Empreendedorismo: 11 clichês que os empreendedores devem abandonar

Junho 30, 2012 by  
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Algumas expressões são tão usadas no universo empresarial que passam a ser vazias. A figura do empreendedor que não desiste nunca e vive com a “barriga no balcão”, por exemplo, ainda é bastante aclamada, mas já não é a ideal. Empreender, no entanto, vai muito além dos clichês que tentam definir esta atividade.

O tal mundo dos negócios exige criatividade e originalidade, seja para atrair mais clientes ou convencer um investidor-anjo. Por isso, abrir mão de jargões, frases feitas e conceitos genéricos é importante para mostrar como seu negócio pode mesmo ser diferente dos outros.

1. Empreendedor tem que persistir sempre

A padronização dos comportamentos empreendedores é quase inevitável e, de repente, todo empreendedor virou inovador, persistente e pronto a correr riscos. “Empreendedor não tem que persistir a todo custo. Tem que aprender com os erros”, diz Leonardo Marchi, sócio-diretor da consultoria Praxis Education.

Vale a pena sim investir na sua ideia, mas saber a hora de parar e recomeçar, se for o caso, é mais importante do que seguir sempre o mesmo caminho. “Empreendedor precisa persistir e continuar, mas não cometer o mesmo erro duas vezes”, ensina Marcelo Nakagawa, professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper.

2. Esta é uma oportunidade única

Quando o empresário lida com um público maior e geral, a frase acima não funciona. “Se o objetivo é fazer com que os clientes se sintam exclusivos, o efeito é completamente contrário quando direcionado para o mercado de massa”, explica Cassiano Farani, sócio-diretor da 99Canvas. Se você atua em um mercado de nicho e com um número reduzido de clientes, a frase até pode funcionar. Mas vale a pena tentar pensar em formas mais criativas de atrair este consumidor.

3. Aumente as vendas para ter sucesso

Vender é uma parte crucial da operação das empresas. Mas aumentar os volumes de venda a qualquer custo não é necessariamente sinal de mais lucros. “Você precisa aumentar a qualidade das vendas, vender com mais resultado e mais lucratividade. Eventualmente, algumas empresas que aumentam a venda podem até quebrar, se houver pouca margem de lucro”, alerta Marchi.

4. Barriga no balcão faz toda diferença

Todo empresário tem que estar, de alguma forma, envolvido com o negócio. Mas ficar todo o tempo na operação não é necessariamente a melhor coisa para a empresa. “Isso já foi verdade, hoje não é. Ele precisa estar atento a movimentos de mercado, que são externos e não estão dentro da empresa. Ele precisa sair, fazer cursos e analisar outras empresas em diferentes segmentos”, explica Marchi. Segundo o consultor, ficar todo o tempo no ponto pode até atrapalhar a operação e diminuir o resultado.

5. É sua última chance de fazer negócio com os melhores do mercado

O primeiro problema com essa expressão é declarar-se “o melhor” do mercado. “Quem é o melhor não anuncia que é o melhor. Certamente os formadores de opinião e os clientes sabem disso. Soa falso esse tipo de conduta”, diz Farani. O seu anúncio deve indicar os diferencias da empresa e outras características importantes na visão do consumidor . “O cliente deve desconfiar de propagandas agressivas de entidades que se colocam como referência no que fazem. Isso mais parece desespero e uma falsa visão de si mesmo”, explica.

6. Franquia é sucesso garantido

Para os especialistas, além de ser um clichê, esta frase é uma grande mentira. “Não existe garantia de sucesso em nenhum negócio. Tem sempre um risco”, afirma Marchi. Os empreendedores não podem se iludir com um negócio já formatado. “Algumas pessoas compram achando que o sucesso é certo porque já tem padrão, processos e produto. Isso não é verdade. Tem que trabalhar para tirar resultado desse negócio”, ressalta.

7. O meu produto é tão inovador que não tem concorrente

Segundo os especialistas, além de ser uma frase feita, esta expressão demonstra a falta de preparo do empreendedor. “O empreendedor se apaixona pelo negócio e não consegue observar o que está em volta. Ele está tão obcecado que vê algo parecido, mas não vê que pode derrubar o negócio dele”, diz Nakagawa.

Ficar alardeando “novos conceitos” também não é legal. “Coisas novas e que chamem a atenção não precisam ser anunciadas dessa maneira. Algo que é realmente novo, ou pelo caráter inovador do produto ou de seu modelo de negócios, não precisa desse título”, opina Farani. Isso demonstra amadorismo, pobreza de vocabulário e uma estrutura engessada e presa a velhos paradigmas na visão dos investidores.

8. O líder bom é aquele que as pessoas obedecem

Liderança e autoridade foram conceitos confundidos por muito tempo. Até hoje, há quem acredite e defenda o líder que controla tudo e só “manda” nas pessoas. “As pequenas empresas que dão resultado tem pessoas inspiradoras, que conquistam o respeito dos colaboradores para que façam um trabalho de maior qualidade”, diz Marchi.

9. Sempre tem espaço para mais um no mercado

Acreditar que um negócio vai dar certo só porque está na moda é uma furada. “É como a tática do futebol japonês: o time todo está na bola”, brinca Nakagawa. Quando aparece um negócio diferente, como aconteceu com os sites de compras coletivas, centenas de empreendedores apostam naquele tipo de empreitada e muitos fecham em pouco tempo por falta de estudo do setor.

10. Temos soluções 360 graus

Este é outro clichê que ganhou espaço na publicidade das empresas nos últimos tempos. Para Farani, o principal problema é a obviedade da expressão. “Todas as soluções, por definição, deveriam ser 360 graus, ou seja, abranger as necessidades do cliente naquilo que se propõem a fazer”, diz. Para ele, se essa solução não lhe atender 100% ao cliente, ele certamente vai buscar algo melhor na concorrência.

11. Marca forte é tudo

Muita gente ainda defende por aí que uma marca forte faz milagre pelas empresas. Cuidado: nenhum cliente compra só por conta da marca. “Você precisa ter um conjunto de coisas: marca forte, produto bom e atendimento muito bom. Não adianta só marca e produto, a interação das pessoas do negócio com o cliente tem que ter uma alta qualidade também”, explica Marchi.

Fonte: Exame Brasil

Marketing: Especialistas dão dicas para ser expert em redes sociais

Junho 30, 2012 by  
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Atuar na gestão de perfis corporativos em redes sociais requer qualificação profissional a fim de explorar ao máximo o potencial desses serviços e entender seus modelos de negócios. A conclusão é de especialistas ouvidos pela INFO.

O profissional de mídias sociais lida com milhares de seguidores, promove produtos e conteúdos na web, e, ao mesmo tempo, é cobrado pelo aumento da visibilidade de uma marca. Apesar da importância, há corporações que ainda contratam pessoas sem as habilidades necessárias para o cargo.

“O uso das redes sociais para um usuário comum pode até parecer simples, mas atuar com as mídias sociais em um ambiente corporativo exige competências específicas, conhecimento multidisciplinar e planejamento estratégico”, afirma a professora Diólia de Carvalho Graziano, coordenadora do curso de pós-graduação em gestão da comunicação em mídias digitais do Centro Universitário Senac.

O uso das redes sociais pelas empresas é crescente. Além disso, um relatório da consultoria especializada em análise de mercado digital IDC mostra que, em 2012, as corporações querem manter uma forte presença virtual nas mídias sociais com o objetivo de reter clientes, reduzir os custos e evitar problemas gerados com a criação de um site tradicional.

A analista de mídias Verônica Silva, gestora de uma página comercial no Facebook há nove meses, afirma a própria internet pode ser uma fonte de informações preciosa para os profissionais da área.

Verônica era responsável pelo atendimento telefônico em uma agência antes de iniciar a carreira em mídias sociais. Ela comenta que aprendeu as técnicas de relacionamento com o cliente por meio de pesquisas na internet, tutoriais e dicas repassadas por outras pessoas experientes.

“O remanejamento de cargo ocorreu por acaso. Eu não me adaptei às atividades do telemarketing e pedi demissão ao meu chefe. Na mesma época, a empresa abriu uma oportunidade para atualizar a página do Facebook da agência e eu aceitei a proposta. Tive interesse pela vaga por ser um novo desafio e que poderia gerar grandes experiências positivas”, diz Verônica.

De acordo com a professora Diólia, os interessados em trabalhar na área de mídias sociais precisam estudar o comportamento do consumidor digital e do comércio eletrônico. “A pessoa será uma identificadora de tendências e responsável pela estratégia empresarial na internet”, comenta.

A acadêmica comenta que os tutoriais no YouTube podem ajudar as pessoas autodidatas, mas que este conteúdo não substitui um curso profissionalizante. “Somente um treinamento com enfoque em mídias sociais mostrará a importância de estudar um conjunto de disciplinas. Além disso, este colaborador estará apto a gerenciar uma equipe que faz o atendimento pelas redes sociais”, comenta.

Roberto Cassano, diretor de Planejamento e Estratégia da agência Frog, reconhece que é necessário qualificar os profissionais que atuam com gestão de redes sociais para engajar ainda mais os seguidores. “Este tipo de comunicação demanda pessoas altamente disciplinadas e qualificadas. A figura genérica neste cargo não é suficiente”, comenta.

Sobre a rotatividade entre os profissionais neste ramo, o diretor diz que é necessário elaborar um guia de conduta para que todos os colaboradores sigam o mesmo padrão.

“Esta documentação mostrará como deverá ser a voz da marca nas redes sociais, que não deve ser baseada apenas bom senso, mas em pesquisas e estudos. Qualquer decisão errada pode causar grande prejuízo à marca na web e acarretar na demissão do gestor de redes sociais”, diz.

Fonte: Exame Brasil