Inovação: CGD lidera Rede Europeia de Capital de Risco

Fevereiro 25, 2011 by  
Filed under Notícias

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresentou, na sua sede, o “European Venture Club” (Rede Europeia de Capital de Risco), um “clube de fundos”, que irá apostar no desenvolvimento das PME dedicadas à inovação e tecnologia.

Jorge Tomé, que está à frente da Caixa BI, vai ser o primeiro presidente deste fórum que tem por meta “a partilhar de conhecimento comum que ajude as empresas locais a abrir portas fora dos mercados domésticos”. Para além da Caixa Capital, sociedade gestora de fundos de capital do grupo estatal, o fórum junta mais 13 operadores de vários países, que, no conjunto, gerem activos de 10 mil milhões de euros.

“Ao criarmos esta rede pensamos que vamos ter um fluxo permanente de actividades”, disse Jorge Tomé, administrador da CGD, o grupo que catalisou este projecto, que explicou que ficam criadas as condições para que as PME portuguesas possam ultrapassar alguns dos seus actuais constrangimentos: a “falta de escala territorial e a dificuldade na obtenção de liquidez”.

Para Jorge Tomé o objectivo final da rede europeia de fundos de capital risco é contribuir para mudar a estrutura das exportações nacionais, permitindo “induzir a que o perfil das nossas exportações venham a ter ainda uma maior componente de intensidade tecnológica”.

E avançou que actualmente Portugal investe cerca de dois por cento do PIB em inovação e tecnologia, o que está praticamente na média europeia, possuindo ainda 30 mil cidadãos a trabalhar nesta área, o que representa cinco habitantes por cada mil pessoas activas (a média europeia é de seis por cada mil). Notou ainda que cerca de metade da investigação nacional é produzida no quadro das empresas.

Explicou também que estes números se traduzem na economia portuguesa, com os produtos de alto valor tecnológico a ganharem terreno aos tradicionais e com as exportações a reflectirem esta tendência (65 por cento das exportações nacionais são de bens de intensidade tecnológica), melhorando os termos de trocas com o exterior. Tomé sublinhou que esta grande alteração se deve ao investimento que tem sido feito pelas empresas em I&D. E concluiu: com este projecto [a Rede Europeia de Capital de Risco] há condições para ajudar as PME a apostar na inovação e tecnologia e, assim, reforçar a componente de intensidade tecnológica das exportações portuguesas. Formalmente, o clube de fundos de capital risco será formalmente constituído amanhã.

Fonte: Público

« Página anterior