Marketing: Estudo – Sigo no Facebook, logo recomendo
Outubro 19, 2010 by Inovação & Marketing
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Mais de 90% dos seguidores de marcas no Facebook acabam por se tornar embaixadores activos das mesmas. A conclusão é do estudo Facebook and Brands, realizado pela DDB em seis países (Estados Unidos, Reino Unido, Itália, França, Austrália e Chile) e agora divulgado pela Adweek. O estudo considera que quem segue marcas no Facebook pode ser entendido como um embaixador da marca já que 49% dos inquiridos terão garantido que sem dúvida recomendariam aos seus amigos as marcas que seguem na rede social, enquanto outros 43% admitem também que provavelmente o fariam, resultando em 92% de entrevistados predispostos a recomendar as marcas de que são seguidores no Facebook. O mesmo estudo revela ainda que, depois de seguirem uma marca na rede social durante alguma tempo e depois de já terem experimentado um produto da mesma, os consumidores têm tendência para aumentar o consumo dos produtos comercializados por essa marca.
Entra as marcas preferidas, as referências variavam de país para país, mas de um modo geral as marcas mais apontadas foram a Nike, a Coca-Cola, Adidas, Nutella e Sony. Quanto ao “isco” que leva os utilizadores à página de uma marca no Facebook, a publicidade surge na frente (75%), seguida dos convites de amigos (59%) e das pesquisas na internet (49%). Segundo o estudo, entre aqueles que seguem marcas no Facebook, a média é de nove marcas, sendo que dessas, tomam a dianteira nas preferências o sector de meios e entretenimento (55%), as causas sociais (51%) e a moda e os artigos de luxo (49%).
Fonte: Meios & Publicidade
Inovação: António Câmara. “Os portugueses são demasiado sofisticados”
Outubro 19, 2010 by Inovação & Marketing
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O líder da YDreams é um autêntico caçador de talentos e diz que os engenheiros portugueses são melhores a matemática que os americanos.
Como é que a YDreams descobre talentos?
A YDreams nasce de um grupo universitário, que nos anos noventa era líder mundial na área que investigava a informação geográfica. Essas trinta pessoas estagiaram nos melhores sítios do mundo, desde a NASA ao MIT e à Netscape. Portanto começámos com uma base muito sólida. Desde aí temos recrutado talento de três formas. Uma é através de scouting, temos uma base de dados de todas as pessoas talentosas nas áreas em que trabalhamos, e um dos meus trabalhos é recrutá-las. Por exemplo, fomos buscar o António Almada, que trabalhava na Paraform quando a equipa ganhou um Óscar para efeitos especiais em Hollywood. Mais recentemente fomos buscar a Inês Henriques aos Estados Unidos, que lidera a spin-off Interactive Surfaces. É uma componente de scouting quase como nas equipas desportivas.
Quem é que faz esse scouting?
Eu. Ando por todo lado. Depois há um grupo de talentos que chegam a nós, e talvez o mais significativo na empresa neste momento é o Luís Carvalho, que vai ser líder de uma das unidades da empresa, a YDreams Design.
Como surgiu esse recrutamento?
Fui dar um seminário à McCann-Erikson e dois dias depois recebo uma mão de borracha e uma carta a dizer “aqui vai uma mão e a minha vontade, estou disponível”. Uma semana depois estava contratado. Além disso, há os processos normais de recrutamento.
E como se mantêm esses talentos na empresa?
O elemento fundamental da YDreams é o sonho. Transformámo-nos numa empresa global, temos muitos projectos únicos que são factor de atracção, sobretudo para as pessoas mais criativas. Para muitas outras, a atracção é estarmos a desenvolver tecnologias, que vamos lançar no mercado agora, que são disruptivas, que esperamos que façam história. Há esta motivação de fazer parte da história.
É mais difícil encontrar talentos em Portugal que lá fora?
O talento tecnológico, de design e científico existe em Portugal e é de classe mundial. Não temos problema nenhum em encontrar talentos fantásticos nessas áreas. Onde temos uma enorme dificuldade é encontrar pessoas com experiência global em marketing e vendas.
A YDreams está muito forte no Brasil. Como fazem o recrutamento lá?
Temos pessoas incrivelmente experimentadas, lideradas pela Karina Israel, pessoas que ganharam Leões em Cannes…
Não é mais difícil reter esses talentos num mercado tão aberto?
Temos conseguido fazê-lo. A equipa está a desenvolver-se com as mesmas pessoas há três anos. Algo importante não é só a ambição da empresa, mas o estilo de vida. Acho que o facto de o estilo ser liberal é um bem, não haver horários. As pessoas trabalham imenso mas a flexibilidade é um factor decisivo.
A cultura corporativa vem de cima?
A cultura no Brasil é parecida com a que temos aqui. No Rio de Janeiro estamos em frente à praia. É fantástico.
Lyn Heward, ex-directora de conteúdos criativos do Cirque du Soleil, diz que cabe ao líder da empresa criar um ambiente criativo. Como é que vocês fazem?
Tivemos uma campanha dirigida pelo Luís Carvalho para criar esse ambiente. Tinha que ver com arquitectura, as pessoas poderem fazer o que lhes apetece no sítio onde trabalham, e ainda seminários estimulantes todas as quintas-feiras. Mas há algo de verdadeiramente importante: as pessoas devem ir aos eventos que na sua área sejam os melhores do mundo. Aquilo a que se pode chamar “turismo científico e tecnológico”.
Vocês incentivam essas deslocações?
Hoje em dia, felizmente, convidam-nos para falar e sai tudo mais barato. Mas isso é importantíssimo. Participamos em eventos fantásticos, é um atractivo enorme para as pessoas porque se mantêm no topo.
Consegue ver a diferença entre os processos de inovação e o estímulo da criatividade?
São muito diferentes. Uma coisa é a invenção e a criatividade, e nisso somos muito fortes. Mas a inovação não é isso: é a venda da criatividade e da invenção. Acho que fazemos bem essa venda em termos de projectos e estamos a aprender a fazê–la em termos de produtos. Acho que o problema português no geral é a venda de produtos em massa. Nós portugueses somos demasiado sofisticados. Não fazemos produtos banais de massas.
Como estimula a paixão dos colaboradores pelo que fazem?
É uma tarefa dificílima, porque há sempre revezes. Acho que o elemento essencial é a recuperação das derrotas. Temos de celebrar as vitórias, mas o ponto essencial é recuperar as pessoas dos falhanços. Consegue-se minimizando as derrotas, tendo em conta uma perspectiva mais global. Faz parte do processo; pensar que temos esta meta e vamos ter sucesso global. A dificuldade é o tempo. Toda a gente espera que uma empresa faça uma explosão num instante. Há empresas que crescem muito rapidamente quando têm bom marketing e vendas. A Compaq era um exemplo clássico, mas a maior parte não é construída com uma base para o futuro.
É esse o sonho da YDreams?
As empresas têm de ter três fases: uma fase de execução onde de facto se ganha dinheiro; uma fase de paciência, para desenvolver os produtos; e depois uma visão para criar as tecnologias disruptivas. Se olharmos para as grandes empresas, a Google foi um fenómeno acelerado, mas mesmo assim demorou anos. Lembro-me de os ter visitado em 2000 e os tipos estavam aflitos, era uma incógnita completa. Temos de ter visão, paciência e tempo. A nossa cultura básica é fazer projectos, por isso temos de criar novas empresas com uma nova cultura.
Como fazem a recuperação dos erros?
No final do dia estamos sempre a falar de relações humanas, de contacto de um para um ou de reuniões gerais. A parte comunicacional é importante e é uma das coisas que estamos a rever agora.
Exerce uma liderança de portas abertas?
Eu nem gabinete tenho, tenho uma mesa. Recorda-se do livro sobre a aranha e a estrela-do-mar? Sabemos que há áreas, e sobretudo estas novas empresas, que têm de ter uma estrutura tipo aranha, porque são muito mais focadas em vendas. A empresa-mãe tem de ser mais estrela-do-mar.
Mas todas as decisões da YDreams passam por si? É um líder à Steve Jobs?
Não, não. Temos um sistema de gestão por equipa, há decisões que não passam por mim. É uma forte liderança mas não uma liderança forte.
Como uma Google portuguesa?
Não posso dizer isso nesse sentido. É uma empresa atractiva para trabalhar. Também temos stock options, conhecemos bem o modelo. A diferença em termos de talento tecnológico das pessoas que temos aqui para as da Google é que é mínima. Aliás alguns deles aqui são melhores. A questão abissal é na gestão.
Costuma dizer-se o contrário…
Não sabem do que estão a falar.
O problema não é a matemática?
Santo Deus, não. A maior parte das pessoas aqui é dez vezes melhor a matemática que qualquer americano que trabalhe na Google. Não há comparação. As pessoas cá não têm padrões, é inacreditável. Os exames de matemática em Portugal são mais difíceis que no MIT. Há o talento em Portugal para fazer isso, a questão é transformar isto num negócio gigantesco.
Passatempo: O Valor de Nada
Outubro 19, 2010 by Inovação & Marketing
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O Inovação & Marketing está a apoiar a divulgação do livro “O Valor de Nada – Como reformular a sociedade de mercado e redefinir a democracia“ da Editoral Presença, com publicação a 19 de Outubro de 2010.
Sinopse: Num momento em que nos confrontamos com uma crise global sem precedentes – em termos económicos, ambientais e de recursos -, Raj Patel vem suscitar-nos uma reflexão inadiável sobre as mudanças que temos de levar a cabo para salvarmos o planeta da insanidade financeira e construirmos uma economia e uma sociedade sustentadas. Com grande lucidez e inteligência argumentativa, Patel expõe os pressupostos operativos da sociedade de mercado em que vivemos, a forma como o capitalismo estabelece os termos de valor, e aponta as suas falhas, oferecendo-nos uma forma totalmente inovadora de pensar a economia. Uma obra oportuna e inspiradora.
Raj Patel é um economista, académico, escritor e activista de tripla nacionalidade – britânica, indiana e norte-americana. Estudou em Oxford, na London School of Economics e na Universidade de Cornell. Foi fellow em Yale e actualmente colabora como investigador com a Universidade de KwaZulu-Natal e a Universidade da Califórnia, em Berkeley. Trabalhou para o World Bank e para a World Trade Organization, e foi consultor das Nações Unidas. Tornou-se um crítico acérrimo de todas estas organizações.
Temos 5 livros para oferecer aos 5 vencedores deste passatempo, que decorrerá de 19 de Outubro de 2010 a 9 de Novembro de 2010.
Requisitos obrigatórios para participar:
- Ser Subscritor da página do Facebook Inovaçao & Marketing
Para concorrer, tens de enviar um e-mail para info@innovmark.com com a resposta à seguinte questão: Qual o nome do autor do livro “O Valor do Nada“? Juntamente com a resposta à questão deve enviar os seus dados de identificação:
- Nome
- Cargo ou Estudante
- Empresa ou Universidade
- nome de utilizador Facebook
As respostas número: 1; 15; 30; 45 e 60 serão as premiadas.
Atenção: Cada utilizador apenas pode participar uma vez! Os dados de identificação solicitados servem como controle a respostas duplicadas da mesma pessoa, utilizando mails diferentes.
Independentemente do vosso resultado neste passatempo, pensem na possibilidade de adquirir este interessante livro.
Boa sorte!