Marketing: As dez empresas que mais vendem para fora de Portugal

Agosto 28, 2012 by  
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O sector automóvel tem uma posição de destaque no ‘ranking’ das dez maiores exportadoras portuguesas, mas é a energia que lidera o sector.

Galp lidera ‘ranking’ das exportadoras
A maior exportadora facturou, no ano passado, só nos mercados internacionais, um total de 2,4 mil milhões de euros, valor que representa cerca de 7,7 milhões de toneladas de produtos vendidos fora de Portugal. ”A evolução das exportações nos últimos anos tem sido positiva, tendo-se verificado em 2011 um aumento de 27% face ao ano anterior”, explica fonte oficial da petrolífera – e 2012 mantém a tendência de crescimento. No primeiro trimestre, “as exportações duplicaram face ao período homólogo, tendo atingido 900 milhões de euros”. No total, a empresa facturou no primeiro trimestre 4.795 milhões, mais 26% que em igual período de 2011, com as exportações a valerem 18,7% das vendas. Vendendo produtos refinados em mais de 30 países, os principais mercados de exportação são EUA, México Gibraltar e Países Baixos. Só os EUA representam 27% das exportações.

Autoeuropa exporta 98,9% da produção
O volume de exportações da fábrica da Volkswagen em Palmela tem-se mantido estável nos últimos 16 anos. A Autoeuropa registou em 2011 um volume de facturação de 2.246 milhões de euros, dos quais 98,9% resultaram de vendas no estrangeiro. As contas da empresa, segunda maior exportadora nacional, mostram que as vendas nos mercados externos representam cerca de 4,6% das exportações nacionais e uma estimativa inicial indica que a fábrica de Palmela pesa 1,4% do PIB português. A Alemanha responde por 28,3% do total das vendas dos automóveis de marca Eos, Scirocco, Sharan e Seat Alhambra. A China é o segundo maior mercado da Autoeuropa (10,4%), seguindo-se o Reino Unido (10,1%). Já a facturação em território nacional tem variado entre 0,5%, valor mais baixo registado em 2003, e os 1,8% verificados em 1998.

Portucel vale 3% das exportações
Ao representar 3% das exportações nacionais, a Portucel ocupa o terceiro lugar no ‘ranking’ das maiores exportadoras. Em 2011, e para um volume de negócios de aproximadamente 1,5 mil milhões de euros, a Portucel exportou 95% da produção das fábricas de Setúbal, Figueira da Foz e Cacia, colocando os seus produtos em mais de 4.300 destinos de 119 países. Fonte oficial do grupo sublinha o papel da empresa na geração de valor. Só no primeiro semestre de 2012, 83% dos bens e serviços incorporados pelo grupo foram produzidos e adquiridos em Portugal o que “contribuiu fortemente para o equilíbrio da balança comercial”. Entre os principais mercados de exportação, a Portucel destaca Alemanha, França, Espanha, EUA e Itália.

Competitividade distingue Continental
A quarta maior exportadora nacional, Continental Mabor registou em 2011 uma facturação na ordem dos 744,4 milhões de euros, valor que representa um crescimento na ordem dos 24,7% face ao ano anterior. A empresa, detida pelo grupo alemão Continental, tem uma fábrica em Lousado, Vila Nova de Famalicão, considerada uma das mais competitivas da multinacional, vende a quase totalidade da produção nos mercados internacionais: 727 milhões de euros ou 97,3% das vendas, ficando a maioria no mercado intracomunitário. A Alemanha é, aliás, o principal destino dos produtos fabricados pela Continental Mabor, recebendo 28% da produção. Seguem-se Benelux (13%), Espanha (10%) e Reino Unido (9%). Contando com mais de 1.600 colaboradores, o investimento da Continental Mabor em Portugal ronda 420 milhões.

Repsol exporta 85% da produção
O complexo fabril da Repsol em Sines, dedicada ao fabrico de matérias plásticas em formas primárias, fecha o ‘top 5′ dos maiores exportadores. Em 2011, a Repsol Polímeros registou um volume de negócios na ordem dos 827,4 milhões de euros, dos quais cerca de 85% tem como destino os mercados internacionais. A facturação da Repsol Polímeros, explica a empresa, registou uma variação de 21% face aos 648 milhões de vendas registados em 2010. Quanto aos mercados de exportação, cerca de metade do que é vendido no exterior fica no mercado espanhol, destinando-se o restante a outros países europeus. De acordo com declarações recentes de António Calçada de Sá ao Diário Económico, a empresa tem sentido o impacto da crise económica, com consequente retracção no consumo, nomeadamente no sector automóvel.

Delphi é a sétima maior exportadora
A Delphi, fabricante de componentes automóveis, ocupa o sétimo lugar entre os maiores exportadores nacionais. De acordo com informação prestada pela empresa, as vendas das duas fábricas portuguesas da multinacional foram em 2011 de 380,7 milhões de euros, “equivalente a 2010”. A produção das fábricas de Castelo Branco e Ponte de Sor – a fábrica da Guarda encerrou no final de 2010 – destina-se na sua totalidade para exportação, sendo a União Europeia o destino principal das vendas da Delphi Portugal. A empresa deverá concluir este mês o despedimento de 300 trabalhadores temporários da fábrica de Castelo Branco que estavam afectos à linha de cablagens da construtora Land Rover. Por toda a Europa, os construtores de automóveis têm vindo a rever em baixa o volume de produção, em resultado da actual crise económica que afecta as vendas na maioria dos países.

Bosch Car é a maior unidade do grupo
A Bosch Car Multimedia, responsável, entre outros serviços, pela produção de auto-rádios e sistemas de navegação, é hoje o sétimo maior exportador. Dentro do grupo alemão é a principal unidade industrial da divisão Car Multimedia e responde por cerca de dois terços das vendas feitas pelas cinco empresas do grupo Bosch em Portugal. As fábricas do maior fabricante de componentes automóvel do mundo – Robert Bosch, Bosch Car Multimedia Portugal, Bosch Termotecnologia, Bosch Security Systems e Robert Bosch Travões – vendem nos mercados internacionais 90% da produção. E as exportações cresceram no ano passado 4%, chegando a 937 milhões de euros, um crescimento superior ao total da facturação das cinco empresas que foi de 1.047 milhões de euros, com uma variação positiva de 3%. Já as vendas em território nacional acabaram por sentir o impacto da crise, tendo descido 10% para 234 milhões de euros.

Só 5% da produção da PSA fica no país
Da fábrica da Peugeot Citroën (PSA), em Mangualde, saíram no ano passado 50.290 veículos dos modelos Citroën Berlingo e Peugeot Partner. Daqui resultou um volume de negócios na ordem dos 404 milhões de euros, contra os 351 milhões de euros de facturação conseguidos em 2010. Num e noutro ano, a produção destinou-se maioritariamente para os mercados externos. Elísio Oliveira, director financeiro da PSA, diz que “o volume de vendas para exportação representa cerca de 95%” do total, com França a encabeçar os principais mercados da fábrica de Mangualde. A lista dos dez maiores mercados inclui ainda Espanha, Bélgica, Alemanha, Itália, Suécia, Polónia, Países Baixos, Noruega, Áustria e Dinamarca. Apesar dos bons resultados registados nos últimos dois anos, a unidade de Mangualde registou no primeiro semestre deste ano uma quebra de 11,2% na produção, fruto da crise económico-financeira que atinge a Europa.

Somincor vende produção no exterior
Detida pela Lundin Mining, a Somincor, que se prepara para investir entre 300 a 750 milhões de euros nas minas de cobre e zinco de Neves Corvo, é responsável por cerca de 90% das exportações de minérios metálicos em Portugal. Com cerca de mil trabalhadores, a empresa de capitais suecos e canadianos, registou no ano passado um volume de negócios na ordem dos 403,4 milhões de euros, totalmente conseguidos nos mercados internacionais. “Todo o nosso mercado é o exterior, como sempre foi desde o início da Somincor”, refere fonte oficial da empresa. A Somincor registou no ano passado uma quebra de 2,51% nas vendas, mas manteve os lucros que foram de 104 milhões de euros. Finlândia e Suécia respondem por mais de metade das vendas das minas de Neves Corvo, com o primeiro a representar 30,62% das vendas. O restante é vendido em Espanha, Alemanha, Brasil e Bulgária, restando cerca de 0,46% para ser vendido em mercado ‘spot’.

Siderurgia Nacional entra do ‘top 10′
A Siderurgia Nacional é uma entrada recente na lista das dez maiores exportadoras nacionais. As fábricas da Maia e do Seixal vendem hoje cerca de 70% da produção para Espanha, Norte de África e Reino Unido, existindo ainda uma importante fatia de vendas ‘spot’ para regiões mais distantes como América Latina, Angola, Brasil e América do Norte. O aumento das exportações, e diversificação dos mercados, surgiu depois das dificuldades sentidas no mercado ibérico, nomeadamente em Espanha. Ao nível de produtos, os responsáveis da empresa dizem que são exportados todos os que saem das fábricas da Siderurgia: varão para construção direito em atados e em bobinas, bobinas de fio máquina e malha electrosoldada. As empresas SN Maia e SN Seixal, que compõem a Siderurgia Nacional, são controladas pelo grupo espanhol Megasa, que detém ainda uma terceira fábrica na Galiza. Os dados do INE distinguem a fábrica da Maia (e não o grupo) como maior exportador.

Fonte: Económico



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