Marketing: Há cada vez mais casas pagas a pronto. E não é só para fugir aos bancos

Abril 3, 2013 by  
Filed under Notícias

Há cada vez mais pessoas a comprar casas a pronto, ou seja, sem recurso ao crédito bancário, e na maior parte das situações é por opção própria e não porque o banco não lhes empresta dinheiro.

Nas três principais mediadoras a operar em Portugal – Remax, Century 21 e Era Imobiliária – das 21 450 casas que venderam no ano passado, perto de 9625 foram pagas a pronto, apurou o Dinheiro Vivo junto das empresas.

Só na Era Imobiliária, “cerca de 75% das casas foram vendidas a pronto pagamento. Um fenómeno curioso e que é oposto ao que acontecia há poucos anos, em que 90% a 95% dos imóveis eram comprados a crédito”, disse ao Dinheiro Vivo o diretor-geral em Portugal, Miguel Poisson.

No total, terão sido 4500 casas vendidas sem recurso a crédito, tendo em conta que a mediadora terá vendido seis mil imóveis e arrendado outros seis mil. “Algumas pessoas preferem investir o capital que têm disponível num imóvel em vez de o porem no banco”, acrescentou.

Já na Century 21, metade das casas vendidas não usaram crédito bancário, ou seja, cerca de 1225 imóveis, tendo em conta que a empresa mediou a venda de 2450 casas e o arrendamento de mais 2450. Este montante é superior ao do ano anterior, quando as vendas a pronto pesaram cerca de 40% das transações, revelou o administrador da empresa em Portugal e Espanha, Ricardo Sousa.

Por fim, na Remax, “cerca de 30% dos clientes optam por não recorer ao crédito neste momento”, disse a CEO da empresa, Beatriz Rubio. No total, terão sido perto de 3900 imóveis vendidos nesta modalidade em 2012, tendo em conta que a Remax vendeu 13 mil casas e arrendou mais 20 mil.

Para este ano, a tendência é que este fenómeno continue a crescer, principalmente agora que paira no ar um certo receio de que se use em Portugal o mesmo que se usou no plano de resgate de Chipre, em que se decidiu taxar 25% os depósitos acima de 100 mil euros.

“O que aconteceu no Chipre pode potenciar uma espécie de fuga aos depósitos nos bancos, mas não acreditamos que possa haver uma corrida à compra de casa por causa disso”, considera Ricardo Sousa.

É por isso que, diz este responsável, mais do que receio de ter dinheiro no banco, as pessoas optam por usar as suas poupanças numa óptica de investimento.

De acordo com o administrador da Century 21, isto explica-se porque neste momento o risco do imobiliário está muito baixo. “Há uma clara noção de que estamos numa zona segura de investimento”, refere, acrescentando: “Como os preços das casas estão muito baixos, temos clientes que compram casas agora e que conseguem rentabilidades de 8% ou 9% quando as colocam para arrendar.”

Aliás, esta nova vaga de investidores que compram casas para depois arrendar são dos principais responsáveis pelo aumento dos pagamentos a pronto, dizem os responsáveis do mercado.

“As pessoas preferem investir em imóveis, mesmo que tenham preços mais baixos, e colocar a arrendar para terem uma receita extra, porque ter o dinheiro no banco não aporta nada”, comenta, por sua vez, Beatriz Rubio.

Fonte: Dinheiro Vivo

Marketing: Mercado liberalizado de energia já com 1,44 milhões de clientes

Abril 3, 2013 by  
Filed under Notícias

O universo nacional é actualmente composto por cerca de seis milhões de clientes, a esmagadora maioria de cariz doméstico.

O número de clientes de electricidade com contratos no mercado liberalizado atingiu, em Fevereiro, 1,44 milhões, depois de ter ultrapassado a fasquia de um milhão no final do ano passado. O universo nacional é actualmente composto por cerca de seis milhões de clientes, a esmagadora maioria de cariz doméstico.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) revela ainda, em comunicado, que se assistiu a um aumento de 11% dos consumidores no mercado liberalizado no segundo mês do ano, depois de se ter registado um incremento de 22% em Janeiro. Já o consumo que está sujeito a preços livres representa, em contrapartida, 63% do consumo total.

Em termos de quota de mercado, a EDP Comercial continua a ser o principal operador no segmento liberalizado, quer em número de clientes (82% do total), quer em consumos (cerca de 43% dos fornecimentos).

De registar ainda, segundo a ERSE, a consolidação da posição detida pelo o grupo eléctrico liderado por António Mexia face a Janeiro, tendo aumentado a quota de mercado em cerca de 0,7% e 1,9%, respectivamente.

Atrás da EDP, a nível de clientes, aparecem as espanholas Endesa, com apenas 9,7%, e a Iberdrola, com 2,2%, A Galp possui 5,4% do total de consumidores.

Fonte: Económico

Marketing: Bancos têm 20 mil casas por estrear para vender

Abril 3, 2013 by  
Filed under Notícias

Os bancos portugueses têm, pelo menos, 20 mil casas ainda por estrear para vender. São imóveis que os promotores imobiliários e os construtores nunca conseguiram escoar e tiveram de entregar por falta de pagamento.

A estimativa é do presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, que alerta que a este montante é ainda preciso juntar as casas usadas, ou seja, as que são entregues pelas famílias que não conseguem pagar os seus empréstimos e cujo número exato é “impossível de contabilizar”.

São as casas novas que os bancos têm em carteira que, precisamente, mais preocupam o responsável da APEMIP. “Os bancos já estão a negociar melhor com as famílias, mas estão menos flexíveis com os promotores. E, nos últimos dois anos, aumentou o número de promotores e empresas que tiveram de entregar os seus empreendimentos, vazios, à banca”, disse.

Segundos dados da APEMIP, das 5500 casas entregues em 2012, metade vieram de empresas e a outra metade das famílias. E o mesmo já se tinha passado em 2011, quando foram entregues 6900 imóveis por falta de pagamento. Diz Luís Lima que só talvez este ano é que se comece a notar uma inversão neste fenómeno, “porque os promotores também já não têm muito mais casas para entregar”, diz.

De acordo com o administrador da Century 21 em Portugal, Ricardo Sousa, “este ano, o que se tem notado mais é a entrega de imóveis não residenciais à banca, como por exemplo lojas”.

Para este responsável, cuja empresa tem vindo a especializar-se em vender estes imóveis, os bancos têm cada vez menos casas em carteira, porque estão a conseguir escoá-las à custa de baixos preços.

“Hoje, os imóveis residenciais que entram é igual aos que saem e às vezes é mesmo superior”, contou, acrescentando que o papel das mediadoras tem contribuído bastante para este desempenho. /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:”Tabela normal”; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:””; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:”Calibri”,”sans-serif”; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:”Times New Roman”; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin;}

“Em 2012 decidimos formar as nossas equipas para trabalhar este segmento com o que denominamos especialistas em desinvestimento”, adiantou Ricardo Sousa, acrescentando que o objetivo é ter mais de 700 imóveis da banca em exclusivo e de forma permanente.

O mesmo se passou na Era. “Apostámos num modelo colaborativo e temos mais de 12 mil imóveis destes e a tendência é que cresça. Em 2012 já duplicámos o número de casas face a 2011 e em 2013 devemos triplicar o valor”, disse ao DN/Dinheiro Vivo, o diretor-geral, Miguel Poisson.

Mediadoras ganham com a banca
A aposta das mediadoras nas casas dos bancos não é em vão. “São oportunidades muito interessantes para particulares e investidores, porque o valor médio de venda é de 60 mil euros e têm financiamento garantido”, explicou Miguel Poisson. E os resultados estão à vista. Na Century 21 e na Era, estes imóveis pesaram, em 2012, 25% das transações realizadas.

Já na faturação, o peso é menor, exatamente porque o preços são bastante mais baixos que os do mercado. As casas dos bancos pesam 20% na Century 21 e 10% no caso da Remax.

“Para os particulares a comissão é 5%, mas em algumas instituições pode chegar a 6% porque os preços destas casas é muito mais baixo, entre 50 e 100 mil euros”, explicou a CEO da Remax em Portugal, Beatriz Rubio.

Casas da banca em base de dados
O presidente da APEMIP, Luís Lima, revelou ao DN/Dinheiro Vivo que a base de dados que reunirá todas as casas que os bancos têm disponíveis para venda e que estará disponível para os 2800 mediadores deverá estar pronta para arrancar dentro de 15 dias.

Esta nova plataforma, que está em densenvolvimento desde o final do ano passado, integra imóveis da CGD e do BES, “que têm a maior parte do mercado” e ainda do Santander.

Em breve, terá as casas o BBVA e do Banif. “Com esta plataforma, um mediador do Algarve vai poder vender uma casa que fique em Vila Real, o que abre outras oportunidades e vai facilitar a venda”, explicou Luís Lima.

Fonte: Dinheiro Vivo