Inovação: TV do futuro, o que vem aí?

Julho 8, 2010 by  
Filed under Notícias

Dificuldades de financiamento vão manter-se e os canais vão ter de se adaptar às novas exigências das audiências.

Os modelos de financiamento, a utilização de novas tecnologias e a «pulverização de audiências». São estes os três principais desafios de um sector, cuja evolução «é difícil de prever».

Mesmo assim, alguns especialistas contactados pela Lusa, deixam algumas ideias para o que será a TV em Portugal num futuro próximo.

Para Francisco Rui Cádima, docente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, «todas as previsões» que se fizeram no passado sobre a televisão em Portugal saíram «um pouco goradas», sobretudo desde o advento da Internet.

As previsões que se faziam «eram quase dramáticas», com diversos especialistas a declararem o fim da TV generalista, mas «isso não aconteceu, pelo menos ainda», disse Cádima.

Já as novas tecnologias, como a visualização da imagem em três dimensões (3D) ou a televisão no telemóvel, estão a «massificar consumos».

Mais canais? Sim. Mais qualidade? Nem por isso

No entanto, a maior dificuldade para os canais continua no seu modelo de financiamento. O mercado português é «muito pequeno para muita ambição e para tanta área de media tradicional», disse Cádima, acrescentando que é um sector «pleno de dificuldades e largas dívidas à banca».

Uma opinião partilhada pelo investigador e jornalista Joaquim Vieira, um dos principais problemas com que a televisão vai confrontar-se nos próximos anos.

Além disso, a «pulverização de audiências» é uma «tendência de há vários anos» que continuará a fazer-se sentir nos anos futuros e tem repercussão no financiamento dos canais, aponta o antigo provedor do leitor do «Público» e presidente do Observatório de Imprensa.

«As receitas vão ficar distribuídas por mais canais, o que afecta a qualidade da produção televisiva», defende Joaquim Vieira.

E o 3D? Para Joaquim Vieira, este fenómeno não passa de uma «curiosidade», prevendo o especialista que essa tecnologia não vai vingar no futuro mais imediato como uma «tendência alternativa dominante».

Fonte: Agência Financeira



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