Marketing: Internet gera 115 mil milhões de euros no Reino Unido

Outubro 28, 2010 by  
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A Internet gerou em 2009 cerca de 115 mil milhões de euros no Reino Unido, o equivalente a 7,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) britânico, revela um estudo divulgado esta quinta-feira e que foi encomendado pela Google.

«A contribuição da Internet para a economia britânica é mais importante que a indústria da construção ou do sector dos transportes», refere o relatório elaborado pelo Boston Consulting Group (BCG).

Dos 115 mil milhões de euros (100 mil milhões de libras), 60% corresponde a consumo enquanto o resto incorpora os custos técnicos de ligação à Internet, o investimento em infra-estruturas e a despesa em serviços informáticos do Governo, escreve a Lusa.

De acordo com o estudo do BCG, a contribuição da Internet para o PIB britânico crescerá ao ritmo anual de 10%, pelo que a mesma representará 10% do PIB em 2015.

A nível global, o Reino Unido é a sexta economia onde a Internet é mais representativa. Os cinco primeiros são a Dinamarca, Coreia do Sul, Japão, Suécia e Holanda.

Fonte: Agência Financeira

Empreendedorismo: A importância de uma cultura de empreendedorismo para o desenvolvimento de Portugal

Outubro 28, 2010 by  
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Cada vez mais o empreendedorismo é visto como um meio para fazer avançar as sociedades ao nível da criação de emprego, promoção da criatividade e da inovação, oferecendo também um  valioso contributo ao nível da responsabilidade social.

Portugal necessita de uma verdadeiro impulso empreendedor, em que escolas e universidades terão um papel fundamental, dado que precisamos de ajustar currículos a uma educação mais virada para o fomento do empreendedorismo, ao nível da tomada de risco e aceitação do fracasso como parte do processo de aprendizagem.

Temos muito a fazer no que toca a alteração de mentalidades, dado que somos uma sociedade virada para formar trabalhadores por conta de outrem e funcionários públicos, desperdiçando talento e criatividade que, com o devido enquadramento de base, poderia ser gerador de novas empresas e criador de novos postos de trabalho, renovando o nosso tecido empresarial, factor fundamental para atingirmos o nível de crescimento a que aspiramos.

O último eurobarómetro sobre actividade empreendedora da Comissão Europeia (Dezembro de 2009), revela que 51% dos portugueses preferiam ser donos de seu próprio negócio, valor acima dos 45% da média comunitária.

O inquérito revela ainda que, nos últimos sete anos (2002-2009), a média da europa mantém-se estável, mas Portugal é o Estado-membro onde o desejo de ser dono do seu próprio negócio mais desceu (-20%) relativamente a 2002 (71%).

Os especialistas afirmam que, para atingirmos a taxa de crescimento médio da UE daqui a 20 anos, é necessário que a nossa economia cresça a uma taxa de 3,86% ao ano, assumindo taxas de crescimento da UE de 2,42%. Ainda neste domínio, para que Portugal cresça a este nível tem de conseguir uma taxa de criação de novas empresas de 9%, o que significa 110 000 novas empresas por ano.

Com uma taxa de criação de empresas de 9%, a economia portuguesa deverá crescer à citada taxa de 3,86%, o que significa que o empreendedorismo será responsável por cerca de 40% do crescimento económico. A redução do crescimento económico (fonte Gem e Eurostat) é explicado, em parte, pela redução da taxa de crescimento de novas empresas.

A criação de novas empresas tem um impacto positivo não só no emprego, mas também na inovação, na produtividade e na renovação do tecido empresarial. Estima-se que 30% das diferenças da taxa crescimento do PIB são atribuidas a diferenças nos níveis de empreendedorismo dos Estados-membros (GEM).

O nosso País, ao longo da sua história, já provou ter capacidade e atitude empreendedora. Como exemplos recordo a epopeia dos Descobrimentos e, mais recentemente, o chamado empreendedorismo colonial, com toda a logística criada com a guerra, bem como a organização e liderança então demonstradas, para além do regresso em massa, de um momento para o outro, de milhares de portugueses que conseguiram integrar-se em paz na nossa sociedade, tornando-se, muitos deles, empreendedores. Ainda neste âmbito convém referir também a grandeza e a força dos grandes grupos económicos portugueses existentes antes da revolução, verdadeiras escolas empresariais.

Actualmente, a nova geração de investigadores e cientistas, que, com ousadia, têm demonstrado estar ao nível do melhor que se faz no mundo, são outro aspecto da maior relevância para o nosso futuro.

Assim sendo, a aposta no empreendedorismo é um grande passo para o crescimento económico sustentado e para uma maior prosperidade global. Urge, por isso, fomentar uma verdadeira cultura empreendedora em Portugal, para a qual já temos o indispensável ADN, porém, falta-nos ainda a atitude e coragem para assumir os riscos, verdadeiro desafio para os nossos governantes e para a sociedade em geral, devendo todos unir esforços para que estes dois atributos se tornem, quanto antes e para o bem do país, uma efectiva realidade.

Fonte: Oje – o Jornal Económico