Inovação: James, o concierge da portuguesa Ydreams

Julho 6, 2010 by  
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Fazer o check-in no hotel a partir do aeroporto. Pedir que façam a limpeza do quarto durante uma reunião, a quilómetros de distância. Comparar as ementas dos melhores restaurantes em redor, sem sair do lobby. Se acha que é impossível, desengane-se. Agradeça ao James, a mais recente inovação da tecnológica portuguesa Ydreams, em parceria com a norte-americana Apple, que promete revolucionar a indústria hoteleira mundial.

James é um concierge interactivo, desenhado para prestar aos hóspedes um dos serviços que mais apreciam: comodidade. Num só sistema, estão reunidas aplicações que lhe permitem interagir com o espaço, sem dar um único passo. Foi desenvolvido em ano e meio pela empresa liderada por António Câmara, em associação com a canadiana Green Vision Media (GVM), especializada em soluções multimédia para publicidade no sector do turismo.

O lançamento está marcado para Agosto, nos Estados Unidos – o mercado experimental do James. Os resultados provisórios falam por si. Em apenas dois meses, o hotel onde foram realizados os primeiros testes (o W, em Montreal) registou um acréscimo de 40 por cento na procura de serviços, como o restaurante e o spa.

“As pessoas já perderam o hábito de consultar os tradicionais dossiers com a listagem de serviços. Se usarem esta aplicação, os serviços ficam mais visíveis e mais atractivos”, aumentando a possibilidade de venda, explicou ao PÚBLICO João Marques, responsável pelo projecto. Além disso, está previsto desenvolver uma nova ferramenta, que permitirá guardar informações relativas às preferências dos hóspedes, o que “possibilitará uma maior personalização” da oferta hoteleira, acrescentou.

A YDreams atraiu para o projecto a Lodgenet, fornecedor norte-americano líder em serviços para hotéis, e espera conquistar entre quatro a dez mil quartos só no primeiro mês de comercialização, e poderá chegar aos 30 mil, até ao final de 2010. A Apple tem um papel fundamental neste negócio, visto que a plataforma escolhida para pôr o James em acção foi o iphone, embora esteja previsto o alargamento progressivo a outros operadores.

Os europeus terão de esperar mais algum tempo por James, mas a data já está marcada. “Antes do final do ano, esperamos ter o sistema implementado na Europa”, através do fornecedor Square Group (revendedor da Apple), assegurou João Marques. O concierge virtual também deverá chegar a Portugal, até porque muitas das cadeias internacionais que o vão adoptar operam em território nacional, como é o caso do Sheraton.

Com o James, tudo o que um hóspede pode querer num hotel e que, até agora, estava repartido por locais tão dispersos como o balcão, a televisão, o telefone e, claro, o dossier, fica agora reduzido a uma única plataforma. A Ydreams, que está actualmente a trabalhar na criação de duas novas empresas (uma das quais a instalar no Cartaxo) prefere não fazer cálculos ao que esta inovação poderá significar em termos de encaixe financeiro.

António Câmara, presidente executivo da tecnológica, admitiu que o mercado português “não está a crescer” e que, este ano, prevê que as receitas não ultrapassem os dez milhões já atingidos em 2009. No entanto e ao contrário de Portugal, há países que estão a correr de feição à empresa, como é o caso do Brasil, onde têm clientes como a cervejeira Ambev e a petrolífera Petrobras. “É um mercado que está em explosão. O peso no volume de negócios está a aproximar-se do que conseguimos fazer em Portugal e é natural que o ultrapasse”, explicou o líder da YDreams.

A Índia também tem cada vez mais importância no negócio, mas a empresa não pondera abrir um novo escritório no país. Aliás, depois de já se ter instalado fisicamente em Espanha, no Brasil e nos Estados Unidos, só pensa em “estabelecer parcerias” lá fora, garantiu António Câmara. “É muito caro fazê-lo de outra forma”, acrescentou.

Fonte: Público

Marketing: Ryanair insiste em vender lugares de pé nos aviões

Julho 5, 2010 by  
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O avanço da medida estará dependente do regulador da aviação.

A primeira vez que a companhia aérea irlandesa Ryanair lançou a ideia, em 2009, as opiniões dividiram-se entre as vantagens de viajar por valores muito reduzidos e os cépticos que consideram que a medida seria impossível de colocar em prática por questões de segurança. No entanto, Michael O’Leary, presidente da empresa, não desistiu da ideia e insiste em disponibilizar lugares de pé nos aviões, com bilhetes que custarão entre as quatro a cinco libras (4,8 euros a seis euros).

Segundo o britânico ‘Daily Mail’, O’Leary garante que em 2011 vai conseguir vender bilhetes a passageiros que viajarem de pé. O plano da Ryanair é substituir as últimas dez filas de cadeiras por 15 fileiras de ‘assentos verticais’, que manterão o passageiro de pé, preso por cintos de segurança. O protótipo do ‘assento vertical’ é já conhecido e está a ser divulgado no site da companhia irlandesa.

Embora este modelo já tenha recebido a reacção negativa do porta-voz da Autoridade da Aviação Civil britânica, que considera que a companhia terá problemas em colocar esta proposta em prática, tendo em conta que “que está na lei da aviação os passageiros têm de ter cinto de segurança, e por isso de estar sentados”, a verdade é que a pretensão da Ryanair surge numa altura em que se colocam em causa questões de concorrência desleal entre companhias, especialmente ao nível dos baixos preços das viagens.

Comissão Europeia terá uma palavra
De acordo com uma profissional ligado à aviação civil, a pretensão da Ryanair não será um assunto que venha a ser resolvido por cada Estado isoladamente. Terá de ser a Comissão Europeia a tomar uma posição sobre assunto. Isto depois de se fazerem estudos sobre a segurança dos ‘assentos verticais’.

O mesmo responsável alerta que esta proposta da Ryanair pode ser tratada como uma questão próxima do ‘dumping’, devido aos preços baixos praticados. Já que esta é diferente de outras medidas lançadas nos últimos tempos – como a venda de alguns bilhetes a baixo preço para encher os aviões – que deve ser entendida apenas como engenharia financeira.

A Ryanair lançou um inquérito ‘online’ sobre lugares em pé nos seus voos, concluindo que 66% – dos 120.000 passageiros que votaram – optariam por lugares de pé gratuitos. Segundo a companhia avançou na altura, mais de 80 mil passageiros viajariam de pé em voos de uma hora caso a tarifa fosse gratuit. A mesma análise revela ainda que 60% concordaram que aos passageiros de companhias aéreas deveria ser dada a opção de permanecer de pé em voos curtos, tal como sucede em autocarros, comboios e metro.

Fonte: Económico

Economia: Petrogal, Autoeuropa e Soporcel, Maiores exportadoras em 2009

Julho 5, 2010 by  
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A Petrogal, a Autoeuropa e a Soporcel foram as três principais exportadoras nacionais em 2009, segundo dados fornecidos à Lusa pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A Petrogal e a Autoeuropa mantiveram assim as mesmas posições ocupadas no ‘ranking’ de 2008, quando o terceiro lugar era ocupado pela Qimonda, que no ano passado entrou em insolvência.

Na lista da 10 principais exportadoras em 2009 seguem-se Continental Mabor – Indústria de Pneus, a Bosch Car Multimédia Portugal, a Portucel e a Somincor – Sociedade Mineira de Neves – Corvo.

Os três últimos lugares do ‘rankin’ são ocupados pela Peugeot Citroen Automóveis Portugal, pela Repsol Polímeros e pela Visteon Electronics Corporation.

Na comparação com a lista de 2008, o ‘ranking’ do ano passado passou a integrar duas novas empresas: a Visteon Electronics Corporation e a Bosch Car Multimédia Portugal.

Em 2009, abandonaram este ‘ranking’ do INE a Qimonda e a Blaupunkt Auto-Rádio Portugal que, em 2008, ocupavam o terceiro e décimo lugares, respetivamente.

Fonte: Oje – o Jornal Económico

Inovação: Designer brasileiro inventa impressora 3D de comida

Julho 5, 2010 by  
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Criado pelo designer brasileiro Marcelo Coelho e pelo israelense Amit Zoran, o projeto Cornucopia engloba três aparelhos de inovação tecnológica para a cozinha. Eles são uma impressora 3D de comida, um braço robótico e um mixer. A impressora 3D é chamada Digital Fabricator e utiliza cápsulas cheias de ingredientes para montar a refeição. O usuário escolhe por meio de uma touchscreen o alimento desejado e a Digital Fabricator começa a puxar os ingredientes das cápsulas e moldar o alimento; a modelagem é precisa e a máquina regula temperatura e umidade do alimento, além de ficar conectada à internet.

O braço robótico é chamado de Robotic Chef. Sua tecnologia permite o corte preciso de alimentos com laser, a injeção de temperos com seringas e o cozimento do prato na placa; como se fosse uma chapa. O mixer, chamado Virtuoso Mixer, possui três anéis giratórios repletos de ingredientes e controle de temperatura por termoeletricidade; que pode ser uma alternativa ao se preparar, por exemplo, uma sobremesa. Apesar das opções, ainda não é certeza o tipo de comida que cada equipamento do projeto Cornucopia pode fazer. A Digital Fabricator encontra-se em processo de obtenção de patente, então alguns de seus segredos estão guardados pelos desenvolvedores. O brasileiro Marcelo Coelho atualmente vive em Cambridge, no estado de Massachussetts (EUA), e no momento atende ao programa de PhD pelo Media Lab do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT, na sigla em inglês), onde fez o seu mestrado.

Fonte: Pequenas empresas & Grandes negócios

Inovação: Tecnologia portuguesa revoluciona diagnóstico clínico

Julho 2, 2010 by  
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A Biosurfit criou uma plataforma que permite realizar testes junto do paciente e saber logo o resultado.

A tecnologia da Biosurfit baseia-se num equipamento de leitura – Spinit Reader – e na utilização de discos descartáveis – Spinit Disposables. Mediante a utilização de uma gota de sangue, esta tecnologia consegue disponibilizar resultados precisos de detecção de diversos marcadores em apenas 15 minutos. Isto permitirá ao médico fazer o diagnóstico clínico mais rápido e preciso.

Fundada, em 2005, por João Garcia da Fonseca, doutorado em Engenharia Física dos Materiais Interfaces, a Biosurfit tem vindo a ser financiada não só por capitais de risco (INOV Capital, Beta Capital e Caixa Capital), mas também por fundos nacionais e comunitários. O projecto, que leva já praticamente cinco anos, chegou a 2010 com a fase de I&D da tecnologia Spinit realizada, com a transferência dos processos de produção em fase final de validação, com a implementação dos processos de gestão e de desenvolvimento de produto de acordo com as normas ISO 9001/13485 e já certificados pela TUV Rheinland, com evidências da aceitação do produto pelo utilizador final e pelo mercado e prestes a fazer a marcação CE de toda a tecnologia. O próximo marco a ser atingido, ainda durante este ano, é o lançamento do produto no mercado português para, a seguir implementar a estratégia de internacionalização.

Qual a razão do sucesso deste projecto?
A equipa da Biosurfit é o best asset da empresa. É dela que nasce a maior criação de valor, não só na capacidade de gerar propriedade intelectual, que se traduz directamente nas seis patentes já submetidas até à data, mas principalmente na manutenção de um ambiente de trabalho divertido e de colaboração em que todos podem influenciar as decisões técnicas e de negócio da empresa. A paixão por resolver problemas e com isso contribuir para o desenvolvimento profissional e pessoal de todos é o nosso maior activo.
A capacidade financeira é também um factor crítico de sucesso de uma empresa como a Biosurfit. Principalmente num país com a dimensão de Portugal, a capacidade de investir durante muitos anos com uma perspectiva de retorno longínqua e de alto risco associado é uma grande dificuldade para os investidores financeiros. A capacidade e a visão dos investidores institucionais da Biosurfit têm sido de uma importância vital para o seu sucesso.O desenvolvimento de parcerias tecnológicas e de negócio é outro factor crucial para o desenvolvimento de um projecto desta natureza.

Que dificuldades encontrou?
Vários foram os desafios que a Biosurfit foi superando ao longo do tempo. A inexistência de casos ou propriedade intelectual desenvolvida na combinação de tecnologias que estamos a usar no spinit, tornam, por exemplo, o planeamento de todas as actividades um exercício muito complicado com os respectivos impactos em termos da gestão de recursos e de orçamentação da empresa. Outros grandes desafios que encontramos têm a ver com a passagem da fase de investigação e desenvolvimento para a fase de desenho e prototipagem e para a produção em larga escala da tecnologia spinit.(…)

A crise alguma vez o fez hesitar?
Os desafios e as dúvidas que enfrentámos  foram muitos… Já passaram cinco anos desde o início deste projecto e o risco da operação está a diminuir cada dia que passa e a capacidade da empresa em seguir o seu caminho e tornar-se um sucesso na indústria de diagnóstico é inversamente proporcional a esse risco.

Há razões para estar pessimista?
É claro que a situação dos mercados financeiros tem um impacto no desenvolvimento das actividades da Biosurfit, não só relativamente ao crédito bancário, absolutamente necessário para o fundo de maneio da empresa mas também no aumento de aversão ao risco por parte dos investidores institucionais. O aumento crescente do foco dos investidores na análise do risco da empresa está a ofuscar as possibilidades de ganho das operações e com isso muitos negócios com grandes possibilidades estão a ser rejeitados. De qualquer maneira e num momento em que se fala cada vez mais em contenção de custos e criação de eficiência na cadeia de valor, a Biosurfit está cada vez mais optimista e confiante na sua tecnologia pois essa tem sido a sua direcção em termos de negócio desde o iníciodo projecto.

Fonte: Oje – O Jornal Económico

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