Marketing: Bancos têm 20 mil casas por estrear para vender

Abril 3, 2013 by  
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Os bancos portugueses têm, pelo menos, 20 mil casas ainda por estrear para vender. São imóveis que os promotores imobiliários e os construtores nunca conseguiram escoar e tiveram de entregar por falta de pagamento.

A estimativa é do presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, que alerta que a este montante é ainda preciso juntar as casas usadas, ou seja, as que são entregues pelas famílias que não conseguem pagar os seus empréstimos e cujo número exato é “impossível de contabilizar”.

São as casas novas que os bancos têm em carteira que, precisamente, mais preocupam o responsável da APEMIP. “Os bancos já estão a negociar melhor com as famílias, mas estão menos flexíveis com os promotores. E, nos últimos dois anos, aumentou o número de promotores e empresas que tiveram de entregar os seus empreendimentos, vazios, à banca”, disse.

Segundos dados da APEMIP, das 5500 casas entregues em 2012, metade vieram de empresas e a outra metade das famílias. E o mesmo já se tinha passado em 2011, quando foram entregues 6900 imóveis por falta de pagamento. Diz Luís Lima que só talvez este ano é que se comece a notar uma inversão neste fenómeno, “porque os promotores também já não têm muito mais casas para entregar”, diz.

De acordo com o administrador da Century 21 em Portugal, Ricardo Sousa, “este ano, o que se tem notado mais é a entrega de imóveis não residenciais à banca, como por exemplo lojas”.

Para este responsável, cuja empresa tem vindo a especializar-se em vender estes imóveis, os bancos têm cada vez menos casas em carteira, porque estão a conseguir escoá-las à custa de baixos preços.

“Hoje, os imóveis residenciais que entram é igual aos que saem e às vezes é mesmo superior”, contou, acrescentando que o papel das mediadoras tem contribuído bastante para este desempenho. /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:”Tabela normal”; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:””; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:”Calibri”,”sans-serif”; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:”Times New Roman”; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin;}

“Em 2012 decidimos formar as nossas equipas para trabalhar este segmento com o que denominamos especialistas em desinvestimento”, adiantou Ricardo Sousa, acrescentando que o objetivo é ter mais de 700 imóveis da banca em exclusivo e de forma permanente.

O mesmo se passou na Era. “Apostámos num modelo colaborativo e temos mais de 12 mil imóveis destes e a tendência é que cresça. Em 2012 já duplicámos o número de casas face a 2011 e em 2013 devemos triplicar o valor”, disse ao DN/Dinheiro Vivo, o diretor-geral, Miguel Poisson.

Mediadoras ganham com a banca
A aposta das mediadoras nas casas dos bancos não é em vão. “São oportunidades muito interessantes para particulares e investidores, porque o valor médio de venda é de 60 mil euros e têm financiamento garantido”, explicou Miguel Poisson. E os resultados estão à vista. Na Century 21 e na Era, estes imóveis pesaram, em 2012, 25% das transações realizadas.

Já na faturação, o peso é menor, exatamente porque o preços são bastante mais baixos que os do mercado. As casas dos bancos pesam 20% na Century 21 e 10% no caso da Remax.

“Para os particulares a comissão é 5%, mas em algumas instituições pode chegar a 6% porque os preços destas casas é muito mais baixo, entre 50 e 100 mil euros”, explicou a CEO da Remax em Portugal, Beatriz Rubio.

Casas da banca em base de dados
O presidente da APEMIP, Luís Lima, revelou ao DN/Dinheiro Vivo que a base de dados que reunirá todas as casas que os bancos têm disponíveis para venda e que estará disponível para os 2800 mediadores deverá estar pronta para arrancar dentro de 15 dias.

Esta nova plataforma, que está em densenvolvimento desde o final do ano passado, integra imóveis da CGD e do BES, “que têm a maior parte do mercado” e ainda do Santander.

Em breve, terá as casas o BBVA e do Banif. “Com esta plataforma, um mediador do Algarve vai poder vender uma casa que fique em Vila Real, o que abre outras oportunidades e vai facilitar a venda”, explicou Luís Lima.

Fonte: Dinheiro Vivo



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