Inovação: Empresas receiam perder financiamento à inovação

Abril 26, 2013 by  
Filed under Notícias

O poderem ficar sem financiamento à inovação é, neste período de austeridade, a grande preocupação das empresas portuguesas. A segunda é a estabilidade.

“Tanto em Portugal como internacionalmente, a maior preocupação com os sistemas de incentivos à I&D (Investigação e Desenvolvimento) é a possibilidade de virem a ser retirados”, salienta o diretor-geral da Cotec, Daniel Bessa, ao analisar as conclusões do Barómetro do Financiamento da Inovação da consultora Alma CG. Na segunda linha de preocupações estão as “limitações que possam ser introduzidas” nos programas, bem como a sua “complexificação”.

No que diz respeito às prioridades destacadas pela empresas, inovar nos produtos e serviços é a primeira das opções, seguida da internacionalização, eleita como segunda prioridade, sendo também atribuída grande importância seja a assegurar o financiamento, seja a reduzir os custos de produção, aponta Daniel Bessa, citando o Barómetro.

Em Portugal, conclui o Barómetro, os resultados do financiamento em inovação são menos positivos do que a média dos dez países que integram o estudo, com um maior número de empresas a reduzir investimentos em 2011 (34%), tendência que se acentuou em 2012, com 45% das empresas a assumir essa redução.

O estudo da Alma CG mede igualmente o impacto da inovação nas empresas: 40% das portuguesas inquiridas apontaram para um aumento dos empregos em I&D em 2012; 60% verificaram um aumento do volume de negócios das novas ofertas; 51% referiram um aumento de inovações comercializadas e 34% aumentaram as parcerias.

Quais são as perspetivas de evolução? Ao PME NEWS, o Managing Director da Alma CG, Nuno Tomás, diz que, “no contexto económico atual, é expectável que, com a redução dos recursos próprios e as dificuldades de acesso aos créditos bancários, os incentivos fiscais e financeiros adquiram maior importância enquanto fontes de financiamento de projetos de I&D.”

Se parece certo que os incentivos tendem a tornar-se mais importantes devido à crise, não é menos certo que a instabilidade das políticas de financiamento à I&D pode condicionar o investimento a realizar pelas empresas, sobretudo as de pequena e média dimensão.

Neste âmbito, explica Nuno Tomás: “A instabilidade dos programas de financiamento, com alterações inesperadas que afectam o âmbito de elegibilidade e os montantes de incentivo, pode gerar uma contração dos investimentos em I&D, fruto do receio das empresas de não disporem de financiamentos para suportá-los”.

Ainda segundo o gestor, este impacto “poderá ser mais significativo nas PME, uma vez que dispõem de menores recursos”.

Fonte: Oje – O Jornal Económico



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