradigmas existentes é absolutamente necessário apostar na I&D, que tem uma consequência directa no carácter inovador da empresa, que por sua vez vai ter um impacto a longo prazo na performance da empresa. Se o mercado espera de nós o produto “de amanhã”, não podemos ter à venda o “de ontem”. Se uma empresa nos contacta e diz que quer ter a loja mais futurista do mundo, nós não podemos limitar-nos a colocar lá os produtos que já temos. O consumidor de hoje é extremamente exigente, sofisticado e conhecedor.
Isso é excelente para o mercado, pois permite às empresas inovadoras sobressaírem e destacarem-se mais, recompensando ainda mais a aposta na inovação e na I&D.

Que dificuldades enfrentou na construção de uma empresa tão inovadora?
Ao contrário do que se pensa, Portugal tem uma população extremamente receptiva às novas tecnologias e à utilização de inovações, pelo que é um excelente mercado piloto para desenvolvermos novos produtos e testarmos a sua aceitação. A localização periférica, ao contrário do que possamos pensar, é extremamente centralizada, entre a Europa e a América do Norte, os mais importantes mercados ocidentais.
Quanto à mão-de-obra, temos enormes quantidades de recursos disponíveis, jovens licenciados, cheios de energia, acabados de formar com os conhecimentos científicos mais recentes, à procura de oportunidade no mercado de trabalho.

A crise dos últimos anos alguma vez o fez hesitar?
As crises são excelentes motores de desenvolvimento e de inovação. Fazem um “reset” ao mercado, eliminando as empresas com baixos índices de inovação, produtividade económica e geração de riqueza, subindo o nível médio de exigência.Na realidade, e a história comprova-o, as crises fortalecem os sobreviventes, e às crises sucedem-se períodos prósperos e de grande crescimento económico que beneficiam as organizações que melhor se posicionam.

Há razões para estar pessimista?
Há cinco anos atrás não existia o YouTube, sete anos antes disso não existia o Google e há quatro antos atrás não existia o IPhone… Hoje em dia navegar na internet, tirar fotografias, aceder à conta bancária ou comprar bilhetes para um espectáculo através do telemóvel é algo que encaramos com naturalidade. Mas se exercitarmos um pouco a nossa memória chegamos à conclusão que os últimos quinze a vinte anos passaram a uma velocidade estonteante, com alterações profundas aos nossos comportamentos. Portanto temos todas as razões e mais algumas para estarmos optimistas. As empresas de top de hoje são empresas que há dez anos não estavam sequer no top 100 e a maior parte delas opera em mercados que há 15 ou 20 anos nem existiam. O mercado está repleto de oportunidade, é preciso é entendê-lo. Tendo consciência das capacidades das equipas da EDIGMA e das oportunidades que temos para agarrar, não poderia deixar de estar optimista!

Fonte: Oje – o Jornal Económico



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