Inovação: Japoneses inventam videoconferência com visor translúcido que entende sinais não-verbais
Abril 8, 2012 by Inovação & Marketing
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Sejamos francos: a videoconferência hoje até que não é nada ruim. Afinal, podemos falar com uma ou mais pessoas através de ótimas ferramentas gratuitas e eficientes como o Google+ Hangout, Skype, Hall e tantas outras. Entretanto, isso não quer dizer que não haja espaço para aprimoramentos e inovação.
A japonesa NTT, para variar, quer ser uma das primeiras a sair na frente e tem trabalhado em um protótipo de tele-presença realmente inovador. Telepresença? Sim, a videoconferência que conhecemos hoje, só que melhorada.
Pessoalmente, já tive a oportunidade de participar de reuniões de quase telepresença com uma conhecida plataforma da Cisco. Embora o nome do produto seja TelePresence, pode-se dizer que ele ainda é apenas a boa e velha videoconferência com telas bem maiores que a de seu monitor e alguns outros recursos específicos.
O que a NTT procura desenvolver vai bem além disso. A empresa tem investigado os efeitos de se agregar elementos naturais de uma conversação ao vivo, como por exemplo a movimentação dos olhos e da cabeça de todos os participantes, assim como a maneira que reagem durante a conversa e o meio onde todos eles são projetados entre si e para si.
O projeto incorpora a utilização de finíssimas telas transparentes que reproduzem imagens em alta resolução e em tamanho real. Elas deverão ser equipadas com uma série de sensores de interpretação e resposta, tanto do ambiente mas, principalmente, das pessoas. O sistema remove a imagem de fundo de cada participante e as reprojeta em tamanho real em um ambiente, digamos, “bem mais imerso” para nossas reações não-verbais.
Este aparato reage continuamente aos movimentos de cada um e também interpreta individualmente os dos outros, combinando-os da mesma forma que ocorreriam naturalmente em uma conversa presencial. É possível, assim, sabermos quem está a olhar para nós, da mesma forma que a direção para onde olhamos também é capturada e percebida pelos outros. Algo bem mais próximo de se apropriar do conceito real de tele-presença, contra aquele do qual dispomos hoje.
Todo este conjunto, já apelidado de Espaço de Recriação, torna possível um tipo de conversação remota na qual uma pessoa que conduz uma reunião é sensorialmente “seguida” pelas outras com a ajuda do equipamento, onde a movimentação natural de cada participante varia e se modifica em tempo real às diferentes dinâmicas produzidas durante a conversação. Tal qual uma conversa presencial.
Fonte: Tecnoblog
Inovação: Larry Page fala sobre o Google+, Facebook, inovação e Steve Jobs
Abril 8, 2012 by Inovação & Marketing
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Em entrevista à BusinessWeek, Larry Page, CEO do Google, resolveu dar detalhes de seu primeiro ano no comando da empresa e revelar seus planos para o futuro. O co-fundador do buscador líder da Internet também aproveitou o momento para rebater algumas críticas de Steve Jobs sobre o Android.
pós assumir o cargo de CEO em Abril de 2011, Larry Page escolheu por fazer mudanças drásticas na empresa, encerrando dezenas de produtos e serviços, em especial ao histórico Google Labs, para adequar uma nova realidade social, o Google+.
Lançado com grande destaque, o Google+ conseguiu angariar bons números – que pode chegar a 400 milhões de usuários no final de 2012 – e tem sido cada vez mais implementado como uma importante camada social que envolve as ferramentas da empresa.
Sua importância tem sido tão destacada para o Google, que o projeto social patrocinou mudanças profundas no Google Search e exageradamente trouxe aspectos negativos para outros, como o Google Reader, que perdeu suas próprias ferramentas de compartilhamento para dar espaço a timeline social.
“Há apostas que fizemos muitos, muitos anos atrás, como o Android, Chrome e YouTube. Estas foram apostas de longo prazo que fizemos e eles têm sido muito bem sucedidos. Todas essas coisas têm crescido como louco. Nós fizemos uma mais recente, obviamente, que é o Google+, que é uma aposta de longo prazo também”, disse Larry Page na entrevista.
“Tenho mais de 2 milhões de seguidores no Google+. Há um número de outras pessoas que estão à minha frente. E isso é engajamento real. Eu estou muito contente com o crescimento do Google+. Isso não significa que amanhã será maior do que qualquer outra rede social. Isso não é realista. Mas está crescendo mais rápido, eu acho, do que outros serviços e estou muito feliz com isso”.
Com o surgimento de projetos que estão bem longe de seu núcleo principal, a busca, Larry Page comentou que o Google sempre procurou fazer a tecnologia funcionar de modo que ela possa realmente ajudar as pessoas, algo que a empresa pretende avançar em seus investimentos e explorar novas possibilidades.
“O que significa ser uma empresa de pesquisa? Mesmo naquele tempo, e agora, basicamente, a nossa alma é a mesma. Acho que estamos prestes a usar a tecnologia em larga escala: avanços tecnológicos para ajudar as pessoas, para tornar a vida das pessoas melhor, para fazer comunidades melhores. Obviamente, nossa missão era organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil, e eu acho que nós provavelmente perdemos mais da parte das pessoas que do que deveríamos”, disse Page.
Com relação a aquisição da Motorola, Page se mostrou animado com as possibilidades e com o futuro da empresa. No âmbito das tão discutidas patentes, o co-fundador disse que o Google agora possui um bom número de registros mas não há qualquer intenção de sair processando os concorrentes.
“A tendência geral da indústria parece estar em direção de um caminho litigioso e que sempre acaba sendo uma coisa triste. Há um monte de dinheiro indo para os advogados em vez de construir grandes produtos para os usuários. Eu acho que as empresas costumam entrar neste processo quando estes estão no final do seu ciclo de vida ou eles não têm confiança nas suas capacidades para competir naturalmente”.
Ainda falando dos dispositivos móveis, Page declarou ser uma verdadeira criança ao receber um gadget novo. “Toda vez que recebo um novo, sou como uma criança no Natal. É uma sensação de ‘usar pela primeira vez’ a internet ou um computador que você obtém desses novos telefones”.
O executivo do Google afirmou ser um usuário atual da Galaxy Tab, da Samsung, mas que por muito tempo usou o Xoom, da Motorola. “Eu acho que eles oferecem grandes experiências e vão ficar muito melhor, ainda estamos nos estágios iniciais”. Questionado sobre o Tablet do Google, ele se recusou a comentar sobre os recentes rumores.
Com relação a questão sobre inovação, Page declarou não ter uma preocupação de que o Google, as vezes, pareça ter tirado ideias de outro lugar. “Eu não estou preocupado em não estarmos sendo suficientemente ambiciosos quando estamos fazendo coisas que são realmente importantes para as pessoas e diferente para o mundo”.
Com relação ao Facebook, Page disse ter algumas frustações por não poder ter acesso aos dados da maior rede social do mundo. Ele lembra que o Facebook chegou a importar milhares de endereços do Gmail e nunca ofereceu qualquer reciprocidade.
“Nós gostaríamos de ter um melhor acesso aos dados. Achamos frustrante que nós não conseguimos. É a tendência da Internet mover-se em um estado bem guardado. Nós tentamos, por exemplo, ter uma reciprocidade. Quer dizer, os nossos amigos do Facebook importaram muitos e muitos endereços do Gmail e exportaram zero endereços. E eles afirmam que os usuários não possuem esses dados, que é uma afirmação totalmente ilusória. É completamente irracional”, contou.
“Ele me mandou um e-mail e disse: ‘Ei, você quer se reunir e conversar’. Eu disse: ‘Claro, eu vou sim.’ E nós tivemos uma conversa muito agradável. Nós sempre fizemos isso quando tínhamos uma discussão geral”, lembrou Larry Page.
“Ele estava muito doente. Tomei isso como uma honra que ele queria passar algum tempo comigo. Eu imaginei que ele queria passar mais tempo com sua família nesse momento. Ele tinha um monte de ideias interessantes sobre como administrar uma empresa e foi algo que discutimos”.
“Eu acho que as diferenças com o Android eram realmente para exibição. Acho que serviam a seus interesses. Para muitas empresas, é útil que elas expressem um óbvio que têm por um concorrente e reunir fatos em torno disso. Eu pessoalmente acredito que é melhor lutar por algo maior. Você não quer que as pessoas olhem para seus concorrentes. Você quer estar a altura do olhar para o que é possível e tentar fazer o mundo melhor.”, finalizou.
Fonte: TechTudo